segunda-feira, dezembro 31, 2007

E ainda tem quem não acredita!




Harmonizando o lar
30/12 (ontem) às 21h a 18/01 às 17h
Vênus na casa 4

Entre os dias 30/12 (ontem) às 21h e 18/01 às 17h, o planeta Vênus estará transitando pela sua quarta casa astrológica, Katemari. Este é o momento certo para harmonizar seu lar, e a coisa toda começa com você tornando sua casa um lugar mais bonito, pacífico [mandei consertar a fechadura da grade, fazer cópias de chaves...] , tranqüilo. É bastante provável que você queira dar um pouco de beleza ao ambiente, seja fazendo pequenas reformas, seja comprando algo novo para sua casa (ou quarto) [comprei umas garrafinhas fofas na Imaginarium, e uns copos bacanetes na Tok & Stok], ou simplesmente mudando a disposição dos móveis. Grande satisfação e realização pessoal podem ser encontradas na medida em que você se dedica à sua própria casa ou quarto [tenho me dedicado a ficar deitada no quarto vendo tv].

Este é um período em que os prazeres da vida são encontrados nas pequenas coisas. Ficar em casa assistindo a um bom filme [serve seriadinhos da sony, warner, axn, etc?], lendo um bom livro [trouxe dois pra ler, um eu já consegui começar a leitura], ou reunindo os amigos para um jantar [comer - e beber - com os amigos é o que mais tenho feito aqui, tá pau a pau com os seriadinhos de investigações criminais da tv] ou uma noite regada a música tende a ser muito mais agradável nesta fase do que cair em farras e noitadas.

Para quem deseja adquirir bens imóveis ou terras, este é o momento certo [eu quero, mas ainda falta muita bala na agulha]. Para quem deseja cultivar um melhor relacionamento com os parentes [estou um doce com a minha mãe], não existe momento melhor! Você perceberá uma boa vontade mútua que favorecerá tal movimento [é, ela tá bem legal comigo também], Katemari.


sexta-feira, dezembro 28, 2007

segunda-feira, dezembro 24, 2007

Update




Na última semana tudo foi uma correria louca, fui pra Feira segunda e quarta e fiz trança na terça. Fazer tranças, pra quem não sabe, significa passar o dia inteiro sentada. O dia inteiro. Nessa última terça fiquei das 8h30 às 18h30. É sério. Sem pausinhas pra descanso ou pra comer. E acho que fui no banheiro umas duas vezes. O que comi, comi sentadinha, com lanchinhos que levei. É duro, é duro...

Na segunda-feira fui pra Feira e voltei pela manhã, saí da minha sala às 11h50 e cheguei em Salvador às 15h40. Ninguém acredita. Além do ônibus na BR ter demorado um século, quando entrei era daqueles com gato e cachorro. Então desci na rodoviária e peguei o executivo. Um calor do cãaaao. Aí o executivo atrasou. Depois, no meio do caminho, estragou o ar-condicionado do executivo, cujas janelas não abrem! Era o inferno na Terra. Aí, porque desgraça pouca é bobagem, teve um acidente de caminhão na estrada, e ficamos num congestionamento monstro. Dureza, dureza...

Na quarta, fui pra Feira e voltei cedo também, mas daí chamei um táxi (15 contos até a rodoviária) e cheguei 5min após a saída do executivo, que sai de hora em hora. Então peguei um comum, que vai parando no caminho e não tem ar-condicionado (mas tem janelas que abrem, e cusa 13 reais). Sim, é mais caro ir da uefs pra rodoviária de feira do que de feira pra salvador. Cheguei no Iguatemi e fui almoçar, a fila do Raízes estava monstra, desisti. Então fui passar nas Americanas, peguei umas coisas e fui pra fila. Nem pensar, né, meu bem? Desisti.

Fui pra casa mas no caminho parei na Tonha, pra comprar cocadinhas pro Martín, qual minha surpresa quando lá chegando eu descubro que ela mudou de endereço! Tá. O carinha disse que era pra descer a ladeira e dobrar a primeira a direita, o novo endereço tinha uma porta verde. Lá fui eu, sob aquela lua. Como a ladeira é super íngreme, e pra descer todo santo ajuda, eu encarei. Maaaaas quem disse que encontrei o lugar? Perguntei pras pessoas e nada. Subi um pouco a ladeira e tentei outra rua, à esquerda (vai que o cara tivesse problema com esquerda-direita), e nada. Aí, com minha blusa pingando suor, eu desisti. E subi a ladeira-filha-da-puta-de-íngreme. Não, pra subir o santo não ajuda. Nenhunzinho sequer. Fui pra casa sem ter almoçado, sem ter comprado as coisas nas Americanas e sem ter as cocadinhas. Nem preciso dizer que já estava no final da tarde, né?

Abre parênteses

Ganhei do magnífico reitor, eu e todos os professores da uefs, um panetone. Aí carreguei meu adorado panetone. Fazendo comprinhas nas Americanas eu coloquei o panetone dentro da cestinha. Mas aí eu desisti da fila, né? Então larguei a cesta em qualquer lugar da loja. Quando estou na rua e vou atravessar, me vem aquela sensação de "eu tinha algo na minha mão, o que era?" e daí lembrei do panetone. Voltei correndo nas Americanas, entrei, achei a cestinha - que ainda estava no mesmo lugar - peguei a iguaria natalina e me piquei da loja. Aí começou o pânico: vão achar que estou roubando a loja! A mulher entra correndo, pega um produto duma cestinha e sai rapidinho, na maior cara de pau! Saindo do shopping olhei pra trás, pensei na besteira que tinha feito. Tá, mas o panetone tinha até uma etiquetinha desejando boas festas, com o nome do magnifico e seu vice. Atravessei a rua, e fiquei olhando. Vários seguranças correndo, com walkie talkie, quase uma incursão da Tropa de Elite num morro carioca? Não, nenhum segurança atrás de mim, ainda bem. Por fim, tudo seguia o curso natural e segui (quase) tranquila.

Fecha parênteses

Aí fui pra casa comer e organizar a mala. Sim, eu passaria 30 dias longe da minha casinha. Mas mas mas... o Maciej tinha que ir lá em casa buscar o computador dele, então liguei e disse que já estava em casa, daí ele foi pra lá. E liguei pra imobiliária, pois desconfiei que eu não havia deixado pago o aluguel de dezembro (com vencimento em 16 de janeiro). Dito e feito. Então tive que sair e ir pra Av. 7 pagar a bagaça. Arrumei algumas coisas, o Maciej foi lá em casa e saimos pra imobiliária. Chegamos lá às 17h58 (fecharia às 18h). Saímos de lá umas 18h30. Daí o Maciej foi pro Pelourinho encontrar-se com a Beatrice e o Ericson e fui para o Rio Vermelho, encontrar-me com o Daniel.

Algumas ligações e a Naiara também iria para o Rio Vermelho. Sim, a fofinha está em Salvador. Daí ela chegou na Cira, depois o Dani, comemos um acarajé e depois seguimos para a tal da carne de sol que a luzia tanto anunciara. O lugarzinho é bem legal, gostei. Voltarei. Depois chegou o Raimundo. E muuuuuito depois, a Luzia. Ela estava trabalhando e aplicando uma prova. Mas depois depois mesmo, chegou a carne de sol. O lugar é bom, a carne é maravilhosa, mas demoooooooooooooora. Tomei uma roska tri boa de kiwi, mas que já foi uma lenda pra conseguir, porque não tinha quem fizesse, eu tive que ir lá chorar com o dono, e parei toda a cozinha (uma cozinheira) para fazer minha roska. Depois eu o Dani descemos pra levar a Naiara até o carro e aproveitamos pra comprar mais duas roskas na Cira. Encontrei com uma colega do mestrado, a Silvia. Subimos pra carne de sol e nada dela ter chegado ainda (sim, a Nai foi embora antes de comer!). Tomei minhas três roskas e fui pra casa dormir.

Na manhã seguinte, às 10h30, tinha a entrevista da seleção do doutorado. Sim, eu havia passado para a segunda fase. Acordei cedo para arrumar as coisas para a viagem. Sim, eu iria viajar: Porto Alegre, férias. Então, sessão depilação, livrei-me de todos os pêlos deste corpitcho, lavei louça, recolhi roupas, lixos, e todos estes preparativos pré longas viagens. Correria, correria, e uma sede... parei tudo e fui pra ufba. As entrevistas estavam todas atrasadas. Ai, meus sais. Ok, minha entrevista acabou sendo às 11h, saí do Instituto de Física ali pelo meio dia e fui pra casa, fiz almoço, lavei tudo, terminei de fazer a mala, pesei, tirei coisas, fechei tudo... não, nem pude tomar outro banho e trocar de roupa, não dava tempo. Saí.

O vôo era às 15h30, deveria estar no aeroporto às 14h30. Portanto, sair de casa às 13h30, mas considerando os congestionamentos de final de ano... saí de casa por volta das 13h15. Cheguei no aeroporto 14h e pouco. Eu tinha umas coisas pra resolver na TAM, mas não consegui, só pela internet ou pelo telefone. Inacreditável! Tá. Daí, no check-in, a notícia, o vôo estava atrasado. Previsão: 16h30. Ok, 1h. Depois, olho no monitor da infraero, previsão: 17h30. 2h. Fiquei lá no aero e tal... consegui derrubar quase meio litro de água dentro, em cima, em baixo, por todo meu computador e fui salva pela Targus, que fez uma excelente retenção da água, evitando maiores estragos (o computador estava dentro da mochila). Fiz um vôo gigante pela webjet, que gostei muito: assentos confortáveis, largos, lanchinho gostosinho, tripulação simpática, comandante mega simpático, e sem conexões! A webjet só faz escalas. Maraviiiiilha!

Cheguei em Porto Alegre uma e pouco da madruga de quinta-feira e vim pra casa. Fomos dormir às 4h da manhã e daí começou minha história rio-grandense, que guardarei para textos futuros...

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Pelo bem da humanidade

ou, vou morrer e não vou ver tudo


Tá sem programa para amanhã?

Experimente isto!




Ruim não deve ser...

