Gente, adorei este negócio de eleição nos Estados Unidos.
Aqui votar não é obrigatório, então rolam várias campanhas para estimular as pessoas a votarem, para não esquecerem de votar e tal. Não é feriado nem nada, é um dia "comum".
Mas tem umas coisinhas interessantes, como várias distribuições de coisas de graça. A Starbucks, por exemplo, distribuiu café de graça para quem pedisse. A Ben & Jerry's, sorvete. Um sex shop no West Village estava distribuindo vibradores. Teve donuts, hamburguer etc.
Eu, a Sarah e a Jackie fomos para a Ben & Jerry's aqui perto de casa, comemos sorvetinho e depois passamos na Starbucks para um café na faixa.
Então viemos pra casa e ficamos acompanhando o resultado das eleições via internet e tv. Aí, de repente, não mais que de repente, fechou um estado, o mapa ficou azulzinho (azul é democrata, vermelho é republicano; Obama, McCain). Parênteses: no programa pré-acadêmico em Miami eu tive aulinha sobre o sistema eleitoral estadunidense e ele até faz sentido. Então foi bem legal acompanhar a apuração. Fecha parênteses. Então, quando ficou azulzinho (não lembro que estado foi), era virtualmente impossível o Obama perder, porque certamente a Califórnia seria Democrata, e a Califórnia representa 55 delegados, o que já seria suficiente para somar os 270 delegados necessários. Então a gente, hein? Porque a gente viu pela internet primeiro, o estado ficando azul e o número de delegados subindo. Aí foi aquilo, ué, mas então ele ganhou? E daí 1 minuto depois a CNN na tv começou a falar que o estado esse tinha ficado azul e então o Obama tinha ganhado as eleições e tal.
E foi uma euforia geral, e daí a gente resolveu sair pra rua. Eu moro entre o Upper West Side e o Harlem. Bem bem entre os dois, o bairro se chama Morningside Heights. Então andamos umas poucas quadras e estávamos no coração do Harlem. E foi muito emocionante. TODO mundo estava saindo de casa! As ruas foram tomadas. Gente das janelas gritava. As pessoas na rua gritavam. Formou-se uma gigante multidão. Trocentos policiais apareceram para organizar o trânsito e todo o resto. Os carros buzinavam. As ruas foram fechadas por gente. E são ruas largas.
Tinha um telão na rua e ficamos assistindo os comentários. O governador de NY estava lá, tinha um palco, ele falou. E depois, o discurso da vitória. O Obama, no telão falou, e a galera enlouqueceu. Foi muito, muito bonito. As pessoas choravam. Homens, mulheres. Uma senhora asiática perto de mim tinha lágrimas escorrendo pelo rosto. Foi uma cena interessante, ela, no meio da multidão negra, chorava emocionada. Senhores de mais idade, senhoras de cabelos grisalhos, todos de olhos vermelhos.
Jovens andando pelas ruas e gritando "Yes, we can!". Aliás, todo mundo gritava, pulava, abraçava, batia na mão. Foi bem bacana. Muito melhor do que halloween, meu bem!
Só é uma pena que não fui pegar o vibrador...
Fotinhos? Aqui!
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