segunda-feira, junho 15, 2009

Greer, Carolina do Sul.



No feriadão do Memorial Day (última segunda-feira de maio, 25 de maio, em 2009) eu fui pruma super viagem de carro pelas estradas dos Estados Unidos. O destino: Carolina do Sul.

Um amigo estava de aniversário. Os pais dele mora na Carolina do Sul e queriam que ele fosse para lá. Ele disse que iria, mas levaria uns amigos... no total fomos quatro num carro, quatro noutro carro, um menino numa moto e mais quatro pessoas num avião. Sim, num avião, já que um dos meninos é piloto e o negócio da família é voar para todos os lados. Eu estava num dos carros.

Na ida paramos numa cidade no estado de Virginia, onde passamos a noite e saímos cedinho pela manhã. Nossa anfitriã, couchsurfer, hospedou todo mundo (menos as quatro pessoas do outro carro, que dirigiram diretaço). Era uma mina muito louca, gente boa, toda ligada em arte. Sabe, né? Essa coisa artista-porra-louca-natureba-que-enche-a-cara. Pois. A casa era uma história à parte: uma bagunça, uma sujeira, nossa! E havia apenas uma regra: descarga no banheiro era permitida apenas para sólidos. Argh! Foi divertido. Eu me diverti, pelo menos.

Na manhã seguinte continuamos na estrada e chegamos ao destino final no meio da tarde. São umas 13 horas de viagem de Nova York até Greer, a cidade dos pais do Jay. Cruzamos diversos estados na ida e na volta (voltamos por um caminho diferente da ida). Foi uma viagem super cansativa, mas que valeu a pena cada minuto.

Saímos no final da tarde de sexta-feira. Na manhã de sábado tomamos café da manhã num lugar todo estiloso e natureba, onde o cardápio permitia transformar pratos vegetarianos estritos em ovolactovegetarianos. Sim, sim... não o contrário. O padrão é ser tudo vegano. Minha amiga Carol iria amar. Depois disso: estrada. Chegamos nos pais do Jay: paraíso. Uma linda casa, à beira de um lindo lago e uns anfitriões super fofos.

Fomos dar uma volta de barco para conhecer o lago. Ah, sim, eles têm um barco no quintal. Ah, sim, o quintal é literalmente à beira do lago. Depois do passeio, uma janta com prato típico sulita: low country boil, uma receita com batata, camarão, salsichão e milho verde. Delícia! Ah, detalhe, servidos sobre folhas de jornal. (Já tô vendo o povo se revirando no Brasil e falando que é anti-higiênico.)

Barriga cheia, lagartear um pouco. Ok, sem sol, apenas mosquitos, e preparar-se para a noite: line dancing!

Ah, meu filho, em Roma, haja como os Romanos! E lá fomos nós para a pista de dança e lá fui eu tentar fazer os passinhos. Foi muito divertido. E o preço das coisas??? Eu quero me mudar pro sul! Encher a cara lá deve ser um espetáculo, é muito barato, em comparação com Nova York.

Na manhã seguinte fomos à igreja. Assistimos uma cerimônia Batista não-tradicional. Rola uma cerimônia tradicional (para os mais velhos, dizem eles) num outro horário. Bacana que rolava comida. Tinha uma mesa no fundo, com cafés, chás, bagels, cereais... e a cerimônia foi na quadra de esportes da igreja. Detalhe: com power point! Perdoai-os, Senhor.

De lá, seguimos para um café da manhã. Espetáaaaaaaaaculo! Depois voltamos pra casa e ficamos jogando vôlei no lago, andando de barco e curtindo esportes aquáticos. Não, eu não fiz nenhum dos esportes/brinquedinhos (esqui aquático e outros dois que não lembro o nome), só fiquei dentro d´água, jogando bolinha pra lá e pra cá. Aí, todo mundo cansado, já fora d´água, a Silvinha pergunta o que era aquilo nos pés dela. O Amit olha e diz... ah, são sanguessugas. Hein? Todo mundo olha pros pés. Estávamos cheios de minúsculas sanguessugas. Argh que nooooooooooooojo!!! Nunca tinha visto uma sanguessuga na vida. Eu achei que fosse morrer. Tá, menos. Mas achei muito nojento.

Nem preciso dizer que ninguém mais brincou no lago, né?

Banhinho bom. Filminho no DVD. E churrasco estadunidense na janta. Foi meu primeiro churrasco. É bonitinho, como nos filmes. Mas meu churrasco teve um tempero especial: chimichurri. É que os pais do Jay têm amigos uruguaios e eles gostaram de chimichurri, então esses amigos sempre dão pra eles. Tri, né? Êta, mundo pequeno.

O final de domingo foi regado à jogos de tabuleiro, conversas e afins.

Na segunda-feira saímos cedinho pela manhã, pegamos a estrada e cheguei na minha casinha 14 horas depois. Dia longo.

Alguns dias depois os pais do Jay mandaram um email para todos nós, agradecendo o presente (nós compramos flores, cartão e um vale-presente), convidando para voltarmos e pedindo para enviarmos fotos. Muito fofos.

E essa foi minha primeira experiência pelo sul deste grande país.

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