sexta-feira, junho 30, 2006

Latinoamerica ou colonizadores




Hoje, que brilhe o sol!
Afinal, terá muito mais graça uma final Brasil x Argentina do que Brasil x qualquer outro país.

Se bem que Brasil x Portugal também seria bonito de ver.

Mudanças





O dia está lindo.

terça-feira, junho 27, 2006

Tá tudo errado





Estarei eu ficando louca?

Não consigo afastar um festival de maus pensamentos e sentimentos. Eles vêm em ondas, e são maiores do que eu. E sobre tudo e todos.

Sabe quando uma frase, uma palavra, um gesto faz a gente pensar numa coisa, e essa coisa faz pensar em outra, e o cérebro faz conexões mil? Estou assim. E só preciso de estopins.

segunda-feira, junho 26, 2006

Até quando é ruim, é bom





Tem tríade mais perfeita para o domingão do que a que inclui pizza e cinema?

Almoço de pizza e muita salada. Ok, eu levo a salada e tu pedes a pizza. São raras as vezes em que como Pizza Hut, mas são sempre boas vezes.

E Bonecas Russas (Les poupées russes) foi o filminho. Uma continuação do Albuergue espanhol (L'auberge espagnole). Foi bem legalzinho e deu uma saudade de Londres. Vi as ruas lindas de Paris. Inclusive reacendeu a vontade de conhecer a Russia.

domingo, junho 25, 2006

Quem tem, tem medo.




Hoje fui dar uma olhada no Site Meter porque percebi que da merda que fiz no template, esqueci de recolocar o esse serviço. Tá, daí acabei olhando como algumas pessoas chegaram até aqui.

Olha só o que essa pessoa digitou no google para aparecer meu blog, e fazê-lo clicar e entrar neste blog: pesquisa.

Momento Lupicinio




Eita noite difícil pra pegar no sono.
Recorri até ao leite morno com mel.

Mas também, depois, dormi como pedra. O barulhinho do ventilador ligado, o lençol e a colcha leve por cima. Os vários travesseiros. Papel na frente do DVD praquela luzinha vermelhinha não ficar iluminando o mundo. Desliguei a tv no manual pra luzinha verde também não atrapalhar.

Ontem me dei conta como vivo cercada de ruídos. Muitos ruídos. Eu já havia percebido como há lugares mais silenciosos, mas não tinha notado o quanto aqui é barulhento.

Eu gosto do silêncio. E da escuridão.

sábado, junho 24, 2006

Ciclos





O ciclo da água foi alterado neste sábado: ficamos em água aqui no prédio.

Tudo bem, eu fui avisada, na quinta à tarde. Sei que acordei às 6h e tinha água. Fiz sei lá o que e fui dormir denovo. Acordei às 9h e tinha água. Quer dizer, teve por alguns minutos e terminou. Eu, desafiando o aviso da falta de água, resolvi lavar roupa. Quando a máquina começou a encher, acabou a água. Aí fiquei esperando, esperando até voltar. Acho que voltou no meio da tarde. Até que não foi tanto tempo sem água, imaginava mais.

Ontem à noite, já no berço, depois de ver CSI, Monk, lembrei do aviso da água. Levantei e enchi todos (3) os baldes da casa (na verdade, dois baldes e uma bacia). Acabei só usando uma baldada, no vaso sanitário. E um pouco de água, pra lavar as mãos. No resto do tempo, fui cumprir meu ciclo de sono. Hibernei. Dormi hoje o dia inteeeeiro. Ô delícia.

Ai, se sesse




Teve um show do Cordel aqui em SSA. De graça! Com antecedência tentei mobilizar todos meus contatos na soterópolis. Eu queria muito ir ao show. Foi em vão. Teve uma conhecida que foi, mas nossa comunicação foi muito falha. Aliás, nossa comunicação (minha com ela) é sempre falha.

São nesses pequenos momentos que percebo que não sou desta cidade e que meus amigos estão longe.

Não, não me entenda mal. Não é que eu esperasse que todo mundo quisesse me fazer companhia, ou que se fosse em Porto Alegre eu teria companhia certa. Não é isso. Talvez ninguém fosse comigo em Porto também. Mas com certeza haveria tentativas, haveria maior retorno, haveria justificativa ou oferta de alternativas.

