sábado, março 31, 2007

Cheiros

by Gustavo Buriola



Na quinta-feira rolou faxinex aqui em casa. Ficou tudo limpinho, tudo arrumado. Lavei roupa e a casa ficou cheirando a roupa limpinha (ou Comfort).

Tive uma reunião na UFBA, fiquei lá metade da tarde. E foi boa.

Fui no supermercado e comprei coisinhas: alface, tomates, azeitonas, pães, queijos... essas coisas.

E de volta pra minha casinha.

Ontem trabalhei, trabalhei, fui no banco, e no outro banco, e no shopping e fiz comprinhas. O báaaaaaaaaasico. Bermudinhas, calças, blusinhas... sabe como é, quando a gente compra no diminutivo, o impacto no cartão de crédito é menor.

E daí, supermercado. Aquele supermercado. O senhor supermercado. Compras mesmo. De pegar táxi. Pra mim, compra que precisa de táxi, é comprona.

Depois foi chegar em casa, acender um incenso maravilhoso - ainda daqueles que vieram diretamente da Índia - perfumar a casa e alma... e guardar as compras. Eu não entendo, nem me importo muito em entender o porquê, mas fazer compras proporciona um bem danado. Compras aliadas à incenso, é o nirvana.

Papeei no telefone com a Ana e depois fui ver CSI e Monk e dormi. Aliás, adormeci vendo o Monk.

Como eu sinto falta de conversar ao telefone. Nossa, em Porto Alegre eu VIVIA no telefone. Conversava com Deus e o mundo. E ficava horas. Aqui quase não falo ao telefone. Isso é estranho. Eu falo com a Ana, com o Fábio, com a Ester, e só. Praticamente. Tá, fora as vezes em que falo com minha mãe. Mas também são raras. É dificil eu ficar batendo papo ao telefone por aqui. Sempre são conversas rápidas, recados, combinar isso ou aquilo.

Hoje acordei cedinho e fiquei trabalhando. É um saco, mas confesso que adoro quando estou assim, lendo um milhão de coisas. Coisas interessantes, claro. E estou apaixonada pelo meu novo objeto de estudo. Fascinada. Cara, é muito bom. E eu leio e quero ler mais e mais, e vai dando mais idéias... e fico vendo o quanto eu desconheço sobre tudo isso... ai, chega a sufocar. Dá uma certa agonia. Um oceano que não tenho condições abarcar. Mas é bom.

Aí liguei pra Ana e papeamos mais um "pouco". Só duas horinhas no telefone. É, o tempo também, falado no diminutivo, fica menor.

Depois o Alexandre me convidou pra almoçar e fomos no restaurante natureba da Pituba. Acho que era o único que eu não conhecia em Salvador. A comida era meia boca, longe de valer o preço cobrado. O ambiente é bonitinho. Digo, é bem legal o ambiente, mas não tinha quase nada de comida. Fraco. Mas foi ótimo ter saído. O dia estava lindo, um puta sol. Depois demos uma volta e viemos pra cá. Vimos um pouco de dvd, do gostoso-mor. E depois ele foi embora. E voltei a trabalhar. E rendeu.

Acendi outro incenso. Perfuma tudo, e vai queimando devagarinho, a pontinha incandescente. Alegria, alegria. Fumacinha. Esvai-se. Alegria efêmera. Mas o bom é que dá para acender outro, e outro, e outro...

Mais tarde o Daniel passou aqui e finalmente arrumou minha super rede sem fios. Agora sou uma pessoa wireless novamente.

Meu joelho está bem melhor, só porque agora se aproxima a consulta com o médico e o exame. Joelho sacana.

E minha mãe não precisará fazer a cirurgia!!! Isso é ótimo, mas ficará 45 dias de molho, tadinha.

E o dia passou, e já são quase 21h. E está bom. Hoje me deu uma saudade de dias que não voltam mais. Foi um dia bom, tem sido dias bons. Queria dividir as notícias novas, as músicas novas, as novas aquisições, as idéias, as risadas, os planos. Queria dividir.