Eu respeito os astros



Sol na casa 5, lua na casa 9

A Lua começa a caminhar novamente em harmonia com o Sol, que transita pela Casa 5. A Lua, por sua vez, transita pela Casa 9. As duas casas são harmônicas e, nesta próxima fase que vai de 20/12 a 22/12, você estará vivendo um momento excepcionalmente favorável para fazer contato com pessoas que estão distantes, ou mesmo viajar. Caso não lhe seja possível viajar, procure aproveitar a qualidade de movimento deste pequeno ciclo para fazer coisas diferentes: para que ir sempre aos mesmos lugares, quando existem tantos outros locais para você conhecer? Este é o momento de quebrar a rotina, Katemari.


Notícias frescas!



Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências
Processo seletivo 2007/2008

Resultado final

1. Katemari Diogo da Rosa
2. Janice Lando
3. Ana Virgínia de Almeida Luna
4. Geilsa Costa Santos Baptista
5. Silvana do Nascimento Silva
6. Welton Yudi Oda
7. Elizabeth Gomes Sousa
8. Eliene Barbosa Lima
9. Kleyson Rosário Assis

Obs. 1: Os candidatos aprovados até a quinta posição devem entrar em contato com a secretaria do programa imediatamente, para buscar informações sobre a documentação necessária para a matrícula. Contato: Sr. Orlando Lima, telefone 3283-6608.

Obs. 2: Os candidatos da sexta à nona posição foram efetivamente aprovados para o doutorado. Contudo, o programa deverá solicitar à Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA vagas adicionais e precisaremos aguardar a aprovação de tais vagas pela mesma. Uma vez aprovadas as vagas, as providências de matrícula deverão ser tomadas.


Daqui.

terça-feira, dezembro 18, 2007

Sou uma diva




O momento da beleza
Atenção, Katemari:
Entre os dias 18/12 e 30/12, você estará vivendo o seu aniversário de Vênus! Trata-se de um momento especial, em que o planeta Vênus completa um ciclo revolutivo em torno do Sol. A qualidade deste momento envolve você se perceber mais atraente, como se irradiasse mais beleza. Este também é um momento de renovação da sua vida afetiva, em que você repensará suas prioridades e seus valores no que tange às suas relações. O momento também é propício para cuidar do visual, fazer coisas que lhe dão prazer. O aniversário de Vênus é uma fase em que percebemos que merecemos prazer em nossas vidas. Usufrua!


domingo, dezembro 16, 2007

Contra o tempo



O tempo avoa(sic)!
Ontem fui conhecer o apartamento novo da Ester, depois almoçamos no Saúde Brasil, fiz as unhas na Graça, depois vim pra casa, comecei a planejar a viagem de férias e à noite fui pra Luzia, onde o Raimundo fez uma macarronada deliciosa com camarão. A novidade agora é que a Lu está alérgica à peixe. Na dúvida, não atacou o camarão - que veio compor a minha super salada-almoço de hoje.

O domingo não passou menos rápido. O Jules estava na cidade, e convidou-me pra almoçar em Itapuã, mas fiquei por aqui, vi The O.C. (que nem gosto) e Smallville (que adoro). Depois comecei a ver um filme no DVD e o Daniel ligou (denovo), acabamos indo tomar café no museu. Íamos assistir um filme, mas eu vi o horário errado, vi o horário da Aliança Francesa, achando que era lá. Seguimos caminhando pra Aliança. Não vimos o filme, bebemos aguinha, café, ventinho, por-do-sol. De lá, seguimos pro Caranguejo do Sergipe, na Barra, onde atacamos bolinhos de bacalhau tri bons e algum álcool pra acompanhar.

Não, não fiz as malas. Sim, eu viajo esta semana!

Amanhã vou pra feira, e na quarta também. Na terça será dia de trançar o cabelo, ficando 10 horas do meu dia com a bunda sentada, imóvel, numa cadeira. Quinta, a entrevista da seleção pro doutorado. Sim, passei para a segunda fase! Isso pela manhã, porque à tarde pego meu primeiro vôo pela webjet, com destino a Porto Alegre, onde passarei tranquilamente minhas férias. É, férias de verdade. Férias, férias. Finalmente! E tentarei ficar o máximo possível com minha mãezinha. Sabe-se lá quando terei essa chance novamente, não é?

Mas é isso, o tempo passa correndo. Os pontos altos da semana: aprovação de uma aluna minha na seleção do mestrado na UFSC, e eu fiquei muito feliz por ela; a sessão quase menininhas na casa da Luzia, só não foi menininhas total porque o Raimundo estava lá; o aniversário da Marisa, e conhecer o deliciosíssimo restaurante SI (Simplesmente Italiano, nome idiota, não?).

Teve a parte etílica: vários Alexander no SI, vinhos e vinhos na Lu, coquetelzinho com o Daniel. Pé na jaca total.

Teve a parte garantindo-o-leite-das-crianças: madrugar, aulas, banca de monografia - leeeer monografia, reuniões e mais reuniões, stress de alteração curricular, fogueira das vaidades.

Voa, voa, voa. Ok, deixa eu deitar porque amanhã é dia de madrugar.

Portinho amado, me aguarde, agora falta pouco!

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Das expectativas



O domingo nubladinho começou sem grandes promessas...

O Maciej (polonês do HC) me ligou pela manhã, porque eu tinha combinado com a Anna (estadunidense do CS) de ir comer mariscada na Ribeira e chamei-o pra ir conosco. No fim, não fomos pra Ribeira e não vi a Anna (aliás, só consegui falar com ela à noite, e já estava preocupada, porque o celular só dava desligado - então soube que foi roubado). O Maciej veio aqui em casa (BEM na hora do Smallvile, que perdi, por sinal), deixou o computador dele aqui, o Diego veio no msn e chamou pra almoçar, então fomos todos juntos comer no Saúde Brasil.

O almoço estava uma delícia, com direito a sobremesa perfeita e expresso.

Depois fomos no shopping barra, pro Maciej trocar dinheiro, comprar um chip pro celular e o Diego foi pegar grana.

Aí o Diego foi embora e fui com o Maciej pro morro do cristo e andar na barra. De repente, não mais que de repente, vejo aquele bando de gente no farol. Daí me lembro que o Raimundo tinha mencionado o tal show. Fomos pra lá... resumo da ópera: enchi a cara com bebidinhas a base de cachaça beeeem boazinha, e assisti o melhor show de graça de todos os tempos!

O serviço:

Show em comemoração ao aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos
Local: Farol da Barra.
Data: 09 de Dezembro
Horário: das 17h às 22 hs. (que começou às 18h30)
Atrações: Elza Soares, Olodum, Ilê, Vitor Ramil/Marcos Suzano, MV Bill, Margareth Menezes, Edson Gomes, Geraldo Azevedo, Chico César, Zeca Baleiro, Arnaldo Antunes e Jards Macalé.

Acho que eu só não vi o Jards Macalé, a Margareth Menezes e o Edson Gomes. Fui embora mais cedo. Cara, imagina um show em que todos os músicos cantam umas quatro músicas, todos são bons, e não tem gente nada a ver cantando no meio! Não tem aquelas pausas intermináveis entre uma atração e outra, diferentemente do show do domingo passado, no pelourinho, que tinham umas atrações bacanas e um monte nada a ver, e demorava séculos, e eu acabei não vendo ninguém legal.

Ontem tinha banheiro químico até não querer mais, não tinha fila e nem estavam podre de sujos. A cachacinha tava super honesta. Tinha muita gente, mas não estava apertado, e como é na Barra, tinha muito espaço pra circulação. O som estava perfeito.

Fomos pra parada de ônibus esperar o Praça da Sé, pro Maciej, durante a espera, passaram 6 ônibus que me serviam, miraculosamente. E acabamos encontrando dois conhecidos do Maciej, que vierem no mesmo vôo que ele no sábado, uma alemã e um português, que são namorados, e ela fala português. Bem legais os dois. Conversamos e tal... ele mora em Vila Nova de Gaia, é torcedor do Porto e se chama Pedro. Criatividade mil. A namorada dele disse (veja bem, foi ela!): ou se chamam Pedro, ou João! :-)

Cheguei em casa e dormi feito uma anja.

sábado, dezembro 08, 2007

Sacanagem



Legal, dos últimos três filmes baixados, apenas um presta (Amarelo Manga, 2002): um tá dublado em italiano (The Ring) e o outro era pra ser o filme Dois Filhos de Francisco, mas é um show do Zezé di Camargo e Luciano. Já não se pode mais confiar nos usuários do eMule.

DA FELICIDADE



Quantas vezes a gente, em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

Mario Quintana

domingo, dezembro 02, 2007

A pessoa é para o que nasce*



Esta semana eu trabalhei muito, muito mesmo. E dormi pouquíssimo, numa média de menos de 5h por noite. Fui para Feira terça, quarta, quinta e sexta. Estou com várias coisas atrasadas, pois quando estou lá não consigo fazer algumas tarefas avançarem, por outro lado, nessa semana, consegui encaminhar várias outras coisas, que exigiam minha presença lá.

Foi sofridinho, mas o pior é que eu tenho que confessar, falando bem baixinho, claro, mas confessar que quando estou lá, eu gosto. Operário é foda. A pessoa nasce com isso, a pobreza tá lá, no material genético, a informação está todinha lá. Pobre é uma tristeza! (e não farei menção ao Justo Veríssimo em respeito aos familiares da tragédia da Fonte Nova)

Mesmo estando feito uma zumbi, insone, eu estava adorando. Realmente, não dá pra negar a natureza, "a pessoa é para o que nasce".

* Não, ainda não vi o filme homônimo, mas está na filinha no eMule.

sábado, dezembro 01, 2007

Floja



Hoje acordei assim, com vontade de dormir. Tá, acordei às 6h da manhã, mas fiquei na cama, depois usei o computador deitada na cama... sabe? Preguicinha... fiquei de floja, como diria a Arianna.

Até que a Lu me mandou um sms às 8h, chamando prum churrasco. Depois ligou às 9h. Daí eu topei. Dormi denovo, fiquei enrolando. Lu ligou denovo, disse que estaria saindo de casa em 10min, daí eu levantei, coloquei roupa pra lavar, troquei roupa de cama, varri a casa, acendi incensos (aqueles tri bons, da India-India), guardei os calçados espalhados pela casa, as bijuterias também espalhadas, limpei o banheiro, troquei roupa de banho, tomei banho, lavei o cabelo, me arrumei... fiz um lanchinho e daí a Lu ligou, dizendo que estava aqui na frente. Sentiu a pontualidade da guria, né?

À tarde fomos pro churras e comi feito uma leoa. Ri muito, o dia estava lindo (e amanheceu nubladaço), o lugar era super agradável, e as pessoas muito divertidas. Foi um excelente sábado.

