quarta-feira, dezembro 31, 2008

Contagem regressiva




Ok, novo ano chegando...
Os planos pra hoje?
Agora: dormir.
Fui na academia pela manhã, agora almocei e vou dormir um pouquinho. Depois passar numa lojinha de bebida dum tio Português, de Leiria, que está há 26 anos em Nova Iorque. Então vamos comprar bebidinhas e à noite vamos pra festa no apê, sem bundalelê, tá?

E para começar bem o ano, e não perder o pique, deixa eu aumentar minha emissão de CO2 e minha exposição aos ráios cósmicos:

* Berlin, Germany: 11 DAYS 17 HOURS
* Washington D.C.: 18 DAYS 17 HOURS
* San Francisco, California: 63 DAYS 12 HOURS

domingo, dezembro 28, 2008

Baladeenha*




Ontem fui numa festinha num clube chamado Pink Elephant. O evento era o encontro do grupo de jovens profissionais de Nova Iorque que curtem vinho. Sim, eu faço parte desse tal grupo. Daí uma amiga minha, francesa, que também curte vinhos e queijos, por acaso também faz parte desse grupo - e a gente nem sabia. Eu convidei umas amigas pra ir, mas elas se fresquearam e resolveram não ir. E a Marie, a francesa, me convidou pra ir, ela disse que queria ir mas não tinha companhia. Pronto, juntou a fome com a vontade de comer. Fomos.

Aí primeiro entramos num lugar, subimos um monte de escadas e descobrimos que estávamos num lugar para meditação. Ops, lugar errado. O Pink Elephant era do outro lado da rua. Tá. Entramos.

Ah, sim, esqueci de comentar a parte mais importante: entrada de graça, claro. Mas não é só isso: open bar por duas horas. Mas não é só isso!! Queijos e pãezinhos de graça. Um moooooooonte de queijo.

Meu, é claro que eu bebi várias vodka com cranberry (aliás, o open bar era só de vodka) e comi toneladas (menos, menos) de queijinhos tri bons.

Ainda acabei encontrando uma pessoa que eu conhecia 'virtualmente' por lá, no maior acaso. Explico: uma menina do Couchsurfing me escreveu perguntando informações sobre o Brazil e eu dei. Como eu tenho este nome sui generis (que só o meu colega brasieliro acha que deve ter um montão), ela acabou me encontrando na festa, porque viu meu nome (eu sei que é neste momento que minha amiga Flávia vai parar e pedir pra explicar direito, e eu vou me fazer de louca).

Mas o lugar era bem bacaninha e a festa tinha gente de todos os tipos e idades (acima de 21, né baby). Isso foi muito bacana, nunca tinha visto uma festinha tão diversificada.

Enquanto minha amiga Flávia não vem me visitar, pra gente ir nessas baladinhas 0800, minha sugestão é para ficarem atentos à inauguração do Pink Elephant Sao Paolo (sic)!

Dá pra ir em Sampa e depois em NYC, e comparar.


* Texto dedicado a minha amiga Flávia

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Das responsabilidades



Vou morrer e não vou ver tudo!

Então tá, né, se você comprou cachorro quente, comeu, dá uma ligadinha pra mim, e entre nesta ação coletiva. Tá ligada que cachorro quente aumenta a chances de desenvolver câncer colo-retal? Então me liga e a gente vê se você pode processar alguém também.


quinta-feira, dezembro 25, 2008

Sommerville, New Jersey



Foi em Sommerville que passei o dia de ação de graças. Uma cidade pequena e fofinha. Uma daquelas cidades estadunidenses em que não dá para viver sem carro. A maioria das cidades é assim, Nova Iorque é que é a exceção.

Eu acho tão estranho usar carro para um monte de coisas. Tá, tudo bem, eu usava carro pra tudo em Porto Alegre, mas eu poderia ir no supermercado, na manicure, na feira, em coisas próximas. E dependendo do bairro em que se mora em Poa, não se precisa de carro. E também dá pra se andar de ônibus na boa. Eu não vi nenhum ônibus em Sommerville. Agora que escrevi isso fiquei pensando, nem sei se tem, será que tem?

Ônibus em NY é uma merda, mas tem trem. E o trem é uma beleeeeza. Digo, beleza porque não pega trânsito e tal, porque no mais, é uma sujeira, um nojinho. Mas Sommerville não tem trem (até tem, mas pra outras cidades, não interno), então como será que fica?

Aliás, neste feriadão tive minha primeira experiência de trem nos EUA. Peguei o Armtrak e desci na Penn Station. Nossa, mega confortável, foi tri bom e acho que a viagem levou umas 2 horas. Barbadinha.


Para mais fotos, visite meu álbum dessa viagem.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

Filmezinho na tarde chuvosa





Uma das coisas boas de estar em férias é poder almoçar um ranguinho bem bom e depois ver um filmezinho no meio da tarde. A chuva caindo lá fora. Hmmm delícia. E hoje não dormi - sim, porque noutro dia eu apaguei após o almoço enquanto via um filme bem bonzinho. A pedida da tarde de hoje foi American gun, um filme a la Crash, mas que na verdade foi produzido antes do Crash.

Ao contrário de Crash, que lembro de ter ouvido críticas de que o filme dividia tudo entre bonzinhos e mauzinho, no American Gun a mensagem é uma só: armas são mauzinhas e ponto.

Uma vaca, mas em forma!



Primeiro foi o Häagen-Dazs, que é uma maravilha, eu amo, e já era tarada por ele no Brasil, mas era muito caro pro meu bolso. Agora aqui, terra do Häagen-Dazs (sim, o sorvete nasceu no Brooklyn), é que eu caí em tentação de vez porque é super barato - comparativamente ao Brasil.

Duas semanas comendo o sorvetinho e minha nutricionista me puxou a orelha, ok, cortei. Eu tentei o sorvete do Vigilantes do Peso, mas não gostei; daí tentei o da vaquinha e me apaixonei. É tri bom e satisfaz a vontade de doce. A nutricionista aprovou.

Esta semana eu tentei um outro sabor da vaquinha, o de torta de morango. Pra quê? Pra queeeeee, Deus meu??? É tri bom!



Pelo menos tem apenas 140 calorias, acho que 3g de fibras e 0g de gordura. Ou algo assim. Sim, porque eu estou uma vaca de gorda nesta terra, mas quero ver se consigo ficar uma vaca em forma!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Ah, férias...




Há tempos que não sentia tanto a necessidade de ter férias. O semestre foi "puxado", mas felizmente acabou. Então agora posso fazer uma breve atualização da última semana.

Segunda entreguei a maioria dos meus trabalhos finais, na terça eu terminei o que faltava (que era pra entregar na quinta) e na quarta eu finalmente fui ao supermercado. No caminho pro super eu vi uma academia que não tinha visto antes. Ela fica na esquina, em cima do Dunking Donuts. Acho que eu nunca tinha olhado pra cima. Tá, resolvi subir. Depois de algum tempo procurando a entrada, encontrei e subi as escadinhas. Até me lembrou a academia do Parcão lá da Dr. Flores. A academia me pareceu bem limpinha. Sentei lá, preenchi uma fichinha, daí a menina me mostrou a academia, tentou me vender um plano de dois anos, ou de um ano, jogou um papinho de vendedora, perguntei sobre cancelamento do contrato, ela não foi muito clara. Eu disse que queria o passe de uma semana anunciado num cartaz. Ela disse, tá, tudo bem. Desde então tenho frequentado a academia, fazendo aulinhas, todos os dias às 10h. Menos nos domingos e menos agora no período de natal e ano novo. A academia só terá aulinhas na segunda e terça (assim como só teve dias 22 e 23 - e eu fui!).