Restam-me os incensos.




terça-feira, março 27, 2007

Woman being





Às vezes eu escrevo um texto, e procuro uma imagem. Outras vezes, pego uma imagem, e escrevo um texto. Há também as vezes em que escrevo e depois coloco um título, ou então do título eu faço o texo. Às vezes escrevo o texto na hora, e publico, outras começo o texto, salvo, e concluo depois, então publico.

Outro dia vi a imagem que ilustra esta postagem. Perfeita. Guardei. Depois o título. Mas estava cansada para escrever, ou com pressa, não sei. Fiquei a pensar em tantas coisas que esta imagem me diz, e palavras e mais palavras, frases, idéias, um monte de coisas foram surgindo na minha mente: umas biológicas, outras sociais; culturais, emocionais, hormonais, viscerais, e tantos ais.

Aí então eu vi que não tinha talento pra escrever um texto que combinasse com este título perfeito e que expressasse tudo o que a imagem (aliada ao título) me provoca.

Portanto, esta é uma postagem silenciosa.

E me calo.


Eu não quero mais brincar



Quero pegar minha boneca, e as panelinhas, as roupinhas da boneca. E tudo o que eu trouxe. Porque é meu. E levar de volta. E ir pra casa. Não quero mais brincar.

Quero ir pro meu quarto. E ficar deitada vendo tv. Acordar, comer, tomar banho, dormir. É, eu quero Danoninho, batata frita, quero bolacha recheada.

Não, não quero fazer supermercado, nem lavar, nem cozinhar, nem limpar. Nem acordar cedo, nem pegar ônibus, nem outro ônibus, nem sorrir, nem falar.

Eu quero mascar chiclete e ver muito desenho animado. Livros, só para colorir.

Não, nem pra colorir.

Ad aeternum


Apaga a luz...

E deixa-me dormindo.

Dormindo.

Em silêncio.




Ad aeternum...




segunda-feira, março 26, 2007

Como dizia o poeta



Quem já passou por essa vida e não viveu
pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença,
mesmo o amor que não compensa
é melhor que a solidão
Abre os teus braços,
meu irmão, deixa cair,
pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
de quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração
esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão
nunca vai ter nada, não...


Porque eu acredito nos astros...

domingo, março 25, 2007

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sexta-feira, março 23, 2007

Vivificação do humor



23/03 (hoje) às 3h02 a 03/04 às 20h58
Marte em sextil com Lua natal

Bom humor e boa disposição social tendem a ser a tônica do período que vai dos dias 23/03 (hoje) às 3h02 e 03/04 às 20h58 para você, Katemari. Marte estará formando um ângulo estimulante e harmonioso à sua Lua de nascimento, e isso costuma dar uma dinamizada à vida emocional do indivíduo. Cores mais leves passam a tonificar o seu emocional, e este não é apenas um momento socialmente interessante como, sobretudo, tende a ser uma fase de reações emocionais positivas.

É curioso observar, Katemari, como muitas vezes passamos dias, às vezes até meses e anos mergulhados numa chateação ou ressentimento. Remoemos aquilo, até que de repente - bum! - a coisa passa. Em geral, são nos ciclos positivos de Marte com a Lua que a pessoa simplesmente "espana a poeira" e se livra de emoções chatas que não lhe servem mais. E este momento, para você, é agora!

Daí a importância de, neste momento, conhecer gente nova, permitir-se trocar emoções com os outros, fazer coisas que lhe dão prazer. É um bom momento para o intercâmbio de sentimentos, para a expressão das emoções, sobretudo com as pessoas mais íntimas, da família, os amigos mais chegados, ou os amores.

quinta-feira, março 22, 2007

Food for the soul

ou o dia que ele cantou Eu te amo. Só pra mim.