Agora, vou me acabar dormindo, babaaaaaando, em coma. Vou hibernar até amanhã pela manhã.

domingo, novembro 25, 2007

Antes que eu me esqueça...





Agora que já contei um milhão de vezes sobre minha viagem ao Marrocos, ao vivo, para amigos, vou escrevê-la aqui, para os que estão longe, para os que ainda não estiveram comigo, para quem não tem saco de ouvir minhas histórias, para ficar guardado... sei lá.

Buenas, tudo começou saindo da soterópolis e indo pro Rio, pro Galeão, pro Tom Jobim. Nunca sei como chamar este aeroporto. O nome mudou pra Tom Jobim, mas todos chamam de Galeão, diferentemente do aeroporto de Salvador, que mudou de 2 de julho para Luis Eduardo Magalhães, e o último nome é que pegou.

Eu achei que o vôo tinha atrasado uns 15 min, meia hora, mas parece que atrasou uma hora, não sei, esta coisa de fuso horário (também conhecido como horário de verão), me confundiu toda. Ao sair de casa, decidi não me preocupar muito com as horas, a não ser para pegar transportes no horário. No mais, tudo seria regulado pelo horário das refeições que me fornecessem.

Então, no Galeão, Tom Jobim, no Rio, me encontrei com a Ana (Ana Lucia, que mora em Niterói, mãe da Carol e do Alexandre, esposa do Marcos - é importante contextualizar porque eu conheço 25.473 Anas). Aí ficamos de papo. Ela me deu uma pulseirinha super fofa, de madeira (ou côco, ou algo assim natural) e que combinava perfeitamente com os brincos que eu estava usando (que são quase meus brincos preferidos, que comprei lá em Morro de São Paulo, este ano, quando fui com a Marisa, e que são feitos de côco). Depois de muito tempo, resolvemos almoçar. Confesso que nem estava faminta, porque tinha comido um sanduiche quente no vôo da TAM. E até estava bom, acho que tinha beterraba na massa do pão. Sei lá, era bem gostosinho. Ainda mais quando se está acostumada com Maxi Goiabinha Bauducco.


Para o almoço, fomos no restaurante do Siri. Óooootimo, em todos os aspectos. Atendimento rápido, eficiente, e fofo. A comida, uma delícia e super bem servida, pratão gigante. Comemos um peixe e tinha uns legumes e aspargos e palmitos... e enchemos a cara, claro, porque ninguém é de ferro. Enchi a cara naquelas, tomei só uma caipirinha. Fazendo a linha comportada. Depois pegamos um táxi e voltamos pro aeroporto. Esse restaurante fica na própria Ilha do Governador, é tranquilinho pra ir durante uma conexão. Vale a pena. Ah, sim, o carinha do taxi (também conhecido como taxista) quis cobrar 15 reais da gente na ida. Mó cara de pau, não quis ligar o taximetro. Olha o papo: dentro da Ilha é preço único. Gracinha, né? A gente deu 10 e pronto. Na volta o tiozinho ligou o taxímetro.

Voltamos pro aeroporto e fomos direto pro check in da Air France, várias filas... mas na Air France, tudo vazio. Um segundo de pânico - já que eu me tornara um ser sem relógio (e sem noção). Ok, era ali mesmo, não tinha viva alma na minha frente, fiz o chek in, a mocinha disse que já era pra embarcar. Fomos pro portão de embarque, me despedi da Ana e entrei. La Policia. Tá. Chego no saguão de embarque e uma mocinha me ataca, pra me "informar" que nos vôos para a europa agora são solicitados assistência médica e não sei o que, perguntou se eu tinha, tentou me VENDER um seguro lá. É foda, no saguão de embarque!!! Outra mocinha tentou me vender cartão telefônico para ligações internacionais. Absurdo total, né? Olha, nem que eu quisesse, nem que eu precisasse, eu compraria algo nessas condições. É um abuso.

Ok, troquei mensagens no cel com minha mãezinha, o Samuel ligou. Fui pro orelhão, conversamos. Aí fui embarcar. Nesse meio tempo me dei conta que não pedi pra mocinha da Air France me colocar na janela. Droga. 10 horas de vôo sentada no corredor. Ou, pior, esmagada na fila do meio, entre um adolescente mala e um velho roncando. Era tudo o que eu precisava. Olhei meu bilhete. Hmmm. Será? Entrei na aeronave e sim, Deus é pai e estava de bom humor, eu havia ganhado um assento na janela. Embarque encerrado. Hein? Deus é pai, estava de bom humor e resolveu olhar pra baixo! Eu na janelinha e os dois assentos ao meu lado vazios! Praticamente uma primeira classe, fala sério!

Belê, vamos ao vôo...

O serviço de bordo da Air France é o melhor de todos que eu já experimentei, e tenho dito. Ok, quando eu digo serviço de bordo eu quero dizer rango. KLM, TAM, Varig, Gol, BRA, TAP, American Airline, Czech Airlines, British Airways, Air Canada... nada se compara a comidinha da Air France. O vôo foi isso, comi feito uma porca, enchi a cara de vinho, dormi até fazer bico, vi filminhos (Simpsons, Le goût de la vie, um episódio de CSI e comeceia ver Waitress, mas dormi), joguei paciência, e ouvi musiquinhas (as músicas são chatinhas, é verdade).



Cheguei em Paris no Charles de Gaulle e fui seguindo as setas, e o fluxo de pessoas, mas eu até parecia que sabia bem para onde estava indo. Em um momento eu até estava na frente, peguei um metrozinho lá e um carinha e uma menina vieram me pedir informações. Eu disse que não fazia a menor idéia do caminho, mas que não se mostravam outras opções, então aquele deveria ser o lugar pra ir pegar as bagagens. Sim, porque tem que andar, pegar "metro", desce escada, vai aqui, vai ali, tudo pra chegar na esteira de bagagens. E em alguns momentos não há indicações escritas informando pra onde ir, tampouco dizendo pra onde não ir, então fui seguindo os caminhos possíveis. Aí o menino pra mim: ai, das outras vezes que vim aqui acho que não era assim, por isso estou me confundido. Vaaaaaaaaaai te catar! Não, eu nunca vim no CDG, meu filho, mas eu achei as esteiras antes de ti-i, la la la laaa!

Tá, peguei minha malinha e qual minha surpresa quando vejo que meu cadeado NÃO está na mal. Oh oh. Ai fui abrir a mala, puuuta, pra ver se tinha sumido algo. Mas era estranho porque a faixa de segurança estava lá (tá ligado, aquelas faixas com segredo? não? Ih, meu bem, tá precisando viajar mais...). Aí fiquei lá um tempo e daqui a pouco vi meu cadeadinho cor de rosa passeando solitário, abandonado na esteira. Peguei meu cadeadinho e fui-me embora.

Aí eu, A francesa, fui tentar descobrir como chegar na Gare du Nord. Usando todo meu francês, consegui comprar um ticket e encontrar o trenzinho (nem é dificil) e me fui. Cheguei na Gare du Nord e fiquei esperando meu amigo Heiko. Neste meio tempo fiquei observando as esquisitices européias. Aí tinha um carinha, com um moleton e capuz que ficava andando pra lá e pra cá. Muito esquisito. Daí eu vi que ele ficava olhando as mulheres e daí saia seguindo as presas e falava alguma coisa, depois voltava e assim continuava. Sinistro...



O Heiko chegou e daí fui largar minhas malinhas. Saímos caminhando pelas ruas de Paris e tomamos um chocolate quente tri gostosinho na Angelina (Angelina - Salon de Thé -226 rue de Rivoli 1er Arrondissement, tel: 01 42 60 82 00). Além disso, enchemos o bucho de docinhos doces. Sim, tudo com muito açúcar. Mais do que eu poderia suportar neste primeiro dia, mas nada que um organismo não possa se adaptar...



Minha estada por Paris foi de muitas andanças, pra compensar as comilanças. Andamos andamos andamos naquela cidade gélida, visitamos umas catacumbas lá, super interessantes, encontramos um negocinho escondido lá não sei aonde. É assim, meu amigo é chegado nestas coisas geeks, e daí ele tem um gps, e daíiii esse povo de gps e geek tem um tipo de brincadeira que consiste em esconder bilhetinhos em lugares supostamente interessantes em lugares espalhados pelo mundo. Então você pega pela internet as coordenadas do lugar, coloca no gps, e depois cata. Como o gps não é algo assim tãaaao preciso, tu tens que ficar rodando um pouco, meio perdido. Mas confesso que me diverti bastante procurando o bilhetinho lá. E, e, e... no fim das contas, eu que encontrei o pequeno invólucro preso entre dois canos lá, por um ímã. Engenhosinho. Dentro tinha um papelzinho e os outros geeks que por lá passaram colocaram seus nomes, data, horário e de onde são. Gente de todo lugar faz essas coisas. Meu nome ficou lá. Eu vou morrer e não vou ver tudo. Ah, sim, o que era interessante desse lugar é que é um jardim vertical, numa parede. Fica na fachada de uma loja. E o lance bizarro da noite é que estava tendo um teste para figuração em comercial/filme/peça, sei lá, qualquer coisa, mas só para homens. Aparentemente, estavamos num local gay friendly - no mínimo. E nessa loja tinha um dj lá colocando umas músicas eletrônicas e a fila enorme dos candidatos pro teste na frente. Muito divertido.


Ainda na sessão comilança, jantamos num restaurante japonês tri bom, com a melhor trilha sonora que já ouvi num restaurante na minha vida. Eu ia perguntar sobre o cd mas esqueci. Droga. Tinha um jardinzinho japa fofo... e começou a chover horrores. Mas ainda bem que parou e de lá saímos pra terminar de encher o bucho numa loja Hagen Dazs. Um delírio. Sabe qual é a única parte injusta dessa história toda? É que o Heiko é magro, o filho da mãe. Puta mundo injusto, mêu!

Acabei me desencontrando da Salete, nessa brincadeira, porque deixei o telefone dela no hotel no segundo dia e ela não tinha marcado nada comigo, exatamente, só me dado o telefone. Então acabamos não nos vendo.

A saga para o Orly...

