sexta-feira, dezembro 25, 2009

Tudojuntomisturado



Hoje recebi um comentário da Su aqui no blog e lembrei que não atualizo este espaço há algum tempo.
Sim, sim, faz tempo...


Depois do enlouquecedor final de semestre, entrei em férias no dia 24 de dezembro. Fiz coisinhas de aula até o dia 22, quando entreguei meus últimos trabalhos e depois trabalhei o dia inteiro no dia 23. Dia 24 eu só queria dormir e descansar. E ficar em casa sozinha. Como todas as meninas aqui do apê são dos Estados Unidos (sim, fora a flor de formosura - que já se mudou, aliás), eu imaginei que teria a casa só pra mim e poderia curtir uma tranquilidade, finalmente. Grande ilusão...

Até a noite do dia 24, uma da meninas - a que mora mais próximo, diga-se de passagem, e que costuma passar os finais de semana em casa durante o semestre - resolveu ficar por aqui. Todoas as outras já tinham ido embora no início da semana, mas ela continuava - e com ela, suas louça na pia, claro.

Na manhã do dia 24, depois de dormir até cansar, resolvi limpar e arrumar meu quarto. Com prazer, joguei toda a papelada de física no lixo. (eu comentei da disciplina de física que fiz neste semestre? e que me fez odiar física?) Para o lixo foram muitos papéis e revistas. À tarde recebi uma caixa de presentes da minha mãezinha - ah, o natal! Ganhei dois cachecóis LINDOS DE MORRER que fora feitos pela Gleci. Além disso, a caixa veio recheada de várias coisinhas fofinhas-da-mãezinha. Recebi também uma outra caixa, com um armário que eu havia comprado para colocar coisas de cozinha. A maior parte das coisas de cozinha estava no meu quarto, num armário, daí resolvi colocar mais um armário no corredor e colocar tudo de cozinha lá. Quer dizer, "tudo" naquelas, né? Basicamente comidas, porque não deixarei minhas panelas e afins ao alcance das porquinhas.

Montei o armário, transferi as comidinhas e todo o resto, limpei tudo, guardei cachcóis e blusões no espaço que abriu no armário que estava no meu quarto, tirei pó, passei aspirador, queimei incenso, ouvi música... Ai, que delícia!!!

Recebi a visita da minha amiga I-Ching, que trabalha na biblioteca também. Ela é um amor de pessoa; ela havia preparado uns biscoitos tradicionais chineses e veio me trazer de presente de natal. Tão fofinha!

À noite, a menina que é de Jersey (a cidade/estado aqui do lado) finalmente foi passar o natal com a família. Ah, sim, ela resolveu, estranhamente, ficar por aqui, porque agora está com um namorado novo, então os dois passaram estes dias por aqui. Claaaaaaro. Antes de ir embora ela finalmente lavou a louça: uh-huuu!

A noite do dia 24 foi então tranquila, vendo filminhos, na paz da minha casinha. Foi também de muita alegria, ao receber a notícia de que a mãe do Adiso está respondendo positivamente ao tratamento e que o tumor parou de crescer. Pareceu coisa de filme, com milagre natalino.

Dia 25 fiquei em casa, fiz comida: arroz, feijão, couve, farofa (mamãe mandou minha farofa à base de soja favorita!) e limpei a geladeira. Joguei um monte de lixo fora (porque a fofoluxa de Jersey deixou o cesto de lixo CHEIO de garrafas de cerveja. ô povo sem noção!) e tive mais um dia tranquilinho e de paz.

Eu queria muito ter ido passar no natal com a Jackie, em Bethesda. Eu adoro aquela guria e gosto muito da família dela. É sempre agradável ir pra lá, mas eu estava tão cansada do final do semestre e do trabalho que não tinha energia para, no dia 24, arrumar malas, pegar busum e viajar, eu precisava de um pouquinho de descanso.

Pela necessidade de baixar o ritmo também acabei declinando as propostas de ir para Amherst e passar o natal com a Ana e o Bruno, ou mesmo aqui em Nova York, com a Naiara e o Koonj. O descanso foi bom, e merecido.

No dia 26 eu tentei lavar a roupa, mas ainda estava difícil... a montanha de roupa suja crescia e crescia. O trato na casa sofreu um intervalo e fui cuidar das minhas unhas, cabelos, pele... e ainda bem que fiz isso, porque ao finalzinho da tarde apareceu um convite pra ir no MoMA, ver filminho do Tim Burton. Irrecusável! Que bom que eu já estava prontinha. Então assistimos A fábrica de chocolate; na seqüência (porque eu sou da velha geração, sim, eu uso trema) comemos muito chocolate na Casa do chocolate, no Brooklyn.

A noite estava terrível: chovia, ventava, fazia frio. Mas eu estava em férias mesmo, ora bolas... então acabei a noite no East Village, numa festa de músicas de diferentes partes da África. Foi interessante.

No domingo pela manhã fui encontrar com "meu tutor no Brasil", o prof. Olival, que está por um período em Boston (no MIT, porque ele é chique, benhê) e esteve em Nova York no final de semana. Então fizemos um brunch e depois fomos na Century 21, meu paraíso de compras, para encontrar algumas roupas de inverno para a Indianara. Eu falei pelos cotovelos, pra variar. Foi um domingo bem bacana e o dia estava lindo! É impressionante: a noite anterior estava um nojo, o dia seguinte, uma beleza... vá entender!

Segunda, dia 28, eu fiquei na minha casinha e finalmente lavei a roupa. Montes de roupa. E assisti filminhos na tv. Foi um dia de preguiça. Um bom dia de preguiça.




Na terça eu tinha consulta com minha nutricionista, quer dizer, não a minha, mas uma outra, porque a minha não estaria disponível nesta semana. Adorei esta outra nutri! Acho que vou trocar várias das minhas consultas (que já estão marcadas para o semestre inteiro) por consultas com esta outra, ela é ÓTIMA!

Então fui cedinho na consulta depois me encontrei com a I-Ching e outra amiga dela + irmã e fomos para Chinatown, para um dia de Dim Sum (minha comida favorita). Foi muito divertido passar o dia em Chinatown com a I-Ching, agora eu só quero ir praquelas bandas com ela. É muito mais negócio estar em Chinatown com alguém que fala mandarim...

Meu, tava frio, frio, friiiiiiiiiiiiiioooo!!!

Daí no final da tarde o Adiso veio aqui pra casa, jantamos e vimos DVD. Pobre da criatura. Ele estava mal, mal, muito mal. Ficou com febre, tomou remédio, suou litros... passou uma noite do cão, o coitado. Eu fiz uns chazinho (cheio de várias-coisas-tudo-junto-misturado-muito-mel-gengibre-e-limão) e ficava como a minha mãe faz comigo: "toma enquanto tá quente, tem que estar quente!", a fruta nunca cai longe do pé...

No reveilão eu tinha decidido que ficaria em casa. Não queria ir pra nenhuma das festas possíveis. Uma das meninas voltou pra cá no final da manhã do dia 31, para passar a virada com o namorado, que também chegaria algumas horas depois. A I-Ching veio almoçar aqui em casa, então convidamos a outra menina para comer conosco. Findo o almoço, findou-se também a uma semana em que coloquei uma toalha de mesa que resistiu a refeições numa boa. É claro que minha colega de casa tinha que derramar algo na toalha. E já que é para derramar, que seja shoyo, né?

À noite ela e o namorado jantaram na cozinha. Ao final da janta, a toalha ganhara marcas da garrafa de vinagre balsâmico e mais uma outra grande mancha escura de não sei-o-quê, que foi derramado na mesa. Hoje, dia 03 de janeiro, ainda tem louça na pia que ela deixou no dia 31. E tem lixo até no chão, por causa dos montes de garrafas de cerveja. No banheiro, há dois dias acordo e a descarga não foi dada; perto da banheira, tem pacote de camisinha aberta jogado no chão. Não, não vou tirar o lixo, nem juntar pacote de caminha, tampouco reclamar da louça, mas já tirei a toalha da mesa. O ano recomeça e a paz de estar sozinha em casa - ou simplesmente ter a casa limpa - já se foi. É um pouco triste quando penso que minha maior alegria de morar aqui é aguardar ansiosamente por pequenos dias quando todas estão fora.



De volta à virada... acabei sendo convencida a ir numa das festas, na casa de pessoas que eu nem conhecia. Foi em Park Slope, no Brooklyn. Pelo menos neste reveillon eu vesti roupinhas claras para tentar fugir do pretinho basico de inverno. Eu fiquei muito feliz de ido porque conheci um monte de gente interessante e finalmente estive numa festa aqui nos Estados Unidos que me lembrava mais o tipo de reuniões que tinha no Brasil, com minhas amigas e amigos. Tudo bem, sem a caipirinha, sem o churrasco (no RS), sem o mar (na BA). Acho que a melhor descrição pra minha festa de reveillon seria dizer que eu me senti como num filme do Woody Allen. Com tudo de bom, ruim, maluco, profundo, desconcertante etc que possa ter, com diálogos fantáticos, sinceros e surreais. E com neve.

domingo, dezembro 13, 2009

Vamo arromba!



Nova York, inverno, friozao, manha de domingo. Acordo mais tarde, afinal eh domingo. Saio da cama as 7h30 e preparo meu cafe da manha de sempre (a saber: all bran+leite de soja+iogurte ou banana, hoje foi iogurte porque acabaram-se as bananas e ainda nao tive tempo de ir no supermercado comprar mais).

Leio emails, dou uma rapida olhada no facebook, preparo uma caneca termica de cafe passadinho com leite (de soja), separo livros, roupa, lanche. Tomo banhinho e me arrumo. Venho para a biblioteca. Como eu trabalho na biblioteca, minha identificacao abre as portas e ativa elevadores quando se entra pelo subsolo, que eh por onde normalmente entro na biblioteca. Entao entrei normalmente, subi normalmente ate o segundo andar e quando cheguei aqui percebi que a porta estava fechada. Estranhei. Serah que nao tem ninguem ainda estudando.

