quarta-feira, setembro 13, 2006

Carioca



Ganhei um cd do lindo, maravilhoso, gostoso, hors concours Chico Buarque. O último CD, que agora estou a ouvir, por sinal.

Desde que cheguei os dias têm sido corridos: fui para Feira na segunda, hoje e irei na sexta. Dou aula e volto em seguida, pois tenho aula às 14h. Análise da dinâmica discursiva é o curso que estou fazendo. Bacana.

E os dias passando no calendário. Deadline: 2 semanas para três artigos.

E os dias passando no calendário. Indecisões.

Ontem fui lembrada de que estou na soterópolis. Explico: perdi a manhã inteira porque fui na loja da Preview da Barra comprar uma impressora. Ônibus, descer na orla, caminhar, atravessar o shopping, caminhar, chegar na Preview, esperar, esperar, esperar, ser atendida e na hora de fechar a compra... ah o sistema de vendas não está funcionando ainda, pois fizemos uma reforma e as vendas ainda não estão liberadas. Puta que o pariu, né! E lá tinha um cartaz que a loja não abriria nos dias 8 e 9 em função da tal reforma. Ontem foi dia 12 e o sistema de vendas da LOJA ainda não estava funcionando. Mais uma andadinha, cruzar o shopping, andadinha, esperar o ônibus, ir para casa.

Detalhe: quando estava em Porto Alegre, liguei para a Central de Vendas da Preview, na tentativa de efetuar a compra e usar o cartão de crédito. Não pode. Para comprar com cartão de crédito, só na loja. E pode-se comprar na internet também, mas não se pode pagar com cartão de crédito!!! Formas de pagamento:
À Vista
.Depósito em conta
.DOC
.Boleto on-line
.Transferências
A Prazo
Parcelado no cheque.


Alguém me ligou hoje e deixou uma mensagem de voz. Não sei quem é, não vou olhar a mensagem. Eu achei que tivesse desabilitado este negócio, odeio mensagens de voz e nego-me a pagar para ouvir essas mensagens. Que me mandem mensagem de texto, ora. Eu sempre respondo. Aliás, odeio quando mando SMS e não me respondem. Mas pode ser demais pedir o mínimo de consideração aos outros, né? No mundo hodierno, tudo parece demais.

Ainda bem que existe o Chico.

Flight plan




Aproveitando as 1h35min de bateria que eu tenho e sobrevoando umas terras estranhas lá abaixo, aproveito para atualizar o meu queridíssimo diário.
O vôo era às 5h40, portanto eu deveria estar no aeroporto internacional Sen. Salgado Filho às 4h40, para o check-in. Tá. Acordei às 3h.

Arrumação de mala... as malas já estavam prontas, mas faltava colocar os "perecíveis" (ou restos do churras de ontem). Todos devidamente embalados e congelados, foram então organizadinhos nos parcos espaços disponíveis na bagagem.
Uma saladinha de fruta (também resto do churras), deixar o quarto arrumadinho, como o encontrei, retirar os cabos do notebook, colocar o cabo de rede de volta no computador da minha mãe... tá, tudo pronto. Aeroporto.

Chegamos lá, bonitinhas (eu, minha mãe e minha tia), fiz o check-in e o mocinho da TAM falou "o aeroporto em Curitiba está fechado, o tempo está ruim, espero que não atrase muito o vôo". Nisso descobri uma escala em Curitiba, e previ um atraso. Tá. Tomei um café com leite e ficamos dando voltinhas no aeroporto. Depois ficamos lá, olhando as aeronaves que chegavam, saiam... e nada do meu TAM 3170. Olhando no monitorzinho aquele da Infraero, descubro que meu 3170 é Porto Alegre - Fortaleza, com escalas em Curitiba, Guarulhos e Salvador. Pelo menos sem conexões. Tá.

Uma hora depois foi aberto o embarque. Rapidamente a aeronave lotou e fui uma das últimas - senão a última - a entrar.