Finalmente chegou o domingo, 18 de março, show do gostoso-mor. Cheguei cedo no teatro. Bem, o show começava às 20h e eu estava lá por volta de 19h15. Tempo suficiente para observar o bando de mulheres histéricas super produzidas. Sim, todas tinham os mais sinceros desejos de dar par o Chico naquela noite. É... é... isso mesmo, poesia à parte, era isso mesmo que todas queriam.

Entrei com meu ingressinho na mão, comprado antes do carnaval, quando só restavam ingressos para o último dia, e apenas na 2a e 3a faixa de preços (de 3). Ou seja, os lugares da frente já estavam comprados. Consegui a última fila da segunda faixa. E ele entrou no palco.

E foi lindo.

E emocionante.

O show de uma vida.

Não pelo show, show em si, mas porque é Chico. O único ser que desperta minha tietagem. Eu nem sou fã de shows, eu até vou, curto, mas não é uma coisa que eu adore.

É impressionante como a voz dele é igualzinha a dos cd´s. Assustador. E ele é tão fofinho.

Tá, não ficarei aqui falando e falando sobre as qualidades do hors concours, blog é espaço egocêntrico, então deixe-me falar da minha relação com o show.

Primeiramente, supriu todas as minhas expectativas, deu um colorido aos meus dias, transformou meu final de semana. Cada melodia, cada letra me remetia a mim mesma (se me permitem a redundância). Sim, minha vida tem trilha sonora. Todos os minutos do dia passam com musiquinhas ao fundo, como nas novelas e nos filmes. Então revi vários pedacinhos da minha vida.

O show era do último cd, Carioca, que ele cantou todas as musiquinhas, e eu sabia a letra de 90%, claro. Escutava o cd há meses, desde que ganhei do Pedro em... agosto?

Eu não esperava, eu juro que não esperava. Mas assim é a vida, cheia de surpresas, e ele cantou minha música favorita: Eu te amo.

Não contente, ele cantou minha 2a música favorita: Futuros amantes.

Ainda bem que ele não cantou a 3a, Atrás da porta, senão eu teria um ataque cardíaco fulminante em pleno TCA.

Ai, e quando ele cantou Sempre (que está logo ali embaixo, caro leitor), eu não resisti.

O domingo foi bom, after all. Bom, não, Katemari, fantástico. Dei risadas, vi o gostoso mor, mais risadas e casinha.E eu consegui aproveitar e ter várias horas felizes.

Não, eu não fui atrás de autógrafo. Sou tiete, mas não desse tipo. Confesso que fiquei com inveja da mocinha que subiu no palco, ao final do show, e conseguiu ganhar um puta abraço do gostoso. Ele certamente tirou uma casquinha boa naquele abraço. É um safadocachorrosemvergonha! Mas ele pode. Ele é Chico.




E não adianta vir com este papinho de que tinha o Teatro Castro Alves completamente lotado, Eu te amo, foi pra mim. Só pra mim.

domingo, março 18, 2007

Analfabetismo tecnológico




Como educadora, tenho lutas diárias para tentar fazer as coisas nas quais eu acredito - ou quero acreditar, ou acho que acredito... tento ser coerente. E isso em todos os aspectos, não apenas como educadora. Eu gosto da coerência, gosto de pessoas coerentes. Mas talvez isso não seja da natureza humana (?). Às vezes me é difícil não sentir reforçar um preconceito com o povo soteropolitano, no que tange a falta de comprometimento, de compromisso, de responsabilidade, de respeito para com o outro, o excesso de egoísmo e de imediatismo.

É, é isso o que eu sinto em muitas situações quotidianas na soterópolis. A "bola da vez" foram três "furos" na semana passada.