Entrei, jah que esta porta nao precisa de identificacao nem nada, ela nao eh trancada, eh soh fechada. Vim, sentei no computador e fui verificar o horario de funcionamento da biblioteca: das 10:00 a 1:00 (sim, da manha). Ops, acabei de arrombar a biblioteca.

Azar, agora vou ficar aqui estudando... melhor, sem ninguem, silencio...


quinta-feira, dezembro 10, 2009

Rapidinha



Vim para a biblioteca estudar e sentei nos computadores bem do fundo, para evitar distracoes. Assim nao vejo quem entra ou sai da biblioteca. Ah, vim para o segundo andar - normalmente fico no primeiro - para diminuir as distracoes, jah que o segundo andar eh menos movimentado.

Tem um menino a minha esquerda, dois computadores distante. Uma menina na frente dele. E um menino a minha frente, um computador a direita. Todo mundo trabalhando, em silencio, na boa.

O menino a minha frente e a direita eh ateh bonitinho. Nao, nao que eu esteja interessada, mas numa escola com 90% de mulheres, eh bom olhar para membros do sexo oposto de vez em quando. Enfim... menininho, novo, ateh me lembrava o Gary, meu amigo, colega de trabalho e companheiro de cafeh nos meus dias de Imperial College.

De repente o menino da esquerda levanta e olha a tela do computador do menino da direita e pergunta: "o que eh isso?" Ai, o menino bonitinho meio que responde, bate de leve na barriga do outro, que estah em peh proximo a ele, eles conversam, mao no ombro, mao na barriga, tapinha aqui, tapinha ali... e tudo numa conversa cochichante... ai escuto do bonitinho "desculpa estar te tocando tanto assim", "ah, adorei o estilo fresco (tipo, banho tomado, algo assim".

Pois eh, alem de 90% de mulheres (nem todas hetero, vale ressaltar), os 10% da ala masculina nao estah interessado no sexo oposto.

Ainda bem que nao dependo da comunidade academica proxima (i.e. se nao for da mesma faculdade tah valendo) para procriar.

quinta-feira, novembro 26, 2009

La Madrileña


Daqui a meia horinha eu saio de casa para pegar o trem e ir até o aeroporto internacional JFK. De lá, vou para Atlanta, na Georgia (porque pobre que se preza precisa de uma conexãozinha bem na contra-mão, né?). E uma hora depois embarco para a capital espanhola.

Enquanto a maioria dos estadunidenses, ou qualquer um residente neste país, passará o dia enchendo o bucho de comida, devorando o peru e assistindo futebol (é dia de ação de graças, lembra?) estarei rumo ao Velho Mundo.

Então tá, era isso.

Para quem está no Brasil (ou fora dos EUA), aproveite o não feriado. Perdeu, preibói! A gente também tem feriadão aqui, tá bom?

Agora, me dê licença que vou praticar meu portunhol.

segunda-feira, novembro 16, 2009

Surpresas do doutorado




Em 2003 uma blog entrou no ar, usando este mesmo servidor, o blogspot, para contar as aventuras e desventuras de uma garota de programa em Londres. O tempo passou, o blog ficou famoso no mundo inteiro, virou livro e virou seriado de tv. A blogueira continuava a escrever mas jah nao mais seguia na vida de garota de programa.

Eis que agora, 6 anos depois, a dona do blog resolveu sair do anonimato. Ela eh uma cientista na area de oncologia, pesquisadora da Universidade de Bristol. A blogueira revelou sua identidade e disse que resolveu trabalhar como garota de programa quando mudou para Londres para fazer o doutorado.

Pois, vida de doutoranda em mega cidades nao eh facil...

Camisinha de porco



Ok, a gente não mata os porcos. Vamos pensar em algo menos drásticos para o prazer. Mas vamos combinar que esse latex das camisinhas atuais são um saco, tanto camisinha de homem quanto de mulher. Eu preferiria uma proteção mais orgânica, algo do tipo camisinha orgânica por produção genética! Podemos pegar pesado, fazer isso. Entrar com uma proposta no Cnpq! Como pesquisadoras, afinal, ambas somos professoras universitárias, nega!


Texto completo no LeMonde: Plano de duas feministas

quinta-feira, novembro 12, 2009

Rapidinha



Uma nota rapidinha só para dizer/dividir/compartilhar que eu estou bem contentinha.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Saudades, onde quer que eu vá



Dentro de cada pessoa
Tem um cantinho escondido
Decorado de saudade

Um lugar pro coração pousar
Um endereço que freqüente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão

Coração não tem barreira, não
Desce a ladeira, perde o freio devagar
Eu quero ver cachoeira desabar
Montanha, roleta russa, felicidade
Posso me perder pela cidade
Fazer o circo pegar fogo de verdade
Mas tenho meu canto cativo pra voltar

Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
O meu cantinho há de ir

Dentro...
Carlinhos Brown, Marisa Monte,
Arnaldo Antunes, Cézar Mendes

terça-feira, outubro 20, 2009

Rio2 - o final da saga de verão(US)/inverno(BR)

Ou senta, que lá vem a história...


Cheguei no Rio e peguei um busum direto pra Niteroi. O onibus chegou rapidinho no aeroporto mas demorou um seculo num engarrafamento. Entretanto foi bacana andar pelo Rio de onibus; passei pelo campus da universidade federal, pela Fiocruz (eu acho tao fofo ver aquele predinho lah no alto), pelos pilares com as mensagens do Gentileza... foi bacana.

Fui ateh o fim da linha do onibus e liguei pra Ana, que foi me buscar de carro. Cheia das mordomias, fala serio!

Fomos pra casa e almocamos uma comida tri boa. Hmmmm arroz e feijao... hmmm salada de cenoura com queijo... tri bom, tri bom.

Depois fomos tirar foto para o visto e passear no shopping. No dia seguinte a Ana foi comigo, tadinha, ateh o consulado. Levantamos cedo e, pela primeira vez, peguei a barca de Niteroi para o Rio. Nossa, eh tao rapidinha a travessia.

No consulado foi tranquilo, como se esperava. Ah, vi uma famosa por lah, a Cristiana Oliveira, com o baby namorado. O menino com cara de bebe, um gurizinho. Parece que ele nao ganhou o visto...

O que doeu na alma foi pagar 240 reais para o meu passaporte ser enviado como encomenda expressa. Se eu esperasse o tempo normal a previsao de entrega seria para 15 de setembro. Palhacada, neh.

No consulado do Rio eles nao utilizam o servico dos Correios mas da TNT. Po, 240 reais para mandar meu passaporte pra Poa! Eu paguei 140 reais a passagem pra Poa.

Ao sairmos do consulado passamos numa feirinha que acontece no inicio do mes, terca, quarta e quinta, ali quase na frente da estacao das barcas. Nooooossa, tudo de bom. A gente ficou um tempao lah, olhando as coisinhas mas, acima de tudo, batendo papo. Conversamos horrores com as expositores. Super queridas. E eu cai em tentacao, eh claro, e comprei mais penduricalhos. Po, mas meu anel novo eh lindo de morrer. E minha bolsa eh super fofa. Sim, o colar e os brinquinhos tambem...

Fomos pra casa, almocamos e dai fomos num dos lugares com a vista mais bonita que eu ja vi no Rio: o parque da cidade. Eh indescritivel, belo, fenomenal. Vale a visita.

Lah em cima fomos atacadas por saguis. Po, os macaquinhos sao "sinistros". Muito divertido. Ah, e a Ana e a Carol foram comidas por mosquitos, tadinhas. Depois passamos numa das sedes do BB e de lah fomos pra casa. Ganhei caroninha denovo pro aeroporto e nao tinha qualquer congestionamento dessa vez. Chegamos cedinho, fiz meu check-in na maquininha - pra evitar que as vaquinhas da TAM inventassem de despachar minha mala e fomos pra praca de alimentacao.

O Dani ficou de ir no aeroporto para eu entregar o iPod. Ele chegou nos 45 do segundo tempo.

Quando eu embarquei jah estavam chamando meu nome no alto-falante. Gente apressada!

Cheguei em Porto e minha tia estava me esperando. Chegamos em casa e eu resolvi bater na porta, ao inves de entrar. Eu nao queria que minha maezinha infartasse. Ah, sim, ela nao sabia que eu ia pra Porto.

Dai meus dias em Porto Alegre foram soh alegria: comer, beber e dormir. Com enfase no dormir.

Foi tao bom passar uns diazinhos em casa com minha maezinha. Ir nos restaurantezinhos naturebas de Porto. Ai que saudades de comida gostosa, saudável e barata.

Na quinta-feira a noite chegou meu passaporte. Alivio, missão cumprida. Ah, e na quinta fomos num super show do Lenine, foi oooootimo! Lenine eh barbaro. Uma mina gritou da platéia: gostoso!!! Ok, Lenine é bárbaro, mas gostoso...


Encontrei com a Eliane no aniversário da Mari, numa pizzaria na Cristóvão. Ê, tradição. Vi minha afilhada linda e fofa. Nossa, ela está tão gigante e enorme e querida. Se isso não é sinal de que eu estou ficando velha, eu não sei o que é!

No sabado fomos na Feira Nacional do Calcado, em Novo Hamburgo. Nossa, Novo Hamburgo. Essa cidade sempre me faz lembrar do Nelson, da Deise, da Mariana (que está um mulherão), do Gaspar. Novo Hamburgo, Novo Hamburgo... caminhamos horrores pelos pavilhões e só encontrei dois lugares com calçados que me serviam. Absurdo, né? Isso é uma coisa boa dos istêites, tem calçados para meus pezinhos (mesmo que tenham sido fabricado no Brasil! Sério.). Mas sei que comprei uma bota pela qual estou apaixonada. Ela é linda e ótima e ultra confortável. Melhor compra dos últimos tempos!

Falando em compras, o espírito consumista baixou nesta pessoa aqui durante a estada no Brasil, né? Diferença cambial é uma merda. Enfim, comprei mais penduricalhos. Agora sem ser na versão semente, folhinhas, mamãe-eu-sou-exótica, mas na versão pérolas, brilhinhos e eu-sou-chique-benhê.