No Orkut me chovem pedidos de autorização para eu adicionar como amigo. Seria tão bom se fazer amigos fosse assim tão fácil. Simplesmente dizendo sim, fulaninho é meu amigo(mesmo morando no raio que o parta, mesmo eu nunca tendo olhado pras fuças dele, mesmo eu nunca ter trocado um oi com a criatura, mesmo ele não sabendo nada da minha vida, mesmo eu não sabendo nada das suas alegrias e dores, mesmo que não tenhamos compartilhado experiências de vida, mesmo que não tenhamos sido necessários um ao outro, nunca). É uma gente muito estranha.

Paciência se eu passo por mal educada na agora famosa rede de relacionamentos (é assim que o povo chama o orkut na tv), mas eu quero amigos, eu gosto de ter amigos, daqueles que mesmo que estejamos no raio que o parta, continuemos amigos. E também mesmo que estejamos no mesmo bairro, não o deixemos de ser.

Ainda não me acostumei bem com a leveza daqui.

sexta-feira, junho 23, 2006

São João




Teremos hoje a noite mais longa do ano. Exatamente há um ano eu tinha uma noite horrende. Uma auto-detectada infecção urinária me deixou sem dormir. Fez-me ligar pra minha mãezinha pedir ajuda com a medicação. Nessa noite dei muito valor aos fármacos e vi a diferença que há entre a agonia da dor e o alivio em conseguir dormir. Estava em Ondina e com tanta dor, nem lembro de ter ouvido fogos. Antes disso, estive no Pelourinho. E chovia.

No outro ano, fiquei amaldiçoando as gerações futuras da minha vizinhança que ficava com os infernais fogos de artifício. Sem parar. Minha casa cheirava a pólvora. Eu, reclusa em casa.

Neste São João chove. E os fogos continuam imponentes. Hoje à tarde 3, exatamente três meninos estavam com tambores e sei lá mais eu o que, aqui na rua de trás. Quer dizer, eu só vi que eram três meninos depois de muito tempo, quando resolvi olhar pela janela de onde via taaaanto barulho. Incrível como três pirralhos conseguem incomodar tanto com percursão. Contando, ninguém acredita. Só ouvindo.

Aí, finalmente, começou a chover. Ainda bem que só chove nesta cidade, e os três tiveram que parar com o super som deles. Deus é pai.

É interessante como os costumes podem ser diferentes. São João para mim tinha sido sempre uma festa de escola e de condomínio, e para crianças. Tinha pinhão, pipoca, milho verde, bolo de milho e quentão. Mas não é feriado. Nem tem festança. Aliás, passa totalmente desapercebido.

Dizem as más línguas que em Portugal as pessoas batem com um martelo uns nas cabeças dos outros. Estranho.

Pessoas são tão diferentes...

Sorria, você está na Bahia!




Ontem, quinta-feira, 22 de junho, a soterópolis parou às 14h30. É certo que já não funcionou lá muito bem pela manhã. Quer dizer, se funcionou eu não vi, porque dormi. Dormi muuuuito. Sei que em algum momento pela manhã, bem cedo, um celular despertou ao meu lado. Eu lembro que peguei e vi uma luz intensa, mas não sabia o que fazer com toda aquela luz, e fiquei segurando o celular. Depois não vi mais nada. Parece que muitas horas depois o Pedro apareceu e disse tchau. Acho que eu devo ter desejado boa viagem, mas não lembro, eu dormia. E dormi, dormi, dormi até fazer bico. Depois de muito muito tempo ouvi um o celular bipando, era uma mensagem de texto, no celular "velho". Achei que fosse o Pedro. Será que esqueceu alguma coisa? Ah, sinto muito, o celular estava muitíssimo longe de mim, e eu não ia levantar minha rica bunda gorda para pegá-lo. Segui dormindo.