Peguei um trem lá, que iria para o tal Orly, o aeroporto de onde sairia meu vôo para o Marrocos. Tá. Fui. O tiozinho do trem confirmou que era ali (porque eu troquei do metro pelo trem numa parte). Belê, entrei na estação, um ar sinistro, pouco movimento. Parecia estações de filme, com letreiro com nome de vários trens e os horários. Fui pra plataforma, uma escadaria pra subir. Ainda tinha tempo, voltei e peguei um café com leite. Só tinha eu dentro daquela estação. Subo. Ninguém na plataforma. Um trem parado num dos lados (a plataforma é no meio). Eu olho e penso, bem, não deve ser o meu, não está na hora ainda. Não tinha viva alma pra eu perguntar. O trem partiu. Daqui a pouco vejo uma mulher, virada pro outro lado. Sei lá de onde ela surgiu. Tô lá, tomando meu cafezinho... aí, como quem não quer nada, perguntei pra ela se o ROMI (o trem que eu estava esperando) sairia daquele lado ou do lado em que eu estava. Daquele, ela me disse. Peguei minha malinha e o café e me virei pro lado de lá. O trem chegou. Não sei de oooooonde surgiu um homem que entrou no trem, subiu. Ela desceu. O trem tinha dois andares. Eu fiquei ali no meio, me decidindo, ensaiei subir, e resolvi descer. O homem tinha sumido, por isso eu desci. Tá. Ela estava lá, eu sentei lá e fiquei olhando no mapinha, tentando identificar onde eu estava, onde estava o trem, onde era Orly. Fui passando pelas estações e procurava no mapinha e não me encontrava... apelei e perguntei pra tia se aquele trem iria para o Orly. Ela perguntou se eu iria para o aeroporto, eu disse que sim, ela disse que iria para lá também. Ah, ótimo, fiquei tranquila. Mas vou descer antes e pegar uma carona de carro com a minha irmã, na estação tal, disse ela. Putz, fudeu. Mas se você quiser, podemos te dar uma carona. Ai, que pânico. Será agora que elas me sequestram e sou esquartejada e as coisinhas que comprei no supermercado em Paris, pra levar pro Brasil, serão divididas entre as irmãs?

Eu estava com o tempo apertadinho e muita ousadia nas veias, então topei a carona. Desci com a tia e esperamos pela irmã dela. Sim, sim, a esta altura meu francês mímico já estava fluente. A irmã chegou, e fala inglês. Uh, alívio para os neurônios. A irmã trabalhava na Air France. Viva mundo-ovo! E elas foram super fofas comigo e me deixaram no terminal que eu precisava ir. A irmã ainda me deu um cartão e disse para eu procurá-la na minha conexão da volta. Ela trabalha no CDG.

Fiz meu check in, dei uma voltinha pelo terminal ovo, fui pra sala de embarque-rodoviária e fiquei lá, mofando... e o vôo atrasou 1h. Embarquei, fiquei na janelinha e... de volta à sessão vamos comer! Eu estava louca pra comer, só tinha tomado aquele café com leite ruinzinho na estação de trem sinistra. Enchi o buchinho e fiquei feliz e contente denovo.

Cheguei no aeroporto Menara, em Marrakech. Descemos na pista e fomos caminhando até a entrada do aeroporto, passamos pela imigração e peguei minha malinha, dessa vez, com o cadeado. Então fui trocar euros por dinheirinhos locais: o Dirham. Troquei 100 euros, o que me fez ficar com mil e pouquinhos dirhams. Até me senti rica. Então fui procurar o pessoal da agência de turismo Pampa Voyage. Aviso: evitem essa agência!

Ok, encontrei a mocinha da Pampa. Super atrapalhadinha, ela. Tinha outras pessoas da conferência ali esperando. Tinha uma sueca bem comunicativa, e com um jeito bem... singular. Aí a mocinha estava esperando um tal de João Pereira. Eu pensei que fosse português ou brasileiro, com um nome desses. Esperamos, esperamos e nada. Ok, ela desistiu e fomos todos para uma van. Paguei o transfer, ida e volta, porque não era possível pagar a volta, na volta. O recibo, foi um post it escrito pago. Ai, ai. Algumas pessoas tinham pagado antecipadamente, mas a mocinha estava cobrando. Aí rolou uma pequena confusãozinha, mas tudo foi acertado. Meu destino foi o último. No caminho, as primeiras impressões da cidade: um calor do cão; mulheres cobertas e com os olhinhos de fora; muitos homens nos cafés, bares, aliás, somente homens; as construções todas da mesma cor, um tom salmão/marrom/areia escura/telha; vi uns camelinhos, muitas palmeiras. Todos ficaram em seus hotéis... e seguimos para a minha acomodação. Ainda mostrei o endereço que eu tinha anotado no papel, para a mocinha, que mostrou para o motorista, e conversaram, conversaram... e disseram que estava tudo certo. Ok. Deixaram-me no lugar, tiraram minha mala da van e tchau.





Entrei num portão e tentei explicar para um cara lá. Mas ele não entendia meu francês e eu não entendia o árabe dele. Aí tinha uma mulher, uma jovem e um cara, além desse porteiro que não me entendia. A menina foi me socorrer, ela falava inglês. Então os três conversaram em árabe. O cara pegou o endereço do lugar que eu deveria ir e telefone e ligou do celular para o local. A menina anotou em árabe informações e o endereço num papel. O porteiro parou um táxi. O cara conversou com o taxista, em árabe, claro, e tal, eu agradei a todos e segui no táxi. Nem preciso falar do meu pânico, né? Por uns segundos senti vontade de chorar, de raiva. Porque paguei 75 Dirhams praquela maluca da Pampa Voyage e me deixaram no lugar errado!!! Eu não falava árabe, eu não tinha a menor idéia de onde estava, estava num país onde as mulheres andam cobertas, etc.

O taxista me deixou na entrada da cidade universitária, que é onde fica a residência universitária. Falou com o porteiro, confirmou se lá era a cité universitaire, ainda perguntou pruma estudante que estava passando e dai me deixou lá. Beleza. Aí a menina essa foi me ajudar e conversou com o porteiro. Conversaram, conversaram e não, não era lá que eu deveria ir. Ai, meus sais!!!

Então a menina me disse que não era lá e disse que me levaria lá. fomos andando. Era próximo, ao lado, no Club de la Jeunesse, que é parte da cidade universitária, eu acho, mas não é juuuuunto, junto. Sei lá. É um lugar com piscina, quadra de tênis, restaurante, e alojamentos (predinhos e bangalôs). Aí chegamos lá e a menina, Raja, conversou com a mulher lá da administração. Ah, sim, a Raja falava inglês, ela é estudante de "Letras", estuda pra ser tradutora árabe-inglês. Sorte a minha, não? A minha sorte acabava quando a mulher da administração disse que meu nome não estava na lista, eu não poderia ficar lá. Ai, ai... aí começou a outra saga. A Raja ficou lá um tempão comigo, conversando com a mulher, nesse meio tempo, aparece o João Pereira, um brasileiro, carioca, que chegou até lá pegando um ônibus mais um táxi. O nome dele tampouco estava na lista. Muito tempo depois, a mulher resolveu nos dar chaves para os quartos, e então me despedi da Raja, meu anjo1.

O colega carioca foi para o quarto dele, eu fui para o meu. Depois saí e fui fazer um reconhecimento rápido da região, porque tinha visto um trocinho de internet. Finalmente, contato com o mundo exterior. Aí li emails, conversei, usei o skype. Estou lá na internet e o colega carioca chegou. Depois foi embora. Fui embora também e jantei um sanduiche no restaurante do alojamento. Tri bom. E tomei um suco de laranja. Fui pro quarto, tomei um banho estranho, já que o chuveiro estava quebrado, o cano quebrado, pendia o chuveiro (arrependo-me de não ter tirado fotos).

No dia seguinte, domingo, resolvi bater perna. Saí cedo, encontrei meu colega carioca, que só me cumprimentou, mas não extendeu o papo. Na esquina peguei um pão. O pão era meio doce. Foi engraçado, as pessoas chegavam e pegavam no pão com a mão e tal, escolhendo... nem quero imaginar quantos dedos passaram pelo meu pão. Eu acho que peguei mais alguma coia... ah, sim, um iogurte pra beber. A vantagem de estar num local próximo da residência universitária foi essa: ter internet baratinha (5 Dirhams a hora), vendinha completinha (melhor do que a tal da delicatessen aqui na frente de casa), teleboutique (um lugar pra fazer ligação de telefones públicos sem precisar de cartão, usando moedas diretamente), copiadora e, claro, uma mesquitinha básica bem em frente de "casa".


Andei, andei e andei pelas ruas de Marrakech, sem a menor idéia de onde estava, apenas tentando seguir por avenidas principais, para não me perder e saber como voltar. Adorei andar pela cidade, sozinha e observar, observar tudo e todos. Era manhã de domingo, havia pouco movimento nas ruas. Aliás, ruas limpíssimas. Vi um acidente de carro. No meio do caminho tinha um poste, tinha um poste no meio do caminho.

Depois encontrei uma livraria/sebo/revisteria e tinha dicionario francês-árabe, daí eu peguei e procurei mapa e mostrei pro tiozinho lá. Ele me vendeu um mapa. Daí perguntei onde estávamos, naquele mapa. Ele me explicou. Não estávamos no mapa. Ele disse que poderia me devolver a grana, mas eu disse que tudo bem. Depois vi que nenhum dos mapas tinha a zona onde eu estava, porque é mais nova e fora da parte turística. No fim, aquele mapa não me adiantou muito, pois eu continuava sem saber onde estava e pra onde ir. Como eu não tinha nenhum objetivo, tudo bem. Segui andando. Como eu adoro ficar perambulando pelas ruas de cidades que não conheço. Só eu sei o prazer que isso dá.

Passei por uma praça lindinha. Tentei encontrar um adaptador pra tomada, para eu poder carregar a bateria da minha máquina fotográfica, mas não encontrei. Então tirei umas três fotos apenas. Passei por um lugar que era a versão marroquina da Feira de São Joaquim, e logo em seguida avistei os muros da Medina, que são cidades construídas dentro de muralhas, com várias entradas. Hoje Marrakech está maior do que o que guardam os muros da velha Medina, mas existe muita vida no interior dessa, com pessoas que moram, trabalham, vivem por lá; há muitos turists, há hotéis, lojas, centros de artesanato; encontra-se restaurantes, feiras com comidas, frutas, carnes... é uma cidade, uma cidade labirinto, cheia de ruazinhas estreitas, caminhos surpreendentes, arquitetura exuberante. É sério, é de cair os butiá do bolso. Cada casa, cada portal, azulejos, caminhozinhos. É muito lindo.




