sexta-feira, junho 29, 2007

Fotos da viagem



Calgary...





28 de junho de 2007

Okaaaaaaaaay. Agora são 23h de quinta-feira, 28 de junho e estou no aeroporto de Calgary. Estou aqui desde às... às... sei lá, deixa eu começar a história do começo.



24 de junho de 2007, domingo

Peguei um vôo lotadaço em Dallas e tentei dormir, expremida entre duas meninas, uma mexicana sentada a minha direita e uma outra menina, à esquerda. O avião estava muito seco, tão seco que lá pelas tantas eu levantei e fui no banheiro molhar uma toalhinha e colocar no rosto. Meu nariz doía.
Tá, depois a senhorinha lá do avião (também conhecida como aeromoça, ou comissária de bordo, é que comissária de bordo é muito comprido e formal, e de moça aquela aero já não tinha mais nada). Então, a senhorinha entregou o formulário aquele pra preencher, dizendo que eu não estava carregando mais de 10 mil dólares, nem comidinhas, aquela coisa toda. E a guria à esquerda me pediu uma caneta. Aí eu olhei, assim, en passant, porque estava no meu campo de visão... nacionalidade: brazilian. Daí eu "ah, tu és brasileira" (ao que se fosse eu teria respondido, não, koreana, mas a mocinha não era grossa e disse que sim). E daí ficamos batendo papo. No fim, acabamos pegando um táxi juntas, já que ela morava pros mesmos lados que eu deveria ir, e rachamos o táxi. Aliás, lenda 1: não, não se aceita facilmente dólar americano (estadunidense) aqui no Canadá. Sim, troque seu rico dinheirinho. Não, não deixe pra trocar aqui, porque todas as casas cobram cerca de 3 dólares por transação. Um roubo.

Dica: para trocar dinheiro, compre em algumas Starbucks, eles aceitam dólar por dólar, tudo 1 a 1. Aí vale a pena dar uma nota grande pra comprar um cafezinho, e ficar com troco canadense.

Ok, cheguei na universidade. Ah, sim, olha que tri, os táxis aqui aceitam cartão de crédito, um espetáculo. Aliás, espetáculo é este tal de Visa Travel Money (www.rendimento.com.br), meu, é muito bom, recomendo. E me arrependo de não ter colocado mais dinheiro nele. Mas ainda posso fazê-lo, daqui.

Tá, continuando. Cascade Hall, ou meu lar pelos próximos dias. Cara, indescritível: prédio bonitinho, recepção mega simpática, o quarto um espetáculo, internet incluída, wireless no meu quarto, acesso à biblioteca da universidade, acesso a todo conteúdo do SpringerLink. Bah. Eu quero morar numa universidade assim. O ap tinha 4 quartos, sala com sofazinho, cozinha com geladeira, fogão, microondas, banheiro com banheira, toalhas, sabonetinhos. Espetáaaaaaaaaculo. O quarto, caminha, armário, cadeira de escritório, closet, cabites.

Estava tudo muito bem, não fosse o frio do caraaaaaalho. Putz, daí eu saí e fui no shopping, peguei um táxi, 7 dólares, no VTM. E começou a chover, pra ajudar. Comprei um blusão de 13 dólares, um moletom de 8.00, uma meia calça fio 40, por 7.00 e umas comidas (pão integral, iogurte, queijo, salsicha de frango, dois pratos congelados pra microondas). Táxi de volta e fui direto pra recepção e registration da conferência. Um susto inicial e me senti COMPLETAMENTE deslocada. Estava rolando uma comida, eu tinha um ticket para uma taça de vinho (sim, uma, miséria, né?), mas até dispensei, e voltei pro quarto. Comi um sanduichinho, deitei e fiquei trabalhando na minha apresentação do dia seguinte, fiz uma nova versão, mais curta. Eu tinha várias versões da minha apresentação. Podia acontecer qualquer coisa, eu estaria preparada para diversas situações. A neurótica.


25 de junho, segunda-feira.

Quem tem, tem medo.

Ok, coloquei minha roupinha bonitinha, com a saia que a Luzia tinha MANDAAAAAAAADO eu comprar, pensando em Calgary. Fui lá pra plenária... e o frio. Friiiiiiiiiiiio do caramba. Voltei pro quarto, troquei toda a roupa e fui pra minha sessão, que já tinha começado, inclusive. Eu seria a terceira e última a apresentar. E o nervoso?

Bem, quando comecei a falar, sei lá, tudo passou. Eu havi desistido de me preocupar com o inglês, afinal, não é minha língua materna, e não é esperado que eu a fale fluentemente. O lance era eu me fazer entender. E fiz. E creio que o tenha feito bem direitinho. O resultado é que a sessão terminava ao meio-dia e ficamos conversando até às 12h50 na sala, saindo direto para a plenária das 13h, sem almoçar. Foi muito legal. Muito melhor do que eu esperava.

Depois da plenária da tarde, o café e o momento socialização. Aí era a Katemari-A-super-social, fazendo a linha eu-até-sou-uma-pessoa-legal. Bati papo com várias pessoas e foi bem bacana e sentí-me muitíssimo à vontade.

