segunda-feira, julho 31, 2006

Angústia 2





Êta semaninha angustiante, tchê!
Hoje passei o dia inteiro com aquela sensação horrível de dor na boca do estômago. Uma ânsia de vômito, um mal estar. Um fluxo intenso de pensamentos na mente. E uma noção de que há trabalho para ser feito, ainda que eu não consiga me concentrar para fazê-lo. Aliás, concentração é algo que está passando longe de mim hoje. Mas Deus é pai, não é padrasto (coitadinhos dos padrastos)...

...e pelo visto eu tenho mais sorte do que juízo: sei lá eu porquê - não sei, não quero saber, e nem vou perguntar para quem possa sabê-lo - tinha mais dinheiro na minha conta do que eu esperava. Assim, minha angústia 1 foi diminuída e ficarei com dívidas "só" até outubro. Será que foi adiantamento de parte do 13o? Sei lá, só sei que veio bem a calhar.

Da uma vontade de gritaaaaaaar!

Leituras




Ontem ganhei um livro de presente. Chama-se Equador, de Miguel Sousa Tavares, escritor português. São 500 e tantas páginas. Já tenho leitura garantida para as férias em Porto Alegre. Acho que a biografia da Marie Curie vai ter que esperar.

Le weekend



Oito da noite numa avenida movimentada. O casal já está atrasado para jantar em casa de uns amigos. A morada é nova, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair.
Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. Ele tem certeza de que é à direita. Discutem.
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.Mas ele ainda quer saber:
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava a ir pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais... E ela diz:
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!



O meu final de semana até que foi bem bom. Quer dizer, foi estranho. Começou mal - agora que eu estava lembrando -, ficou bom, ficou ótimo, e depois ficou uma merda.

Os fatos: ninguém começa bem um findi quando a primeira notícia matinal é de que se engordou um quilo. Depois disso fui para a academia, muito contra a minha vontade. Fiz esteirinha e a série C, odiando muito tudo isso.

Depois, casinha. E prostração.

Organizei algumas coisas dos filmes baixados na internet, gravei uns dvds. Vi Brazil beyond citizen Kane e achei ótimo. Acho que só eu não conhecia, mas tudo bem. Pra quem nunca viu, vale muitíssimo a pena. E vi também o primeiro episódio da nova série Hidden Palms (já viu, Du?). Bem legalzinho.

No domingão, lavei duas levas de roupa, fiz comidinha - ficou tri bom meu arroz-, fiz pé e mão. E fiquei vendo vários dvds da série Acústico MTV. Sorvete de creme com granola. Depois fui no show da Maria Rita, na concha acústica do Teatro Castro Alves. Logo na entrada, encontrei com a fofa da Naiara. Depois do show nos reencontramos e fomos todos (Marisa, Ester, Pedro, Naiara e cunhado) pro Habeas Copus, na Barra. Tava bem legalzinho, fazia um tempão que não via a Nai, desde a minha defesa.

Só é uma pena que o fim, fim do final de semana tenha sido muito chato. Suficientemente desagradável para fazer a semana começar mal.

Já tenho tossido menos, bem menos. Consegui dormir melhor nestas duas últimas noites, por exemplo.

Tenho tanto trabalho para fazer, que desanimo. Acho que não vou dar conta de tudo. E também não tenho muita vontade de fazer as coisas. Preciso terminar de preparar um seminário para a semana que vem. E de traduzir e organizar um painel. E começar a escrever um artigo. Bem, já escolhi um título, foi um avanço. Tenho que começar a fechar as notas deste semestre e preciso muito falar com a direção de escolas para organizar os estágios do próximo semestre. O que significa peregrinar por Feira de Sananta. Aliás, passarei quase a semana toda em Feira. Até o final do semestre terei que ir pra lá de terça à sexta. Ninguém merece acordar às 4h30 da madrugada tantos dias - seguidos! - na semana.