Teve um momento na vida em que resolvi acordar e levantar. Era umas 9h, 9h30. (Lembre-se que tenho acordado às 4h30, logo 9h30 já é muuuuito mais tarde) Tomei meu cafezinho maravilhoso. Fiz um beiju delicioso. Sim, agora eu peguei o ponto do beiju. Ficou perfeito. Eu só não entendo como o beiju não é mundialmente famoso. Pelo menos nacionalmente. É bom, é delicioso, é prático, é barato. Será que é porque é de origem do norte/nordeste? Se eu fosse cheia da grana e cheio do espírito empreendedor eu juro que abriria uma rede de franquias de beiju (tipo casa do pão de queijo). Ah, e abriria uma rede de motéis também, porque deve ser lucrativo, e todo mundo trepa em tudo que é lugar.

Acho que deitei denovo e vi tv. Não lembro. Faz tanto tempo.

Depois, falando com o Fábio, soube que os bancos funcionariam até 14h30 em função do jogo da seleção brasileira de fubebol na Copa do Mundo. Tá, isso eram 14h. Então corri pro BB e paguei minha inscrição como aluna especial do Doutorado. Fui na UFBA e me matriculei em duas disciplinas. E lá vamos nós denovo...

Resolvidos os assuntos acadêmicos, pensei em ir na academia. Quando para lá me dirigia, lembrei do tal jogo. Então voltei pra casa. Não, a academia não abriria. Quem iria malhar com o Brasil jogando?

Em casa, fui obrigada a assistir o Brasil x Japão. Foi legalzinho, apesar dos 44 jogadores em campo. Sim, a imagem da minha tv é uma merda. Não, eu não tenho tv por assinatura.

Hoje, em tempos normais, eu daria aula, certo? Ah, mas veja bem, ontem teve jogo do Brasil, amanhã, 24 de junho, é feriado de São João (aqui no nordeste é). Então é claaaaaaro que hoje é ponto facultativo no estado. A cidade estava às moscas. Acordei super cedinho pra ir no VP (que ontem não funcionou por causa do jogo e amanhã não funciona por causa do são joão). Cheguei lá 7h. Fiquei arrasada. Acabei com a minha semana e já comecei a repensar minha vidinha. Se continuar assim, não vai dar. Terei que fazer reformulações. É uma pena, assim como estava era tão bom...

Saí da Pituba (um bairro) e fui pra academia. Ué, hoje não é feriado, certo?
Cheguei lá e dei com as fuças. Fechadinha da Silva. Aproveitei e passei no supermercado, decidi que faria um sopão. Comprei verduras, umas frutinhas pruma salada de frutas e carninha. Cheguei em casa, piquei tudinho e fiz uma super mega hiper ultra sopa delícia.

Depois do almoço? Meu bem, eu dormi a tarde inteira. Eu dormi tanto, tanto, taaanto. Teve uma hora que o telefone tocou, era a Naiara. Conversamos um pouco, ela ficará na cidade durante o São João (sim, é "durante", não é no dia 24 apenas). Então talvez venhamos a sair. Ops. Pensando bem. Ela ligou ontem. É, foi ontem, porque ela inclusive me convidou pra ver o jogo do Brasil na casa dela. Foi isso, ela ligou e eu estava dormindo.

Eu já avisei, se eu estou dormindo, eu não processo informações!

No mais, hoje é sexta, dia de CSI. Tem sopão. E tá fresquinho.

quarta-feira, junho 21, 2006

Fazendo arte




Pronto, não mexo mais.
Arrumei o template. Não está igual ao que era antes, mas ficou beeeem pareceido.





Saco.
Fiz merda aqui.
Estraguei o modelo do Blogger, e nem sei como!
Um pedaço do template sumiu.
Ódio,ódio.

Agora fica assim, não vou mexer.

Mulherzinha





Outro dia dei uma de mulherzinha e fui às compras. Na verdade fui no shopping trocar umas camisetas, mas como fiquei lá, sozinha, abandonada, jogada às traças naquele shopping todinho, fui obrigaaaada a andar pra lá e pra cá. E entrar em lojinhas e experimentar roupitchas e essas coisas que mulherzinhas fazem.

Mas assim, sejamos francos, eu precisaaava de shampu. Não era frescura. Então quem compra shampu, olha cremes. E nas prateleiras ali pertinho tem óleos. E tem sabonetes esfoliantes com óleo de semente de uva. E olha que legal, tem óleo de semente de uva, sabonete com óleo de semente de uva, hidratante com semente de uva. Eu estou me sentindo a própria uvinha.