Combinei com um amigo de jantarmos na quinta-feira. Como de costume, me organizei, fiz o que tinha que fazer de rua, tratei de ter a casa limpinha e organizada, fiz os trabalhos que tinham que ser feitos, deixei as coisas de Feira prontinhas para a madrugada seguinte... mas você me ligou, caro leitor? Não, nem ele. À noite, por volta das 21h, ele liga. Diz que "tentou falar comigo no msn, mas não conseguiu". Eu respondi que não era verdade pois meu computador tinha sido ligado pela manhã, às 7h e tinha ficado ligado o dia inteiro, e o msn conectado. E se ele tivesse tentado falar comigo, eu teria visto. Então ele responde, numa demonstração de analfabetismo digital, que não me mandou mensagem alguma, mas não conseguiu falar comigo porque tinha sempre "um reloginho" no meu nome.

E telefone? Como ele conseguiu pensar em pegar num telefone às nove da noite, mas não antes? Ainda solta a pérola: "eu não esqueci da janta, mas hoje estou meio cansado, meio gripado". Mas amanhã eu te ligo, ao meio dia. Vamos combinar alguma coisa. (cuidado! soteropolitanos quando falam isso, indicam alta probabilidade de não combinar nada)

E aí, leitor, você me ligou no dia seguinte?

Pois.

No sábado, fiquei de sair com um amigo que passaria na minha casa. Ele mora lá nas grotas*, e falamos no msn, ele disse que estava saindo de casa. Beleza. O tempo passou, passou, arrumei as coisas, desliguei o computador, e esperei... e nada, e nada... e acabei pegando no sono, esperando. Na manhã seguinte, entro eu online - porque eu sou essa pessoa online, né? - e ele aparece cedinho, e pedindo desculpas. Disse que saiu de casa, ficou duas horas esperando o ônibus, que não apareceu. E eu acredito, já esperei um tempão esse mesmo ônibus. Mas, pô, poderia ter avisado, né? O moçoilo disse que voltou pra casa indignado e entrou no msn para falar comigo, mas eu não estava online. E eu perguntei, por que não ligaste? "É, né, deveria ter ligado, foi vacilo meu". Fala séeeerio!!! Eu não liguei porque ele não tem celular, senão o teria feito. "Não fica zangada comigo".

O que acontece com esse povo? Isso é que é mau uso das novas tecnologias. Eu posso até ser toda "internética", mas eu uso telefone, e correio normal, e vou na casa das pessoas, e grito na rua, se for o caso. Espanta-me esse povo que usa constantemente algumas ferramentas da internet mas que desconhece coisas básicas, como reconhecer o que é o "reloginho" no MSN. Ou "vacilar" esquecendo que ainda existe telefone, e fixo!, neste mundo.

Nessas horas eu penso comigo: não é preconceito, é estatística.




*em baianês, "lá na casa da porra"; em paulistês, "lá na casa do caralho"; em português, "num lugar muito longe". Fala sério, em português não tem graça.

Food for the body




Eu gostava de cozinhar para mim. Só para mim. Aliás sou "especialista" em cozinha para um. Sei as quantidades a usar, os tamanhos das porções. Tenho fôrmas e pratos e travessas em tamanho para um ou dois. Tenho grande dificuldade em cozinhar para quatro pessoas, por exemplo. Perco totalmente a noção das quantidades. Não sei o quanto os outros comem. Mas até que acabo acertando, em geral. Digo, na quantidade.

Fazia tempo que eu não parava para cozinhar, cozinhar. Estava sempre comendo na rua, ou só fazendo hamburguer de proteína de soja e brócolis. Ah, e antes tinha sido o feijão e arroz. É que quando eu faço feijão, cozinho o suficiente para congelar e durar um tempão, o mesmo com o arroz. Então por algum tempo fui só descongelando e comendo.

Mas os dias têm voado, Feira de Santana me absorvido muito. Ah, sim, e tem isso, quando eu volto de Feira é difícil eu jantar. Chego tão cansada que só entro em casa, sento a bunda na cadeira e olho o que aconteceu no MSN ao longo do dia, vejo o Orkut, algum email que tenha chegado entre o desligar o pc em Feira e chegar em casa. Depois tomo um banho, um suco, e cama. Nem como.