Lá interagi com muitos vendedores, prometi voltar, para alguns, brinquei de barganhar, consegui bons negócios, com reduções de mais de 50%, mas não comprei nada, estava só pelo prazer do jogo. Pelo menos, meu prazer. Cheiros, nas especiarias; o "diferente" nas roupas; inusitados sapatos de Aladin; artesanato singular; madeira, muitas coisinhas em madeira; os tentadores xales; os deliciosos sabores. Memorável.




Segui andando até que cheguei na praça Djemma el Fna, que também descobri por acaso, e amei. Comprei uns postais, tentei comprar selos, mas para conseguir selos para o Brasil, só nos correios, pois nas tabacarias, só selo pra europa. Aí, por acaso, acabei encontrando o menino carioca novamente. Aí acabamos andando juntos pelo resto do dia. Encontrei meu adaptador pra tomada e decidimos ir para o alojamento e depois partir para o local da conferência, onde aconteceria, às 15h a abertura das coisinhas, com início da entrega do material.

Sugeri ir a pé, mas fomos tentar pegar um busum. Esperamos uma eternidade e acabamos indo a pé. Resolvemos perguntar sobre o local da conferência e acabamos indo direto pra lá - que era no caminho do alojamento, aliás. Chegamos lá e ninguém por perto ainda. Rolou uma confusão, o organizador disse que teríamos que trocar de acomodação e tal. O cara foi super grosso e estava todo estressadinho. Peguei meu material, mas deixei pra pagar minha inscrição depois, pois eu deveria pagar valor de estudante. Então o educadinho disse pra eu tirar cópia do passaporte, da página com o visto e do meu documento de estudante. O João decidiu ficar lá e eu resolvi ir embora, porque ia ficar tarde e eu não queria estar na rua ao anoitecer, pois esfria pra caralho e eu queria ter roupas quentinhas. Além disso, não queria ficar andando à noite pelas ruas.

Andei loucamente, andei moooito. E lá pelas tantas comecei a ficar preocupada. Ah, sim, o Khalid, o educadinho do organizador, havia dito que o alojamento era pertinho, era só pegar "ali e ir ali". Ah, ganhamos mapinha com o material da conferência. Andei pelos "alis" indicados pelo Khalid, mas me perdi. É... me perdi. Perdi bonito. Perdida perdidamente perdidaça. Total. E começou a bater um pânico. Eu só encontrava homens na rua... tentei pedir informações pra duas meninas, mas elas não falaram comigo. Eu andava pelas ruas e ouvia caras passando e falando alguma coisa, mas me fazia de desentendida. Não, na verdade eu realmente não estava entendendo... meu árabe ainda não tinha evoluido a esse ponto.

Num determinado momento de completa perdição(sic), vi uma teleboutique com copiadora, e duas meninas trabalhando. Entrei, pedi pra tirar cópia da carteira de estudante e já aproveitei pra pedir informações: COMO EU FAÇO PRA CHEGAR AQUI!!! A menina tentou me ajudar, saiu, perguntou pra sei lá eu quem, voltou, e tava lá tentando me explicar. Nesse meio tempo entrou um menino pra fazer uma ligação. Quando ele ia saindo a menina perguntou pra ele sobre o endereço. Ele conhecia! Daí foi me desenhar um mapa. Depois foi até a rua e ia me indicar pela rua como chegar lá. Tudo isso no meu francês de Molière... aí eu perguntei pra ele se falava inglês, ele disse que sim. Pronto. Ficamos conersando direto e ele me levou até a porta de casa, o que significou uns 40min de caminhada. Muito fofo ele, né? Madani, meu anjo2. Então combinamos de tomar um café no dia seguinte, quando eu saisse da conferência, e ele do trabalho. E assim fizemos.

Sim, sim, eu vou pular a parte da conferência em si, isso só interessa para as fofocas acadêmicas entre os pares, e não colocarei aqui. Só deixarei meu registro de repúdio ao comportamento de vários brasileiros que estavam lá mas mal foram vistos no evento. O povo parece que foi pro Marrocos pra passear. Fiquei com nojo, sério. Lamentável. Tem gente que eu vi que foi só na primeira manhã e depois no dia de apresentar seu trabalho. É muita falta de consideração com o dinheiro público - sim, porque essas pessoas têm suas despesas pagas pelas universidades que trabalham e agências de fomento de seus estados ou do país. Logo, dinheiro público. Mas corruptos são os outros, né?

Ah, e também registrarei a falta de organização do evento e a baixa qualidade de alguns trabalhos. Foi bom, claro, conheci pessoas interessantes, vi experiências bacanas, etc, etc, mas foi um tanto frustrante. Ah, sim, sim, repetindo, e o organizador era um grosso.



Outra coisa da conferência, mas não dela dela em si, foi a comida: noooooooossa, eu comi feito uma camela (sei lá se camelo come muito, mas eu comi muito). A comida é maravilhosa e os almoços na conferência (que foram pagos) foram perfeitos, fantásticos, gigantes, deliciosos.

À noite, encontrei-me com o Madani e fomos tomar um café, pegamos um táxi e descemos no bairro Gélitz. Foi um choque positivo. Era outra Marrakech. Muitas luzes, prédios iluminados, lojas, Mc Donalds, outdoors; meninas e meninos pelas ruas; alguns pequenos grupos gays reunidos. Cara, era outra cidade completamente diferente do que eu havia visto até então. E gostei. Depois disso eu fiquei muito mais tranquila, andando sem medo, e sem me achar muito 'diferente'. Acabei percebendo que "tem de tudo" em Marrakech e não há razão pra paranóia. Não andei de mini saia e top, claro, mas não senti a necessidade de seguir um código de vestimenta muito estrito.

Caminhamos bastante e depois sentamos num restaurante legalzinho. Tomei uma bebida lá que é uma batida de umas frutas (vitamina, pros não gaúchos). Nos coffee breaks da conferência sempre tinha batida (vitamina, vitamina...) de banana, de abacate... tri bom! Depois andamos mais, ele me mostrou uma igreja católica, a primeira da cidade (por isso o bairro se chama Gélitz, porque era onde tinha a igreja, eglise... gelitz...). O Madani foi fantástico, me explicava tuuuuudo da cidade, da cultura, dos hábitos, de qualquer coisa que eu perguntasse, o cicerone perfeito. Aí íamos embora, eu já estava podre... ele resolveu que iríamos comer, então fomos jantar. Comi um tagine MA-RA-VI-LHO-SO, me apaixonei por esse troço. Então ele me levou pra casa e desmaiei. E nessa noite consegui dormir.

Eu sei que esta entrada está gigante, mas não vou falar de tuuuudo da viagem, pode ficar tranquilo, caro leitor. Eu tive dias e noites maravilhosas e cansativas, andei muito, trabalhei bastante, aliás, minha apresentação foi bem legal, de acordo com terceiros. Eu achei meio nada a ver, pois estava desanimada com o andamento do evento, a organização precária. Minha apresentação foi na sala principal, a das conferências, e falei no microfone, lugar grande. Detesto isso, gosto de salinha pequena, poucas pessoas, melhor possibilidade de interação. Enfim...

Durante as noites, saia com o Madani, fomos na Djemma el Fna à noite, para andar e comer. À noite a praça é completamente diferente do dia, foi mágico. Comi umas linguicinhas com ele... muito engraçado, coisas que eu não comeria nem a pau aqui no Brasil. Tomamos chá na casa dele, com amigos eeeeee... na última noite, fizemos tajiiiiine, sim, sim, sim, ele me ensinou.



Até comprei um. O meu eu paguei 20 dirhams, equivalente a 5 reais. Aí neste site, está por 28 dólares, 56 reais. Hilário. Comprei temperos também. E eu queria porque queria comprar couscous pra fazer aqui. Comprei. Daí o Madani disse que eu precisava de uma panela especial pra fazer o couscous. Fomos à caça da peça. Encontramos. No caminho, encontramos uns livros de receitas. No fim, ganhei de presente o livro, a panela, e um conjunto de copinhos típicos para o chá.

Ok... a volta!

Cheguei em Orly, fui pro charles de gaule, num ônibus da Air France, que me custou 16 euros. Por que não peguei o trem? Greve. Sim, estava tudo parado em Paris, há dias. Cheguei no CDG, fui despachar as malas, e fui informada de que havia overbooking, venderam mais passagens do que assentos disponíveis, e o povo foi. Recebi a oferta de dormir lá, ganhar 300 euros em voucher para usar em viagem futura, ou sacar 150 em dinheiro, dormir num hotel com direito a café da manhã, e fazer um lanchinho. Pensei, pensei e topei. Mas não se engane, é ultra cansativo, fiquei sem o lanchinho, no fim, porque tudo já estava fechado no aeroporto, quando do momento do embarque - e confirmação final do overbooking. É um puta desgaste, você fica sem sua mala, tem que fazer tudo sozinha, tem umas pernadinhas pra dar no CDG até o hotel, e não se "aproveita" nada de ficar em Paris. Lembrei do Pedro, fiquei num Ibis. Estava roxa de fome, peguei uma lasanha, vinho, água, pão... no hotel. Sim, eu paguei, 13 euros (isso me lembra que tenho que preencher o cartão pro reembolso). Dormi maravilhosamente bem, pouco, mas bem. Cheguei no hotel às 2am e meu vôo era às 9h. Então dormi pouco, tinha que estar às 8h, no aeroporto, etc. Não foi terrível, não, mas só faça isso se você for uma pé rapada como eu e se vende baratinho. Caso contrário, vá pra casa duma vez.

Ai, tá, antes de eu ir para o berço, deixa eu falar só mais uma coisinha: a rodoviária do Galeão. Pelamordedeus, que aeroporto nojento!!! Gente, o que são aqueles banheiros da SALA DE EMBARQUE??? Podre de sujo, sem papel, um noooojo. E o que é o bando de vendedores dentro da SALA DE EMBARQUE??? Vendedor de revista, de cartão telefônico, de seguros... putaqueopariu. O que está acontecendo lá? Lamentável! Ah, lembram do meu cadeadinho cor de rosa? No Galeão fiquei esperando um tempão pra ver se ele iria aparecer na esteira de devolução de bagagens e nada. Sim, ele caiu novamente da mala. Sim, eu percebi que não é um cadeado tão confiável assim. Sim, eu queria ele de volta. Mas, sim, eu desisti.