Eu sentei na janela, para variar, num assento escolhido há 5 meses. Ao meu lado, um menininho, ao seu lado, sua mãe. O piá resolveu dormir. Ótimo. Só que recostado no ombrinho da tia aqui. A mãe dele o puxava, botava pra dormir no colo dela, no ombro, essas coisas... e o guri se vinha pro meu lado. Tá, eu nem me importava muuuuuito, mas meio abusadinho ele. Vá deitar na mãe!

Parada em Curitiba. Desceu uma galeeeera, e subiu mais um bando de gente. Incrível. E nesse bando de gente, uma turma da quase 3a idade - ou 3a idade bem conservada. Aquela algazarra de velhinhas do sul indo para o nordeste. Tá.

O piazinho dormindo chegou a se aninhar no meu ombro. Só assim, né, pra ter um hoooomem num avião, com a cabeça no meu ombro. Ô, tristeza!

Parada em Guarulhos/SP. Desce meio mundo. Ou mais de meio mundo, na verdade.

Aí... o pessoal do sul que vai pegar um calorzinho "lá pra cima", se dividiu: uns tinham conexão (trocar de aeronave), outros só escala (paradinha básica para ver uns descerem e outros subirem). E a velharada fez um alvoroço, não sabiam quem descia, quem ia... todos com destino a Salvador, mas vôos ligeiramente diferentes.

Tá, aí uns desceram, outros ficaram. Saiu todo mundo do avião e nada do embarque começar. Tempão passou e a comissária fala lá no alto falantezinho para as pessoas conferirem seus cartões de embarque. "Este é o vôo 3170, com destino a Salvador, passageiros com conexão para outras cidades devem desembarcar" (o que confundiu, creio, foi o "outra cidade", enfim...).

Uns olharam, outros não - ceeeertos de que estavam corretíssimos. Mais uma chamada da comissária. Nada.

Aí entrou o pessoal de terra e foi contar os passageiros: tinha gente a mais. Ai, meu saco!

Confiram seus bilhetinhos. Nada.

Outro veio pra conferir os cartões de embarque da galera. Um banana, né? Porque não encontrou nada errado.

A contagem ainda dava errada.

Aí mandaram todo mundo sentar nos seus lugares - sim, 3a idade em vôo pro nordeste fica pior do que adolescente em excursão de escola, tava todo mundo (umas 10 ou 12 pessoas) zanzando pela aeronave. E vieram dos carinhas e pediram os cartões de embarque de todo mundo. Nesse meio tempo, a comissária anunciou lá o nome de duas passageiras que deveriam desembarcar. Pronto. Aí as duas saíram e finalmente liberaram para começar o embarque.

Se o vôo já começou atrasado, imaginem como estava agora. Eu tinha esperanças de chegar 11h35 em SSA, 12h30/13h em casa e comer meu churras aquecido no super microondas. Põe 1h por causa do céu de Curitiba, mais 30min - pelo menos -, pras veinhas de Curitiba (ah, até eram umas mais novas - 40 e tantos - que não viram que estavam no lugar errado).

Só sei que aproveitar este tempo para atualizar o blog foi bom porque logo em seguida a comissária mandou eu fechar o computador, já iniciaríamos a aterrisagem em Salvador! E lá do algo vi o Farol da Barra, a Centenário, a Escola Politécnica, a torre da Tv Itapoã, e meu prédio! Home, sweet home...

sábado, setembro 09, 2006

Despedidas



Últimas horas em Porto Alegre. Estou em clima de despedidas. Parece que estou sempre me despedindo de todo mundo. E parece que nunca quero estar onde tenho que estar, ou onde estou. E parece que está tudo errado. E acho que nunca haverá carcadinho de madeira pintado de branco, casa de passarinho e grama verde.

Durma-se com um barulho destes!




E hoje estou bem, e todos os problemas da face da Terra foram resolvidos, e não mais há fome, e há paz mundial.