Aliás, os cafés eram um espetáculo, encheram a gente de comida o tempo inteiro.

Ah, sim, mais uma razão para as roupas que eu trouxe não estarem me servindo direito. Eu juro que serviam quando eu saí de Salvador! Cara, é impressionante, eu engordei MUITO nos últimos dias. E só eu sei a velocidade com que eu consigo engordar. Acredite, caro leitor, pelo menos 4kg a mais estão neste corpitcho agora no aeroporto e ainda tenho mais duas semanas de América do Norte!!! Meu rosto está todo redondinho e não enxergo meus ossinhos do... ai, sei lá o nome do osso, sabe, perto do pescoço? Entre o ombro e o pescoço? Pois. É assustador. Dá para entender como esta gente é tão gorda. A única coisa boa é que aqui, ao contrário do Brasil, é barbada achar roupa para o meu rico tamanho. Tipo, calça jeans? Barbada, aqui tem Levi´s para mim, aliás, eu tenho que catar tamanhos menores para mim. Não menoooooooooores a la pp, mas tem vários números maiores do que eu preciso. Essa sensação é boa. :) Mas eu estou me sentindo péssima, sinto meu estômago gigante, as calças justas, tudo. É muito ruim.

Ok, estamos ainda na segunda-feira, né? Então, depois das atividades de sessões e plenárias, teve uma montagem teatral, simples, mas muito bacana. Era um encontro do Einstein com o Newton, intermediado por um historiador. Foi divertidinho. O bom é que rolou frutinha, iogurte, um pão tipo pão árabe, uns creminhos saudáveis de iogurte, uma vinagrete. Pelo menos um dia de comida saudável.


26 de junho, terça-feira

Eu já não me aguento em mim, é muito cansaço. É dormir tarde e acordar cedo e um monte de atividades no meio do caminho. Mas a conferência estava ótima, todas as sessões foram boas - ok, teve uma que eu achei um porre, e saí, a apresentação estava muito ruim, e não fui a única a sair.

A atividade social do dia era um passeio ao Wild Wild West. Foi bom pela socialização, particularmente com meus novos amigos turcos e as indianas e a Olivia, de Taiwan. A comida estava ok, nada demais, e tomei um Smirnoff Ice raspberry. Aqui tem Smirnoff Ice de vários sabores. Ah, já falei isso, quando contei do watermelon. O espaço esse era tipo um CTG, versão cowboy, com música de cowboy dos anos 60. Ah, foi legal... não que eu queira voltar lá algum dia na vida, nem que eu dissesse não à oferta de voltar uma hora antes do programado. 21h30 eu vim embora. Eu e mais umas 40 pessoas...


27 de junho, quarta-feira

Mesma velha rotina, acordando cedo e baixando artigos do SpringerLink, dormindo tarde baixando arquivos do SpringerLink. Eu avisei pro Fábio da facilidade e ele fez uma listinha de artigos que queria.

Conversei com a mãe por telefone, com o Samuel, e deixei recado pra Naiara. Digo, não na quarta, mas ao longo da semana. É, agora coloquei dinheiros no Skype, nossa, fica tão fácil fazer ligação telefônica, e tão barato.

Essa coisa de ter acesso aos artigos (sim, mudei de assunto denovo, voltei ao primeiro, não linearidade é legal) é algo surpreendente. É foda, fico pensando como a academia brasileira sobrevive, E BEM sem toda esta estrutura física que as universidades de 'primeiro mundo' têm e sem o acesso à bibliografia. Imagina se a gente tivesse tudo isso? Uma puta potêeeeeeencia. Lokura, lokura. Ai, tudo na universidade impressiona: a estrutura dos prédios, a limpeza (imaginem que os banheiros são limpos e que, pasmem, tem papel higiênico nos banheiros!!! Aliás, uma revelação, o papel higiênico "deles" é diferente do nosso, assim como o sistema de descarga. O papel deles desmancha na água e a descarga é praticamente uma succção fodona - até tenho medo do que aconteceria se eu estivesse sentada no vaso e desse a descarga, de certeza que desceria ralo abaixo. Então, quando os estrangeirinhos vão na minha casa e deixam aquele bolo de papel no vaso, é porque o nosso papel não desmancha facinho na água, nem nossa descarga é uma draga gigante, lembrarei de fazer o alerta aos meus próximos visitantes). É, fecha parênteses.

A atividade social do dia era uma caminhada ao longo do Bow River. Finalmente saí de dentro da universidade e conheci um pedacinho do centro de Calgary: é lindo. Gente, é muito fofa a cidade, e o rio é maravilhoso, e tem um parque, e tem pubs, e restaurantes, e gente bonita. Tipo, depois de ter passado pelos Estados Unidos (ô, terra pra ter gente feia, hein, cruz credo!), acabei vendo rostos interessantes aqui. Aliás, o que tem de orientais aqui, não está no mapa, é impressionante. Muitíssimo impressionante.