Demos voltinhas no Brique de sábado e, na maior das casualidades, encontrei com o Maicon e com o Adriano. Foi tão bom revê-los. Imagina: eles moram em Pelotas e foram só passar sexta e sábado em Poa! Ah, as coincidências da vida...

Ao final da minha segunda viagem a terrinha, enchi a mala de feijão, café, pão de queijo, proteína de soja texturizada (acredita que é difícil encontrar aqui??? Aliás, pode me mandar pelo correio, tô aceitando). Como praticamente não levei roupas dessa vez, já que ia pra casa, eu fiz a festa. Só não coloquei mais coisa porque não tinha como carregar. Não precisei fazer supermercado sério por um mês. Ainda tenho comidinhas brasileiras. Ao entrar nos Estados Unidos da América, na maior cara de pau, quando perguntada se tinha algum alimento na mala eu disse que não. Sou besta, por acaso?

Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Perdi uma semana de aula, mas não foi nada demais. Demorou um tempo até que eu colocasse a casa em ordem (uns dois meses), fui a falência por causa da grana inesperada que tive que gastar, mas não fiquei super triste. Eu sabia que seria apenas uma questão burocrática e financeira, que tenho amigos com quem posso contar (não tenho como agradecer a Ana, no Rio) e que a emergência não era por nenhuma questão de saúde.

Ah, sim, pára tudo. Volta um pouco. Agora lembrei. Nesta brincadeira toda é claro que eu arranjei alguma pereba, né? Nem foi pereba, mas arranjei uma inflamação num tendão aí no ombro. Reza a lenda que foi por causa da natação diária combinada com os longos vôos seguidos e pouco descanso. Então fui no médico no Brasil, no SUS, e tomei remedinhos por 10 dias. Eu mal podia vestir minhas calças sozinha. A dor era tal que eu cheguei às lágrimas num dos dias. Sinistro. Mas melhorei. Depois fui na médica aqui também, ela revisou, e agora estou melhor. Sim, continuo nadando. Não diariamente, porque não tenho tempo, mas três ou quatro vezes por semana.

Voltando... então, eu estava tranquila porque a emergência da viagem não era por motivo de saúde. Algo que sempre me preocupa é que algo aconteça com minha mãe enquanto eu esteja longe, nos Estados Unidos, na Bahia, ou na pqp. Se minha mãezinha está bem, então está tudo bem.

E esta foi minha saga consular para encerrar meu primeiro verão estadunidense.

sábado, outubro 17, 2009

Obrigada, obrigada!




Deprimente, deprimente... pelo menos ganhei 25% pra usar num dos sites. Bacana, não?

Para minhas amigas e meus amigos, obrigada. Obrigada pelos recadinhos fofos no orkut, no facebok, pelos emails, telefonemas, recado desaforado na secretária eletrônica, cartões, beijinhos, abraços, risadas e pela elevação da concentração de etanol no meu sangue. Obrigada. Vocês fizeram meu dia!

Para quem esqueceu meu aniversário: não esquente, eu nunca lembro de aniversários, eu entendo perfeitamente! Mas ainda está em tempo para massagear meu ego e me deixar ainda mais enjoadinha. ;-)

sexta-feira, outubro 16, 2009

Deprimente



Tem coisa mais deprimente do que ter a caixa de emails cheia de mensagens de feliz aniversário... de websites, lojas e afins?

Como se já não me bastasse as dor nas junta (sic).

quarta-feira, outubro 14, 2009

Rio-NYC-Rio



Ok, a parte da adrenalina no Rio (se você se perdeu na história, dá uma olhada em textos anteriores).

Fui fazer o check-in e nao me deixaram embarcar porque meu visto de estudante estava vencido. Hein, como assim vencido?
Eu tenho um visto de turismo valido ateh 2012, um visto de negocios valido ateh 2012, um DS-bla-bla-bla valido ateh 2010 (para fazer o visto de estudante eh preciso ter o DS, para usar o visto de estudante eh preciso um DS valido, eu estava numa batalha com a Capes e a Fulbright ha meses pela renovacao do meu DS, isso que ele soh vence no ano que vem), entao a ultima coisa que eu iria imaginar eh que meu visto de estudante teria vencido 10 meses apos eu ter iniciado meu curso que tem duracao de 4 a 6 anos.

Sim, eu deveria ter revisado a data que estava no visto, mas nao revisei.
Sim, eu preenchi a papelada pro visto da minha mae, agendei a entrevista dela e tudo; fui ao consulado e poderia ter feito o mesmo para mim, mas nao fiz.
Tomei, bem tomado.

Foi uma confusao no aeroporto, uma demora, anda pra cah, anda pra lah. Ligam para a imigracao. Bla bla bla. Minhas alternativas eram:
1 - comprar uma passagem soh de volta pros isteites, ficar mais dias no Rio e resolver o problema do visto.
2 - comprar uma passagem ida e volta (que eh mais barato do que soh a volta) pros isteites, ficar mais dias no Rio e resolver o problema do visto.
3 - voltar para os isteites e tentar entrar no pais com o visto de turismo ou negocios e depois resolver a questao do visto de estudante.
OBS.: para eu voltar com visto de turismo eu precisaria ter uma passagem de volta para o Brasil entao eu teria que:
3.1 - comprar uma passagem soh de volta (NYC - RIO) e depois ver o que fazer da vida.
3.2 - nao comprar a passagem e aumentar as chances de nao entrar nos EUA.
3.3 - comprar uma passagem "de mentirinha", pela qual eu nao teria que pagar, soh se fosse realmente usar.

Optei pela solucao 3, 3.3. Minha passagem tinha custado 100 dolares (100 ida, 100 volta, 99 taxas) entao eu queria era usar, po! Os funcionarios e as funcionarias da American Airlines ficaram com inveja do valor da minha passagem, disseram que eh menos do que pagam como funcionarias. Sinto muito.
Alias, isso foi olho, neh. OOOOLLLHHHHOOOO. Nao, nao foi imbecilidade minha de nao ver o visto vencido, foi olho.

Tah, dai nesta altura do campeonato o check-in jah tinha ateh fechado, claro. Entao fizeram meu check-in as pressas e, no meio do processo um cheiro de queimado e BUUUUMMMM, um estouro. Todo mundo correndo, susto. Claro que tinha que ter sido BEM no guiche onde eu estava, bem acima de onde eu estava, na verdade. Foi alguma luz, circuito ou sei lah o que que estourou. Ok, continua o check-in as pressas. Vou pra imigracao. Quando entrego os documentos eu noto que esta faltando uma passagem. Aquela de mentirinha que o carinha emitiu. Volto no balcao da American, jah nao tinha mais ninguem. Dai um carinha lah fechando quitanda perguntu o que era eu expliquei. Ele foi no guiche do tiozinho que me atendeu e encontrou minha passagem, no lixo!

Volto correndo pra imigracao, passo. Raio-x da bagagem. Embarco.

Eu consegui embarcar e tudo, mas pela primeira vez fiquei com medo de um voo. Lembrei daquele filme Premonicao. Fala serio, TODAS as coisas acontecendo pra eu nao viajar! Pronto, o aviao ia cair!

Depois dos pensamentos a la premonicao eu cai no sono, acordei quando o aviao decolou, o que acho que demorou um seculo. Dormi denovo e acordei na hora do rango. Dai fiquei acordada e acionei o baby, trabalhei um pouco, respondi emails... meu baby eh muito fofo.

Dome, acorda, dorme, acorda e cafeh da manha.

Chego na imigracao... dai explico as coisas pro carinha. Ah, sem fila na imigracao aqui. Muito esquisito. E sem fila tambem no Galeao pra ver as malas e tal. Ah, e nem precisei ficar de calcinha. Nem tirar o computador da bolsa foi preciso. Muito rapido, sem fila e sem stress, um espetaculo. MUITO diferente de viajar por Guarulhos.

Tah, na imigracao contei minha historia triste. Dai tive que ir pruma outra salinha onde outras pessoas tb iam com suas historias. Nenhum stress e nem eu estava nervosa. Tinha umas 3 pessoas na sala alem de mim, mas depois encheu um pouco. A parte divertida eh que uma tia lah desmaiou. Foi bacana pra passar o tempo. Ela veio de um voo da Venezuela. Um drama latino de alta qualidade com direito a paramedicos e a outras duas amigas da tia tentando acudi-la e tal. Depois que os paramedicos chegaram e colocaram a tia na maca eles perguntaram pros oficiais da imigracao, em ingles, se havia premio por atuacao, jah que a tia tava soh "se fazendo".

Ai, tah, contei minha historia triste pra um, depois o outro veio, ficamos de bla bla bla, aquela coisa toda, vai nao vai... ele me ofereceu um arrego por 500 dolares, eu disse que nao queria pq de qq forma teria que voltar ao Brasil pra renovar o visto, preferia entrar como turista e voltar pra fazer o J-1. Eles nao foram maus comigo. Nao foram simpaticos e amaveis como o pessoal da AA no Rio, mas eles nao sao cariocas, neh? Foram simpaticos tanto quanto oficiais da imigracao podem/sao simpaticos.

Entao ganhei um visto de 30 dias com restricao em letras garrafais para eu nao estudar. Ele perguntou se eu estava ciente de que NAO PODERIA ESTUDAR nesses 30 dias. Eu disse que sim, e que iria comunicar isso felizmente aos meus professores. Cheia das gracinhas a bonita, perde os dentes mas nao perde a piada.

Beleza, daih fui pegar minha bagagem, que a esta altura do campeonato jah nao estava mais na esteira, neh? Enfim, quando peguei eu resolvi abrir e verificar. Os FILHOS DA PUTA CORNOS $#%@! abriram tudo. Estava tudo baguncado, abriram as bolsas (coloquei uma bolsa dentro da outra, arrumando bonitinhas minhas garrafinhas de licor e tal), abriram as sacolas com bombons (na certa roubaram algum sonho de valsa, esses esfomeados). Mas eu olhei e tava lah: a farofa tava la! Deus eh pai!