Na sexta-feira fui presenteada (eu e toda a população da cidade de Nova Iorque, né?) com uma tempestade de neve. Eu fui na nutricionista pela manhã e estava nevando, mas até aí, tudo bem. Quando saí do consultório, o campus estava todo branquinho, e já tinha gente começando a trabalhar na limpeza da neve, fazendo caminhos pras pessoas passarem. Foi tão rápido!

Sexta foi meu primeiro dia de férias e finalmente saí com meus amigos para jantar, despreocupada. Fomos num restaurante grego, como festa de despedida dos colegas que foram para a Grécia, passar as férias. Foi mais do que excelente. Depois viemos aqui pro prédio e ficamos jogando cartas na madrugada. Bem divertido.

No sábado a Naira, o marido (Kooj), uma das irmãs (Naiama) e o irmão menor (Gabriel) vieram pra cá. Eles passaram o findi aqui. Era para eles terem vindo na sexta, mas a tempestade complicou a situação das estradas, então eles vieram no sábado pela manhã. Nai é minha amiga de Salvador e que mora em Washington, os irmãos estão visitando os EUA pela primeira vez.

Fomos patinar no gelo. E descobri que não gosto de patinar no gelo. Quer dizer, eu não sei e não consegui aprender. E dá muito medo, muito, muito, muito. Não posso dizer que foi mega divertido, mas foi bem interessante, e eu faria novamente sem pensar duas vezes.

Foi meu primeiro final de semana totalmente de turista desde que cheguei para morar - ano passado não conta!

O final de semana foi ótimo e foi muito bom tê-los por aqui, pena que foi rápido demais.

As férias trouxeram várias coisas, descanso, festinhas, malhação, amigos... e guerra de bola de neve!!!

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Ah, a juventude...



"One of my Facebook friends" my paper is due in 36hours.i still hve to read 2books and to write the intro and the conclusion.its 5am and im back from...3 parties:S. 3 hours ago - Comment*


Tenho energia pr'essas coisas não, meu rei.




* "um dos meus amigos no Facebook" o meu artigo é para daqui a 36 horas. Eu ainda tenho dois livros para ler e tenho que escrever a introdução e a conclusão. São 5 da manhã e eu recém cheguei de... 3 festas.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Só pra registrar



Hoje foi a primeira vez que nevou "bastante" e até formou gelinho nas árvores, carros etc. Ainda não está frio o suficiente nem nevando o suficiente para ficar centímetros de neve no chão, mas até o natal...

(fotinho de um carro estacionado na frente do meu prédio)

terça-feira, dezembro 16, 2008

Quase em férias!



Falta pouquinho. Mais dois dias e serei livre. Mas perderei minha coleguinha de casa favorita. Esta semana fizemos bolinhos; eu fiz um bolo integral e ela fez um cheescake (na verdade era um flan, mas deu errado e o sabor ficou de um cheescake maravilhoso).

Uma lembrancinha desta semana.

Falta pouco, falta pouco.

domingo, dezembro 07, 2008

Até injeção na testa

Dunkin' Donuts. Dunkin' keeps me blogging. Try Dunkin' Donuts Coffee For Free. Get a Sample

Tudo ao mesmo tempo agora



Trabalhos de final de semestre, cólica, neve, chocolate quente, maquiagem, biblioteca, amigos, iPod, academia, compras, chuva, sucos, trem, gripe, Soho, Prada, peru, aulas, música natalina, sono, sorvete, saudades e Chico Buarque.

A partir de 19 de dezembro, voltarei a ser gente!

quarta-feira, novembro 26, 2008

Dia do Peru





Esta semana o Samuel me disse que este ano haverá uma comemoração de dia de ação de graças em Recife. Eu pensei, nossa que absurdo! Porque eu "aprendi" na semana passada o que era "o tal" do Thanksgiving. Este será meu primeiro Thanksgiving e vou passar com a família de uma colega de aula. Então eu comentei que nem sabia qual era a razão do feriado. E o que minhas colegas explicaram é que era relacionado à colonização dos Estados Unidos, uma celebração à chegada no 'novo mundo'.

Então não faz sentido se comemorar no Brasil por algo que tenha acontecido nos EUA. E mesmo nos EUA a "comemoração", bem lá no fundo, tampouco é legal, porque desconsidera os massacres à população indígena que já habitava essas terras.

Aí estava lendo as discussões sobre a data numa comunidade do Orkut e vi uma explicação do Thanksgiving que relacionava com uns agricultores que passaram maus bocados e depois tiveram fartura e fizeram uma ceia celebrando as graças. Não se precisa conhecer muito de história pra ver que tem algo errado. Fui olhar na wikipedia. Vi que há diferentes versões para o Dia de Ação de Graças.

Nesta reportagem aqui há uma discussão sobre o mito do Thanksgiving.

Conversei com uma das meninas aqui de casa e ela disse que algumas pessoas até sabem da "verdadeira" história, mas o motivo original da comemoração acabou se perdendo e as pessoas usam a data para celebrar as boas coisas da vida e passar em família, e comer bastante, comemorar a fartura e as amizades.

A casa aqui está praticamente vazia, todo mundo viajou ou viaja hoje. Só uma das meninas que vai passar apenas a quinta-feira (dia do Thanksgiving) na casa de um amigo.

Pelo sim, pelo não... viajo hoje e vou comer bastante peru e tirar fotos. Volto na sexta-feira!

domingo, novembro 23, 2008

Pior final de semana




Este foi meu pior de semana na terra do Tio Sam. Se por um lado foi bom conversar com minha mãezinha no sábado à noite, e comer um almocinho tri bom (que eu cozinhei) no domingo, por outro foi muito ruim não produzir coisa alguma. Foi muito ruim tentar trabalhar e não conseguir. Foi particularmente ruim ter que fazer várias pequenas paradas sociais. Almocei com meus colegas Fulbright no sábado, foi bacaninha, mas ó pelo fator social. Tomei uma sopa ruim e investi um monte de tempo. Se eu estou em casa o dia inteiro, só tenho que tomar banho e ficar no meu roupão o dia inteiro. Se tenho que sair é tomar banho, me arrumar, bla bla bla, caminhar até o ponto de encontro, ficar um tempão ainda esperando os outros, depois tem mais um tempo até definir um lugar pra ir, chegar no lugar. Senta, bate papo, come, gasta dinheiro.

Ser sociável é bom, é importante, eu gosto de ver as pessoas, claro, mas me toma muito tempo.

Depois a outra coisa ruim foi ser sociável com minhas colegas de apartamento. Eu adoro elas, elas são super queridas e sou a pessoa mais sortuda da face da Terra por tê-las como colegas de casa. Mas eu estava no espírito de querer/precisar trabalhar, e elas queriam bater papo. E eu não consigo trabalhar, parar, conversar, voltar a trabalhar. Eu preciso ficar ruminando na frente do computador, e trabalhar e parar, mas ficar aqui, rondando, lendo, parando, escrevendo, parando. Daí vinha uma, depois vinha outra. E ficavam aqui de papo. E eu adoro conversar com elas, claro, elas são super fofas e divertidas, mas eu realmente queria trabalhar.

E o Samuel e suas ligações no fim do dia. A gente já conversou um milhão de vezes para ele ligar cedo, pela manhã, quando é muito mais fácil para mim, em termos de concentração, para papear ao telefone. Porque se eu parar tudo, já noite, para falar ao telefone, sinto muito, depois não volto pra estudar.