Depois de caminhar no parque com o grande grupo, fomos para um pub. Bebi uma smirnoff. Ah, agora foi a raspberry, no wild wild foi watermelon denovo. 6.00 smirnoff ice cara da porra (pra mostrar minha nordestinidade), imagina, 13 reais por uma garrafinha. É pra embebedar num gole. De lá, fui com um grupo reduzido (uma mexicana, e dois espanhóis) para um restaurante grego. Foi uma das melhores coisas que fiz aqui. Os três são muito gente boa e o restaurante estava DIVINO. A comida estava perfeita. O vinho estava bom. Era comida de verdade. Moussaka, o nome do prato. Foi refeição com entrada, prato principal, vinho, sobremesa, café. Tudo me saiu 40.00. Valendo cada centavo, sem pestanejar. A nossa garçonete era uma fofa, e falava algo de português, havia estudado capoeira.

Essa coisa da capoeira me impressiona muito no exterior. Só em Calgary tem 4 escolas de capoeira. Na Baylor University, em Waco, Texas, tem aula de capoeira. Na Espanha, a filha do meu colega que jantou conosco, tem opção de fazer capoeira na escola. Não é uma vergonha que a gente não tenha a capoeira assim no Brasil?

Depois do restaurante grego perfeito (acho que o nome é Broken Plate, bem no centro de Calgary, vale muito a pena, fica a dica, o restaurante é excelente e barato), fomos pegar o trem pra voltar pra universidade. Nisso, havia marcado com a colega do México de ir a Banff no dia seguinte. Isso porque um colega canadense me convenceu a faltar a última sessão (porque na quinta-feira, 28, só teria uma sessão pela manhã) e ir para Banff, nas montanhas.

Então eu voltei pro apartamento e arrumei todas as coisas, e fiquei até duas da madrugada baixando artigos e livros. E acordei super cedinho pela manhã.


28 de junho, quinta-feira

Nossa, inacreditável que a conferência já estava no fim. Passou rápido, foi intenso, mas rápido. Foi ótimo. Acordei cedinho, terminei de arrumar as coisas e fui para o quarto da mexicana, deixar minha bagagem, como havíamos combinado. Bati e nada. Desci na recepção e a mocinha falou que ela já tinha ido. Eu não acrediteeeei. Ela sairia às 7h30. Eram 7h30, o que significa que eu já tinha ido no quarto dela antes disso, chegado na recepção antes disso. O legal é que eu não sabia nada do passeio, qual era agência, o telefone, nada. Apenas que sairia às 8h30 de um hotel no centro da cidade. Aí a mocinha da recepção começou a ligar para hotéis para saber quem teria algum passeio saindo da sua frente naquele horário. E não é que ela conseguiu descobrir o hotel. Um outro hotel falou que seria no Marriot. Ela ligou pro Marriot. Resumo da ópera, consegui um táxi (que pode levar até 2h quando se chama pelo telefone!!!) e consegui chegar no Marriot e consegui comprar o passeio na hora. E fomos para Banff. E eu sublimei os fatos anteriores. O Chris tinha me dito que Banff era imperdível, que era o lugar mais lindo que ele já tinha visto na vida, etc, etc. É bonito sim, é lindo, é maravilhoso. Mas sei lá. Eu estava com o espírito preparado para isso, então não foi tão ruim, eu só tinha umas poucas horas, então era, talvez, a melhor opção, mas ir num ônibus chiquezinho, com um motorista falando num microfone o tempo TODO sobre curiosidades, história e afins, não é algo que faça meu estilo de viagem, nunca foi. Talvez venha a ser, daqui a 40 anos. Não sei. O bom é que fui em vários pontos, parei um pouquinho, tirei umas fotinhos, contemplei batante - sorry guys, as melhores imagens ficarão só na minha memória, e os cheiros e o silêncio.

E vi montanhas com neve no topo... pouca neve, porque já está derretendo, mas vi. E fui num "bondinho", aqui chamado de gondola (não, não é veneza, não é na água, é tipo bondinho do pão de açucar mesmo). E foi ESPETACULAR. Tudo é indescritível. Nem tentarei.

Voltamos para Calgary e o plano era visitar a torre, que dá vista panorâmica da cidade, que tem um chão de vidro... ok, fui... 12.00 pra entrar. Nem fudendo que vou dar 24 reais pra subir numa torre e olhar calgary de cima, chovendo. Aí me despedi da minha companheira de viagem e dei umas voltinhas pelo centro de calgary, peguei o trem e fui para a universidade, peguei minhas malinhas, que havia deixado na sala de bagagens do Cascade Hall, liguei para a Julie, minha anfitriã em Montreal (via skype, via skype...) chamei um táxi e vim pro aeroporto.

Passei no Starbucks pra procurar uma colher de plástico, pra comer meu iogurte (que sobrou das compras no super) e ouvi uma música que me parecia brasileira. Perguntei pra mocinha se era música brasileira, ela disse que sim. Achei outra brasileira, de Minas, como a do vôo. Ficamos conversando um montão. Que menina foooofa. Aliás, o atendimento em Calgary é sempre de uma doçura e bom humor que impressiona. Logo eu não poderia trabalhar aqui com público. :)

E agora, caro leitor, são 12h15 e tenho que partir pro meu embarque, que será 12h35, para o vôo da 1h. Chego em Montreal às 7h da manhã e assim que tiver tempo eu conto mais da aventura canadense, agora na parte da diversão: Montreal e o festival de Jazz!



quarta-feira, junho 27, 2007

American way of life





O texto será longo, e não será completo. O tempo está muitissimo curto. Estou almoçando e tenho 20 min pra terminar de comer e voltar ao prédio (15min de caminhada) para os trabalhos, parte da tarde.