Cheguei em Nova York e mandei email pra minha tecnica da Fulbright nos EUA e pra comissao Fulbright no Brasil, alem de comecar a busca por voos a precos razoaveis para o Brasil.

Eu considerei ir ateh o Canada para renovar o visto, mas preciso de visto pra ir pro Canada, entao nao me sairia muito mais barato do que ir pro Brasil. Mexico? Tambem preciso de visto. Procurei voos para Brasilia, Recife, Sao Paulo e Rio, que sao as cidades onde se pode solicitar visto.

Acabei conseguindo uma passagem para o Rio por 600 e tantos reais. Comprei. Avisei a Fulbright. Na sexta-feira eles me conseguiram uma entrevista no consulado. Eu pedi para segunda-feira, mas ficou para terca. Ah, sim, a passagem era para sair no domingo seguinte. Na sexta preenchi a papelada toda de renovacao do visto, fui no trabalho, conversei com minha chefa, imprimi todos os formularios. Depois fui comprar a encomenda da Ana (um netbook) e fui desfazer as malas.

No sabado terminei de ajeitar as coisas em casa, lavar umas roupas e arrumar a mala novamente. Comprei uma passagem para Porto Alegre, liguei pra minha tia e pedi pra ela me buscar no aeroporto. Jah que teria que ficar lah esperando o visto, decidi esperar em Poa. Sabado a tardinha fui na loja da Apple comprar o iPod do Dani e domingo fui pro aeroporto, denovo. Newark dessa vez.

Embarquei com uma parada em Houston. (Nossa, eh enorme o aeroporto de Houstonwehaveaproblem.)

Cheguei no Rio na segunda-feira, um dia lindo, sol, calor. Soh de sacanagem, neh? Soh porque agora eu nao estava em ferias! Deus eh um cara gozador...

terça-feira, outubro 13, 2009

Mal comida




Gente, que babado!

Este semestre mudou aqui pro apartamento uma nova menina. Ela é uma amor de pessoa: não diz oi nem bom dia pra ninguém na casa, não fala com ninguém, não participa na divisão das tarefas (como tirar o lixo), não toma banho aqui (usa o banheiro do corredor, da ala coletiva) e bate portas a torto e a direto. Uma formosura, né?

A pessoa criou uma situação tensa na casa. Apesar das porquices que acontecem aqui, eu já disse que gosto de todas as meninas e que nos damos muito bem. Quer dizer, isso foi até a moçoila chegar.

Ontem à noite a querida foi escovar os dentes (suponho) e molhou toda a bancada da pia do banheiro. Tipo, TODA. Água por todos os lados. E foi pro quarto dela dormir (suponho). Quando eu vi a meleca que estava tudo eu deixei um bilhete na porta dela dizendo que, por favor, secasse a pia quando molhasse, não esquecendo de levar o lixo (porque ela diz que não põe lixo no 'nosso lixo', então quando fosse secar a pia com papel toalha, favor não colocar no 'nosso lixo').

Hoje a assistente do nosso andar veio aqui perguntar como andavam as coisas... ah, sim, porque tivemos reunião com a assistente na semana passada para tentarmos amenizar a situação e tal, mas não resolveu. Então uma das meninas fez uma reclamação para a administração e daí hoje a assistente veio dar uma olhada. Tá.

Mais tarde eu notei na minha porta um bilhete da fofolucha (a menina que mora aqui, não a assistente, que é super gente boa por sinal). No bilhete a querida dizia para eu não falar com ela pessoalmente, nem deixar bilhete, que era para falar somente através da assistente.

Ai, ai, mandar essa menina pro Analista de Bagé pra ver se resolve o problema dela.

segunda-feira, outubro 12, 2009

NOVIDADE NOVIDADE!!!




Você, às vezes, perde o que acontece aqui no blog?

Você perde tempo vindo aqui olhar se eu sentei minha linda bunda na cadeira para atualizar o blog mas chega aqui e descobre que só há os mesmos velhos textos de sempre?

Você esquece de voltar aqui porque toda vez que vem tá a mesma coisa?

Você se irrita quando vem e tem um montão de textos novos e você não tem tempo de ler tudo de uma vez?




Seus problemas acabaram!!!

Agora você pode acompanhar o que acontece aqui e estar sempre atualizada, sem perder seu precioso tempo. Basta clicar no botãozinho ali do lado, que diz "seguir" e toda vez que algo novo acontecer por aqui você será avisada.

Que fantástico, não?


Então clica ali e seja uma seguidora ou um seguidor deste blob.


E se você clicar AGORA ainda poderá ter sua fotinho ali do lado, mostrando que acompanha este amado blog.

Não deixe para depois, acompanhe agora mesmo o meu querido diário!

Rio1



Então, o Martín não foi o único a partir para terras latino-americanas...

Outro dia (ha alguns meses, na verdade) eu consegui uma passagem super barata para o Rio de Janeiro. Paguei 299 dolares para um bilhete de ida e volta, jah com taxas, de Nova York para O Rio. Eu passaria apenas cinco dias na cidade maravilhosa, mas jah era alguma coisa. Como a viagem seria super rapida, ao inves de comprar uma passagem ateh Porto Alegre eu resolvi comprar uma passagem para minha maezinha ir ateh o Rio. Matava varios coelhos: eu desembarcaria no Rio no dia do aniversario da minha mae, a viagem para o Rio jah seria um presente; poderiamos ir ateh o consulado dos Estados Unidos e solicitar um visto para ela vir me visitar; eu teria ferias-ferias, veria praia e curtiria uma cidade que eu acho linda; apresentaria o Rio de Janeiro para minha mae; encontraria as amigas e amigos do Rio. Plano perfeito, nao?

E assim foi. No final de agosto fui para o Rio e consegui arrastar minhas amigas Raquel e Luzia para passarem uns dias por lah tambem. A Lu foi de Salvador para o Rio. A Raquel foi de Porto Alegre. Eu passei dias FANTASTICOS no Rio, apesar do tempo nao ter colaborado muito.

Ao chegarmos no Rio, numa sexta-feira, chovia. Eu liguei para o Marcio, carioca que mora em Salvador, mas estava no Rio por alguns (varios) dias. E nosso hotel era bem proximo da casa dele, acabamos nos encontrando logo na sexta e ele nos levou para um cafeh bem fofinho ali nas redondezas. Isso foi em Copacabana. Nosso hotel era na Barata Ribeiro e o Marcio (os pais dele) mora na Nossa Senhora de Copacabana.

Ah, sim, primeiro eu me encontrei com minha maezinha no aeroporto, que estava lah ha um tempao a minha espera. Depois ficamos juntas esperando a Luzia. E fomos as tres para o hotel. Pegamos um taxi pelo qual fomos enganadas e pagamos 60 reais pela corrida, quando o preco pelo taximetro seria 40, mas soh descobrimos isso depois, claro.



Depois do cafe com o Marcio nos deixamos minha mae no hotel, jah que ela nao tinha dormido a noite inteira e estava cansada. Entao passamos na casa do Marcio e conhecemos os pais dele, superfofos. A mae dele insistiu para que fizessemos um lanchinho, ateh comecou a por a mesa, mas declinamos porque recem haviamos comido. Eu fiquei de voltar para filar um rango. Sabe como eh, eu nao dispenso comida 0800.

Entao o Marcio nos levou ateh o novo shopping do Leblon, caminhamos, caminhamos e de lah voltamos para Copacabana e experimentamos a empada aberta de carne seca do Belmonte. Perdoai-me, Senhor, mas eu pequei. Aquilo eh mais do que uma tentacao. Eu me apaixonei pela empada. Eh IMPERDIVEL! Pra mim eh praticamente uma atracao turistica da cidade maravilhosa agora. Sem contar que o bar eh uma gracinha.

No sabado o Daniel, meu amigo gaucho que agora estah morando no Rio, foi ateh o hotel e nos levou para um passeio em Santa Tereza. Eu nunca tinha ido para Santa Tereza, apesar de jah ter estado varias vezes no Rio.



Pegamos o metro, depois o bondinho, andamos pelas ruas do bairro, depois fomos nas ruinas de nao-sei-quem, onde foi a residencia de nao-sei-quem-lah, comemos um "angu a baiana" horrivel e que nao tinha nada de baiano. Depois almocamos numa casa de massas onde comi uma super salada tri boa, gigante. Descemos de onibus, porque o bondinho, quando chegou na estacao em que estavamos (Curvelo) jah estava lotado e nao tinha nenhum espacinho para nos. Andamos um pouquinho pelas ruas do centro e paramos para um chazinho com torta na confeitaria Colombo. De lah seguimos para o metro e voltamos para o hotel. O Dani, tadinho, estava super cansado, visto que tinha ido pra "night" na sexta-feira.

Dormimos um pouco, fui dar uma caminhada na praia, voltei. Quando as meninas (Ruth e Luzia) acordaram nos arrumamos para ir ao Belmonte novamente e comer a famosa empada. Fomos lah porque a Ruth nao tinha experimentado a delicia ainda. O Marcio deu o bolo e nao apareceu, o Dani chegou quase junto com a gente no bar. Ele passou lah para comer uma empadinha antes de sair para os embalos de sabado a noite. Bebemos, comemos e voltamos para o hotel. Ah, sim, empada e manjubinha frita! Quase que esqueci da manjubinha...



No domingo finalmente pegamos um solzinho. Apos o cafe da manha delicia a Luzia foi para o aeroporto, rumo a soteropolis e eu, mamae, mamae e eu fomos caminhar na praia. Que dia lindo!!!

Caminhamos pelo calcadao em Copacabana, a agua tinha um verde lindo, a praia cheia de pessoas caminhando. Era gente de todo tipo, todo lugar, todas as cores, tamanhos, idades. Eram vendedores ambulantes, eram os quiosques cheios de gente, era a areia, o mar. Caminhamos ateh o forte e como tinha que pagar para entrar no forte, voltamos. Na caminhada de volta resolvemos ir pela praia e como o dia estava super quente e a agua convidativa eu nao resisti e tomei um banho de mar, gelado, mas gostoso.