Pode parecer tudo desculpa esfarrapada de procrastinador compulsivo, mas não é. Após anos e anos estudando, eu acabei desenvolvendo este jeito meio estranho de estudar, de me concentrar, de produzir. Se o mundo inteiro resolver me interromper após às 20h, e fazer encontros após às 20h (e que comece antes das 22h, por favor!), fica ótimo, perfeito, maravilhoso. Assim eu fico com o dia inteirinho pra trabalhar "do meu jeito". Tem gente que, contrariamente, só funciona à noite. E funcionam muito bem. É uma questão de estilo, sei lá. Ou treino.

Eu só sei que eu não funciono com várias interrupções, só isso. Isso acaba comigo e eu fico me sentindo a última das criaturas, pois não consigo fazer meu trabalho andar. Agora tenho trabalho acumulado e atrasado, e bate um certo pânico. E uma das coisas que mais me irrita é pessoas dizendo "ah, mas vai ficar tudo bem", "ah, mas depois você faz", "depois você se concentra e dá um gás". Gás? Gás??? Não, se eu não consegui produzir uma porcaria de um texto com vários dias, eu não vou produzir um em apenas algumas horas. Não entendo essa lógica. Aí, claro, tem os que dizem, ah, mas eu só funcino sobre pressão. Sim, meu bem, eu também, ou acha que eu quero escrever esses artigos só pelo prazer do conhecimento? Não, tem a pressão da data para entregar e a disciplina para concluir, e a nota, e a bolsa. "Desculpa lá", para usar uma expressão de alguém que conheço, mas eu não sou uma gênia, sou bem limitadinha até. Então, eu sou lerda. Eu preciso de tempo, e toooooda a concentração do mundo.

Escrever no blog toma tempo? Verdade, mas também exorciza. Então, para eu não ser grossa com ninguém, é melhor eu ganhar (porque não acho que é perder) esse tempo aqui.

Ah, sim, para ajudar, ontem ainda passei mal à tarde, tive ânsia de vômito e dores de cabeça tarde e noite. Acho que é o calor e o ar seco. Sim, tá quatro graus negativos lá fora, mas o aquecedor aqui transforma meu quarto numa sauna, e deixa o ar muito seco. Bebo água constantemente e passo creme hidratante nas narinas. Além disso, deixo minhas janelas abertas - super desperdício de energia, diga-se de passagem. Então acho que foi isso que me fez ficar enjoada ontem. Fiquei bem tontinha mesmo. Nunca desmaiei na vida, mas acho que a sensação de desmaiar passa perto das vertigens que senti ontem.

Oh, well... agora que já desabafei, já jantei, já vi tv e já bebi um vinho, me sinto bem melhor, e feliz pelo final de semana.

Vai entender...


quarta-feira, novembro 19, 2008

Cala a boca, Magda!

Compatriotas





Antes de vir para cá troquei emails com um colega bolsista que também viria para a mesma faculdade que a minha. Quando cheguei na cidade, fui comprar umas coisas básicas no supermercado aqui na frente de casa e, conversando com a dona do lugar, descobri que esse colega havia desembarcado também naquele dia e tinha feito compras por ali também. Vim pra casa e mandei email pra ele, comentando o fato. Mas ele nunca respondeu. Depois, nas milhares de sessões de orientação, cheguei a vê-lo um dia, quando chamaram para os alunos do Brasil se levantarem, e apenas nós dois nos levantamos. Tentei falar com ele, mas o menino havia sumido. Ok. Depois, numa recepção lá no quarteirão das Nações Unidas, no prédio chique da Fulbright, encontrei outros brasileiros: uma menina super bacana, do Rio (eu amo cariocas), e um menino que nem sei de onde é, visto que conversamos muito rapidamente. Não sei qual é o babado com os brasileiros aqui, não consigo manter contato com nenhum! Fora a Laura, e uma outra menina do Facebook, ah e uma outra do Orkut. Aliás, as brasileiras não ficam muito de frescura.

Enfim, daí, lá na Fulbright, a Laura me apresentou pro colega esse que estuda na mesma faculdade que eu. Oi, oi. Ok. Depois eu estava conversando com um outro menino não sei de onde e veio o colega esse e perguntou:

- Oi, estou procurando a Katemari, ela é brasileira também.
- Eu apontei pro meu crachá e disse, eu sou Katemari, nós já fomos apresentados.
- Não, a Katemari que eu estou procurando é japonesa.
- Ah, tá bom.

Sabe como é né gente, tem muita Katemari no Brasil. Nomezinho comum...

Comentários "aleatórios" no orkut:

Sobre as comemorações nas ruas do Harlem após a vitória do Obama:
Nao acredito que perdi essa festa! Vi da televisao e fiquei com muita preguica e confesso com um pouco de medo de sair de casa.


Sobre a localização de uma loja:
eu moro em Newark...essa loja ABC ,fica perto da Penn station aqui de Newark ... vc pega o metrô no aeroporto de Newark e desce aqui na Penn station ...sai na Ferry street , andando sempre do lado esquerdo da Ferry , passa em frente do walgreens e segue ...qualquer dúvida , pergunte a qualquer pessoa na rua , a maioria do pessoal daqui são hispanos e brasileiros ... no ABC , vc compra casacos a partir de 30 dólares, conjuntos de roupas térmicas por 5 dólares , luvas 0,99 centavos , conjunto de luvas +cachecol + gorro por 6 dólares ... vale conferir também as lojas : Easy picky e National ...confira as ofertas nos malls de Elizabeth e Jersey city , rota 21 ...se vc se animar vá à dowtown de Newark, que tem muitas lojas , mas fica na região dos negros e p/ vc andar por lá bom sozinha , pode ser perigoso ...bom , espero ter ajudado ...


Sobre segurança em Nova Iorque:

-Não andar acima da 100th st...
-Evitar de pegar metrô depois de 0hr...
-Depois de 0hr só taxi ou apé...
-Cuidado com Downtown depois das 19hrs, fica deserto...
-Cuidado com Chinatown de dia com pequenos roubos, e anoite nem pensar....
-Cuidado com latinos, principalmente porto riquenhos, cubanos...
-Se tu tiver sozinha, e tiver um grupo de negros reunidos, fazendo bagunça, Jamais passe por eles..
-Não vai andar no central park anoite...
-Não encare, pessoas mal encaradas em estações de metrô ou no próprio vagão!
-Não dê bola pra pessoas que vierem conversar contigo do nada, corta!!
-E pra evitar problemas, não toque nos americanos...