Buenas... here we go



20 de junho, quarta-feira

Buenas, estou no aeroporto de Salvador, são 15h15 e meu vôo está previsto para as 15h35. Na verdade, a previsão inicial era de eu chegar em São Paulo às 16h. Meu vôo era, originalmente, às 13h50. Atrasos, atrasos.
Confesso que não fiquei irritadinha tampouco estressada com o tal atraso, pois meu outro vôo, para Dallas, parte às 21h45 de Guarulhos, então esperar lá ou aqui dá no mesmo.

Hoje acordei com uma sede do cão. Finalizei preparativos lavei panos de pratos que estavam de molho há séculos, fiz lanchinho pra trazer pro aeroporto, o qual já comi, aliás.


21 de junho, quinta-feira

Wow, what a day!

Comecei acordando com um cheirinho de comida, no que me refiz prontamente do meu sono-profundo-de-avião. Quando a senhora da AA colocou a bandeja na minha frente, que decepção: um croissant muito cheiroso, mas com um aspecto ruim. E croissant. (para quem não sabe, croissant é feito com manteiga e farinha, só, e muuuuita manteiga)

Ok, comi um pedaço do croissant, poderia estar bom, ora bolas, mas não estava. Tomei café com leite - havia pedido dois copos de cara. E estava péssimo, pura água. Comi uns pedacinhos de laranja e melão. Ok, esse foi meu desjejum em solo estadunidense, digo, espaço aéreo estadunidense.

Cheguei no aeroporto e fui para a fila de imigração de não-residentes. Fila grandinha, mas nada demais, só tinha gente do meu vôo, e estava rapidinho. Primeiro um rapaz verificou meu passaporte e os dois formulários que eu já havia preenchido na aeronave - e recebido na hora do check-in na AA -, depois passei pela oficial de imigração, que era uma mulher sorridente e me perguntou se a visita era por "business or pleasure", ao que eu responti "both". Ela perguntou o que eu fazia, respondi. Professora de quê? Física. Aí aquela reação conhecida de surpresa e admiração que físicos "naturalmente" provocam - e com a qual já estão acostumados a lidar e ajudar a perpetuar. Então perguntei se ela gostava de física. Depois da negativa, eu engatei aquela conversinha de questionar o motivo disso, de dizer que física era legal, bla bla bla. E ela me disse que a filha dela gostava, though. Então engatamos outra conversa, menos típica, e falamos sobre a importância dela incentivar a filha, de termos poucas mulheres nas ciências, particularmente mulheres negras na ciência, etc, etc. Sim, sim, nisso eu já tinha colocado lá meu indicador esquerdo e direito - sem fotinho, pelo que eu me dei conta mais tarde - e ficamos conversando e atrasando a fila. Despedimo-nos com desejos de boa sorte pra todos os lados.

Então fui para a fila da alfândega, que era bem pequena, acho que tinha umas duas pessoas na minha frente, e passei por um senhor de cabelos branquinhos, que olhou meu formulário de declaração da alfândega, pegou-o e pronto. Next.

Como assim?

Não vão me perguntar nada? Não vou passar por outro lugar? Não terá uma salinha misteriosa? Não vão abrir minha mala? Nada, nada?

Aliás, falando em mala... saindo de lá é que fui pegar minha mala, que veio rapidinho, mas passou por mim na esteira sem que eu conseguisse tirá-la de lá, ao que um senhorzinho me ajudou, um pouco mais à frente, retirando-a da esteira.

Tá, pensei, agora é que alguém vem e vão abrir minha mala.

Aí fui para a portinha automática, que se abriu e vi várias pessoas com bandeirinhas dos EUA sendo balançadas. Eu ia procurar a saída do aeroporto quando vi que o Chris estava sentado ali ao lado, tomando café, também com uma bandeirinha. Cumprimentos e tal, e ele me explicou que tinha um vôo chegando com soldados do Iraque, por isso algumas pessoas com bandeirinhas.

Banheiro, estacionamento, estrada. Sim, eu cheguei em Dallas, e estava a caminho de Waco, cerca de 2h da capital do Texas.

No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho...

Buenas, lá pelas tantas, um barulho estranho. Paramos o carro nos ombros da estrada (eu descobri que shoulder também é acostamento - costas pra uns, ombros pra outros... interessante, né?). Estávamos com um pneu furado. Não apenas furado de estar baixo. Furado, furadaço, rasgadão. Tentamos trocar, não funcionou, não conseguiamos tirar os parafusinhos lá do tal pneu. O Chris nunca tinha trocado um pneu antes, mas até que estávamos indo bem, não fosse pelos parafusinhos estarem muito apertados. Várias ligações depois, veio um carinha (gatinho, por sinal) num baita caminhão, e trocou o pneu. Seguimos viagem.