De volta ao hotel encontramos nossa nova hospede: Raquel. Ela chegara uns 10 minutos antes de voltarmos ao hotel. Tomamos banho e tal, nos arrumamos e fomos para Ipanema, caminhar pela feira Hippie. Andamos em todas as barraquinhas e comprei metade da feira. Tenho colares tupiniquins ateh nao querer mais. Ficamos de papo com vendedoras e vendedores super gente boa e nos divertimos bastante.

O plano da noite era ir numa feijoada com roda de samba na Casa Rosa, mas demoramos muito na feira e acho que minha mae estava cansada demais para a roda de samba.

Passamos mais uma vez no Belmonte para mais uma empadinha: agora era a vez da Raquel experimentar a iguaria.

Depois caminhamos pela orla de Ipanema ate a Farme de Amoedo, andamos por lah, vimos o povo, os bares, passamos na Americanas Express e comprei varios bombons do tipo Sonho de Valsa, serenata do Amor... soh faltou Amor Carioca para completar a colecao bombons-da-infancia. Voltamos para a praca General Osorio (onde acontece a feirinha), pegamos um onibus e fomos para o hotel.



Segunda-feira pela manha acordamos cedinho, tomamos o cafe delicia no hotel, pegamos um taxi e rumamos para o Consulado Geral dos Estados Unidos. Deixamos minha mae lah e fomos caminhar pelo centro do Rio. Passamos pelos arcos da Lapa, por varios predinhos fofos - eu adoro caminhar pelo centro do Rio -, na Colombo novamente (a Raquel nao estava lah no final de semana, lembra?) e depois voltamos para o consulado.

Andamos mais um pouco pelo centro do Rio, as tres, o Paco Imperial, as barcas, O CCBB (mas pela primeira vez nao entrei num dos meus centros culturais favoritos no Brasil) e avistamos a Catedral da Seh (nem entramos).

Voltamos para o hotel. Eu fui para a piscina, nao nadar, mas ler. A Ruth foi dormir e a Raquel foi correr.

Depois fui numa estetica ali pertinho do hotel e fiz uma sessao com a podologa, fiz mao, pintei peh e, pra finalizar, uma sessao de massagem relaxante: um espetaaaaaculo.

Voltei pro hotel e liguei para a Ana. Ela e o Marco foram nos encontrar no hotel e partimos pra Lapa. Nesse meio tempo o Marcio ligou e chamou para ir tomar um chopp em copa, mas a mae queria ir pra Lapa, entao estavamos decididas a ir pra lah, mesmo na segunda-feira. O Marcio entao ficou de nos levar para passear no dia seguinte.

Fomos para a Lapa com o Marco e a Ana, demos varias voltas pela cidade, passeamos por Laranjeiras e terminamos a noite no baixo Leblon, onde os chiques e famosos frequentam. Confesso que nao fiquei apaixonada pelo local, que tem um clima de Malhacao (o programa televisivo), um monte de gente fumando horrores e um clima tao diferente de Copa ou da Lapa. Nao adianta, eu nao nasci pra ser chique e famosa.



Na terca-feira o Marcio passou no hotel e nos levou para um super-hiper-ultra tour pela cidade. A oferta era nos levar "do Leme ao Pontal", mas acabamos fazendo ateh mais do que isso. Passeamos pela Urca, vimos a casa do Rei Roberto Carlos, fomos, literalmente, do Leme ao Pontal e parando em tudo que eh ponto e tirando fotos e mais turistas impossivel. Nunca vi criatura tao paciente como o Marcio. Pagou todos os pecados dele na Terra, coitado. Quer dizer, acho que nao, aposto que esse guri jah pecou muuuuuuuito.

Alem do Leme o Marcio nos levou para Grumari, passando pela Prainha. Que paraisos! Pena que o dia nao estava dos mais bonitos, senao teria dado uma boa praia. Estava fresquinho, quase frio. Mas resisti bravamente de short, biquini e camiseta, pra ver se atraia algum sol.



Adeus Rio de Janeiro... na quarta-feira nos despedimos da cidade maravilhosa. A Ana passou no hotel e nos pegou para uma volta em Niteroi. Fomos no MAC, tiramos fotinhos, passeamos pela orla de Niteroi e fomos ateh um lugar que nao lembro o nome agora, uma aldeia de pescadores, lugar super bacana. Almocamos com o Marco, demos um oi pro Alexandre na escola - tirando o guri da aula - e ainda conseguimos dar um oizinho para a Carol, filha da Ana, que passou de onibus pela gente, numa super coincidencia.

No final do dia passamos no trabalho do Marco e ganhamos uma carona para o aeroporto. Pegamos um congestionamento que me deixou preocupada, mas chegamos sem maiores atrasos no aeroporto.

Claro que nao dava para deixar o Rio sem alguma super aventura, neh? Foi quando fui fazer o check-in que a adrenalina comecou: nao me deixaram embarcar!

Mas deixa eu fechar este capitulo.

A viagem ao Rio foi maravilhosa, foi otimo ter visto minha maezinha, foi sensacional passear por aquela cidade linda, foi delicioso saber que tenho boas amizades.

Ainda hei de morar algum tempo no Rio de Janeiro.



domingo, setembro 20, 2009

Pausa...



Tenho mais textos fresquinhos prontos para colocar na página, mas vou dar um tempinho para que se possa ler o que acabei de colocar. Depois de mais de mês sem publicar qualquer coisa, não posso colocar tudo de uma só vez. Mas já já tem mais. Não esqueça, leia de baixo pra cima, para não se perder na ordem!

Shana Tova!*




Ontem participei de uma ceia da celebração do ano-novo judaico. Pois, estou virando praticamente uma judia, não? Foi muito bacana. Eu fico impressionada com a quantidade de rituais que o povo judaico tem. Acho bonito. A ceia foi na casa de uns amigos de um amigo meu, o Dror. O Dror é de Israel e estuda no TC também, no programa de filosofia. Então alguns casais amigos dele reuniram-se para a celebração. Os dois casais, todos judeus, também moram aqui na residência universitária, mas no prédio de famílias e são os maridos, claro, que são estudantes no TC. (o "claro" é um comentário meu cheio de juízos, eu sei.)

Foi super legal ouvir todo mundo falando em hebraico. Tão bonitinho!
Algumas coisas até consegui entender. Não, não que eu entenda hebraico, longe disso, mas dá para entender algumas coisas em alguns assuntos.

A comida, como sempre, estava deliciosa e a família que me recebeu foi muito hospitaleira, mesmo ninguém me conhecendo antes, eu não falando hebraico, tampouco sendo judia. Elas e eles me explicavam as coisas, os rituais, as comidas, os simbolismos. Todo mundo vinha de regiões, grupos diferentes e tiveram experiências diferentes em relação ao judaísmo. Foi bacana ouvir as opiniões e discussões a respeito da questão entre israelitas e palestinos. Vai-se entendendo a questão por diversas perspectivas. Fantástico!

Ah, Nova York, Nova York...



*Bom ano, em hebraico.

quinta-feira, agosto 20, 2009

NYC? Si, como no!





O Martin veio para cá em Agosto e passou uns diazinhos comigo. Logo quando chegou fomos fazer um tour aqui pelo bairro, reconhecimento da área, ir ao supermercados - para ele saber onde comprar coisinhas durante a semana. Passamos num super aqui perto e ganhamos provinha de Strawberry shortbread que é uma torta de morango bem tradicional aqui.



Fomos no Fairway - meu supermercado favorito para comprar legumes, verduras e carnes - e ganhamos provinhas de café gelado (ao leite, capuccino e puro).

De lá subimos pela Broadway e passamos num outro supermercado onde ganhamos provinhas de frango fatiado. Depois andamos, andamos e na volta passamos pelo West Side Market - meu supermercado favorito para comprar queijos - e comemos provinhas de queijos e bolachinhas de arroz com molhinhos variados.

Passamos também pela Ricky's, minha loja favorita de produtos de beleza, higiene, fantasias etc.




O plano era ir para um brunch num lugarzinho bacana que eu tinha ido com a Brenna, mas não tínhamos comido nada. O lugar é famoso pelo brunch. Mas cadê a fome? Enfim, chegamos em casa e liguei para o lugar para ver até que horas era servido o brunch, tarde demais.

Pegamos o trem e fomos para downtown, ainda em busca do brunch sagrado. Quando saímos da estação do trem e começamos a andar, avistamos uma feirinha... e lá fomos nós. Andamos pra lá e pra cá. O Martin comprou um chapéu, eu comprei uma tajine - já que a minha, que comprei no Marrocos, ficou em Porto Alegre.



Na feira também acabamos comendo coisinhas de graça: granola, arroz, sopa... andamos um montão e passamos por mais outra feirinha e o dia - lindo, por sinal - passou. Não rolou o brunch mas nem tínhamos fome.

No domingo fomos para Chinatown para o brunch chinês: o dim sum. Acho que já falei que dim sum é uma das minhas comidas favoritas aqui, né? O Martin foi super corajoso e até comeu os temidos pés de galinha!



O dia foi longo... andamos, andamos e andamos por Chinatown, com direito a se perder um pouco, claro. Afinal, é Chinatown!

Fomos até o pier, descansamos, admiramos a Brooklyn Bridge e andamos pelo distrito financeiro, a famosa Wall Street e chegamos, claro, na meca do consumo (para mãos-de-vaca): a Century 21. O Martin ficou impressionado com os preços na loja. Fizemos umas comprinhas básicas e ele ficou de voltar antes de partir para Buenos Aires.

No meio da semana eu trabalhei e o Martin vôou as tranças pela cidade. Numa das noites fomos a um coquetel por causa da Fulbright. Era uma recepção na casa da família Gandhi. A casa que um dia foi a residência, em Nova York, da Eleanor Roosevelt. Chique do úrtimo. Depois de muitos vinhozinhos, voltamos pra casa



No final de semana seguinte nós fomos visitar a Jackie, minha eterna roommate e uma das pessoas mais queridas que eu conheci nos Estados Unidos. Pegamos um ônibus até Washington, D.C., o que levou uma viiiiida. Chegamos lá e a Jackie nos pegou e fomos encontrar a Karuna e um amigo delas em um restaurante em Georgetown, uma cidadezinha fofa que fica pertinho de Washington.