ONDE ESTÁ O RACISMO?
- Escuta aqui, ó criolo…
- O que foi?
- Você andou dizendo por aí que no Brasil existe racismo.
- E não existe?
- Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca… É, não adianta. Negro quando não faz na entrada…
- Mas aqui existe racismo.
- Existe nada. Vocês têm toda a liberdade, têm tudo o que gostam. Têm carnaval, têm futebol, têm melancia… E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita.
Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
- Eu insisto, aqui tem racismo.
- Então prova, Beiçola. Prova. Eu alguma vez te virei a cara? Naquela vez que te encontrei conversando com a minha irmã, não te pedi com toda a educação que não aparecesse mais na nossa rua? Hein, tição? Quem apanhou de toda a família foi a minha irmã. Vais dizer que nós temos preconceito contra branco?
- Não, mas…
- Eu expliquei lá em casa que você não fez por mal, que não tinha confundido a menina com alguma empregadoza de cabelo ruim, não, que foi só um engano porque negro é burro mesmo. Fui teu amigão. Isso é racismo?
- Eu sei, mas…
- Onde é que está o racismo, então? Fala, Macaco.
- É que outro dia eu quis entrar de sócio num clube e não me deixaram.
- Bom, mas pera um pouquinho. Aí também já é demais. Vocês não têm clubes de vocês? Vão querer entrar nos nossos também? Pera um pouquinho.
- Mas isso é racismo.
- Racismo coisa nenhuma! Racismo é quando a gente faz diferença entre as pessoas por causa da cor da pele, como nos Estados Unidos. É uma coisa completamente diferente. Nós estamos falando do crioléu começar a freqüentar clube de branco, assim sem mais nem menos. Nadar na mesma piscina e tudo.
- Sim, mas…
- Não senhor. Eu, por acaso, quero entrar nos clubes de vocês? Deus me livre.
- Pois é, mas…
- Não, tem paciência. Eu não faço diferença entre negro e branco, pra mim é tudo igual. Agora, eles lá e eu aqui. Quer dizer, há um limite.
- Pois então. O …
- Você precisa aprender qual é o seu lugar, só isso.
- Mas…
- E digo mais. É por isso que não existe racismo no Brasil. Porque aqui o negro conhece o lugar dele.
- É, mas…
- E enquanto o negro conhecer o lugar dele, nunca vai haver racismo no Brasil. Está entendendo? Nunca. Aqui existe o diálogo.
- Sim, mas…
- E agora chega, você está ficando impertinente. Bate um samba aí que é isso que tu faz bem.
Luís Fernando Veríssimo, 14 de Maio de 1975

sexta-feira, novembro 14, 2008

Ordem natural



Tio Obama se formou na turma de 1983 na Columbia University e foi o primeiro ex-aluno da universidade a ser eleito presidente dos Estados Unidos da América.

Eu vou me formar (espero, né) na turma de 2012 na Columbia University. Será que serei eleita a primeira presidenta negra da República Federativa do Brasil?

Amish




Este final de semana vou para Lancaster, na Pensilvânia, onde fica a maior população Amish do mundo. Então se eu sumir, se eu desaparecer, se evaporar, vocês já sabem...

quarta-feira, novembro 05, 2008

Onze de setembros






Vale a pena assistir este vídeo. Se a sua conexão for lenta, aperta no play e em seguida no pause, deixa o vídeo carregar e depois aperta no play novamente, assim o vídeo não fica parando e toca direto.



Outro dia assisti um documentário super interessante, também sobre o 11 de Setembro. Um outro 11 de Setembro. Ou melhor, um 11 de Setembro visto de outras perspectivas. O nome do filme é Divided we fall e se você tiver a oportunidade de assistir, não perca!

O filme fala sobre o que é ser "americano", quem conta como "americano" e quando. E fala também da vida dos Sikhs após os ataques às torres gêmes em Nova Iorque.

Festa da democracia



Gente, adorei este negócio de eleição nos Estados Unidos.

Aqui votar não é obrigatório, então rolam várias campanhas para estimular as pessoas a votarem, para não esquecerem de votar e tal. Não é feriado nem nada, é um dia "comum".

Mas tem umas coisinhas interessantes, como várias distribuições de coisas de graça. A Starbucks, por exemplo, distribuiu café de graça para quem pedisse. A Ben & Jerry's, sorvete. Um sex shop no West Village estava distribuindo vibradores. Teve donuts, hamburguer etc.

Eu, a Sarah e a Jackie fomos para a Ben & Jerry's aqui perto de casa, comemos sorvetinho e depois passamos na Starbucks para um café na faixa.

Então viemos pra casa e ficamos acompanhando o resultado das eleições via internet e tv. Aí, de repente, não mais que de repente, fechou um estado, o mapa ficou azulzinho (azul é democrata, vermelho é republicano; Obama, McCain). Parênteses: no programa pré-acadêmico em Miami eu tive aulinha sobre o sistema eleitoral estadunidense e ele até faz sentido. Então foi bem legal acompanhar a apuração. Fecha parênteses. Então, quando ficou azulzinho (não lembro que estado foi), era virtualmente impossível o Obama perder, porque certamente a Califórnia seria Democrata, e a Califórnia representa 55 delegados, o que já seria suficiente para somar os 270 delegados necessários. Então a gente, hein? Porque a gente viu pela internet primeiro, o estado ficando azul e o número de delegados subindo. Aí foi aquilo, ué, mas então ele ganhou? E daí 1 minuto depois a CNN na tv começou a falar que o estado esse tinha ficado azul e então o Obama tinha ganhado as eleições e tal.

E foi uma euforia geral, e daí a gente resolveu sair pra rua. Eu moro entre o Upper West Side e o Harlem. Bem bem entre os dois, o bairro se chama Morningside Heights. Então andamos umas poucas quadras e estávamos no coração do Harlem. E foi muito emocionante. TODO mundo estava saindo de casa! As ruas foram tomadas. Gente das janelas gritava. As pessoas na rua gritavam. Formou-se uma gigante multidão. Trocentos policiais apareceram para organizar o trânsito e todo o resto. Os carros buzinavam. As ruas foram fechadas por gente. E são ruas largas.

Tinha um telão na rua e ficamos assistindo os comentários. O governador de NY estava lá, tinha um palco, ele falou. E depois, o discurso da vitória. O Obama, no telão falou, e a galera enlouqueceu. Foi muito, muito bonito. As pessoas choravam. Homens, mulheres. Uma senhora asiática perto de mim tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. Foi uma cena interessante, ela, no meio da multidão negra, chorava emocionada. Senhores de mais idade, senhoras de cabelos grisalhos, todos de olhos vermelhos.

Jovens andando pelas ruas e gritando "Yes, we can!". Aliás, todo mundo gritava, pulava, abraçava, batia na mão. Foi bem bacana. Muito melhor do que halloween, meu bem!

Só é uma pena que não fui pegar o vibrador...

Fotinhos? Aqui!

Intervalo



Nem dá para acreditar, minhas últimas semanas têm sido de uma pessoa normal. Ou vadia, mesmo. Antes eu tinha tanta coisa pra fazer, taaaaaaaanta, eram tantos os 'temas de casa' e volume de leitura, e tudo, e agora a coisa simplesmente diminuiu. Pós mid-terms as coisas ficaram bem melhores.

Agora (10 de novembro, quando escrevo este texto) é que as coisas ficarão corridas novamente, mas as duas últimas semanas foram bem tranquilinhas. Foi bom.

Participei de um coquetel super bacanex na New-York Historical Society. O coquetel foi em homenagem a nós, bolsistas Fulbright. Vários dos meus colegas foram e esta na foto aí em cima é a filhinha de um amigo meu, ela é muito fofa.

Além disso, tive minhas duas primeiras saídas noturnas na terrinha. Agora meu drink favorito é vodka com cranberry. Foi bacana. Também dormi um montão e fiz comprinhas.

Merecido, merecido.

terça-feira, novembro 04, 2008

Halloween experience



Meu primeiro Halloween foi interessante. Começou com um sábado de tempo nublado/chuvoso no Central Park, numa atividade voluntária para esculpir abóboras.

Eu nunca tinha esculpido abóboras na vida, e foi bem legal. Era um bando de gente limpando abóboras, cortando, fazendo carinhas, colocando velas e depois decorando o parque. Começou às 8h da manhã e ia até o final da tarde. O Festival da abóbora começava no fim da tarde, mas as turmas de voluntários trabalhavam desde cedo. Eu me inscrevi pro turno das 11h às 15h, mas falei pra coordenadora da minha equipe que não ficaria o tempo todo porque eu tinha mid-term papers (tipo prova de meio de semestre, mas eu não tinha prova, tinha artigos) para fazer, e o prazo era na segunda-feira. Eka disse que tudo bem.