E aquele faqueiro?

Eu juro que ele ficou me olhando. Eu passava e nem ligava. Sério, não dei bola. Mas ele me olhava. E piscava. E sussurrava... e eu fui, e olhei, olhei, cheirei, abri a caixa, peguei na faca, no garfo. Colheres. Garfinhos de sobremesa, colheres de chá... Tramontina é o Demo.

Falando em Demo... a Coza é o capeta, né? Fala sério. Sucumbi aos organizadores. Afinal, eu preciso de organização na minha vidinha. Especialmente no meu banheiro.

E o Tentação diet que inventaram? E barrinha de cereal (super falcatrua) da Hershey's???

E já que estava no inferno... abracei o capeta numa sandalinha preta, de tirinhas e saltinho.

Depois da alma lavada (ou vendida, ou endividada), lá fui eu feliz e saltitante para o ponto de ônibus. Aí lembrei que estava em Salvador: depois de 1h e 15min o ônibus apareceu. Mesmo anestesiada pelo efeito shopping fiquei puta e mega cansada.

Ai, ai. La vie, la vie...

domingo, junho 18, 2006

Simples prazeres





O problema de ficar um tempão sem postar é que depois fico com várias coisas pra contar e quero falar tudo junto e os pensamentos embolam e a escrita também e nem respiro e escrevo sem vírgulas e quando vejo, o post está gigante. E eu sem fôlego.

Tentarei atualizar meu querido diário nos próximos dias. Aguarde e confie.

Por ora, a vida segue linda: complicada e perfeitinha. Aliás, só passei aqui pra dizer que estou felizinha.

domingo, junho 11, 2006

Existencialismos



O problema não é meu
O paraíso é para todos
O problema não sou eu
O inferno são os outros, o inferno são os outros

Titãs

Up and Down




Às vezes acho que a minha vida é a mais desinteressante da face da Terra, e que todo o resto do mundo faz coisas mais legais do que eu ou é mais feliz do que eu, ou tem a vida mais fácil do que a minha. É, bem dramática assim mesmo. Mas é como eu me sinto.

Por outro lado, há alguns curtos momentos em que acho que minha vida é perfeita e que não pode ficar melhor.

Esse mês recebi a revista Nova, novamente. Ainda dentro da promoção da Kellog´s, em que tenho direito a 4 meses de assinatura gratuita. E pela primeira vez acho que me identifiquei com algumas das coisas que tinham na revista. É engraçado porque sempre acho a revista nada a ver. Uma coisa totalmente fora da casinha e sempre falando de sexo para mulheres de 30 anos e moderninhas - além de mal comidas e bem sucedidas, diga-se de passagem.

Itacaré-é




No final de semana passado viajei, fui para Itacaré. O lugar é mais do que lindo. Lembrei-me muito da Taciane, com certeza ela iria amar. Fiz trilhas por meio da mata atlântica, passei por dentro de manguezais, vi cachoeiras surgindo do meio da mata. Lindo. Deslumbrante. Fiquei louca pra praticar arvorismo, vi cobra até!!! Soooooper emocionante.

Comi pra caralho, e bem. A gastronomia de Itacaré é fantástica. Comi um peixe com banana da terra (e couve) que era uma delícia. E o café da manhã em Ilhéus??? Perfeito.

Tem uma pousadinha em Ilhéus onde já havíamos ficado da outra vez, e recomendo. Tá, tudo bem, não lembro o nome agora, mas recomendo mesmo assim. O lugar é fofinho, tem uma piscina bacanex e um café da manhã perfeito.

Em Itacaré ficamos na praia da concha, na pousada Naínas. A pousada é muito lindinha, toda fofa. Ficamos na suíte loft. Dois andares, tv, ar-condicionado, rede, dois sofás, cama, tapete, várias almofadinhas lindinhas... tudo num climinha esoterex. Muito lindinha. Mas, mas, maaaas tivemos alguns problemas. Um dia ficamos sem água. A bomba estragou. Então disseram que iriam arrumar, já viria alguém. Em 5 ou 10 minutos. Esperamos, esperamos. Nada. Desci pra reclamar. O menino disse que não teria como arrumar naquela noite, só no dia seguinte. Tá, mas por que não disseram isso antes??? Tudo bem, então pedi para usarmos o banheiro de outro quarto, que tivesse água. Assim fizemos.