Chegamos na Baylor University, onde o Chris daria uma aula para umas crianças e adolescentes. Nesta aula, o irmão dele falaria um pouco sobre uns países onde morara - eu lembro do japão, mas acho que teve outros dois também. Atualmente ele mora no Líbano.

Depois o Chris passou uns vídeos sobre budismo e sobre o ataque a Hiroshima.

De lá fomos para a sala dele e eu entrei rapidamente na internet, enquanto ele levava o Brian, (filho) para o primeiro dia de um trabalho temporário, o irmão do Chris, Peter, foi junto. E eu fiquei com o Mike, o filho mais novo, no escritório. Foi quando fiz uma rápida incursão na tríade Gmail, Orkut, Blogspot. Tudo do santo Google.

Quando estava lá, chegou o Tibra, um menino (gatinho) que é professor no Departamento de Física, e uma pessoa que o Chris vivia querendo me apresentar, porque ele acha que eu devo vir estudar na Baylor. Tá, daí conversamos bastante, e o pessoal voltou - e o Brian acabou não encontrando quem deveria para o tal do trabalho. Então fomos todos almoçar.

Vou ver se consigo tirar umas fotinhos hoje. Os prédios da Baylor são bonitinhos, todos de tijolinho à vista, escuros. Ah, mas tem o website também. Dá pra ver por lá. Continuando...

Fomos almoçar num lugar muito interessante. Ai, minha máquina fotográfica numa hora dessas... era um salão enorme com vário buffets, com várias comidas. Tinha um buffet com salada, até dava pra comer algo saudável, fora isso era pizza, cachorro quente, uns pratos quentes indecifráveis, algo de fast-food mexicano, tinha buffet de sobremesas também, tortas, sorvetes, também tinha refrigerantes, sucos (não-naturais), cafés (aguados), tinha uma salada de frutas, junto com o buffet das saladas. Depois, quando fui colocar a bandeja no lugar, descobri uma parte com coida vegetariana, tinha uma espécie de arroz com legumes.

Mas o mais interessante do lugar era a aparente convenção de cheerleader que estava acontecendo. Sim, sim, eu estava praticamente num filme americano.

Aliás, a melhor descrição para meu dia de hoje é, um filme americano.

Devo confessar que minha combinação da salada ficou muito gostosa, e que não consegui comer muito das outras coisas.

De lá, os homens da família Van Gorder foram no banco e para aula de robótica (os meninos) e o Tibra me levou para a cafeteria, talvez, mais interessante em que estive na minha vida. Eu quero uma dessas na UEFS, e quero uma igualzinha no Rio Vermelho. Nem precisa ter na UEFS, no Rio Vermelho basta. Se a UEFS tivesse uma cafeteria dessas iria se tornar, sem dúvida, a melhor universidade do estado da Bahia. O lugar é lindinho, sui generis. Ai, minha máquina! Minha máquina estava na mochila, junto com o laptop, em algum porta mala de algum carro. No carro vermelho do Chris (depois passou pro carro branco do sobrinho do Chris, depois pro carro azul do Chris, porque o vermelho ficou para reparação do pneu).

Tomei um expresso tri bom e conheci dois amigos do Tibra. Depois o Peter e o Chris chegaram e tomei outro expresso e então deixamos o Tibra no Depto de Física. Pegamos os meninos, colocamos gasolina no carro, o que foi uma experiência interessante: levamos um TEMPÃO, porque aqui cada um coloca a sua gasolina e paga, não tem funcionários para isso no posto, só que agora paga-se primeiro e depois a bomba é liberada, e tinha uma fila demorada pra este processo. Sei lá, levamos meia hora para colocarmos alguma gasolina. Então fomos para a casa do Chris.

Conheci a filha dele, Keegan, e vi um pouco de tv. Depois na hora de sairmos para ir ao shopping, finalmente conheci a esposa dele, a Vivian. Então ele nos deixou (eu, a Keegan e a Vivian) num shopping center. Comprei um anelzinho, só pelo clima de compras que as duas estavam. Não achei nenhuma roupa interessante, tudo tinha cara de Sabina ou, na melhor das hipótses Marisa.

Eu estava a procura de uma mala da Samsonite, que vi na internet ser mais barata nos EUA, mas não encontrei, só malas furrequinhas. Desculpa, furrequinha eu compro em casa. Aliás, nem compro. Sou mais a minha Sestini. Da minha mãe, na verdade.



Ok, os textos acima estavam no bloco de notas, mas minha bateria terminou e agora já estou no canadá, então a memória em relação a estada nos EUA já falha e, para a alegria do meu leitor, serei muitíssimo mais breve de agora em diante.


Depois o Chris nos pegou no shopping, com os meninos e fomos todos jantar comida chinesa. Tava tri bom. Buffet livre. Enchi o bucho de camarão. Voltamos pra casa e assistimos o filme Cassino Royal, do 007. Paramos o filme no meio e o Chris e a Vivian foram me levar pra casa da Sharon, onde eu dormiria nos próximos dias. Finalmente larguei minha bagagem. Figuei num quarto muito bom e tive um banheiro só pra mim, mas confesso que a experiência de dormir na casa de uma terceira pessoa me pareceu bem estranha. Mas compreendi, achei "engraçado" e joguei com o fato nos dias seguintes. Até me diverti. Mas eu juro que nem fui má com a minha não-anfitriã.