Uma coisa de cada vez. Uma coisa de cada vez.

Alguém tem um pouco de ânimo pra me emprestar?

domingo, julho 30, 2006

Gente sem noção



Por que tanta gente tem essa mania de querer adicionar os outros no Orkut? E com o falso pretexto de querer 'fazer amizade'. Sou eu muito difícil ou de fato o conceito de amizade está assim tão superficial?

Exemplo light de uma menina de Ribeirão Preto(!):

Gisele: oi,Katemari;me aceita no seu orkut,pois gosto de fazer amizades novas,e tbm temos muitas comunidades em comum beijos.

Katemari: Oi, Gisele,
você chegou a ler meu perfil?

Gisele: Katemari me desculpe ter tentado te adicionar como minha amiga,e´que gosto de fazer novas amizades,e quando vi que vc é da Bahia me enterrecei (sic) em ser sua amiga mas me desculpe.....

Eu tenho o maior enterrece em fazer novos amigos. Adoooooro fazer novos amigos. Mas... menos, né? Menos.

Angústia




Odeio, odeio, odeeeeio quando eu faço isto.
Que merda.

Eu sei que sempre dá merda. Sei que não deveria ter feito isto. Sei que depois eu me arrependo. Ainda mais com tal montante.

Explico: fiz uma compra. Uma compra grande e parcelada. Primeiro: odeio compras parceladas. Agora ficarei os próximos 6 meses, ou seja, até DEZEMBRO, pagando conta. E uma conta alta. Se meu orçamento já estava comprometido, agora está muito comprometido. Eu não sei porque fiz isso. Já me arrependi, já chorei, já fiquei com raiva de mim.

Explico melhor: eu quero uma mesa e quatro cadeiras. Existe um programa de televisão chamado Leo Madeiras. Eu entrei no site deles e pedi a indicação de um marceneiro. Ligou-me uma arquiteta, a Lúcia. Ela e o marido possuem uma marcenaria. Ela veio aqui em casa, mediu a casa toda, conversamos. Eu falei que queria uma mesa e quatro cadeiras.

Ontem ela veio aqui. Quer dizer, eles vieram. Aí ela trouxe os desenhos com planos para o quarto, a sala, a cozinha e a área de serviço. Tá. E os valores também. Ok. Agora pergunto, caro leitor, qual o valor da mesa e das cadeiras? Não sabe? Eu tampouco. O valor foi feito para a sala inteira, o quarto inteiro, e assim por diante. Não tinha o valor das coisas separadamente. Tá. Ainda assim, não havia cadeiras incluídas no projeto. Preciso comprá-las separadamente.

O que deveria eu fazer? Agradecer, pegar o projeto e pensar na vida, certo?
O que eu fiz? Fechei o projeto pra sala.

Sem as cadeiras.

E não é só isso!

Você viu o trabalho que eles fazem? Viu amostra de mesas, de armários, essas coisas? Não? Que coincidência.

Como é que eu, tão cheia de coisa, tão enjoadinha, toda cuidadosa com compras, pude fazer uma coisa dessas? Eu não posso comprar nada impulsivamente porque me arrependo. E agora vou rezar para que esse caso seja diferente. E que os móveis fiquem lindos e que tudo dê certo. Ah, e que eu consiga achar cadeiras baratas (o que é excludente, não existe cadeira barata). Mas acho que as cadeiras só poderei comprar ano que vem. Que ótimo, não? Tudo o que eu queria era uma mesa e quatro cadeiras.

Mas eu tenho fé. O ponto positivo é que eu gostei da arquiteta. Digo, achei-a simpática.

Preciso dizer que não vou mais pro Uruguai?

sexta-feira, julho 28, 2006

Correria, correria





Terça, vim pra Feira. Na quarta foi feriado, fiquei em casa, fiz almocinho, a arquiteta foi lá em casa, dormi à tarde, Jump à noite. Na quinta também vim pra cá e hoje estou aqui.