Depois que cheguei em casa e desfiz as malas, fiquei felizinha ao encontrar todos os meus produtinhos intactos, meu tagine, meus copinhos, a panela, os temperos, chocolatinhos, espelhinhos... no fim de tudo a única coisa que eu lamento é não ter tirado mais fotos e, particularmente, não ter uma foto com a fofíssima da Raja, meu anjo1. As fotos da viagem estão aqui - ainda não coloquei todas, verifique periodicamente para atualizações :-)

Por fim, registro que adorei o povo de Marrakech, que foi super atencioso comigos, todos solícitos e gentis - ao seu modo. Espero voltar ao norte da África, mas em férias...

sexta-feira, novembro 23, 2007

Turberculose



Estou melhor, a fase galinácea já passou. Agora, só tosse.

comentários




Acho um saco gente que não comenta em blog.

Mas mais saco ainda é gente que não coloca espaço pro leitor comentar!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Parabéns pra vocês!




Hoje/ontem tive duas ótimas notícias: duas pessoas queridas passaram numa das fases de processos seletivos para pós-graduação. Uma passou na primeira fase da seleção do doutorado, aqui na UFBA; a outra passou na segunda fase da seleção do mestrado, na UFSC.

Dedos cruzados para as duas, para que cheguem até o final e com boa classificação.

Merecem.

A alma do negócio




First of all, you are fat. You are ugly. Your breath stinks. You are unpopular. Your car sucks. Your house sucks. Your life sucks.

You are not witty. You are not smart. You are ignorant. You are stupid. You will never make it in this world. You are unpopular. You will never amount to anything. You are nothing. Your wife is smarter than you.

Your diet is poor. You have low self-esteem. You have cellulite. You have ugly toenails. You have blackheads. You have body hair where it just shouldn’t be. Your eyeballs are not white enough. Your teeth are not white enough.

Secondly, you are fat. You should go on a diet. You should eat more hamburgers. Your tits are not big enough. Your tits are too small. Your tits aren’t small enough or big enough. Your dick is too small. Your nose isn’t right. Your ass is too big. You should make yourself sick. You should eat more hamburgers.

Your dress sense sucks. You have no style. You are one of the crowd. You are a follower. You are a freak. You don’t fit in. You are a lah-hoo-ser. You have no charisma. You are not sexy enough. Your favorite band sucks. Your favorite brand sucks. Your clothes suck. Your shoes suck. You are retarded.

You don’t have enough money. You should work harder. You don’t have enough things. You are unhappy. You need more. You are unsatisfied. You are not moving forward. You are not keeping up the pace. You are lagging behind. You are one step behind the rest.

You are doing it all wrong. You need to change. You need to see that change is good. You need to follow us. You need to be individual. You need to fit in. You need to think outside the square. You need to stand out. You need to know the rules. You need to know the secrets. You should be yourself.

Thirdly, you are fat. Your legs wobble too much. Your teeth are crooked. Your face is wrong. You are not thin enough. You are too thin. You need to eat more hamburgers.
You are lactose intolerant. You are iron deficient. Your cholesterol is too high. Your calcium level is too low. Your blood pressure is too high. Your iron level is too low. You need to get liposuction. You need to lose weight. You suffer from premature ejaculation. You are far too dependent on drugs. You need to buy more drugs.

You are bipolar. You have attention deficit hyperactive disorder. You have post-traumatic stress disorder. You suffer from depression. You are manic. You are not happy enough. You suffer from road rage. You suffer split-personality disorders. You suffer marriage problems. You are not right. You need to buy more drugs. You suffer from generalized anxiety disorder. You need to buy more drugs.

You should stop smoking. You should buy more cigarettes. You should stop smoking. You will get cancer. You will die anyway. You should have fun. You shouldn’t have fun. You should be fashionable. You should keep ahead. You are lagging behind. You should be individual. You shouldn’t care about what you do. You are free. You should go your own way. You should follow us.

You watch too much television. You need to stay tuned. You are fat because you watch too much television. You should watch more television. You should be individual. You are going to be a star one day. You are nothing. You should eat more hamburgers. You should drink more syrup. You are too fat.

You should not be who you are. You have to change.

My name is Marketing.

Now buy my fucking product.




Bill Hicks


stolen from here.

terça-feira, novembro 20, 2007

Eu não sou galinha...




Mas peguei uma puta gripe!

Dói tudo, coriza constante, olhos lacrimejantes, garganta irritada, amígdalas se fresqueando, indisposição, dor de cabeça... e tudo junto.

sexta-feira, novembro 16, 2007

adieu, Maroc!




Pois eh, estou quase indo embora. Devo dizer que muita coisa aconteceu desde minha ultima postagem: a conferencia melhorou, naquele dia mesmo assisti uns workshops bem bacanas; fiquei mais habituada com as mudanças climaticas; jah me entendo melhor com o telcado - alias, tenho que tirar uma foto; e tenho saido com meu novo amigo marroquino, o madani.

Eu queria ficar mais tempos pelos lados de cah, confesso, mas nao vai dar, primeiro porque nao tenho um puto tostao, segundo porque tenho que ir pra feira, trabalhar, e estou com trocentas coisas acumuladas por lah.

Tomara que eu consiga ir no show do luiz melodia, no domingo.

Tomara que a greve dos ferroviarios acabe, em paris, senao to fuuuuu pra ir do orly pro cdg, quero soh ver!

Hoje termina a conferencia, daqui a pouco, em poucas horas, dai vou fazer compras, quero levar umas frutas, temperos, comida e um tajine.

A noite, vou jantar na casa do madani e ele vai me ensinar a fazer tajine.

Amanha, saio cedinho pro aeroporto, voo as 12H30, sair do hotel ali pelas 9h.

Paris. Orly - cdg. voo 23H30 Rio amanha. Depois salvador. vou chegar morta, mais morta do que jah estou.

Acho que eh isso por enquanto, neste meio tempo vi camelos, andei de charrete guiada por cavalos, tirei fotinhos, ri muito, brinquei muito com experimentos de fisica, discuti com colegas sobre as apresentacoes, contatos, muitos contatos. Apresentei meu trabalho... jah falei disso aqui? Bem, se falei, repito, e recebi o convite pra fazer uma palestra na rep tcheca, num evento ano que vem.

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos!

Beijos marroquinos!!!


terça-feira, novembro 13, 2007

noticias do mundo de cah





As coisas vao bem, obrigada. Contudo devo confessar que a conferencia tem deixado a desejar. Primeiramente pela organizacao, e depois pela qualidade dos trabalhos apresentados. Fico particularmente triste pelo alto investimento pessoal que fiz para este evento. Gastei uma boa grana. Tudo bem, estou conhecendo um pouco de Marrakech, eh verdade; encontrei meu amigo Heiko, vou rever a Salete, conheci gente nova por aqui e tenho conhecido nativos super legais, mas po, o investimento da grana foi principalmente profissional, o social eu prefiro escolher quando e onde gastar. Mas tudo bem, sem reclamacoes...

Reencontrei a organizadora da conferencia de calgary, ela eh um amor e foi otimo reve-la. Encontrei a Cibele juntamente com seu amigo alemao, que conheceu na conferencia em calgary tambem - lembras Fabio?

Ontem sai com o Madani e fomos ateh uma parte mais moderna da cidafe, fiquei surpresa com a diferenca da medina, para onde estou, para a parte mais nova. Fotos virao. E meu gaydar nao falha, neh? Fala serio, sou um ima para gays! E que otimo, assim fiz um amigo novo, ganhei um super guia e zanzamos horrores pela cidade ateh uma da madrugada. Tudo de bom.

Ontem comi muita comida marroquina, amei todas! Todas, todas!

Tem muitos brasileiros por aqui. Alias, eu estava reclamando da conferencia, eh verdade, mas os contatos tem sido bem bacanas.

Uma vergonha estah a participacao das pessoas: elas vem pra conferencia e saem pra passear na cidade, no pais. Que isso sirva de licao pros meus alunos fofinhos, pois isso eh muito, muito feio.

Escreverei mais novamente depois, mais detalhes, e falarei das comidas e de umas roubadas e aventuras, mas nao agora. De qualquer forma, estou ficando mais acostumada com o teclado e isso me deixa menos irritada.

Beijos para todos dos lados de lah do oceano.

domingo, novembro 11, 2007

mais noticias




hoje levei um susto quando fui conectar no hotmail, eu acertei o m e o a, de cara!
isso é mal sinal... sera que to ficando marroquina poliglota?

tah, continua um saco escrever deste teclado... justificativa dada, sigo o post

hoje o dia foi muito bom, caminhei ateh morrer.
andei andei andei

andei muito

nao, muito eh pouco, andei pra CARALHO. perdao, mas nao tem termo que diga melhor a quantidade da minha andada.

fui ateh a velha medina e foi tri, passei pela feira de sao joaquim versao marrakech (eu juuuuro) e lah na velha medina andei por dezenas de ruazinhas com trocentos vendedores de tudo quanto eh coisa marroquina. lindinho, lindinho.

poucas fotos pq minha bateria tava no fim, mas jah comprei um adaptador e agora ela tah lah no meu quarto carregando.

depois encontrei um colega carioca que esta na mesma acomodacao q eu, nos encontramos por acaso, na medina e de lah fomos pro local da conferencia. moh confusao, parece q vou ter que trocar de quarto, sei lah.

tomei uns chazinhos, mas nem curti muito;

consegui uma caixinha de madeira tri na medina, de 300 por 60 dinheiros, foi tri o processo de barganha. mas nao comprei. fiquei feliz com a brincadeira, confesso.

o clima, o clima...
capitulo a parte:

manha, frio do cao, meio dia, calor do cao, noite, frio do alaska

coisas de deserto.

e a aventura do dia foi que eu me perdi boniiiito. sabe aquela coisa de ficar completamente MENTE MENTE MENTE perdida, foi lindo. mas fui salva pelo meu super frances e pela boa vontade dos locais. e por um menino fofo que falava ingles e me acompanhou lah da pqp ateh aqui, a peh, pra eu nao me perder. foi como a menina de ontem, a raja, minha anja marroquina. agora tenho uma anja e um anjo, o madani.

ok tenho q ir agora, minha colega de quarto tah esperando...

depois conto mais das aventuras e desaventuras


sábado, novembro 10, 2007

Pra lá de Marrakech...





vou falar muito rapidamente sobre minha viagem até o momento porque o teclado aqui do marrocos é muito diferente, entao levo um tempao pra digitar, e é cansativo.