As toalhas não foram trocadas. Ficamos duas noites na pousada e não trocaram as toalhas de banho, tampouco as de rosto. Pô, era o mínimo, né? É praia, é um lugar cheio de barro. O tapetinho branco do banheiro já não era mais branquinho no segundo dia. Não estava embarrado, porque não sou porquinha, mas mesmo assim. Além disso, a diária não foi nem um pouco mais barata para não se trocarem as toalhas. Veja bem, se saíssemos e voltássemos, teriamos toalhas limpinhas, não é? Então. Não é por ficar no quarto que não se troca a roupa de banho. Enfim, enfim...

O café da manhã era bom, mas não era o máximo e um dia eu pedi um beiju pra cozinheira e ela disse que não podia fazer porque não tinha côco. Eu disse que poderia ser sem côco (aliás, eu não iria querer côco!). Ela disse que sem côco não dá pra fazer. Eu disse que poderia ser puro. Ah, não, puro não dá. -1 ponto pra pousada.

Chovendo, ficamos vendo tv, o Pedro foi comer um amendoim do frigobar... o amendoim estava ruim. Foi ver a validade. Estava vencido. Reclamei na recepção. O menino perguntou se eu queria outro, disse que sim. Até agora não vi o amendoim. -1 ponto para a Naínas.

Como estava chovendo e frio, pedi um cobertor. Ele disse que já levaria. Passou a tarde, a noite, saimos pra jantar, voltamos, e ele não levou. Pedi à noite um cobertor para o recepcionista/segurança da noite, que me deu um. -1 pontinho.

Logo na chegada, fomos recepcionados por um menino, Lucas (Rafael Lucas, na verdade. Sobrinho da proprietária da pousada). O menino se dizia recepcionista e guia da pousada. Fechamos com ele dois dias de passeios (os dois dias que passaríamos em Itacaré) por 90 reais. No dia seguinte, fomos para o passeio que foi ótimo, mas ele, como guia, deixa um pouco a desejar. Precisamos fazer parte do trecho de carro, e ele não avisou que usaríamos o carro. Além disso, o tinha trechos em que, numa situação um pouco mais lamacenta, impossibilitaria o percurso, pois o carro não tem tração nas 4 rodas! Ele deveria ter avisado. Passamos por trechos de mangue em que atravessamos por dentro da água, até as coxas. Não fomos avisados. Um guia tem que informar quais as condições da trilha. Fora isso, o menino era legal e divertido. 17 anos, pai de um menino de 2 anos, com uma gaúcha de 23. Bahia.

Ao final do dia, voltando para o centrinho de Itacaré, ele avisou que no dia seguinte o passeio não seria feito por ele, mas pelo irmão, que passaria às 8h30 na pousada e nos levaria. Nós deveríamos pagar 50 reais no ato e os outros 40 deveriam ser pagos para o irmão.

Você, caro leitor, viu o irmão do Lucas, o guia da pousada Naínas em Itacaré? Não? Eu tampouco. -1 ponto para a pousada. Nem avisar ele avisou.

Ao fechar a conta na pousada, a tia do Lucas nem falou nada. Pediu desculpas pelo "aborrecimento" com a falta de água, e só. Não ofereceu desconto, nem um benefício para estadas futuras. Pois é, só era lindinha e bem localizada, no fim das contas. Fiquei muito aborrecida. Especialmente porque eu havia olhado na internet antes, tinha ligado pra lá, achei o lugar lindinho. Mas definitivamente não há profissionalismo. Uma lástima.

Quanto às praias: a perfeição, o paraíso. É lindo, lindo, lindo. Muitíssimo lindo. Uma delícia. Conheci as praias: Arruda, Jeribucaçu, Cachoeira da Usina, Prainha, Ribeira, Tiririca, Praia da Concha e Itacarezinho. Talvez as mais bonitas tenham sido Ribeira e Prainha. Gostei muito dessas duas. E na prainha, banho de mar, banho de rio e beiju!!! Paraíso, paraíso.

sexta-feira, junho 02, 2006

Merda





Há alguns dias meu corpitcho está revoltado contra mim. Eu não o tenho mal tratado. É verdade que tenho ingerido comidinhas mais gordurosas ultimamente, pois tenho comido muitas vezes fora de casa.