Novidades: agora tenho um super hiper ultra forno de microondas!!! Comprei na terça à noite, Electrolux, 21 litros. É pequeno, mas não muito. É grandão, mas não tanto. Está ótimo!

Continuo com uma super tosse do CARAAAAALHO que mal me deixa dormir à noite. Está um inferno. Semana que vem terei que marcar uma consulta médica. Já tomei chá, mel, estou no segundo vidro de xarope... e a tosse não passa.

Ah, também fiz super comprinhas de roupas. Dois vestidinhos, uma bermuda, uma blusinha, um shortinho... só itens muito essenciais na minha vida e em super promoção.

Falando em promoção, comprei uns conjuntos de toalhas de banho na Tok Stok. Com toalha de banho gigante, uma delícia! E um tapetinho pro banheiro (finalmente, mãe!!!). Em 4 lindas vezes.

Ah, sim, sim... e resgatei o dinheiro da ladroagem do Ourocap, por isso comprei essas coisas todas, porque eu estava zeradaça de grana.

Hmmmm, o que mais?
Siiiiim, a diarista. Na semana passada foi uma diarista lá em casa. Indicação de uma amiga. Mas foi decepcionante: não limpou tudo, e o que limpou não ficou bem limpinho. Por exemplo, não lavou os vidros da janela - item mais do que importante! Limpou a cozinha, mas não passou um paninho nos azulejos, assim... tem váaaarias teias de aranha nas paredes da cozinha (tem muitas aranhas na minha casa, eu acho). Sabe aquelas teinhas que ficam e tal... pois é! Deveria ter tirado, não deveria?

Eu sei que sou enjoada, sou chata e todas essas coisas, mas vou experimentar outra e ver se gosto mais.

No mais, estou morrendo de fome!!!

Vou almoçar!

terça-feira, julho 25, 2006

Cidadania Eletrônica





Outro dia fui numa festinha triiii boa. A idéia é reunir bons djs e cobrar além do ingresso, alimentos para serem doados a instituições de caridade aqui da terrinha.

A questão era: festinha que prometia ser boa + possibilidade de gastar pouco com isso.

Chamei o Olavo, claaaaaaro. Parceria pruma festa eletrônica, sempre ele. Ele topou. Rebolei pra consegui o máximo de descontos possível: entrei em comunidade no orkut, mandei email, fui um dia antes buscar... e o resultado foi um ingresso de 12 reais mais 1kg de arroz e outro de feijão.

No fim da noite o Pedro convidou pra jantar. Fomos. Depois voltei pra casa, liguei pro Olavo e nos jogamos na pista do Rock in Rio Cafe, onde me acabei com batidinhas a noite inteira. E de saltinho. Até meus pés não aguentarem mais, claaaro. Onde já se viu não ir de tênis ou papete. Bem feito. Tá, aí fiquei lá, de Madalena Descalça. Mas aproveitei muuuuito.

Acontecerá o eventinho todo o santo mês, até o final do ano. Vale a pena!

O inferno são os outros




Lembro-me de um dia, lá no Campus do Vale, no restaurante da Faurgs, de uma cena entre um casal de colegas da Física.

Menino acompanhado da namorada chega na mesa, puxa uma cadeira, e senta. Puxa outra cadeira e joga, literalmente, a mochila.
A menina namorada está em pé, ao lado dele.
Ele olha pra cima, pra ela, e aponta para uma cadeira vazia do outro lado da mesa, dizendo:
- Senta aí!

Eu lembro que fiquei real e profundamente chocada. E me perguntei o que uma menina lindinha, meiga, inteligente, educadinha, fazia com um cara daqueles. Achei um absurdo.

Essa cena me marcou tanto que até hoje eu me lembro e volta e meia me faz pensar o que faz com que algumas pessoas se sujeitem a outras, ou a certas coisas.

quinta-feira, julho 13, 2006

quarta-feira, julho 12, 2006

Cotidiano




A semana está mega cansativa e loooooonga, mas o curso está bem bom, uma pena que seja condensado.