salvador - rio: super tranquilo, no rio, encontrei com a ana e papeamos um montao, alem disso comemos num restaurante tri bom e enchiiiiiiiiii o bucho, comi feito uma porquinha, triste. despedidas.

rio - paris: fica eleita a air france como a melhor companhia aerea de todos os tempos!!! a comida é uma delicia, o vôo foi perfeito, eu fiquei com 3 assentos soh pra mim, e na janela, e vi filminhos legais e... tah, denovo, a comida é maravilhosa!

paris: consegui pegar o RER bonitinha e fui pra gare du nord e andei muito pela cidade, muitao mesmo, e congelei, e comprei luvinhas, e fazia um frio do caraaaaaamba, e me encontrei com meu amigo heiko e fomos num restaurante japones e depois na hagen dazs e foi tri bom.

paris - marrakech: acho que peguei o trem errado, digo, era até o certo, até levava pro aeroporto orly, mas nao era a melhor opçao, e pedindo informaçao pruma senhora lah, acabou que ela iria para o Orly soh que ia descer nao sei onde e a irma a levaria de carro, me ofereceu carona e topei. a irma trabalha na air france, conversamos um monte, foi legal, as duas foram bem legais comigo.

no orly o povo foi meio mala e o voo atrasou.

marrakech: o transfer foi uma complicaçao, a menina da ag era muito atrapalhada. tah, depois me deixaram no lugar errado. super aventura que depois eu conto mais: eu perdida em marrakech, sem falar arabe nem frances...

domingo, novembro 04, 2007

Saco cheio




Pô é um saco quando a gente pensa que vai começar a semana bem, consegue concluir algumas tarefas, e até comer um abarazinho, rever amigos, tomar um ar antes de começar tudo denovo, de ir pra Feira, de acordar na madruada... mas mas mas, sempre tem alguma coisa, né? Impressionante. É dose, viu? Tem gente que parece que gosta, que busca, que quer conflituar. Eu só sei que eu não estou com paciência pra crises.


sexta-feira, novembro 02, 2007

Bloqueio




É isso. Deu. Chega. Não consigo mais.
Bloqueei.
Não consigo trabalhar, não consigo produzir. Não consigo fazer nada de útil na frente do computador.

Eu PRECISO fazer. Eu tenho prazos. Eu tenho compromissos. Vários, aliás. Mas não consigo. Vontade de deitar e não levantar mais. Ficar lá, quietinha. Vai que assim, o mundo esquece que eu existo, né? E me deixa ali, quietinha, esquecidinha...

Na dúvida, umas taças de amarula e meus travesseiros.

Desisto por hoje. Amanhã tento novamente.

quarta-feira, outubro 31, 2007

De tudo, um pouco.




Nem sei quando foi a última vez que atualizei meu blog. Juro que não é por falta de vontade. É incrível, já estamos entrando em novembro, penúltimo mês do ano. 2007 está como uma locomotiva em alta velocidade, praticamente um trem bala. Se bem que isso é discurso de gente idosa, né? Que fica dizendo que o ano passou depressa e bla bla bla.

Falando em idade, fiz aniversário neste meio tempo. Dia 16 de outubro.

Nem estava em clima de comemorações. Não que eu estivesse triste, deprimida ou sei lá o que, ao contrário, mas é que aniversário na terça-feira é um saco. E não curto comemorações de niver fora da data. Buenas, eu peguei minha tortinha deliciosa de direito que a Perini me dá, pelo niver, por eu ser cliente Perini. Peguei uns vinhozinhos na adega e levei lá pro Beco de Rosália, a pizzaria do fofinho do Fabrício, ali nos Barris. Convidei as meninas, os meninos e fomos. Foi bem tranquilinho e distribui torta pros funcionários do Beco, só pra não trazer aquele universo de calorias deliciosas pra dentro de casa.

Durante o dia foi legal receber um monte de recadinhos no Orkut. Eu gosto disso. Telefonemas, flores. Na sessão "telefonemas", a surpresa veio de uma ligação do Pedro. Desde fevereiro que eu não falava com ele. O Martin, coisa querida, me ligou também, conversamos um tempão. Isso é muito injusto, o Martin deveria morar na mesma cidade que eu, independentemente da cidade. Ai, e as flores... Ameeei as flores. Olha que amor, flores, vinho e ursinho de pelúcia. Coisa mais amada.

No dia 17 ganhei outro presente lindo, maravilhoso, e que me deixou muito feliz, apesar de tensa. Foi também no dia 17 que entreguei os documentos da candidatura pro doutorado aqui na UFBA. E foi também quando saiu o resultado do aceite de um artigo que eu havia submetido no ano passado! Meu segundo aceite Qualis A Internacional no ano!!! E a primeira publicação efetiva!



Ainda na série "presentes de aniversário", a Raquel chegou no dia 18. Que saudadinhas que eu estava dela. Ela é tão lindinha, tão fofinha. Eu lamento muitíssimo não ter conseguido passar mais tempo com ela, e fazer coisas mais legais, e mostrar outros lugares na Bahia, o recôncavo, a chapada, Tinharé... e fazer comidinhas pra ela, passear, passear. A tchutchuquinha participou da 5a Meia Maratona Internacional da Bahia. Coitadinha da bichinha, correu horrores, sob um sol escaldante. E tadinha de mim também, que fiquei sob o sol, esperando a atleta, e tirando fotinhos. Claro que nem tudo foi dor, levei as meninas na Ribeira e comemos uma mariscada tri boa, fomos no Bonfim, na praia do Flamengo, lá na barraca do Lôro, e tomei váaaarias roskas, fomos no França, na Dinha, no Pelourinho, no Carmo, Santo Antônio, Plano Pilar, no café do Museu, vimos dvd em casa, tiramos várias fotinhos... Mas a semana foi dureza, seguia estudando pro GRE e ainda tive que organizar algumas documentações, providenciar documentos legais, e bla bla bla, rapidinho, antes de viajar.

Sim, fui para Recife na semana passada e voltei neste domingo. A prova do GRE foi na sexta, e foi terrível. Eu acho que fiz 520 verbal + 650 quantitativo = 1170 total, o que é uma nota baixinha, mas tudo bem. O foda é o tempo. As questões já não são triviais e com o tempo rodando loucamente e aquele reloginho marcando na tua frente, bah, é horrível. Acho que foi o pior exame que eu fiz na vida - com a diferença que eu não estava tensa. Só em pânico, mas não tensa. Fiz a prova sozinha na sala, não tinha mais ninguém fazendo no mesmo horário que eu. Foram quatro longas horas em frente ao computador, correndo atrás do relógio, com 3 intervalos de 60 segundos e um de 10 minutos. Não se pode comer, beber ou ir ao banheiro durante esse tempo todo, exceto no intervalo de 10 minutos. Dureeeeeza.

Voltei esta semana já trabalhando diretaço, indo pra Feira todos os dias, mas hoje fiquei em Salvador. Preciso preparar a apresentação da conferência de Marrakech. Aí hoje fui ao banco, fiquei quase uma hora na fila. A Cris falou comigo para eu passar na UFBA. Marquei de ir lá até às 11h. Cheguei 10h30 e ela não estava, tinha ido embora. Bom é que eu não tenho quase nada pra fazer da vida, e tenho muito tempo livre. E que, além disso, levei o pôster do trabalho que fiz pro Encontro de Natal (que foi na semana retrasada, e não fui, mas minha aluna apresentou nosso trabalho), um pequeno objeto de 1,20m por 1,00, bem prático de carregar pela rua. Logo, não fui ao supermercado, e continuo sem uma frutinha sequer em casa. (já que fui pra Feira nos outros dias, não pude fazer compras).

No mais, tudo quase certo para a semana que vem, quando encontrarei com uns amigos em Paris. A Salete, que estudou Física comigo em Porto Alegre, e está fazendo um pós-doc na cidade luz, e o Heiko, que vi pela última vez quando fui a Veneza. Será uma passagem rápida em Paris, porque chego no aeropoto Charles de Gaulle, mas meu vôo pro Marrocos sai de Orly e não há tempo hábil na conexão pra ir de um aeroporto para o outro, então sou OBRIGADA a dormir em Paris. E num gesto de muito sacrifício, farei esse esforço.

Eu tenho tido tanta coisa pra fazer, tanta coisa, que nem acredito. Primeiramente não acredito que esteja dando conta de tudo - talvez não esteja; depois, fico espantada com o volume de coisas. Não é xororô, é sério. Eu vou dormir e fico pensando em tudo o que falta ser feito, que precisa ser acertado, organizado, escrito, pensado, contatado, etc. Sem contar as burocracias infinitas do sistema. E o sono? Eu não tenho dormido. Digo, durmo, claro, mas pouco. Acordo cedo, sempre. Custo a pegar no sono. Às vezes estou deitada, levanto, ligo o computador e vou mandar um email pra não sei quem, porque esqueci de falar isso, para adiantar aquilo, para pensar naquilo outro. Eu preciso parar, isso sim.

Mas, mas, mas, entre mortos e feridos, estou muito, muito feliz, em todos os aspectos. Deus resolveu bancar o painho e está sendo generoso comigo. Vai ver é isso. Ou é fruto do meu trabalho de camela, né, meu bem! Não importa, o que importa é que estou mais feliz do que pinto no lixo. E louca para passar 20 dias inteirinhos com a minha mãe.

domingo, outubro 14, 2007

Vá ao Vila, velho!



Ontem chegou a Salvador minha amiga e ex-bixo de ETC, Denise. A guria tá numas de amor por Salvador e quer vir morar e trabalhar e viver aqui. Ela chegou na madruga, acho que por volta da 1h, mas ficou no aeroporto até umas 7h, 8h, quando pegou um ônibus pra vir pra cá. Os taxistas foram assediando a menina: 50, 40, 30... 15 reais! Mas ela resistiu forte e firme e esperou pra pagar 2 reais do busum.

Quando chegou aqui em casa estava louca pra sair, caminhar, ir pra praia... Denise, vá dormir, minha filha, descansa um pouco. Não, não, quero conhecer tudo. Tá, lá fui eu dar explicações básicas da cidade, desenhar mapa, explicar ônibus, etc... e ela ouvindo... e pescando. Denise, vai dormir! Tá, me acorda quando saires pra academia. Tá bom. 11h30 fui pra academia, e claro que não acordei a pobrezinha, né?

Quando cheguei, comemos alguma coisa e eu fui estudar, ela foi, como diria o Samuel, foguetear.