Mas continua frio. E daqui a pouco tem churras.

E é assim, uma hora está tudo bem, outra hora está tudo mal. Eu sou uma montanha-russa.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Haja paciência



É mais do que um desafio, é simplesmente impossível levar tudo. Como eu queria ter uma máquina de teletransporte. Ou ser super rica. Se eu fosse super rica, teria comprado uma super mala ainda na semana passada e teria colado meus panos de bunda lá e partido para casa. E aina ficava com uma semaninha na minha casa, organizando minhas coisas. Amanhã tenho um almoço. Minha mãe quer fazer um churrasco. Numa outra estada minha em Porto organizei um churrasco e convidei meus amigos. E foi tri bom, adorei ver todo mundo, e o churras estava ótimo. Era verão. Foi com antecedência. Agora, fazer churrasco com esse friozão e com previsão de chuva, é foda. Eu não tenho a cara de pau de convidar meus amigos. Eu gosto dos meus amigos, e gosto de convidá-los para coisas legais. Ou que pelo menos têm chance de serem legais, boas perspectivas.

Hoje fui na médica e descobri que estou com a pressão baixa, 10 por 6 (seja lá qual for a notação correta para pressão arterial). E ela argumentou que minhas constantes e fortes dores de cabeça podem ser em decorrência do frio. Agora essa! Eu, que adorava inverno, agora desenvolvi frescurite aguda ao frio.

Hoje recém é sexta-feira, parece que o tempo está de mal comigo e se arraaaaaasta. E o domingo nunca chega, tampouco se aproxima. Fica lá, no horizonte, distante. Por mais que passe o tempo, o domingo segue distante.

Packing!!!




Desafio de sexta-feira à noite: fazer caber tuuuudo o que eu tenho para lever nas pequenas bagagens que eu trouxe.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Família, família...




Que bom que teve o desfile, que bom que eu saí de casa, que dia mais lindo.
Tinha um puta sol lá fora e estava super quente. Incrivelmente quente. Só quem mora aqui é capaz de compreender o clima (infernal) de Porto Alegre, que vai de 6 a 26 graus num único dia. Não a saúde que resista, de fato.

Mas sei que curti ver minha afilhadinha desfilando, principalmente porque ela ficou toda contente. Tirei umas fotinhos. Passei mal, é verdade, tive tontura duas vezes e tive que procurar um lugar mais afastado e na sombra. Estava um sol muito quente, comecei a sentir muuuuito calor e a me sentir enjoada, ânsia de vômito, cabeça doendo... sentei, sombrinha, vento fresco. E uma dor de cabeça filha da puta.

Depois voltei a ver o desfile, minha afilhada passou.

De lá seguimos para a casa de uma das minhas tias, que também mora em Viamão. Fazia muito tempo que eu não ia lá. Muito mesmo. Não sei se já estive lá após ter ido para Salvador, acho que não. Aí encontrei alguns primos, os filhos dos meus primos, meu tio. Foi bem legal. É engraçado como o lado paterno da minha família é diferente do materno.

Anoiteceu, esfriou denovo. Bem frio. Cheguei em casa e já liguei o lençol. Êta climinho.

Independência ou morte





Feriadinho básico.
Como se fizesse muita diferença pra mim.
Não aguento mais ficar aqui em casa, o dia inteiro, todos os dias.
Não venho mais para Porto Alegre no inverno. Não dá. Não consigo sair de casa porque está frio, e em casa só fico no computador na parte da manhã, depois almoço e vejo tv na parte da tarde.
Durmo às 22h e acordo às 6h.

O que fiz de útil?
Li um livro - poderia ter lido uns 3.
Planejei as aulas do semestre.
Comecei (mas ainda não terminei!!) a traduzir o artigo pra enviar pro Japão.
Li uns artigos.
Tentei desesperadamente e sem sucesso falar com a diretora de uma escola em Feira de Santana.
Acho que foi isso.