Fiquei uniformizadinha com camiseta cor de abóbora, boné cor de abóbora e fui pra mesa dos escultores. Sim, porque eu não queria ficar limpando abóbora. Foi bem divertido, mas cansativo.

Sei que o festival era beneficente, pra ajudar umas crianças aí, com alguma doença aí. Confesso que fui pela experiência das abóboras, não pelo meu desapego e amor ao próximo.

No domingo eu fui almoçar com a Anna e com a Jackie, fomos para Chinatown e comi Dim Sum. Eu AMO Dim Sum. Sim, foi a primeira vez que comi, mas agora eu amo. E amo aquele restaurante, especificamente. Depois comemos sorvetinho de chá verde na Ice cream factory e a Jackie veio pra casa estudar e fui com a Anna comprar minha fantasia de Halloween. Depois de andarmos bastante pelo West Village, encontramos a loja, experimentei umas fantasias e saí com todo o arsenal para a sexta-feira seguinte, quando desfilaria na parada do halloween.

No final de semana seguinte, e pós mid-terms teve a parada de Halloween. Eu me diverti, mas acho que agora entendo pq este povo fica deslumbrado com carnaval do Brasil, eles tinham tudo: estrutura, policiamento, um MONTE de gente, um MOOOOONTE de gente fantasiada, bla bla bla... só faltou colocar música.

Achei bacana, mas não sei se farei novamente. Parece mais um evento para tirar foto de fantasias. Mas foi divertido. O legal foi estar em um grupo grande de amigos. O chato foi estar em um grupo grande de amigos. Sabe, muito adolescente junto? Pega um monte de recém graduado e recém chegado a Nova Iorque. É muito deslumbre e pouca coordenação, o que, neste caso, prejudicou um melhor aproveitamento da festa. Na real o 'bom' do Halloween é o pós-parada. Então a parada foi bacana, o pós-parada foi péssimo.

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos e curti muito minha primeira experiência de Halloween.


Amigos e bolinho e presentinhos



Comemorei meu aniversário em conjunto com outros amigos, que aniversariaram nos dias 11, 12 e 20 de outubro. Comemoramos no dia 12 num bar aqui próximo. Foi bem bacana e a Ana (que agora mora no Brooklyn, e que eu conheci em Salvador, e que estadunidense), veio me visitar.

No bar eu tomei uma caipirinha bem boazinha e de surpressa ganhamos um bolo de presente de aniversário, decorado com felicitações e nossos nomes. Foi bem bacana das pessoas terem organizado isso.

Depois eu e a Ana caminhamos pelo bairro e paramos num Starbuck e ficamos batendo papo e tomando chazinho.

Deixei-a na estação do trem pouco depois da meia-noite e vim pra casa. Curioso foi receber um email no dia seguinte, da segurança do campus, falando sobre sete ataques que aconteceram na noite anterior, ou seja, na noite em que eu estava na rua com a Ana, sendo que um dos ataques foi exatamente na esquina da minha casa, por onde passei e na janela de horário em que eu passei. Assustador. Uma semana depois recebi outro email, dizendo que 5 dos 6, ou número similar a esse, assaltantes já haviam sido presos.

No dia seguinte ao meu aniversário chegou uma caixa de Porto Alegre, com várias coisinhas que minha mãe mandou pra mim. Se a gente tivesse combinado não chegaria tão em tempo. Foi bem bacana.

Algum tempo depois chegou uma caixa do Samuel, com vários presentinhos, e tudo embaladinho com papel de presente, e fitinhas prateadas. E cada papel de uma cor. Tão lindo. Ganhei um dvd do Gostoso Mor, um cd autografado (chiquérrimo) do Zeca Baleiro, cartão, fotos... a coisa mais fofinha da face da Terra.

Recebi vários recadinhos no Orkut, é foi bacana falar com várias pessoas. Recebi ligação de pessoas queridas no dia do meu aniversário também. Isso foi bem, bem legal.

Foi bem bacana meu primeiro aniversário na terra do Tio Sam.

É esquisito fazer 30 anos. Agora não estou mais nos 20. E nem cheguei a ler meu livro do Balzac que comprei no ano passado. Não deu tempo. O tempo voa.


terça-feira, outubro 14, 2008

Eu te entendo



It took me some time to not think of me as your boyfriend.
And it took me even longer not to think about me as your ex-boyfriend.
And it was even harder to start to think just about myself, as not related to you.

Lester, Mr. Jealousy, 1997.

sábado, outubro 11, 2008

Todo Cambia



Cambia lo superficial
Cambia también lo profundo
Cambia el modo de pensar
Cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
Cambia el pastor su rebaño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia el mas fino brillante
De mano en mano su brillo
Cambia el nido el pajarillo
Cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
Aúnque esto le cause daño
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Cambia el sol en su carrera
Cuando la noche subsiste
Cambia la planta y se viste
De verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
Y así como todo cambia
Que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
Por mas lejos que me encuentre
Ni el recuerdo ni el dolor
De mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
Tendrá que cambiar mañana
Así como cambio yo
En esta tierra lejana

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia


Mercedes Sosa

domingo, outubro 05, 2008

A inveja é uma merda




O que me deixa feliz é que (eu acho que) não estou com minhas leituras atrasadas, ao contrário de algumas colegas com quem tenho conversado. Por outro lado, fico surpresa com o volume de festa que esse povo faz. Impressionante. Eu devo ser muito incompetente. Porque eu não saio, não passeio e mal e parcamente dou conta de ler minhas coisas e fazer minhas tarefas. Ou eu sou muito incompetente, ou elas são muito boas, ou as disciplinas delas são muito mais fáceis, ou elas são menos responsáveis ou tudo junto. Sei que eu me mordo de ciúmes.

Corre-corre



A semana vôou. É impressionante. Eu mal consigo lembrar o que foi mesmo que eu fiz. Segunda: consulta com nutricionista pela manhã, reunião com professora à tarde, aula e mais aula à noite; na terça tive reunião com minha orientadora e estudei feito uma camela, li, li, li e digitei, digitei, digitei; quarta: mais aulinha pra variar, terminar um trabalho com uma colega, digitar, digitar; quinta-feira e a semana quase no fim, fui no supermercado, reunião com professora, aulinhas e uma janta bem gostosinha: super salada, queijo, baguete e vinho; sexta-feira é meu dia de folga.

Fui tomar chimarrão com um amigo, que mora na i-house, eu não tinha ido até lá ainda e acabei passando a manhã toda lá, batemos papo, tomamos mate, almoçamos e daí vim pra casa. Esperei minha hóspede chegar e no meio tempo, fiquei conversando com minha colega Jackie e fazendo as unhas (café). Depois fui na Century 21 e a Jackie foi comigo, comprei roupitchas de inverno e depois fomos assistir um ensaio duma dança Azteca, um ritual lá com muita fumaça, tambor e cantoria. Andanças, metrô e casa. Banhinho e jantinha. Foi tri boa a sexta-feira, mega cansativa, mas boa. Cansativa porque caminhamos bastante, e andamos pra lá e pra cá de metrô.

Ontem eu fiquei o dia inteiro na faculdade, num treinamento para preparar oficinas para escolas públicas de Nova Iorque. Vou mostrar coisinhas da minha cultchura pros estudantes daqui. O lance é fazer oficinas dinâmicas, ter vídeos, música e atividades nas quais as crianças (ou adolescentes) possam interagir. Estou pensando em baixar uns vídeos no You Tube: eguinha pocotó, dançar na boquinha da garrafa, créu. Assim dá pra reunir tudo, vídeo (eles assistem), música (eles ouvem) e atividades (eles aprendem as danças e treinam). Também é legal se tiver competição. Então posso fazer um concurso de quem desce mais na boquinha da garrafa, ou quem consegue fazer a velocidade 6. Se alguém tiver outras sugestões, por favor, deixe aí embaixo, nos comentários. Mas por enquanto acho que minhas idéias são geniais e altamente representativas da cultura brasileira. E tenho dito.