22 de junho, sexta-feira


Dormi super bem, apaguei. No dia seguinte, o Chris me buscou pela manhã e fomos para a universidade. Eu dei uma aula sobre o Brasil. Distribuí cocadinhas da Tonha - que eu havia mandado fazer especialmente para a ocasião, em tamanho reduzido - e fitinhas do Nosso Senhor do Bonfim. Foi bem legalzinho e melhor do que eu esperava. Ouvimos músicas (forró, bossa nova, pagode, axé, sertaneja...) e vimos o trecho de um filme que fala sobre o processo de "catequisação" dos índios brasileiros (é assim que se escreve catequisação????).

Passamos no supermercado. Wow, espetáculo: frutas, verduras... lindas e tudo de tudo imaginável. Não entendo porque eles comem tanta porcaria tendo tanta oferta. Almoçamos na casa do Chris, eu comi uma sopa Campbell de latinha. Ficamos fazendo nada. Depois fomos pra universidade e eu fui conhecer o pessoal do Departamento de Física, daí conversei com o chefe do Departamento e com mais outros professores, e acabei conhecendo um que está interessanto em Filosofia da Ciência... e teologia. Enfim, foi bem bacana. Depois fui falar com o Tibra e nos encontramos com o Chris e família e fomos pra Starbucks da Baylor (nome da universidade). Bebemos, ficamos de papo. O Tibra foi embora e fomos pra casa.

À noite, jantar. Eu prepararia beiju e afins. Minha anfitriã não quis comer, nem sentar à mesa conosco. O Tibra foi e levou vinho. Enfim, rolou uma janta no jardim e pratinhos brasileiros e foi bem bom, e todo mundo gostou dos beijus. (que foi uma novela longa, mas não vou escrever)

De lá, eu saí com o Tibra, passamos na casa dele. Depois fomos para um bar encontrar amigos dele. Experimentei Smirnoff Ice de melancia. Tri bom. Tem smirnoff ice de vários sabores aqui. Como eu tinha horário pra chegar na casa da Sharon, até meia noite, o Tibra me levou pra casa, depois voltou pro bar. Meia noite era meu limite.



23 de junho, sábado

No sábado, fomos para o zoológico. O Tibra me pegou pela manhã em casa e fomos direto pro zoo. Depois chegou a Kate, uma amiga dele, e a família van Gorder (sobrenome do Chris). Passeamos, foi bacana, é lindo, mas continuo não gostando de zoos, acho-os deprimentes. Não gosto de ver os bichinhos presos. Só não me importo com os peixinhos. Aguários eu gosto. Comi meu primeiro hot dog e depois passei o dia com o Tibra, andando pra lá e pra cá, fazendo compras, tomando café, indo em livraria. Então ele me deixou nos van gorder e fui com o Chris e os meninos para uma apresentação eqüestre. De volta pra casa, os meninos foram para a piscina aquecida com hidromassagem, fiquei brincando com o cachorro no jardim, jogando futebol americano com o Brian, filho do Chris. Acho que é Brian. oh oh. Esqueci o nome do guri, já. E vi tv. E então, tivemos um jantar nigeriano. E eu comentei que finalmente veria a Vivian comer. Desde que chegou aos EUA, há cerca de um mês, seria a primeira vez que ela prepararia comidas da Nigeria, pois um amigo do Chris sabia desta loja em Dallas que vende produtos africanos. Foi bacana. (para saber mais, consulte informações pessoalmente, ho ho ho)

Depois terminamos de ver o filme do James Bond. E foi assim minha estada texana. No dia seguinte o Tibra me pegou na casa da Sharon e fomos pro aeroporto em Dallas. Ele foi um super fofo, e ficou comigo lá até eu passar da fila da imigração e tudo. Só quando eu já estava lá dentrinho da sala de embarque ele foi embora.



24 de junho, domingo

Bem, sair dos EUA não foi tão fácil quanto entrar. Tive que tirar os sapatos e tudo. Não só eu, todo mundo. O sapato passa na esteira. O laptop tem que passar fora da mochila. Não pode passar garrafa d´água. Das 3 que eu tinha, uma eu bebi, a outra a mocinha viu, e eu pedi pra esvaziar e levar a garrafa vazia e a 3a eu só descobri, cheia, quando cheguei no canadá. ahahah

Tá, agora a aventura canadense eu conto depois. Já são 13h15 (16h15 no Brasil) e estou atrasada!!!




sábado, junho 23, 2007





Ainda no Texas, vou para o Canada amanha, creio que lah terei mais acesso a internet, mandarei noticias.

Tudo bem por aqui, beijinho.

quinta-feira, junho 21, 2007

Cheguei




Rapidinha, soh pra dizer que cheguei e estou bem, depois mando noticias. Sim, daqui do Texas.