Tá, tem a parte de ver alguns amigos, mas isso também foi pouco. E não estou, exatamente, reclamando, é só que foi muito tempo no frio. Se tivessem sido mais dias como foi o único dia que fez calor, teria sido melhor.

Mas ainda bem que está quase terminando. Amanhã vou fazer tudo de rua que falta fazer: pegar exames no laboratório, levar na médica, ir no campus, comprar livrinhos, passar na livraria cultura. E deu.

Hoje tenho que ir a Viamão, ver minha afilhada desfilar.

Falando nisso, nem contei que saí com ela no domingo, né?

Eu pretendia sair no sábado, mas estava muito, muito frio - inclusive nevou na serra! Daí no domingo, ainda ventando muito, fui em Viamão, peguei a Ingrid, passei na Raquel, e fomos almoçar no brique. Aí descobri que minha afilhada é uma enjoada para comer, ou pelo menos gosta de fazer onda. Acabamos comendo num restaurante no Shopping Total, onde a dinda aqui gastou uma fortuna. A idéia era almoçar no brique, pagar com ticket, passear no brique, e ir comprar presente de natal no shopping. Aí, tivemos que ir direto pro shopping, onde não pude pagar com ticket e lá se foi o dinheiro pro presente de natal.

Depois passeamos no shopping atrolhaaaaaaaaado. Aliás, foi um inferno estacionar. Inferno mesmo. Metade de Porto Alegre estava lá para o último dia de liquidação. Insuportável, gente pelo ladrão. Fomos no Play-não-sei-o-que, um negócio de brinquedos eletrônicos. Comprei um cartão, coloquei créditos e brincamos la nuns brinquedinhos. Passamos na Cacau Show, chocolatinhos. E depois levei-a para casa, já era noite. Foi bom e apesar do frio, o dia estava bonito. O pouco que vimos do brique, a propósito, estava lindo, porque tinha um super sol, bastante gente, mas não atrolhado. Pena que não ficamos por lá.

Semana que vem será tão diferente desta... será tão corrida. Acho que meu corpo levará um choque. Do marasmo, da horizontalidade, pra correria total. Segunda cedinho já vou trabalhar. Tenho aula pra dar às 9h e uma diretora para procurar. E tenho que voltar correndo para Salvador porque tenho aula às 14h. Esta semana inteira terei aulas à tarde, das 14h às 18h. O que me compromete às tarde. E pela manhã terei que trabalhar. Tenho que achar um Bradesco aqui antes de ir embora, porque não tenho dinheiro em espécie. O único quiosque do Bradesco que vi por onde andei, estava em manutenção. Banquinho de merda.

Ó, pra ter idéia do frio... estou debaixo de edredons e cobertores, e as mãos para fora, digitando... elas estão congelando!

Ai, tenho que fazer as unhas, estão muuuuito feias.

A Flávia e o Pedro tiraram seus blogs do ar. Odeio quando as pessoas deixam de publicar blogs. Eu gosto de acompanhar o que se passa com elas. E não é a mesma coisa que conversar, o blog traz um outro olhar. Certo que esconde muitas coisas, mas mostra muitas outras. São uns chatos, os dois.

E Greice, manda-me um email. O teu antigo já volta mensagens. Como vou falar contigo se não me deres teu email novo, hein, hein?

Ah, sim, já me ia esquecendo... os vírus. Desde o final de semana estou travando uma luta com spywares. Um inferno. Essas porcarias não saem da máquina. Eu apago, passo spybot, ad-aware, raio que o parta, e sempre volta 1. Pelo menos é só 1, de acordo com o Panda. Porque no início eram 49. Pragas modernas.

Quando eu voltar, além da correria do curso e da primeira semana de aulas do semestre, tenho a entrega dos meus móveis da sala, supostamente. E a saga pela procura de cadeiras, e ainda quero comprar uma impressora.

Pelo menos estará quentinho.