Ontem na hora do almoço eu pensei em fazer um hamburguer. Abri o freezer e mudei de idéia. Peguei um empanado de frango com recheio de tomate e queijo. Tirei coisas de dentro do forno, fui lá no armário, peguei uma fôrma e resolvi assar o empanado. Adoro esta fôrma, é pequena, mas ideal "para alguém do meu tamanho". Aproveitei e fiz dois. E construindo diálogos imaginários.

Já que estava pela cozinha, resolvi fazer arroz. Fiz um arroz integral com cenoura e arroz selvagem (porque eu comprei estava em promoção outro dia, e então eu sou uma pessoa chique que come um arroz que custa 22 reais por 200g - mas me custou 1,99). Ficou tri bom.

Aproveitando minha estada naquelas bandas, e o forno aceso, e fiz duas fornadas de um salgadinho - baixa caloria - com massa de pastel. É simples, é só pegar discos de massa pronta de pastel, colocar numa forma, e cortar em tirinhas (ou em triângulos), e colocar para assar por uns 5 min. É muito rápido. E ficam umas tirinhas crocantes, sem óleo, salgadinhas.

Falando em light, o saldo do Pré-carnaval (=Martín) + Carnaval (=RJ), em duas semanas , foi de +2kg. E o saldo de todo o período pós-carnaval até o momento é de -400g. Odeio esta merda de metabolismo.

Bem, como eu estava de andanças pela cozinha, renovei também meu estoque de pasta de soja - que é tipo uma maionese de soja. Faz-se assim: um copo de leite de soja (que eu fiz com extrato, colocando 2 1/2 cl de sopa de extrato mais 200ml de água), tempero e óleo + azeite, e limão. Coloquei no liquidificador um pedacinho de cebola (resto da cebola que piquei pro arroz), um pedacinho de cenoura (resto do arroz tb), sal, alho, extrato de soja, água, e bati. Bati, bati, bati, e fui adicionando óleo de canola. Leeeeeeentamente. Depois coloquei um pouco de azeite de oliva (melhora sensivelmente o sabor da pasta). E sempre batendo, batendo. Depois, quando o troço fica meio cremoso (meio aguado, meio cremoso, na real). Aí coloquei num potinho. Nessa parte é que eu deveria adicionar o sumo do limão, mas eu não tinha limão em casa. Depois de colocar o limão, e guardar na geladeira, a consistência do bagulho aumenta, sem o limão fica mais leitosinho.

Gosto desta pastinha (molhinho) pra passar no pão e pra colocar na salada.

Depois coloquei uns pedaços de brócolis na frigideira, descongelando-os. Sim, eu só uso brócolis congelado. É uma maravilha. Sempre tenho brócolis em casa, estão sempre lindos, são fáceis de preparar e ficam gostosos (não aguados) quando feitos na frigideira (sem óleo, claro).

Ah, sim, este negócio de que faço tudo sem óleo é engraçado. Porque eu tinha uma garrafa de óleo em casa, fui olhar, o prazo de validade estava vencido. Isso SEMPRE acontece comigo. Só compro óleo para alguma receita. Como foi desta última vez, para o pão que não funcionou, que precisava de 1 COLHER DE SOPA DE ÓLEO DE CANOLA. Só vendem em litro. Foda, né?

Aliás, isso é foda na indústria alimentícia: porções gigantes de alimentos. Tenho dificuldade em encontrar pacotes de coisas com menos de 1kg. Ainda bem que o feijão tem um pacotinho duma marca aí que eu encontro de vez em quando de 500g. E eu faço meio pacote, depois mais meio. E dura um tempão. É, cozinhar para um tem que ter alguma vantagem...