Depois vim pra casa fui dobrar roupas, que tinha lavado pela manhã. É, meu bem, acordei cedo. E fui arrumar a cama, guardar as compras de sexta, fazer jantinha (salada e vinho denovo) e depois fui estudar. Estudei até dormir.

Hoje acordei bem cedinho e fiquei estudando. Até há pouco. Depois vim pro computador e segui estudando, na real, pesquisando umas bibliografias. E daqui a pouquinho vou sair e encontrar dois amigos. Olha que mundo pequeno: são dois amigos que conheci em Londres (2002) e que por uma coincidência do destino estarão aqui hoje. Um, Philippe, carioca, que está morando na França, vai embora hoje à noite; o outro, Gustavo, paulista, que está morando na Itália, chega hoje à tarde. Então vamos nos encontrar às 15h, almoçar/lanchar/jantar e depois venho pra casa pra estudar, porque tenho toneladas de coisas.

E amanhã recomeça tudo...

Contente por obrigação




Daqui há pouco será meu aniversário, no dia 16 de outubro. Antevejo que vai ser um saco, que vou ter que comemorar, ver gente, bla bla bla. Adoro gente, mas não quando tenho que comemorar algo por obrigação.

Tá, eu sei que já falei toda essa ladainha aqui alguma outra vez.

Eu só quis dizer.

domingo, setembro 28, 2008

Da série: quem mandou ser pobre




Livrinho bacana. Hmm, gostei... deixa ver quanto custa na Amazon. Ainda mais que eu sou Prime, não pago taxa de entrega...

Veja o precinho você também.

Aliás, meu aniversário é dia 16 de outubro, aceito de presente.

Domingão



Hoje acordei preguiçosa. Eu tenho TANTA coisa pra fazer que a preguiça toma conta do meu ser. Lá fora tá nublado, chuvisca de vez em quando. Levantei, tirei o pijama, botei jeans e um suéter. Desci e fui no mercadinho aqui da frente, pensei em comprar uma fatia de bolo, mas tinha 280 calorias. Porra, 280 calorias por uma fatia de bolo de banana? Nem a pau! Peguei o leite (fortuna, 3.79!) e vim pra casa. Tudo no mercadinho aqui da frente é caro. Mas é exatamente na frente de casa. Eu poderia até ter ido de pijama.

Subi e fiz um mingau de aveia. Café da manhã. Aí fiquei alternando o tempo entre fazer coisas aleatórias na internet, coisas inúteis, coisas úteis.

Meio dia, fui fazer almoço. Ai, ai, o que vou comer? Decidi pegar o restinho do arroz, esquentar. Preparar um feijão. Em lata, mas é feijão. Aí refoguei cebola, alho em azeite de oliva. Hmm, cheirinho bom. Abri a lata de feijão - morrendo de medo que fosse doce, como em Londres - e joguei dentro da panela. Seja o que Deus quiser. Mexi. Salsinha. Um pouco de sal. Tudo só na fé. Ferveu. Um pouquinho de pimenta. Amassa uns grãos na panela. Pra engrossar. A cara tá ótima. E cadê a coragem de provar? Fiz mais uma panelada de arroz, enquanto isso. Resolvi fritar um ovo. Fritar sem óleo, só no teflon, se é que você me entende.

Arroz no prato. Provo o feijão. Delícia da mamãe. Vai pro prato. E joga o ovo em cima. Peguei uma salada em conserva, lavei, lavei, lavei, pra tirar um pouco do açúcar. Sim, é doce. Salada de grão de bico, feijão marrom, bege claro, vagem, cebola, uns pedaços de pimenta. Tinha tudo pra ser uma delícia, pena que tem açúcar. Lavei infinitas vezes. Botei no prato.

Meu arroz com feijão e ovo ficou DIVINO.

Dou de cara com um link pra assistir a Globo, ao vivo, online. Testei. Faustão. Ninguém merece. Assisti um pouco e desisti.

Hershey´s dark chocolate pra completar. 220 calorias. A barra inteira. Melhor do que o bolinho. Tudo bem que a barra é meio enganadora porque é bem fininha, mas fica a sensação de ser enorme. É o que conta.

Computador. Trabalhar. Escrever os bagulhos pra entregar amanhã. Adoro APA, já estou em seis páginas. Espaço duplo e running head é o que há!

Samuel ligou. Uma hora depois... Ok, vou preparar um chimas.

E agora estou de volta ao computador, e vou ver se termino este 'trabalhinho'.

E já estou pensando na janta: repito o feijãozinho delícia ou encaro a sopinha em lata delícia (ontem à noite provei uma sopinha tri boa, totalmente excelente, ao contrário daquela Campbell horrível).

Sim, eu sou praticamente o Po do Kung fu panda.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Ai que vontade que dá...




Cesaria Evora
Madeleine Peyroux

Friday, October 3 at 8 PM
Stern Auditorium / Perelman Stage

Select Another Event

Time remaining to complete your purchase: 9 minutes, 58 seconds
Section: Balcony

Row/Box Seat Seat Price Fee Sub-Total
Q 40 $35.00 $6.00 $41.00
Total: $41.00

(detalhe que Q40 é lá na putaqueopariu, né? chique não é morar em NYC, chique é ter dinheiro em NYC)

quinta-feira, setembro 25, 2008

Aniversário




Antes que setembro termine é melhor eu colocar algumas notícias por aqui.

Hoje faz um mês que estou em terras ianques. Cheguei aqui no dia 25 de setembro, desembarcando em Miami, onde fiquei por quatro dias participando de um programa pré-acadêmico no Miami Dade College.

Cheguei na capital da América Latina e fazia um calorão, abafado. No aeroporto, procurei o guichê do Super Shuttle e reservei um lugarzinho pra mim. Esperei um pouco e fui pegar um café. Quando fui comprar o café, dentro do aeroporto, percebi que mim não falar su língua e inglês não era exatamente o problema. Algumas horas depois eu descobriria que a língua oficiosa em Miami é espanhol. Impressionante. Tudo bem saber que tem um monte de latinos por lá, mas é realmente impressionante perceber que inglês é a língua que menos se escuta por aquelas bandas.

Saí do aeroporto e meu shuttle tinha acabado de chegar. Embarquei. Eu e outro menino. Ele desceu primeiro. Depois desci, no hotel. Bem bacaninha o hotel. Era cedo, acho que 10h da manhã, ou 9h, por aí. Fiquei esperando no saguão. Resumo da mega ópera: Fui entrar no quarto por volta das 17h. Total absurdo. Eu estava morta.


Foda é que eu via todo mundo chegando e indo pros quartos e só meu quarto que nunca estava pronto. Tinha uma menina que também estava ali no saguão, mas às vezes ela sumia, e estava falando no telefone celular o tempo todo, então não imaginei que ela estivesse também esperando pelo quarto. Resultou que ela era minha colega de quarto.

O programa pré-acadêmico, aliás, é patrocinado pela Fulbright. E naqueles dias o hotel estava tomado de bolsistas Fulbright. Estudantes de várias partes do mundo, reunidos naquela cidade quente e a maioria recém chegando aos Estados Unidos da América. Foram quatro dias muito cansativos, em que tinhamos atividades oito horas por dia, mais atividades sociais à noite. Entretanto foi muitíssimo divertido e foi legal conhecer tanta gente de tantos lugares diferentes, de experiências diversas e culturas distintas.