Ah, soh pra constar: a imigracao e a alfandega foram as coisas mais tranquilas da face da Terra.




sexta-feira, junho 15, 2007

Semana teatral



Ontem assisti O dia 14 e foi bem bacana, eu não conhecia o CAN - Centro de Atores Negros Abdias do Nascimento e gostei muito de ter contato o trabalho do grupo, mas eu dispensaria o "xalalá" inicial. Explico, antes de liberarem para as pessoas entrarem e sentarem nos seus lugares, um dos membros do grupo deu uma explicada no que era o grupo e ficou pregando, digo, militando, e tal. É eu entendo, eu defendo a causa, mas acho que pregar afasta os fiéis.

SPOILER: se sentar na primeira fileira, poderá ter os pés agarrados e chacoalhados numa parte da peça. Não se assuste. E não sente por lá se estiver com calçados delicados ou o pé machucado.

Sobre a peça e sobre o CAN, leia aqui.

Havia no tetro (Gregório de Matos) uma belíssima exposição sobre o grande político brasileiro, Leonel Brizola, e rolou uma coquetel (pena que eu já tinha jantado, pobre é uma tristeza, não consegue comer nem diante de boca livre, ô, azar!). Foi bem legal apesar de barulhento. Para mim, a peça passa dos limites da "expressão", com sons muito fortes e desnecessários, muita gritaria, ao ponto de, fisicamente, provocar dor nos ouvidos.



Hoje assisti O sapato do meu tio, e foi muito bom, apesar de eu não entender o porquê de tanta gente rir em cenas tão pesadas, lembrei-me de quando assisti Cidade de Deus no cinema e ouvi gente rir na cena em que rolava um 'ritual de iniciação' em que o menino matava criança. Eu não entendo, sinceramente.

SPOILER: se fez chapinha, evite sentar nas cadeiras bem da frente, à direita.


No domingo assistirei Édusek, daí eu conto. Só antecipo que é no Teatro da Gamboa, um lugar que há tempos eu gostaria de conhecer na soterópolis.

Reencontros




Eu quero brincos e colares e pulseiras e adornos sem fim.

E quero esquecê-los.

E reencontrá-los.

domingo, junho 10, 2007

Cansada. Muito.



Estou sem energias para falar o que acontece pelas bandas de cá.

O que eu queria mesmo era deitar e dormir. Dormir. Dormir. Horas, dias. Com um vento fresco, uma brisa vindo da janela, e coberta com edredon. E não precisar levantar. Nunca mais. Só ficar assi.

Pára o mundo.

segunda-feira, junho 04, 2007

Levanta, sacode a poeira...




Vivificação do humor
04/06 (hoje) às 15h07 a 25/06 às 0h14
Marte em conjunção com Lua natal

Bom humor e boa disposição social tendem a ser a tônica do período que vai dos dias 04/06 (hoje) às 15h07 e 25/06 às 0h14 para você, Katemari. Marte estará formando um ângulo estimulante e harmonioso à sua Lua de nascimento, e isso costuma dar uma dinamizada à vida emocional do indivíduo. Cores mais leves passam a tonificar o seu emocional, e este não é apenas um momento socialmente interessante como, sobretudo, tende a ser uma fase de reações emocionais positivas.

É curioso observar, Katemari, como muitas vezes passamos dias, às vezes até meses e anos mergulhados numa chateação ou ressentimento. Remoemos aquilo, até que de repente - bum! - a coisa passa. Em geral, são nos ciclos positivos de Marte com a Lua que a pessoa simplesmente "espana a poeira" e se livra de emoções chatas que não lhe servem mais. E este momento, para você, é agora!

Daí a importância de, neste momento, conhecer gente nova, permitir-se trocar emoções com os outros, fazer coisas que lhe dão prazer. É um bom momento para o intercâmbio de sentimentos, para a expressão das emoções, sobretudo com as pessoas mais íntimas, da família, os amigos mais chegados, ou os amores.

domingo, junho 03, 2007

Um velho calção de banho...




Sábado de bobeirinha em casa, o telefone toca:

- Vamos ver o pôr-do-sol em Itapoã?
- A que horas será isso?
- Estou indo pra lá agora, mas podemos marcar às 16h, 16h30. Podes chegar a partir de 15h30 se quiseres, já estarei lá. Vou com uns amigos...
(penso, penso...)
- Tá. Eu vou.

E me joguei pra Itapoã. Antes comi um sanduíche, tomei um banho e tal. Sorte que quando cheguei na parada de ônibus, em seguida veio o Vilas. Cheguei em Itapoã e me encontrei com o Washington e fomos sentar com duas amigas dele, Alexandra e não lembro o nome da outra, uma estadunidense que até entendia um pouco de português, falava um portunhol, mas insistia em ficar falando em inglês com a Alexandra.

De lá fomos pra barraca do Juvenal, que era a proposta inicial. Perdi o pôr-do-sol, de forma contemplativa, pois a estadunidense insistiu em não trocar de barraca e terminar sua caipirinha na primeira barraca (ao invés de transportá-la num copo de plástico). Adoro pessoas flexíveis.