Dica: uma ótima página para receitas. Experimenta!

sábado, março 17, 2007

Sempre




Eu te contemplava sempre
Feito um gato aos pés da dona
Mesmo em sonho estive atento
Para poder lembrar-te sempre
Como olhando o firmamento
Vejo estrelas que já foram
Noite afora para sempre

O teu corpo em movimento
Os teus lábios em flagrante
O teu riso e teu silêncio
Serão meus ainda e sempre


Dura a vida alguns instantes
Porém mais do que bastantes
Quando cada instante é sempre

quinta-feira, março 15, 2007

Apesar de você...



Ontem uma amiga ligou, perguntou como eu estava, falou que deveríamos marcar para sair qualquer hora destas. Perguntou se eu estava em Salvador nas sextas-feiras, e disse que às sextas ela tem algum tempo livre, que não dá aula à noite.

Eu disse que poderíamos sair nesta sexta, então, que tudo bem para mim.

Então ela falou que não podia, porque iria no show do Chico Buarque. Sim, que não é fã como eu, vai ao show, na sexta-feira. Isso significa que comprou ingresso com bastante antecedência, se calhar, no primeiro dia de venda. E na frente, claro.

Mas nem me avisou. Nem me convidou. E ela sabe que eu amo o Chico.

Abre parênteses:
Só para ficar entendido, eu só soube que estavam vendendo ingressos para o show do Chico aqui em Salvador quando já praticamente não havia mais ingressos.
Fecha parênteses.

Magoei.

Oxalá!




Dicton du jour:
(
aka Assim falou a cigana francesa do Orkut):

Vos affaires sont sur le point de prendre un tour nouveau!

Oh, oh....



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Seria um (bom) sinal?

quarta-feira, março 14, 2007

Cara de pau



Fui numas comunidades do Chico - O gostoso, procurando por ingressos a venda para o show que começa esta semana em Salvador. Tá. Encontrei umas pessoas vendendo. Fui perguntar os valores.

Uma menina me respondeu ondem, 10 dias depois de eu perguntar, que queria 300 reais pelo ingresso. Tá, tudo bem, né, 300 reais... certa ela. Nesta sociedade capitalista. Aí fui no perfil da moça, responder. Qual minha surpresa quando eu leio na descrição

qui je suis: Uma pessoa que ainda acredita numa transformaçâo da sociedade, e na redução das desigualdades. Feminista, comunista, militante do movimento negro, mãe de um filhote lindo, e que busca a felicidade acima de tudo. Amo os meus amigos e a minha família, eles são os meus pilares e a razão da minha luta.

Aí não tive dúvidas e deixei o seguinte recado:

Oi, Cris,
estive olhando teu perfil e achei bem legal, especialmente a parte em que dizes que ainda acreditas numa transformaçâo da sociedade, e na redução das desigualdades, além de seres militante do movimento negro e, claro, comunista.

Quanto ao ingresso, estou procurando um valor de meia entrada.

Mas obrigada, e saudações comunistas.


Não que eu seja comunista, mas é muita cara de pau, né?

Aí hoje, a moça me responde e diz:

Oi Katemari que bom encontrar mais comunistas na terra, a luta por um mundo melhor é um dever de todos nós, um abraço.

E, veja só, APAGA o comentário anterior dela onde dizia o preço do ingresso!

Fala sério, vai ser comunista assim em Wall Street!

segunda-feira, março 12, 2007

Incompetência




De: katemari@********
Enviada em: quinta-feira, 1 de março de 2007 17:37
Para: CAA Net Salvador
Assunto: Informação sobre valores

O seguinte e-mail foi enviado do site:

Nome : Katemari Rosa
E-Mail : katemari@********
Telefone : (71) ******
Rg :
CEP : 40***-***
Endereço : **********
Bairro : Federação
Cidade : Salvador
Estado : BA

Assunto : Informação sobre valores

Mensagem:
Bem, como a página da Net Salvador deixa muitíssimo a desejar, recorro ao email para saber os valores dos pacotes e serviços de tv por assinatura prestados por esta empresa. Aproveito para perguntar se a qualidade do sinal para o meu endereço, bem como do serviço, melhorou desde a última vez em que fui assintante, visto que na época sofria com cortes de sinal quase que diariamente, o que motivou o cancelamento do serviço. Obrigada, Katemari.

