sábado, março 03, 2007

Minha história



Minha história e esse nome que ainda carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome de menino Jesus, laiá, laiá

Chico Buarque




Mudar. Mudar é bom. Ir para outra casa, outro bairro, nova cidade, novo país! Adoro mudar. Adoro ir para lá e para cá. Adoro conhecer gente nova, modos novos, sotaques, vidas, jeitos, falas. Aprender formas diferentes de fazer as mesmas coisas, aprender novas coisas, novos prazeres. Tudo isso é muito bom.

Passados mais de três anos em Salvador, continuo com saudades da minha casa. Da minha gente. Dos meus velhos problemas, das minahs velhas soluções. De mim. Eu existia antes de estar aqui, continuarei a existir se for para um novo lugar, mas eu preciso dos outros para ajudarem a me lembrar quem eu sou, quem eu era, quem eu quero continuar ou vir a ser. Preciso dos meus amigos. Meus amigos antigos.

A Cristiane escreveu outro dia que nosso encontro no Maranhão não parecia de duas pessoas que não se viam há muitos anos. Que parecia termos retomado a amizade, as conversas, do ponto em que elas tinham parado, considerando a evolução do tempo, claro.

Encontrar o Walter e Ana nestas mini-férias me fez bem. Especialmente num período em que tenho sentido a necessidade de lembrar quem eu sou. Eu, só eu. De estar com pessoas que gostam de mim apesar de me conhecerem há um bom tempo. É fácil gostar (ou desgostar) de alguém que pouco se conhece, com quem pouco se convive, com quem não se aprendeu a lidar com as falhas e as virtudes. Eu prezo a continuidade, o long term, o tempo, o cuidado, a tolerância. Não que seja trivial, e talvez justamente por isso seja formidável estar com meus amigos e gostar deles, e saber que gostam de mim, com todas (ou muitas das) nossas diferenças.

Um comentário:

  1. Nossa, que blog maneiro!!!...
    Seus escritos são bastante interessantes,
    vou ler mais, e mais, e tenho certeza,
    não vou me cansar. Tudo de bom.
    Att, Lamarck do Vale.

    ResponderExcluir

Vai, abre teu coração...