Terminei as 322 questões do banco de dados do http://www.mygretutor.com e numa média aritmética simples, acertei 74%, mas o número de questões pra cada área é diferente. Minha melhor pontuação foi em geometria 92% (37 questões) e a pior, analogias com 46% de acerto (28 questões). Em álgebra, mesmo com várias rateadas imbecis, acertei 90% de 48 e na parte de antônimos, 52% de 61 questões. Sim, meu grande calo é o verbal. É foda, é impossível! Um ser normal não consegue ter um vocabulário que dê conta desta prova.

Agora vou entrar na fase dos testes completos. Quero fazer um por dia até a semana que vem. Cada teste completo leva três horas (ou quatro?) e o tempo é cronometrado. Aliás, o tempo é um dos fatores mais fodásticos deste exame.

À noite, a Denise chegou quase às 19h, e fomos ao teatro. Assistimos "Arlequim, servidor de dois patrões". A peça foi ótima, foi lá no Vila Velha, um teatro que eu gosto muitíssimo em Salvador, e onde sempre levo algum visitante na terrinha. Na verdade, quem me convidou pro teatro foi a Dê, porque ela é amiga de alguns dos atores. Quando cheguei, fiquei de papo com o Jeudy, o menino fofo-filósofo que foi meu colega no mestrado. Cara, acredita que a mãe dele teve onze filhos? Todos da mesma mãe e mesmo pai. Imagina um natal com família reunida, como será!

Falando em natal, estou agora atentíssima às promoções das companhias aéreas, pois vou para Porto Alegre no nata-aaal. Quero viajar dia 22 de dezembro, mas tudo depende das promoções. A Dê (e a Raquel, que chega na semana que vem) comprou passagem a 439,00, ida e volta, com as taxas, poa-ssa-poa! Imagina, 200 reais o trecho. Cara, muito barato. Muuuuito. Mais barato do que ir pra Recife. Menos do que gastei pra ir pra Brasília! Eu quero uma dessas. Pena que não tinha pra dezembro, senão já teria comprado.

Voltando ao Arlequim, a peça foi bem bacana, e conta a história de um serviçal que serve (sorry) a dois patrões, sem que um saiba do outro, e arruma várias confusões. O texto cheio de regionalismos - pra variar - ficou bem engraçado, e o Arlequim, de Feira de Santana - a princesinha do Sertão, foi impagável!

Depois ainda ficamos no café do Vila de papo com o Jeudy por um tempão, e ele nos deu uma carona até aqui. Chegamos em casa já eram 23h. Comi algo e fui pro berço.

sábado, outubro 13, 2007

Me diga




Se eu acordo preocupado
Com as providências
Como uma conta no banco
Que eu não tenho dinheiro pra pagar
Isso me aflige, atrapalha
Faz com que eu não me dê conta
De outras coisas
Que eu deveria cuidar
Então me diga
Se você ainda gosta de mim
Por que de você eu gosto
E isso não deve ser assim tão ruim
Dos meus filhos eu sinto saudades
Eu tenho medo que eles achem
Que eu não sinto a falta deles
Como eu acho que eles sentem de mim
Pego o meu carro
Pelo asfalto
Uso o sapato
Da mesma maneira
Por influência do meu pai
Então me diga ...
Há quanto tempo eu conheço você
Oh! Quanto tempo eu ainda vou precisar?
E eu
Dependo do que eu não entendo
Eu pretendo apenas
Que você saiba que isso é o meu amor

Nando Reis


Duranto vários meses eu ouvia essa música, todos os dias da semana, pela rádio Ipanema, cedinho na manhã, antes de ir pra Escola Técnica, enquanto me arrumava. Foram duas fases, a do "Me diga" e a do "Sobre o tempo" (Pato Fu). Eu tenho esta coisa meio estúpida de ouvir repetidas vezes uma mesma música. Adoro. Nesta época da ETC eles tocavam toooda manhã, e quando não tocavam, eu ligava e pedia a música. Até fiquei "conhecida" do mocinho da rádio, pelo meu nome sui generis.

Falando no meu nome, outro dia a menina da agência de viagens onde tenho comprado passagem, me viu pessoalmente - até então só efetuava compras pelo telefone e internet. Tá. Katemari. Tudo bem. Aí, quando a outra mocinha da agência disse meu sobrenome a mocinha vira pra mim e, espantada, diz:

- Ah, eu vendi uma passagem pra Brasília pra você, não foi?
- Foi. Ah, você que é a Neta?
- Sim. Eu lembrei agora pelo sobrenome.
- Como?
- É, eu ouvia falando Katemari, Katemari, agora você falou Katemari, mas quando eu ouvi o sobrenome eu lembrei que já tinha te vendido uma passagem.

Eu, mais espantada ainda:

- Pelo sobrenome? E pelo nome não reconheceu?
- É que o nome eu ouvia mas não ligava, foi com o sobrenome.

Então, tá, né?!

domingo, outubro 07, 2007

Correção




Outubro
  • salvador - recife
  • recife - salvador
    Novembro
  • recife - salvador
  • salvador - rio de janeiro
  • rio de janeiro - Paris
  • Paris - Marrakesh
  • Marrakesh - Paris
  • Paris - Rio de Janeiro
  • Rio de Janeiro - Salvador


    E a pergunta que não quer calar:

    "Como é que a pessoa enquanto ser humano do sexo feminino consegue viver sem uma fluoxetinazinha?"

  • sexta-feira, setembro 14, 2007

    Chef Katemari




    Eu queroooooo!!!

    Oh... daqui a pouco setembro está terminando... outubro vem aí. Falta um mês para o meu aniversário. Sugestão número 1 de presente para me dar no dia 16 de outubro. Outras virão!



    (clica na imagem que vai para o site onde a coleção está à venda)


    Fluoxetina





    Querido diário, faz muito tempo que não venho por aqui, mas vontade não me falta. As semanas têm sido cheias e tenho trabalhado muito, muita correria mesmo.

    Ainda nem consegui ler a reportagem principal da Vida Simples deste mês que, como sempre, caiu-me como uma luva. A matéria fala sobre ansiedade, sobre o 'tudo ao mesmo tempo agora'. Tenho estado extremamente ansiosa e tensa. Meu maxilar dói constantemente. Tensão. Quando percebo, estou com os ombros contraídos. Mais tensão.

    Pelo menos a angústia passou. Há algumas semanas eu estava muitíssimo angustiada, sem saber a razão. Depois de muito pensar e remoer, e ver que minha vida não poderia estar melhor, e continuar sem entender a fonte da angústia, descobri! Angústia gerada por ansiedade! Sabe, diário, aquela coisa de sofrer por antecipação? Pois é.

    Ok, encontrada e compreendida a fonte, imaginei que aquela dor na boca do estômago passaria. Que nada. Segui assim por vários dias. Mas passou. E confesso que só percebi que passou ao escrever estas linhas, em retrospectiva.

    Eu sei que não deveria me afastar tanto de você, querido diário.

    Bem, você sabe que na semana que vem ficaremos mais próximos novamente. Nós sempre ficamos muito unidos em saguão de aeroporto, não é mesmo? Na segunda-feira rumarei ao Planalto Central. É engraçado, eu que nunca tinha ido à Brasília, agora já é minha segunda vez em menos de 6 meses!

    Aliás, este ano está uma loucura, né? Minha cota de raios cósmicos extrapolou:

    Janeiro
  • salvador - fortaleza
  • fortaleza - são luis
    Fevereiro
  • são luis - fortaleza
  • fortaleza - salvador
  • salvador - galeão (rj)
    Março
  • galeão (rj) - salvador
    Abril
  • salvador - porto alegre
  • porto alegre - salvador
    Maio
  • salvdor - brasília
  • brasília - salvador
    Junho
  • salvador - guarulhos
  • guarulhos - dallas (TX)
  • dallas - calgary
  • calgary - Montreal
    Julho
  • montreal - toronto
  • toronto - new york
  • new york - miami
  • miami - guarulhos
  • guarulhos - salvador
    Agosto
  • salvador - recife
  • recife - salvador
    Setembro
  • salvador - brasilia
  • brasilia - salvador
    Outubro
  • salvador - recife
    Novembro
  • recife - salvador
    Dezembro
  • salvador - porto alegre

    Haja radiação!

    Imagina tudo isso passando pelo meu corpitcho. Sei lá, vai que acaba interagindo com algum dnazinho. E falando nisso... final de semana passado fiz um programa antioxidante. Minha outra preocupação agora na vida é com os radicais-livres. Não, não é falta do que fazer.

    É foda isto, diarinho, eu tenho que manter minha leitura de artigos atualizada, ler sobre coisas da minha área e áreas correlatas, literatura nacional e internacional, jornais para saber o que acontece no mundo, sob os aspectos políticos, econômicos, sociais e o mundo das celebridades; tenho que me preocupar com os radicais-livres, e alimentos saudáveis, e funcionais, e atividade física, e cremes, esfoliantes, adstringentes, e pêlos, e cabelos, e unhas; ligar pra minha mãe, pras minhas tias, minha afilhada, meus primos; tenho que limpar a casa, lavar roupa, cozinhar, fazer supermercado; cuidar das finanças, das contas pra pagar; dos meus amigos, de sair, de beber, de bater papo; ir ao teatro, ao cinema, à praia, shows musicais; ler meus emails, cuidar do orkut, editar fotos, enviar emails, gerenciar o eMule, organizar arquivos, fazer backup, limpar o computador, passar antivírus, formatar o desktop; ler trabalhos de alunos, dar atenção aos meus bolsistas, partcipar de comissões, propor um novo currículo, participar de reuniões, preparar aulas, participar de congressos, ministrar aulas, atender alunos, escrever artigos, pesquisar; arranjar um pai pros meus filhos, dar atenção para ele, D.R.; gerenciar cólica, dor de cabeça, dor de barriga, gripe e resfriado; ver as novidades da Avon, da Brastemp, do Shoptime, da Apple, da Tok Stok, da Livraria Cultura, da Natura, das roupas no shopping; tenho que relaxar, ouvir música, ver o mar, queimar incenso, ter pensamentos positivos... tudo isso com apenas vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, trezentos e sessenta e cinco dias por ano. Só isso. Tudo isso. Ao-mesmo-tempo-agora.

    Como é que a pessoa enquanto ser humano do sexo feminino consegue viver sem uma fluoxetinazinha, diário? Hein? Explicaí!