Obrigado!!
NET TV


Aí HOJE, 11 dias depois...


From: CAA Net Salvador
Date: Mar 12, 2007 2:30 PM
Subject: RES: Informação sobre valores
To: katemari@******

Prezada Sra.Katemari,

Desculpamos-nos pela demora na resposta desta mensagem, esclarecemos que, devido a problemas operacionais, não pudemos responder-lhe imediatamente

Em atenção à sua manifestação, informamos que o número da Central Comercial para adquirir uma assinatura é (71) 3352-7777.

O nosso site é www.net.redecidade.com.br ,aonde a sra . pode verificar a programação e também pacotes disponíveis em sua cidade.

Estamos à sua inteira disposição para solicitações ou sugestões que contribuam ainda mais para a melhoria dos nossos serviços.

Atenciosamente,

Central de Atendimento ao Assinante Net Salvador.



E nessa MERDA de site não tem os valores. Se fosse para ligar, eu teria ligado desde meu primeiro contato, ora. Não dá para acreditar que uma empresa que trabalha, entre outras coisas, com prestação de serviço de acesso à internet não consiga ter uma página com informações básicas sobre seus produtos e que não consigam ter pessoas suficientemente competentes para responder perguntas simples através de um email. Quer dizer que se eu quiser saber os valores dos pacotes, só ligando? É muito atraso tecnológico. Eu deveria poder ver os valores e contratar o serviço PELA INTERNET. É o mínimo que se espera.

Ah, sim, sem falar nos 'problemas operacionais' para "responder" um email. Em certa medida isso já responde parcialmente minha pergunta inicial.

Definitivamente, a NET é uma bosta.

domingo, março 11, 2007

E caindo...




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sábado, março 10, 2007

Ah, o verão...




Não acabou ainda, né? É só lá pelo dia 20, 21... então ainda posso estar numas de viver histórias para contar para os meus netos, né?

Eu já falei do pão do Bruno? Então, comi um pão tri bom na casa da Cris, o Bruno quem fez. Pedi a receita, comprei os ingredientes, mas não achei fôrmas. Aí corri a cidade procurando-as e nada. Numa loja toda chique me disseram para tentar a 7 portas. É engraçado, eu entrei na loja no shopping, de Havaianas como sempre, carreguei meu sotaque gaúcho e daí fui bem atendida, e a mocinha me falou: vai na 7 portas. E me explicou mais ou menos onde era. Não sem antes tentar me vender uma máquina elétrica de fazer pão.

A Ana voltou pra Salvador, para minha alegria. Coisa boa ter uma companheirinha novamente por perto. Aí ela me ligou e marcamos de ir na tal da 7 portas. Fomos ontem. Saímos da estação da Lapa e peregrinamos pelas lojinhas da 7 portas. Muitas lojinhas. Finalmente encontrei minhas fôrmas, após muitas risadas sob o sol, cruzando com tipinhos muito... "particulares".

Aí o Washington ligou e convidou pra ver o pôr-do-sol. Acabamos os três bebendo e comendo acarajés maravilhosos (o acarajé que eu mais gostei até hoje na Bahia!), com uma vista fabulosa. Bom Alexander. Bom ficar de papo e com as águas da Baía de Todos os Santos sob os pés, no pier, vendo o céu avermelhar-se, as estrelas surgirem...

No fim da noite terminamos nos Barris, no Beco de Rosália, que pertence a um paulista radicado em Salvador. Caipirinha ruim, mas ambiente bacana, bem decorado e com pessoas interessantes. Reza a lenda que oferece uma boa pizza. Quero experimentar.