Fomos então para a casa da Jackie, em Bethesda - Maryland, e caímos num sono profundo. Na manhã seguinte tomamos café da manhã na Madeleine (meu lugarzinho favorito naquela região). Pegamos a estrada com destino a uma praia, a tal da Virgina Beach. Era longe. Este povo aqui acha que tudo é perto. Para eles, pegar a estrada e dirigir 6 horas para ir até a pria e voltar, no mesmo dia, é beleza. Gente sem noção, né? Como pegamos um trânsito dos infernos, mudamos os planos, paramos numa cidadezinha no meio do caminho e pedimos informações num posto para turistas. Acamos indo para um piscinão de ramos versão estadunidense. Ou seja: chique, mas com farofa. No caminho para o piscinão (que é um lago bem bacana, com ondas, num lugar super bonitinho). Paramos numa vinícula e experimentamos vários vinhozinhos. Uh, delicia: farofa turbinada!



No dia seguinte os latino-americanos foram finalmente tomar café da manhã tipicamente estadunidense. Sim, panqueca, café, ovos... só faltou o bacon, porque ninguém pediu. E para completar a festa, fomos às compras... em loja de 1,99 (que aqui é 1 dólar)! Pobre é um espetáculo, né? Não resiste a uma lojinha de quinquilharia. Mas nada como quinquilharia de primeiro mundo, não? Comprei uns livros bacaninhas, dicionários e badulaques mil por um precinho camarada.



De Bethesda pegamos o metrô para Washington e fomos bater perna na capital do país. Detalhe: sob um sol dozinferno (sic) e cheios de sacolas. O Martin, com peso na consciência ou cavalheirismo, resolveu carregar todas as minhas quinquilharias - que pesaram horrores - durante a bateção de parna na cidade. Ele fez isso porque eu já bati perna por lá em outros carnavais e então estaria indo 'só por causa dele', o que não é totalmente uma inverdade, mas tampouco me importo de revisitar lugares por onde passei. Fizemos o circuito básico dos prédios públicos e monumentos e depois pegamos o busum de volta pra Nova York.

Na semana seguinte meu portenho favorito foi embora e deixou ótimas lembranças para meu primeiro verão como "moradora" em terras Yankes.



sábado, agosto 15, 2009

Prazeres compartilhados




Jah que meu plano de verao estava indo por agua abaixo eu resolvi cair na agua. (Coisa fofa, cheia dos trocadilhos)

Meu plano B foi voltar a tentar aprender a nadar. A piscina do Teachers College foi reaberta durante o verao, apos um tempo fechado para reformas. Eh uma piscina historica, foi construida em 1904 e foi a primeira piscina coberta das Americas (agora eles mudaram o texto para uma das primeiras no país...). Fui olhar o preco das aulas, mas eram muito caras. Muito. Entao lembrei que a piscina do campus principal tambem oferecia aulas. Fui olhar os precos e eram menos caras. O problema foi que nao haveria turmas durante a segunda parte do verao, entao eu teria que esperar ateh o inicio do semestre de inverno, em setembro.

Frustrante.

Mas quer saber, eu resolvi pagar pela piscina no TC mesmo assim. Eu pensei: posso ir fazendo os exercicios basicos que aprendi uma vez, respirar, usar a pranchinha e ficar batendo perna, essas coisas. Paguei e fui, jah no mesmo dia. E fiquei fazendo exerciciozinhoos de respiracao e batendo perna. Bem bonitinha.

Depois usei o santo Google e o santo You Tube para tentar encontrar materiais, tutoriais que ensinassem a nadar. Encontrei. Aproveitei o servico de emprestimo entre bibliotecas e procurei por livros que ensinassem a nadar. Encontrei e fiz o pedido. Recebi meus livrinhos e alguns eram bons, outros nem tanto. Sei que comecei a praticar os exercicios dos livros, tentar imitar os movimentos dos videos, seguir as dicas que encontrava e pelos ultimos 2 meses e pouco eu tenho ido de segunda a sexta na piscina e praticado.

Durante esse periodo eu lembrava muito do Pedro e suas idas diarias a piscina. Acho que compreendi/compartilhei um pouco da sensacao de pequenas conquistas diarias. Uma coisa bacana em nadar eh a a superacao, de pouquinho em pouquinho, eh a conquista de alguma coisa. Seja melhorar a respiracao, seja melhorar um movimento de braco, de perna, ou fazer mais voltas na piscina. Eh sempre alguma coisa, pelo menos uma coisinha. A cada dia eu tinha um objetivo diferente e o bacana eh conseguir atingir esse objetivo. Os objetivos sao muito pessoais. Depois de semanas com a pranchinha, primeiro batendo perna, depois usando bracos e pernas, teve um dia que eu tentei fazer uma volta sem a prancha. Nao funcionou e eu bebi agua. Outro dia eu tentei denovo e funcionou. E hoje eu vou e volto sem pranchinha, coisa mais fofinha. Antes eu nao conseguia virar direito a cabeca e respirar, virar o corpo e manter o equilibrio, hoje eu consigo.

Nao, ainda nao sou uma nadadora (att. para o "ainda"), mas evolui bastante e isso eh motivador.

Minhas incursoes diarias na piscina, as 7h da manha, me rendeu uma rotina de dormir cedinho e acordar cedinho que tem me agradado bastante.

Agora chegou setembro e finalmente poderei me matricular nas aulas de natacao.

Gustavo Borges, Cielo e Phelps que se cuidem!

quarta-feira, agosto 12, 2009

Bici




Ha cerca de dois meses eu comecei uma nova etapa na minha vida. Perai, volta um pouco, na verdade comecou antes, no inicio do verao, pouco antes do final das aulas. Eu decidi que iria aprender a andar de bicicleta. Tudo bem, na verdaaaade comecou ainda antes, com a minha viagem para a Dinamarca. Depois de ver que eh possivel uma cidade ter boa parte do transporte baseado na magrela eu resolvi que nao poderia continuar sem dominar a bichinha.

Minha grande motivacao tambem foi o fato de eu me vi limitada durante uma viagem pelo fato de nao poder aproveitar tudo da cidade, explorar o que Copenhagen oferecia. Lah ha um programa subsidiado pela cidade em que uma pessoa pode pegar uma bicicleta em determinados pontos da cidade, utilizando uma moeda de 20 dinheiros. A pessoa pode rodar o quanto quiser e quando devolver a bicicleta, a maquininha devolve uma moeda do mesmo valor. Nao eh bacana? Pois e eu perdi isso.

Mas como eu iria aprender a dominar a alta tecnologia e destreza necessarias para manobrar a magrela?
Po, eu moro em Nova York, uma das cidades mais caras do mundo, neh? Onde tem muita gente rica, tem muita gente pobre... fui procurar alguma forma gratuita de resolver meu problema. Encontrei!

A cidade de Nova York, atraves de uma ong, oferece aulas para criancas e adultos aprenderem a andar de bicicleta, de graca. As aulas acontecem em diferentes parques da cidade, em datas variadas. Registra-se para as aulas pela internet, depois se recebe uma confirmacao. Ok, eu me registrei. Confirmado. Fui na aulinha, um dia lindo... foi num parque no Bronx. Eu mais um bando de mulher velha. Quero dizer, as idades variavam, aparentemente, entre 20 e 40 e poucos anos. A instrutura principal eh um doce de pessoa.
A tecnica empregada pela equipe eh a de dividir as habilidades para manejar a bicicleta em duas: equilibrio e pedalo. Primeiro treina-se equilibrar-se na bicicleta, depois eh que se introduz pedalar. Foi bonito de ver uma menina no comeco da aula, no mesmo nivel que eu, sair da aula pedalando uma bicicleta tal qual aquelas criancas no parque que ficavam passando por nos e achando tudo engracado. Eu, lenta que sou, fiquei uma aula inteira (de duas horas) praticando equilibrio.

Nao bastava eu aprender a andar de bicicleta, era preciso ter uma, certo? E pensei, como conseguir una ben baratinha... ou de graca? Catei e achei um programa que oferece oficinas para manutencao e construcao de bicicletas. Funciona assim: voce vai lah (no Brooklyn), participa da oficina, aprende o basico da engenharia da bike e dai comeca aprender a montar uma bicicleta, do zero. As pecas sao doadas e o tempo que se demora para montar uma bicicleta varia, pode ser duas semanas, tres, quatro... depende de quanto voce vai lah, trabalha na bike e encontra pecas que sirvam para voce. Ao final, a bicicleta eh todinha sua!
O pagamento? Voce tem que doar horas de trabalho para montar outras bicicletas e para ensinar outras pessoas nas oficinas.

Nesse lugar tambem se doa bicicletas para as pessoas que precisam, que nao podem pagar transporte publico, por exemplo. As acoes deste grupo fazem parte de uma organizacao "maior", os freegan. A ideia eh interessante e ha varios nives de 'freganismo'. Enfim, essa eh outra conversa...

Voltando ao meus planos de mudanca de vida...

Meu plano de verao era, entao, montar uma bici e aprender a andar de bici. Aconteeeeeece que as aulas soh acontecem se nao chove e em Junho choveu TODOS os dias em Nova York. Todos. Eu praticamente virei sapa, neh? Isso, como em Salvador.
As aulas sao bem espacadas e justamente nas aulas em que eu consegui me inscrever, choveu. Alem disso, as oficinas no Brooklyn eram na quarta-feira a noite (nao rolava porque era muito tarde e longe pra mim) ou no sabado. O que acabou nao rolando porque eu viajei praticamente todos os finais de semana no verao. Quando nao viajei, fui para shows, cinema, casa de amigas e amigos, sempre tinha algo para fazer.

Meu plano de verao estava indo por agua abaixo...


Foi entao que pensei num plano B!