Na segunda-feira eu tinha muita dor de estômago, e diarréia. E sabe aquela vontade looouca e repentina de ir ao banheiro e achar que se vai esvair num vaso sanitário. Pois é, assim eu estava. Aquela pontada e a necessidade de correr pro banheiro. Problemas técnicos, entretanto, inibiam o curso natural da coisa toda. Explico: eu odeio cagar fora de casa. E não sou a única, como se vê! Mais do que isso, tampouco o faço em casa. Calma, assim... são necessárias condições muito especiais para tal evento. Sim, porque é um evento. Para algumas pessoas isso é uma atividade diária, regular, até com hora marcada, às vezes. Comigo não. Então eu preciso da tranquilidade de saber que ninguém vai querer entrar no banheiro, de saber que posso ler calmamente qualquer super literatura sanitária (serve rótulo de xampu, embalagem de creme hidratante, até rótulo de papel higiênico), da segurança de que não vai faltar papel, de que o local é limpinho, e de que não serei ouvida.

Sim, sim, sei que são muitas as condições, e isso dificulta o processo todo, mas é assim, ora!

Tá, na segunda-feira fui neste estadinho lá pra Feira de Santana. E o medo de dar aquela vontade louca e repentina de ir ao banheiro, durante a viagem de 1h40? Consegui resistir bravamente.

Depois, em Feira, uma reunião marcada para às 8h, que começou por volta das 9h30. E eu lá, sofrendo. Meu estômago se contorcia. Doía muito, muito mesmo. A reunião não acabava nunca... eu querendo ir no banheiro. Saí da sala, fui no banheiro. Ok, tava limpinho, eu não teria nada pra ler, mas tudo bem, tinha papel, mas, mas, mas a acústica do lugar era impraticável. Não rolou. Eu tentei, mas não funcionou.

Tá, saí da reunião rumo à rodoviária, para pegar meu busum e vir pra Salvador. Cheguei na rodoviária às 12h45, sairia um ônibus às 13h. Perfeito. Compro a passagem, e procuro por um banheiro. O lugar parecia ideal, barulhento, impessoal, mas sabe como é, banheiro de rodoviária é sempre podrinho. Olho uma placa: sanitário gratuito. É nesse mesmmo. Fui, passei por uma catraca, e saiu uma senhora da limpeza do banheiro. Ohhh, bom sinal, bom sinal. Quando eu entro, três sanitários: um ocupado, dois vazios; um rolo de papel novinho, fechadinho; o banheiro limpinho. Mazáaaaaaaaa, é lá mesmo. Pego um monte de papel, só por precaução, e entro na 3a portinha. Arrumo minhas bolsas, casaco. Tiro o celular da bolsa: 12h50. Ok. Sento tranquila, aquela barulheira de rodoviária, eu, o celular. Fico explorando os joguinhos que há no aparelho. Ah, sim, já anotou meu cel novo? é 87090640, é da Oi. E controlando a hora. 12h55 levantei minha bunda gorda, com a sensação do dever cumprido. Senti-me mais leve, outra pessoa. Até encararia a viagem até Salvador na boa.

Entrei no ônibus e vi que meu assento era o número 1. Primeira vez que sentei no número 1! Fui assistindo a um filme engraçadinho, histórinha duma menininha tarada por física e que era cdf (clássico) e queria ir pra Harvard (ai, americanos), mas acabou virando patinadora.

O filme terminou quando o ônibus adentrava o terminal rodoviário de Salvador. Bom, né? Um sol do cão, dei uma pequena pernadinha e fui renovar minha carteira de meia passagem do ônibus. Uma fila do tamanho dos infernos, mas foi rápida, levei meia hora.

Vim pra casa e só então me dei conta que me sentia melhorzinha do estômago. Não o suficiente pra comer.

Fui pra Unime, e a dor no estômago voltou a aumentar. Eu queria muito ter ficado em casa, deitadinha. Meu estômago reiniciava a luta contra a minha pessoinha. Na volta, jantei canjinha.