Minha casa tá uma zona e uma sujeira, mea culpa: não estou com a menor vontade de limpar vidros e azulejos, ainda que preciso.

Faz tempo que não falo com o Eduardo, estou com saudades.

Minha mãe mandou mensagenzinha esta semana, com saudadinhas. Fofa.

Sábado tem uma festa que estou louca pra ir, espero continuar com vontade no dia, e ir. E que seja boa.

Como boa consumista que sou, meus sonhos de consumo desta semana são: porta cartão de crédito, porta revista de pêndulo da imaginarium, sofá e caixinhas de plástico da tok stok, capa pro iPod do ebay. Tá, acho que é só. Essa semana. Não, esta semana o microondas não está na lista. Essa semana.

Parece que a vida está melhorando pro Pedro agora. Coitado, os primeiros meses no Brasil foram só de azar, praticamente. Acho que agora o pobre vai conseguir ter internet em casa, ter bens no nome dele, montar casa, estar com novos amigos. É difícil morar num lugar novo, começar vida nova. Não sei o que tanta gente vê de glamour nestas adaptações. Cadum, cadum.

Mas se eu ganhasse na mega sena acumulada, iria morar um ano na França. Certamente.

Por que não tem nada que preste na tv aberta?

Vou-me ao berço, amanhã tenho aula cedo. Denovo.

quinta-feira, julho 06, 2006

Eu tenho inveja de mim



Seja eu, seja eu,
Deixa que eu seja eu
E aceita o que seja seu
Então deita e aceita eu

Molha eu, seca eu
Deixa que eu seja o céu
E receba o que seja seu
Anoiteça, amanheça eu

Beija eu, beija eu, beija eu
Me beija
Deixa o que seja seu
Então beba e receba
Meu corpo, no seu corpo
Eu no meu corpo
Deixa, eu me deixo
Anoiteça, amanheça




Várias coisinhas legais no trabalho, continuo adorando meus aluninhos, continuo odiando acordar muito cedo, me irritando profundamente com sujeira, e estou com a cabeça cheia de idéias boas e parece que o mundo está se abrindo e A verdade aparecendo. Não uma fácil verdade, peut être, mas fazer o quê? Não tem sido fácil, sempre. Então, que venha!

Hmmmm, deixe-me ver o que mais? O findi promete cineminha e a semana que vem será de aulas. Vou fazer um curso de segunda à sexta, das 8h às 12h e das 14h às 18h.

Sometimes I feel so bad, so bad
Sometimes I wish that life was never ending,
But all good things, they say, never last

All good things that say, never last
And love, it isn't love until it's past


A vida vai bem, obrigada. Orçamento do mês feito. No papel tá tudo bonitinho, posso comer fora uma vez por semana, ir no cinema uma vez por semana, academia três vezes por semana e ir pro Uruguai em agosto. Vamos ver se vai funcionar.

I'm having a good time
Please don't blame me
I'm knocking myself out
Don't you try to tame me
Let me have my fun
I ought to have my flame
Some folks say I'm blowing the top off
But talk don't mean a thing

I'm living my life while I'm living
Tomorrow I may die
That's why I'm having a ball today
I ain't passing nothing by
So if I make my bed high
That's my problem, let me lay
Having a good time living my life today


O tempo está gostosinho. Esta noite choveu horroooores e eu dormi feito um bebê-pedra, como não fazia há tempos. Às vezes até eu tenho inveja de mim.

quarta-feira, julho 05, 2006

De como a realidade emerge das interpretações





Se uma rã for colocada num recipiente com água quente, ela imediatamente saltará para fora desse recipiente. Se, em vez disso, for colocada num recipiente com água fria, que vai sendo aquecida gradualmente, a rã não será capaz de detectar a acumulação de pequenas alterações. Acabará por morrer. (Weick, 1979)