(aguarde cenas dos proximos capitulos)


quarta-feira, julho 29, 2009

Bonitinha mas ordinária



Que eu estou morando nos istêites, todo mundo já sabe.
Que eu divido a casa com mais cinco meninas, já cansei de repetir.
Que tem um monte de menininha bonitinha andando pelas ruas de Nova York, todo mundo deve desconfiar.
Agora, que menininha bonitinha estadunidense são todas porquinhas, talvez muitos não saibam.

Meeeeeeeeeeeeeeeeeeeu, que minas porcas são essas com quem eu divido apartamento?
Uma acha que o filtro protetor para ralo da pia "é nojento porque fica sempre restos de comida, acho melhor deixar sem". Por que, por que, por quê? Porque elas não limpam o filtro após lavar a louça.

Digo, quando lavam a louça, né... porque as fofoletes deixam louça dias e dias na pia.

Tem uma pessoa que limpa as áreas comuns do ap uma vez por semana, nas quintas-feiras, mas chega na sexta ou sábado o fogão já está todo sujo denovo. Porque aqui elas derramam coisas no fogão e deixam, deixam.

A gente tem banheira no banheiro (e chuveiro também) e as fofuchas lavam os longos cabelos e deixam o ralo cheio de cabelos. Eca. Aí a mala aqui vai e coloca bilhetinhos pela casa: "por favor, limpe seu cabelos do ralo após o banho", "na sua semana do lixo, tire o lixo TOSOS OS DIAS", "vamos tentar manter a pia limpa", "não esqueça de limpar embaixo do escorredor de louças"... e por aí vai.

Adoro todas elas, mas que são porquinhas, são!

domingo, julho 12, 2009

Exploração sexual






Esse é o trailer do filme "Very young girls", um filme imperdível.
Assista quando puder!

quinta-feira, julho 02, 2009

Àdeus!




Na minha casa sempre tivemos muitas sombrinhas. Havia as sombrinhas preferidas, claro. Com o passar do tempo fui preferindo sombrinhas menores e menores, que coubessem em qualquer bolsa, ou bolso. Em Porto Alegre existe a empresa Fazzoletti que faz umas sombrinhas ótimas e bem pequenas. Eu amo.

Eu tinha uma sombrinha branca com preto, linda. Uma pessoa conseguiu quebrar minha sombrinha. Mamãe me deu outra. Eu consegui esquecer no carrinho do aeroporto no dia que fui buscar o Pedro. Quando voltei ao aeroporto já era tarde, alguém tinha pegado.

Mamãe me deu outra. Vermelha. Bem lindinha. Essa sombrinha vinha me acompanhando nos últimos tempos até que minha colega de quarto me pediu uma sombrinha emprestada na semana retrasada. Ela ia sair e não encontrava a dela. Eu estava deitada, ela bateu na porta do quarto, pediu a sombrinha, meu peito apertou, eu disse que ela poderia pegar. Eu iria dizer o quê? Olhei para a sombrinha e disse adeus.

No dia seguinte esperei pela sombrinha e nada. Esperei, esperei. O dia passou e nada dela me devolver a sombrinha. Eu tinha que sair, então me arrumei e na hora de sair bati à porta dela e pedi a sombrinha de volta. Ela disse que não encontrava, que achava que havia deixado no táxi na volta da festa. Restara apenas a capinha vermelha com detalhes em creme. Meu coraçãozinho partiu. Mas eu, num exercício de desapego tentei fazer de conta que meu mundo não estava caindo. Ela disse que sentia muito e que me compraria outra sombrinha, bem bonita. Eu apenas disse: que seja pequena, bem pequena. Minha colega emprestou-me uma sombrinha dela, preta. Céus, sombrinha preta? Preto é guarda-chuva. Enfim, peguei a sombrinha e sai.

Já se passaram duas semanas e até agora nada de sombrinha nova. Decidi que vou comprar uma. É o jeito. Então esta semana irei à cata de uma sombrinha bem bonitinha e pequena, se não encontrar, vou encomendar da Fazzoletti, lá de Porto Alegre. E podem me chamar de bairrista e materialista que eu nem ligo!






quinta-feira, junho 18, 2009

Foi por pouco...


Tá, foi assim ó:

Eu estava trabalhando, daí por alguns 30 minutos eu não tive nada pra fazer. Ok, 30 ou 50 minutos. Nada, nada. Então fui olhar meus emails. Daí olhei os emails do CS e tinha um falando que a Delta estava com boas promoções para a zoropa, partindo de grandes cidades dos istêites. Continuei lendo as conversinhas. Daí a Laura disse que viu passagem barata pra Madrid nas datas tais e tais, feriado do Dia de Ação de Graças.

Olhei prum lado, pro outro. Nada de trabalho.

Abri o Kaiak e fui dar uma olhada. Coloquei as datas que a Laura falou. Estava achando passagens de 400 e tantos dólares pra cima, o que é barato, mas tinham falado em 200 e pouco. Continuei olhando e nada. Então vi uma passagem por 200 e tanto. Pensei... vamos ver qualéqueé. Fui fazendo os passos para comprar, daí veio uma mensagem dizendo que a passagem tinha mudado de preço. PNC desses sites enganadores.

Tá. Nada de trabalho ainda. Continuei olhando.

Achei noutro site uma passagem por 100 e tanto, com taxas e tal ia para 230. Nova York - Madrid - Nova York. Feriadinho em novembro. Clica aqui, clica ali. Nome, bla bla bla. Escolhe assento, bla bla bla. Email de confirmação.

Sim, sim, sim! Eu comprei uma passagem para Madrid pela bagatela de 230 dólares, ida e volta e todas as taxas. Fala sério!!! Tipo, 450 reais pra ir até ali na Espanha, passar uns diazinhos. Meu, não deu pra resistir, era muito barato.

Mandei mensagem no CS dizendo que tinha comprado. Todo mundo tentando achar e nada.

Daí, meu bem, de um segundo para o outro apareceu um monte de trabalho. Nesse dia fiquei até meia hora a mais do meu horário, de tanta coisa que apareceu.

Depois, à tarde, quando já estava em casa e nem acreditando que eu tinha comprado uma passagem tão barata, eu volto na lista do CS e vejo que a Laura não conseguiu comprar a passagem. No fim, fui a única que conseguiu comprar. E procurei horrores depois e nada. Por pouco a Laura não pegou o mesmo preço. Bobeou, ficou esperando, comeu mosca... perdeu preibói!

Pessach, Passover, Páscoa Judaica




Apesar de morar décadas em Porto Alegre, de ter freqüentado (nova norma ortográfica de c* é r*) o Bom Fim e de ter interesse por religiões e povos e costumes, eu não sabia nada sobre judeus até o começo deste ano. Não que agora eu saiba muita coisa, mas nestes poucos meses de 2009 aprendi mais sobre o povo judeu do que em toda a minha vida.

Claro que esse aprendizado se deu da maneira mais conveniente possível: viajando e comendo.

Primeiro tive a experiência de passar alguns dias na Alemanha e através do Memorial aos Judeus Assassinados na Europa (página em inglês)eu pude aprender um pouco sobre o que foi o Holocausto (A lista de Schindler, O diário de Anne Frank, O pianista etc., ajudam mas não dão conta do recado). Dá uma olhada no panfleto informativo do museu (em português).

Depois tive a oportunidade de passar o Pessach com uma família judaica. Foi excelente. Comi e bebi até quase morrer. Um monte de comidas boas, um monte de vinho, muitas risadas, muita gente bacana, uma tradição muito bonita. Na foto acima, estou lendo o livrinho com a história que todas as famílias judaicas contam/lêem/relembram durante o Pessach, em todo o mundo. Ao meu lado está um casal Polonês: Agnieska e Lukasz. O Lukasz é bolsista Fulbright e esteve comigo na orientação em Miami. Eu fui convidada a participar do Seder do Pessach e podia convidar mais duas pessoas, então convidei esse casal super fofo. Adoro os dois. A gente leu a história, comeu as comidinhas, bebeu o vinho, fez todas as coisinhas.

Tem também a convivência com alguns alemães com quem tenho intimidade suficiente para perguntar tudo-o-você-sempre-quis-saber sobre a relação alemães contemporâneos-história dos judeus na Alemannha. Além da convivência com amigas e amigos de origem judaica. Agora tenho até uma colega de casa judia. Não, ela não come porco e usa esponja separada para lavar a louça, para não correr o risco de ter contato com algo que tenha tido contato com porco.

Durante esses meses por aqui, aprendi sobre o que é Kosher e todas essas coisas. Tenho amigos etnicamente judeus mas não reliogiosamente judeus. E tem os meio religiosos, assim como o bando de meio-católicos que tem no Brasil.

Uma particularidade de morar em Nova York é que a cidade concentra a maior população de judeus do mundo. E, quem diria, a comunidade judaica começou aqui porque uns judeus que moravam em Recife decidiram se mudar, em busca de livre expressão religiosa. Sorte minha, que estou na parte do mundo em que a versão judia de Babka pegou e colou! (e faz de conta que cada fatia dessa delícia não tem 500 calorias.)

Então ficamos assim: como babka e comidinhas do Pessach por aqui e tapioca lá na Sé, em Pernambuco.

quarta-feira, junho 17, 2009

Mi Argentino Querido



Na linha adivinha... adivinha quem vem me visitar, quem, quem, quem???
Meu argentino favorito!!!

Sim!!! O Martín vem passar uns dias na grande mação no verão. Estou louca que ele chegue logo. Vai ser tão bom andar pra cima e pra baixo com ele.

Tá, não vai dar pra encher a cara de roska, mas a gente pode encher a cara de mojitos e afins.

Oh, pode trazer dulce de leche, bocaditos, casaco de couro, crema tremontana, bife de chorizo...

Tem coisas que só Nova York faz pra você


Conversa pelo bate papo no Gmail:

adivinha q musica ta tocando agora
no meu iTunes
bah
meu ia ia meu iô iô
uhhhh
e qdo tão louca me beija na boca me ama no chão
mazaaaaaaaaaaaá

segunda-feira, junho 15, 2009

MoMa, a lenda.