Entre as atividades sociais, fizemos um passeio de barco pela baía de Miami, jantamos num restaurente na segunda noite (adivinhe, adivinhe!) que era uma churrascaria argentina! Foi bacana comer parrillada, mas certamente aquela carne não vinha da Argentina, ou estava muito mal preparada. Não me entendam mal, estava muito boa, mas não se compara à carne que se come na Argentina.

Minha colega de quarto, Brenna, é uma menina da Costa Rica, ela é fofinha, simpática, perspicaz e tem um bom senso de humor. Um achado. Outra pessoa bacaníssima que conheci foi o Daiyu, um japonês todo doce. Ele é a serenidade em pessoa. Nesse grupo de bolsistas tinha um brasileiro, Guilherme, de São José dos Campos. Ele foi para Princeton. Eu acho. a Brenna foi para Emerson, em Boston - onde vários dos Fulbrighters foram e o Daiyu foi para Columbia, em Nova York e é meu colega!

Pois sim, agora estou a residir na Big Apple e a estudar numa Ivy League. Chique, muito chique. Tudo bem, chique seria morar de frente para o Central Park, e ter um monte de dinheiro para gastar em NYC. Tá, calma, deixa eu voltar para Miami.

Na sexta-feira, 29 de Agosto, saí de Miami bem cedinho e vim para Nova Iorque (eu nunca sei se devo escrever Nova Iorque, Nova York, New York... para me safar disso eu normalmente escrevo NY ou NYC). Na madruga, reservei um Super Shuttle para a manhã, foi uma maravilha, especialmente porque vi meus colegas e outras pessoas saindo do hotel no mesmo horário e tendo dificuldade em conseguir táxi. Tinha fila de espera e o tempo era longo. O shuttle chegou na horinha combinada (6 da manhã) e depois de pegar mais uma pessoa, foi diretamente para o aeroporto. Cheguei lá, fiz meu check in na fila gigante e fui pra sala de embarque, comprei um lanche - porque não tinha tomado café no hotel, que começava só às 6h30) e logo em seguida começou o embarque. Terminei meu café na aeronave.


Desembarquei no JFK, peguei um iogurte e minhas malas. E, novamente, fui procurar o balcão do Super Shuttle - esse serviço é um espetáculo: muito mais barato do que taxi e tem em vários aeroportos dos EUA; a idéia é dividir o transporte com outras pessoas que estão indo para o mesmo lado e te deixam na porta, como táxi. Esperei um pouco e chegou meu shuttle. Mas demorou um tempão até eu chegar em casa, pois antes de mim o motorista deixou várias pessoas antes, eu era a última a ser deixada, e antes de me deixar, ele ainda pegou uma menina que estava indo pro aeroporto, e era na rota.

Cheguei no meu novo lar doce lar, peguei a chave e a menina subiu comigo, mostrou onde era e tal. Moro num apartamento (cujo nome 'técnico' é suite) com seis quartos, banheiro, cozinha. O banheiro é dividido em dois: a parte do sanitário em si, com espelho e pia; e outra parteque tem três pias, espelhos e banheira. Meu quarto não é enorme, mas não é pequeno, tem duas janelas e uma tem vista para o pátio interno da faculdade. Sim, moro numa das residências da universidade. É um espetáculo: levo 10 minutos do meu quarto até a sala de aula. Isso se o elevador demorar. Moro há dez quadras do Central Park, entre o Upper West Side e o Harlem. Tem estações de metrô aqui perto e farmácias, vários supermercados, delis, de tudo!


Estou no departamento de Matemática, Ciências e Tecnologia do Teachers College e meu nome, sobrenome e nome do meio nestas últimas semanas tem sido: estudo. Tenho lido horrores e tenho pouco tempo para qualquer outra coisa. Além das várias leituras, tem os trabalhos para entregar. E tenho que lidar com as coisas da vida, como burocracias de quem recém mudou de casa, cidade, país. Apesar das burocracias, não posso reclamar de nada, tudo tem fluido super bem, as meninas do apartamento são legais, já estou equipada com coisas de cozinha, e cozinhando, já tenho tv, celular, impressora e várias outras coisinhas pra casa, tenho o "cpf" daqui, conta em banco, cartão de fidelidade de supermercado (praticamente um bomclube!) etc.

Os dias têm sido bons, quentes, sol. Apesar de umas chuvinhas nums dias. Desde ontem começou a esfriar, incrível como o outono se faz presente. Até então eu estava só de havaianas, blusas de alcinhas, vestidos...


Ah, sim, além dos estudos e das burocracias, tem as atividades sociais, e são muitas! Tenho tentado evitá-las. Pelo menos agora pararam as orientações e as boas-vindas (ontem teve a última, mas eu não fui). Eu nunca fui tão orientada em toda minha vida. Primeiro foram os quatro dias de orientação em Miami. Depois teve orientação aqui para novos alunos. Depois orientação para novos alunos internacionais. Orientação para novos residentes. Orientação para novos alunos do Departamento... e na mesma linha, as boas-vindas! Isso só considerando as atividades da universidade, fora as da Fulbright. O escritório geral da Fulbright nos Estados Unidos é... adivinha onde... claro, em Nova Iorque! Já fui lá algumas vezes, é um prédio beeem bacana, em frente às Nações Unidas. Fica no quarteirão das Nações Unidas.

Desde o final de semana passado eu tenho televisão e então comecei a assistir os programas de tv estadunidenses. Por Deus! Tem cada coisa. Legal que tem coisas bem estilo Márcia. Eu amo, né? E CSI? E Law and Order? Ai, que delícia. Acordo todos os dias com a tv despertando, na CBS, vejo as notícias do dia. A qualidade jornalística aqui não é lá tão melhor do que a nossa, acreditem!

Ainda não entrei na fase de ler o NY Times diariamente, mas volta e meia dou uma olhada. A única coisa que faço diariamente, chova ou faça sol é falar com o Samuel. Viva a tecnologia Voip. Fizemos um negócio que por seis reais por mês ele pode me ligar ilimitadamente, pro telefone de casa ou pro celular. É uma maravilha.

Outra maravilha é a Ikea. Já fui duas vezes, e em promoção. Fui na Target também, e no Sam's club. Minha geladeira está abastecida até a próxima geração (tri exagerada, ahahah). Outra coisa legal que aconteceu aqui do ladinho foi o debate entre o Obama e o McCain. Sim, foi aqui na universidade! E eu estava em aula. Quando saí da aula o debate ainda não tinha acabado, eu fui lá, mas estava tão cheio o local que eu fui para a biblioteca, imprimir umas coisas. Mas mesmo dentro da biblioteca dava para ouvir o pessoal lá fora apaludindo, rindo etc. Foi no dia 11 de setembro. Tenha medo!

(gatinha sem boca, porquinho cofrinho que ganhei no banco e viadinho para eu não esquecer...)


Por ora é isso, vou comer alguma coisa agora e depois vou para a aula. E vou tentar escrever mais vezes no blog, e textos menores.

Eu não estava pensando em ir ao Brasil tão cedo, mas hoje até dei uma olhada nas passagens aéreas. Eu até poderia passar o ano novo aí. Por mil e duzentos dólares (com taxas, ida a volta). Sei não, sei não.

sexta-feira, setembro 12, 2008

Agosto ou Making a long story short



Na verdade começarei por julho, pelo final de julho e os dias corridos. Mudanças. Mudar de casa, de cidade, organizar transportadora, pedir demissão, despedir-me dos amigos.