No Juvenal, em seguida chegaram o Jules, a Jenny e o Júnior. Foram caminhar até o farol. Depois chegou a Ana Cláudia. Ficamos todos ali, depois os meninos voltaram e ficamos bebendo e comendo. Bebi umas 4 kiwiroskas, deliciosas, mas que tinham muito de kiwi e pouco de álcool. E me acabei nas lembretas. Eu amo lambreta.






De lá, fomos para a casa do Washington. Quer dizer, passamos no Bompreço de Itapoã, pegamos o busum* e fomos para a casa dele. Rolou uma macarronada e muita cerveja. Como eu não bebo cerveja... tomei caipirinha e um pouco de smirnoff ice. Na verdade, um genérico, sabor laranja, mas que tomei só a metade. Não, não estava ruim, mas estava quente.

Sei que uma hora eu apaguei por um canto... todo mundo dormiu por lá: Jules, Jenny, Jr, e esperávamos ansiosos pelo prometido cozido da cunhada do Washington, para o almoço de domingo.

Café da manhã, tri bom. Bobeira, lavar louças, limpar fogão... bobeirinha... dormir denovo, brincar com as cachorrinhas. E o cozido. Nooooossa, que delícia. Tri bom, tri bom. Quero denovo! Bah, muito bom aquele negócio. A cunhada do Washington cozinha bem pra caramba.

Bem, fotos do final de semana, aqui.

Aliás, que findi de sol, pqp, tava muito quente. Sabe aquele baita sol, o céu azul? Pois. Foi muito, muito bom, after all.


* Em SSA é buzu, mas em poa é busum, e gosto mais da sonoridade do segundo, não é que tenha entendido a gíria daqui errada, tá?

sexta-feira, junho 01, 2007

Dos Prazeres



Que delícia. Gente bonita. Encontrar amigos. Sala cheia. Escuro. Abrem-se as cortinas.

Eu gosto de teatro. Adoro ouvir os passos dos atores no tablado. Gosto das vozes e dos gestos. Dos cenários. E, finalmente, assisti uma peça maravilhosa ontem à noite. Ai, que saudades de rir pela ironia do texto, e não pelo pastelão ou pela piada ensaiada.

Toda nudez será castigada. O texto, nem precisa falar, é do Nelson Rodrigues, interpretado pelo grupo Armazém Cia de Teatro. Mais do que excelente. A música, o cenário, os atores, tudo, tudo.

Fui com o Diego, que encontrou a Lia. Encontrei a Ana, a Raquel e a amiga da Raquel que sempre esqueço o nome.

Quero mais noites assim.







Na volta, o Diego queria esticar. Vetei.

Na noite anterior saímos pro RV e eu acabei tomando mais bebidinhas do que planejava. Esse guri só me leva pro mau caminho.

Mas já avisei, hoje não vou cair na esbórnia, vou pra academia! Ou isso, ou eu explodo de vez, porque engordei 3kg. E só eu sei o quanto demoro para conseguir reduzí-los.

Na quarta-feira ele veio... vamos comer algo no RV? Tá bom. Só se for agora. Descemos pro Red River. Liguei pro Jules. Juntou-se a nós. Depois ele foi embora para assistir ao jogo do timão (grêmio) e a Jenny ficou lá com a gente. Estávamos no Baguette e Cia. O Diego comeu baguete, eu comi meu salgadinho integral que levei na bolsa. Estava disposta a seguir minha dieta, que começara no dia anterior (terça) e só havia sido levemente quebrada pelo irresistível mousse de maracujá que tinha de sobremesa no almoço. Pô, mousse de maracujá é covardia. Depois a Jenny foi embora e o Diego veio com aquele convite irrecusável: vamos pro França? Fomos. Lá, fiquei cantando o garçon pra me fazer um Manhatan. Não colou. Todos os drinks eram muito caros, eu não queria gastar. Então ele disse que poderia fazer um lá que nem lembro o nome, e que não tinha no cardápio. E perguntei se ele cobraria como roska (é como chamam caipiroska aqui em Salvador), que era a bebida mais barata. Negociações pra lá, negociações pra cá... e ele me trouxe este drink com suco de limão, gin e dry martini. Com sal na borda do copo. Delícia. E faturou como roska. Perfeito. Ah, lembrei, White Lady é o nome da bebida milagrosa.

E o Diego lá, entornando cervejas... aí fui obrigada a pedir outro. Bebi. Mas daí, né... a fome bateu. Não há barra de cereal no fim da noite, nem salgadinho integral que dê conta. Qual a coisa mais barata do cardápio? Batata frita! E elas vieram. Comi. Mais um passo para a explosão.

Estou a evitar objetos pontiagudos.

Mas hoje eu volto pra academia, volto sim... já liguei pra lá ontem, avisei a Jo. Para liberar minha conta lá. Sim, porque a Jo é a funcionária competente, então só faço tudo com ela, mas ela só vai à noite, então já pedi pra liberar, assim posso ir em qualquer horário, independentemente dela estar lá.

Tenho 20 dias (viajo dia 20) para emagrecer pelo menos uns 2kg. Só para as roupas não ficarem tão apertadas, né? Afinal, é verão "lá em cima".