Entrei em férias na metade de maio. Nem acredito que não coloquei isso no blog. Bem, eu entrei em férias numa semana e exatamente uma semana depois eu comecei a trabalhar. Então são umas férias bem meia-boca.

Entretanto, meu primeiro final de semana de férias foi maravilhoso. Na sexta-feira eu almocei em casa, depois fui no gostoso-que-me-faz-massagenzinhas. Explico: tenho ido num quiropraxista que, por acaso, é gostoso e, em sendo quiropraxista, acaba rolando uma masagenzinha no pescoço e afins, depois da tortura de me torcer toda. Então eu o chamo the-hot-guy-that-touches-me.

Depois do gostoso, fui passear, relaxadinha, no Central Park. Tomei um solzinho, fiz as unhas (só pintei, eu levei esmalte na bolsa), li um livro, caminhei e tomei mais sol. Estava um dia quente, lindo, ensolarado. Depois fui encher a cara. Vinho branco geladinho no meio/fim da tarde, bate papo, bla bla bla. Despues, jantinha: bacalhau com aspargos.

No sábado fui ao MoMA. Mas o MoMA tem história... seguinte: quando vim pra cá em 2007, por uma semana, à passeio (era caminho da conferência, fazer o quê?), eu queria porque queria ir no MoMA. Não fui na segunda-feira, já que museu que se preza fecha nas segundas. Aí fui na terça. Chego lá e o MoMA tá fechado. Já que todos fecham na segunda, o MoMA abre às segundas, pra ser do contra. Daí fui na quarta-feira. Mas ao contrário de muitos museus da cidade, no MoMA não dá pra dar qualquer valor pra pagar a entrada, tem que marchar com o ingresso que é bem carinho. E eu, como boa pobre, me neguei a pagar. Peguntei se tinha um dia de graça. Tinha, nas sextas-feiras. Na sexta eu voltei lá (ainda estamos em 2007, não se perca). Chego no museu e me dizem que a entrada gratuita é só depois das 17h. Puta que pariu, né? Custava ter um bilhetinho na porta falando os horários de funcionamento e valores para cada dia da semana. Eu teria evitado várias viagens.

Tá, daí agora eu voltei pra Nova York. Toda chique, né bem, por cima da carne seca, com um passe corporativo que me permite ir de graça no MoMA qualquer santo dia. Toma! Mas como Deus é um cara gozador e adora brincadeira, agora eu tinha o passe e não tinha tempo. Acabei nunca indo no MoMA, até o meu primeiro final de seman em férias.

Fui, toda-toda.

Entrei, peguei o telefonezinho para a visita guiada. É como um celular, que tem uma visita guiada, daí a gente tecla o numerozinho da peça/obra/afim e uma gravação explica tudo. Bem bacana.

O problema é que, sabe como é, esse BANDO DE TURISTA vem visitar a MINHA CIDADE e fica atrolhando (se não é gaúcha ou gaúcho, sinto muito, atrolho é vocabulário básico). Então eu só vi a parte de fotografias e um pedacinho de uma exibição de pinturas. E deixei para voltar em outro dia de férias, com menos povo à volta. Bem, eu achei que teria um montão de férias, né?

Pelo menos agora o MoMA desencantou. Já posso ir, a qualquer hora.


Somerville na primavera



No primeiro domingo de Junho acontece uma Feira de rua em Somerville, New Jersey. Lembra, é a cidade onde mora minha colega Catherine, que me convidou para o Dia de Ação de Graças com a família dela no ano passado.

Então ela me convidou para ir na Feira e eu fui. Passei o final de semana lá, fui no sábado e voltei domingo. O final de semana estava com um tempo maravilhoso. Finalmente sol, calor.

Voltei cedo no domingo e fui na casa da Chantale, com quem eu havia conversado no sábado e combinado de ir pra lá no domingo. Eu disse que sairia de Somerville e iria direto pra casa dela, no Brooklyn. Chego lá e dou com a cara na porta. Ligo pra ela e ela diz que não sabia se eu ia ou não, então resolveu sair. Eu disse no sábado que iria, mas o povo precisa de confirmação e reconfirmação. Ora, se eu digo que vou é porque vou. Ai, diferenças culturais...

Greer, Carolina do Sul.



No feriadão do Memorial Day (última segunda-feira de maio, 25 de maio, em 2009) eu fui pruma super viagem de carro pelas estradas dos Estados Unidos. O destino: Carolina do Sul.

Um amigo estava de aniversário. Os pais dele mora na Carolina do Sul e queriam que ele fosse para lá. Ele disse que iria, mas levaria uns amigos... no total fomos quatro num carro, quatro noutro carro, um menino numa moto e mais quatro pessoas num avião. Sim, num avião, já que um dos meninos é piloto e o negócio da família é voar para todos os lados. Eu estava num dos carros.

Na ida paramos numa cidade no estado de Virginia, onde passamos a noite e saímos cedinho pela manhã. Nossa anfitriã, couchsurfer, hospedou todo mundo (menos as quatro pessoas do outro carro, que dirigiram diretaço). Era uma mina muito louca, gente boa, toda ligada em arte. Sabe, né? Essa coisa artista-porra-louca-natureba-que-enche-a-cara. Pois. A casa era uma história à parte: uma bagunça, uma sujeira, nossa! E havia apenas uma regra: descarga no banheiro era permitida apenas para sólidos. Argh! Foi divertido. Eu me diverti, pelo menos.

Na manhã seguinte continuamos na estrada e chegamos ao destino final no meio da tarde. São umas 13 horas de viagem de Nova York até Greer, a cidade dos pais do Jay. Cruzamos diversos estados na ida e na volta (voltamos por um caminho diferente da ida). Foi uma viagem super cansativa, mas que valeu a pena cada minuto.

Saímos no final da tarde de sexta-feira. Na manhã de sábado tomamos café da manhã num lugar todo estiloso e natureba, onde o cardápio permitia transformar pratos vegetarianos estritos em ovolactovegetarianos. Sim, sim... não o contrário. O padrão é ser tudo vegano. Minha amiga Carol iria amar. Depois disso: estrada. Chegamos nos pais do Jay: paraíso. Uma linda casa, à beira de um lindo lago e uns anfitriões super fofos.

Fomos dar uma volta de barco para conhecer o lago. Ah, sim, eles têm um barco no quintal. Ah, sim, o quintal é literalmente à beira do lago. Depois do passeio, uma janta com prato típico sulita: low country boil, uma receita com batata, camarão, salsichão e milho verde. Delícia! Ah, detalhe, servidos sobre folhas de jornal. (Já tô vendo o povo se revirando no Brasil e falando que é anti-higiênico.)

Barriga cheia, lagartear um pouco. Ok, sem sol, apenas mosquitos, e preparar-se para a noite: line dancing!

Ah, meu filho, em Roma, haja como os Romanos! E lá fomos nós para a pista de dança e lá fui eu tentar fazer os passinhos. Foi muito divertido. E o preço das coisas??? Eu quero me mudar pro sul! Encher a cara lá deve ser um espetáculo, é muito barato, em comparação com Nova York.

Na manhã seguinte fomos à igreja. Assistimos uma cerimônia Batista não-tradicional. Rola uma cerimônia tradicional (para os mais velhos, dizem eles) num outro horário. Bacana que rolava comida. Tinha uma mesa no fundo, com cafés, chás, bagels, cereais... e a cerimônia foi na quadra de esportes da igreja. Detalhe: com power point! Perdoai-os, Senhor.

De lá, seguimos para um café da manhã. Espetáaaaaaaaaculo! Depois voltamos pra casa e ficamos jogando vôlei no lago, andando de barco e curtindo esportes aquáticos. Não, eu não fiz nenhum dos esportes/brinquedinhos (esqui aquático e outros dois que não lembro o nome), só fiquei dentro d´água, jogando bolinha pra lá e pra cá. Aí, todo mundo cansado, já fora d´água, a Silvinha pergunta o que era aquilo nos pés dela. O Amit olha e diz... ah, são sanguessugas. Hein? Todo mundo olha pros pés. Estávamos cheios de minúsculas sanguessugas. Argh que nooooooooooooojo!!! Nunca tinha visto uma sanguessuga na vida. Eu achei que fosse morrer. Tá, menos. Mas achei muito nojento.

Nem preciso dizer que ninguém mais brincou no lago, né?

Banhinho bom. Filminho no DVD. E churrasco estadunidense na janta. Foi meu primeiro churrasco. É bonitinho, como nos filmes. Mas meu churrasco teve um tempero especial: chimichurri. É que os pais do Jay têm amigos uruguaios e eles gostaram de chimichurri, então esses amigos sempre dão pra eles. Tri, né? Êta, mundo pequeno.

O final de domingo foi regado à jogos de tabuleiro, conversas e afins.

Na segunda-feira saímos cedinho pela manhã, pegamos a estrada e cheguei na minha casinha 14 horas depois. Dia longo.

Alguns dias depois os pais do Jay mandaram um email para todos nós, agradecendo o presente (nós compramos flores, cartão e um vale-presente), convidando para voltarmos e pedindo para enviarmos fotos. Muito fofos.

E essa foi minha primeira experiência pelo sul deste grande país.

terça-feira, junho 09, 2009

Primavera em Nova York



Daqui a pouco já é verão, mas alguém esqueceu de avisar a cidade. São 8h30 da manhã, mas parece 9h30 da noite. Está escuro lá fora. Chove. Não, não, não é chuvinha. É chuva pra caralho. Sim, não há outra expressão para melhor definir a quantidade de chuva que cai nesta tera neste exato momento. E tem trovoadas. Aos montes. Isso me lembra que praticamente não há trovoadas em Salvador.

Durante a noite eu achei que o mundo fosse acabar. O apocalipse. Eu fiquei num estado meio sonho, meio acordada, meio assustada, meio pensando em equações para ver se o pára-raios do prédio seria suficiente para me manter sã e salva. Resolvi desligar o ar-condicionado e voltar para o estado dormir-dormida.

Agora vou pro meu trabalhinho. É, aquele de segunda à sexta, que começa e termina todos os dias no mesmo horário. E hoje, na chuva.