quinta-feira, setembro 25, 2003

Serenidade





Ok, não é que eu esteja exatamente serena... não preciso enganar ninguém, né?



Mas é que não estou emputecida, sabe?



Não tem como dar soco em murro de faca e não machucar a mão. Mas tem uma hora que... sei lá, adormece, anestesia. Acho que é isto, não é serenidade, é anestesia.



Eu faço, o que eu posso. Hoje levantei, tomei banho, fui pra aula. Sem a menor vontade, confesso. Mas fui. Era o que eu tinha que fazer, né?



O Sandro disse que não iria mais ficar em casa dormindo.



Outro dia eu cogitei a possibilidade de estar anêmica - fiquei vários anos anêmica, pra quem não sabe - tamanha é a quantidade de sono que tenho. Apatia.



É, não é serenidade, é apatia.



Isto chega a ser, racionalmente, infantil e sem propósito.



Mas não é racional.



E eu lavei o cabelo. E coloquei uma blusinha coloridinha. Quando estava no ônibus lembrei que esqueci o batom, a sombra, o lápis. O conjunto básico para parecer em estado normal. No matter what.



Mas saí de casa.



Não vi o sol hoje. Será que fez sol, ou esteve nublado?



Amanhã tenho planos de sair cedo de casa. Todos os dias tenho.



Ahhh, hoje cozinhei, fiz arroz, saladinha, omelete. Há dias ou eu como o que está pronto, ou pão.



Não é serenidade, é fome. Inanição.



Quem sabe com os novos frutos da Bahia?





Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vai, abre teu coração...