Na terça foi deflagrada a greve dos rodoviários em Salvador. Estamos sem ônibus até agora. Sem ônibus. Eu disse sem ônibus. Não há ônibus. Tá ligado? Tudo tem que ser feito à pé, ou de carro, ou de táxi, ou de transporte clandestino. Ah, sim, há quem tenha bicicleta. Isso implicou em eu não ir pra Feira a semana inteira, e suspender as aulas. E ter um puta atraso no estágio. Que merda!

Ah, sim, falando nisso, o estômago foi melhorando... na quarta fui na meeeerda (denovo) do Bradesco. Fui obrigada a abrir uma conta no Bradesco pra receber pelo estado, né? Aí fui no banquinho: fila. Super fila. Para o caixa eletrônico!!! Mega absurdo. Depois de um tempão na fila, chego na maquininha, e não funciona o troço. Que ódio. Tá. Entro no banco. Saio. Entro. Saio. Sim, estou encurtando a história. Mas entrei e sai umas 4 vezes. Nesse meio tempo uma menininha lá tentou me empurrar uns cartões de crédito. Não funcionou. Tentou outros, não funcionou. Daí a gerenta disse pra ela me falar do Bradesco Mega Ultra Super Power Express para funcionários públicos. Cheio de vantagens pra foder com o funcionalismo. Por exemplo: limite do cartão no valor de 200% do salário. Lindo, né?

Depois de muito tempo consegui fazer o que queria no banco, e fui pra academia. Saí da academia e fui olhar o celular, pra saber se o Pedro tinha ligado ou mandado mensagem, já que eu havia surrupiado o carro dele pra fazer essas voltinhas. Sim, não tem ônibus em Salvador. Aí procuro o celular. Os celulares. Nada. Puta que pariu. Volto no banquinho. Pergunto pro merda (sim, já voltaremos a essa parte) do segurança se ele viu meus telefones. E responde que não, sem ao menos olhar na minha cara. Explico a situação e ele diz, os únicos celulares que eu vi foram os que estão ali, senhora. Senhora meu cu, né? Eu olho pra ele com ares de "tá, seu bosta (tema recorrente), que faço eu?" Ele me diz, fala com o gerente. Lá fui eu falar com o gerente, que diz, procure o setor de serviços diveros. Lá fui eu. Perguntei pra mulher lá, e ela: "só um pouquinho". Ficou enrolando lá, terminando de atender alguém. E eu ali. Esperei, esperei. Aí depois ela virou e perguntou como era, eu disse que eram dois Nokia, ela esticou o braço, pegou os aparelhos e me deu. Custava ela ter feito isso antes? Custava ela ter me poupado da dúvida se haviam ou não encontrado uns celulares?

Mas era quarta-feira, o dia estava lindo, passei no BB - banco amado - e vim pra casa. Devolvi o carro ao dono de direito e fui comer alguma coisa. O estômago estava voltando ao normal. No meio da tarde, fui ao cinema. Sim, sim, à pé, baby. Encontrei-me com a Ane e assistimos Manual do amor. Foi bem engraçadinho. Foi bom. Na volta, vim caminhando, claro. Mas, mas, mas qual não foi minha surpresa quando vi um coletivo rodando. Corri e peguei-o. Poupou-me uma boa andadinha.

À noite a Cris ligou. Convidou pra jantar no Takê. Fui. Eu gosto bastante do Takê. Jantamos, batemos muito papo. Estava bom.

Na quinta, Salvador continuava sem ônibus e não arrisquei ir no meu compromisso semanal na Barra, pois teria que voltar à pé, e à noite. Melhor não. Fiquei trabalhando em casa, lendo resenhas, corrigindo trabalhos, fechando notas. Almocei um feijãozinho tri bom, com farofa de proteína de soja (lembra, mãe?).

Durante a madrugada acordei várias vezes. Dormi muito mal. Sim, ele. O estômago resolveu voltar-se contra mim novamente. Sentia muitas dores. Levantei algumas vezes para ir ao banheiro, mas não resolvia em nada. Eram dores, dores mesmo. Hoje acordei, tomei um remédio, tomei um chá. Não tenho coragem de comer, e meu estômago dói muito. Não sei o que fazer. Espero que passe.

Que merda, né?