Nem sei a que horas fui dormir, acho que umas 3 da manhã. Sei lá. Mas foi boa a noite. Bem boa.

Declínio (no Orkut)



Há alguns meses...
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Hoje!
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quinta-feira, março 08, 2007

Pé de pato, mangalô, três vezes!



Adoro quando os céus falam comigo. Recebi sinais divinos esta semana.

É sempre bom ter alguém (os deuses, nesse caso) em quem colocar a responsabilidade das nossas próprias decisões.

Tenho novidades, mas não vou conta-ar!

Sim, eu acredito na teoria do olho gooooordo, da inveeeeja, do mau olhaaaado, de todas essas coisas aí. Então, não conto, não conto, não conto! Mas...

Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá

Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô-ô
Pelo sim, pelo não


Gilberto Gil

Lerê, lerê...



Não tenho passado por aqui porque estou a trabalhar* feito uma camela.
É... trabalhando, tá pensando o quê?
Tenho ido para Feira de Santana, não todos os dias, mas os dias que fico em Salvador são de muito trabalho também.

Estou lendo uma monografia com muito amor e carinho. A banca é na semana que vem.

Estou terminando, juntamente com um colega, os trabalhos e o relatório de uma comissão na qual estamos trabalhando há 4 meses. O deadline é final de março.

Estou corrigindo uma monografia que tem me dado dor de cabeça. É uma co-orientação, e toda vez que eu termino de revisar e passo para o estudante os comentários, ele me diz que aquela versão que eu tenho não é a mais atualizada, que ele já alterou sei-lá-eu-o-quê. Bah, é pra matar. Perco um tempão no trabalho e já não é mais o mesmo trabalho.

Ah, sim, tem as aulas. E tem que arrumar espaço/escolas/turmas para os estagiários. E tem reuniões. Ontem o chefe do colegiado veio me avisar que teria uma reunião hoje. Lo siento, mas eu tinha uma reunião marcada hoje em Salvador. Ainda não consigo estar em dois lugares ao mesmo tempo. Sou muito grande pra essas coisas**.



* qualquer menção freudiana é mera coincidência.
** piada interna de físico. E sem graça, como toda piada de físico.

sábado, março 03, 2007

Minha história



Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá

Chico Buarque




Mudar. Mudar é bom. Ir para outra casa, outro bairro, nova cidade, novo país! Adoro mudar. Adoro ir para lá e para cá. Adoro conhecer gente nova, modos novos, sotaques, vidas, jeitos, falas. Aprender formas diferentes de fazer as mesmas coisas, aprender novas coisas, novos prazeres. Tudo isso é muito bom.

Passados mais de três anos em Salvador, continuo com saudades da minha casa. Da minha gente. Dos meus velhos problemas, das minahs velhas soluções. De mim. Eu existia antes de estar aqui, continuarei a existir se for para um novo lugar, mas eu preciso dos outros para ajudarem a me lembrar quem eu sou, quem eu era, quem eu quero continuar ou vir a ser. Preciso dos meus amigos. Meus amigos antigos.

A Cristiane escreveu outro dia que nosso encontro no Maranhão não parecia de duas pessoas que não se viam há muitos anos. Que parecia termos retomado a amizade, as conversas, do ponto em que elas tinham parado, considerando a evolução do tempo, claro.

Encontrar o Walter e Ana nestas mini-férias me fez bem. Especialmente num período em que tenho sentido a necessidade de lembrar quem eu sou. Eu, só eu. De estar com pessoas que gostam de mim apesar de me conhecerem há um bom tempo. É fácil gostar (ou desgostar) de alguém que pouco se conhece, com quem pouco se convive, com quem não se aprendeu a lidar com as falhas e as virtudes. Eu prezo a continuidade, o long term, o tempo, o cuidado, a tolerância. Não que seja trivial, e talvez justamente por isso seja formidável estar com meus amigos e gostar deles, e saber que gostam de mim, com todas (ou muitas das) nossas diferenças.