A mudança Salvador-Porto Alegre (e a transportadora) foi uma novela à parte que vou pular os capítulos, passando diretamente para o final feliz e da chegada sã e salva das minhas coisinhas na capital gaúcha. Também teve a parte do bazar. Vendi praticamente todos os meus móveis, muitos objetos pessoais, eletrodomésticos etc.

Duas semanas antes de partir da soterópolis, organizei um pequeno almoço com pessoas queridas para dar o tchauzinho, para as pessoas e para o meu bairro preferido na cidade. Foi um dia lindo de sol, numa semana cheia de chuvas. E foi muito bom estar entre pessoas que gosto muito e que tive a sorte de conhecer durante minha estada de quatro (wow!) anos na Bahia.




Na semana seguinte foi a vez do tchau para meus alunos e apresentar a nova professora ao Departamento. Num desses "acasos" do destino, a nova professora, que foi escolhida através de processo seletivo com anúncio veiculado na Sociedade Brasileira de Física, já era minha conhecida, e eu nem sabia! Num Simpósio no Maranhão ficamos no mesmo hotel, quando fomos até os Lençóis Maranhenses. Eu não lembrava dela, só fiquei sabendo quem era quando a seleção já havia terminado e conversamos ao telefone após sua mudança para Salvador - ela é de Minas, estava morando no Rio e mudou-se para a soterópolis. Mundo (de físicas) pequeno.

Eu certamente sentirei saudadades da U efs, e dos alunos, das disciplinas, dos meus colegas. Não, não sentirei saudades de acordar às 4h30 da madrugada. Nem um pouquinho, mas da comidinha do Seu Maia...




Últimos dias em Salvador, mudança feita, apartamento esvaziado. Pintar apê, desligar telefone, fui dormir na Luzia no sábado à noite, domingo voltei pro apartamento: faxinar. Na segunda-feira: imobiliária, documentos na Ufba, burocracias finais e... aeroporto. Fui para Recife na madrugada de segunda para terça-feira. Na terça pela manhã fui para o Consulado. Visto autorizado. Pago Sedex. E mais despedidas. Na quarta-feira pela manhã voltei para Salvador. E o avião atrasou. Despedidas infinitas no aeroporto. Quinta-feira, 31 de julho, manhã de tempo bom, e eu finalmente me despedi de Salvador. No táxi, pelo caminho, um olhar diferente para as ruas da cidade.



Ai, voltar para casa. Eu sempre gostei de aterrisar em Porto Alegre, sempre gostei da sensação de sobrevoar a cidade, sempre procuando pelo meu prédio, procurando identificar o Morro Santana, a Manoel Elias, olhando as ruas, lembranças, memórias. E sempre que eu saio do desembarque, ela está lá, no saguão do aeroporto, toda fofinha me esperando. Sempre. Não importa a hora que eu chegue, o dia, se faz frio ou calor, se tem trânsito ou não, ela nunca se atrasa, parece até que nunca se cansa. Minha mãezinha está sempre lá.

Passei três excelentes semanas em Porto Alegre. Três semanas de paparicos e mimos. Fiquei doente, pra variar - haja saúde para aguentar a variação térmica daquela cidade! Nossa, como é bom ficar doente em casa! Mamãe fez chazinho e levou para mim na cama. Esquentou bolsa de água quente e colocou sob meus pés. Mais paparico, impossível!

Saí com meus amigos Raquel e Cássio e foi tão bom. A Raquel também, sempre está lá. E sempre disposta para ir a qualquer canto, a qualquer hora. Haja disposição!

Foram semanas de muitas lembranças, recordações, descansos e muito trabalho. Desencaixotei a mudança de Salvador, organizei tudo no meu antigo/eterno quarto. Fiz uma limpeza geral no quarto, joguei muita coisa fora: provas de química orgânica, listas de exercício de quântica, cadernos, folhas, experimentos para alunos... lixo, lixo, lixo.

E nas organizações encontrei muitas coisas bacanas, e me deparei com fotos gostosas. E foi tão bom...




E neste período em casa aconteceu a coisa mais legal da minha vida: uma festa surpresa de despedida! Foi uma "surpreendente festa surpresa". Minha mãe organizou uma festa desde quando eu estava ainda em Salvador. Contatou amigos, familiares, colegas que eu não via há anos, ensino fundamental, médio, superior. Foi muito bacana, rever pessoas que eu amo muito, pessoas que eu sinto falta, pessoas de quem eu gosto, pessoas que gostam de mim. Foi profundamente emocionante e me fez muitíssimo feliz. Eu jamais imaginaria uma festa surpresa, e nem me passaria pela cabeça conseguir rever todas as pessoas que revi.




Teve uma "ala" de amigos que não pode ir no churrasco - e teve o Eduardo, que foi mas não conseguir encontrar a churrasqueira certa no salão -, é o povo de Pelotas. Então minha mãe sugeriu que fossemos até lá. E a Raquel, que é pau pra toda hora, topou ir junto. E fomos as três para o sul do estado e lá encontramos outra fração de amigos maravilhosos, de pessoas que eu gosto muito e que eu tenho o privilégio de ter na minha vida. Passamos momentos fantásticos e nos divertimos muito na casa do Adriano e do Maicon, com direito a lareira e um monte de comida. Apesar de cansativa e rápida, a viagem foi "fabulosa".


As mudanças, os investimentos, os sacrifícios, as ausências, os apertos, os cansaços, os obstáculos, as privações, preocupações e anseios, só são suportáveis porque existem pessoas na minha vida que estão sempre presentes, independentemente das distâncias, dos contatos. Eu não tenho irmãs nem irmãos, mas minha família é enorme, meus amigos são minha família e são as pessoas que merecem "um mundo melhor" (é clichê, eu sei), eu já tenho o melhor delas.





E no mês de agosto também aconteceu a comemoração do aniversário da minha mãezinha, com direito a bolo com velhinhas, amigas, vinho e carreteiro, tchê!

No mesmo dia do niver da mãe, chegou em Porto Alegre um casal de amigos, que veio do Rio para, entre outras coisas, se despedir de mim, a Ana e o Marco. Também acabei visitando minha amiga Simone, colega do Ensino Fundamental. Aliás, restabeleci, de forma mais efetiva, certos contatos com amigas daquela época e foi ótimo!

Mas não pense que foi só isso não, além de todas essas despedidas, ainda rolou uma saideira no sábado, às vésperas da minha partida, na tradicional confeitaria Maomé. Ainda aproveitei um pouquinho do nem tão tradicional "brique do sábado" - mas que está bem bacana, vale a visita. E foi assim, na saideira, que ainda tive a chance rever a Rosane e a Cris. Nossa, fazia muitos anos que eu não via a Cris e foi tão bom, ela é uma pessoa muito bacana e de quem eu gosto.






No domingo, tudo foi uma maravilha. Acordei, fiz as unhas - a manicure foi lá em casa -, me arrumei e fomos para o aeroporto. Meu vôo era bem mais tarde, mas a janela da conexão ficaria muito apertada, então fui cedo para tentar embarcar em outro vôo e deu tudo certo! Embarquei no primeiro vôo que tinha e foi tudo perfeitinho, e fiquei horas e horas em Guarulhos, mas que passaram voando, foram horas e horas conversando com o Samuel no telefone, até a hora do embarque.

E desse mês, e dessas mudanças , dessas alegrias, dos mimos, de tudo, eu só posso agradecer mais uma vez, e denovo, e sempre, a minha mãezinha fofa.