Apesar de morar décadas em Porto Alegre, de ter freqüentado (nova norma ortográfica de c* é r*) o Bom Fim e de ter interesse por religiões e povos e costumes, eu não sabia nada sobre judeus até o começo deste ano. Não que agora eu saiba muita coisa, mas nestes poucos meses de 2009 aprendi mais sobre o povo judeu do que em toda a minha vida.
Claro que esse aprendizado se deu da maneira mais conveniente possível: viajando e comendo.
Primeiro tive a experiência de passar alguns dias na Alemanha e através do Memorial aos Judeus Assassinados na Europa (página em inglês)eu pude aprender um pouco sobre o que foi o Holocausto (A lista de Schindler, O diário de Anne Frank, O pianista etc., ajudam mas não dão conta do recado). Dá uma olhada no panfleto informativo do museu (em português).
Depois tive a oportunidade de passar o Pessach com uma família judaica. Foi excelente. Comi e bebi até quase morrer. Um monte de comidas boas, um monte de vinho, muitas risadas, muita gente bacana, uma tradição muito bonita. Na foto acima, estou lendo o livrinho com a história que todas as famílias judaicas contam/lêem/relembram durante o Pessach, em todo o mundo. Ao meu lado está um casal Polonês: Agnieska e Lukasz. O Lukasz é bolsista Fulbright e esteve comigo na orientação em Miami. Eu fui convidada a participar do Seder do Pessach e podia convidar mais duas pessoas, então convidei esse casal super fofo. Adoro os dois. A gente leu a história, comeu as comidinhas, bebeu o vinho, fez todas as coisinhas.
Tem também a convivência com alguns alemães com quem tenho intimidade suficiente para perguntar tudo-o-você-sempre-quis-saber sobre a relação alemães contemporâneos-história dos judeus na Alemannha. Além da convivência com amigas e amigos de origem judaica. Agora tenho até uma colega de casa judia. Não, ela não come porco e usa esponja separada para lavar a louça, para não correr o risco de ter contato com algo que tenha tido contato com porco.
Durante esses meses por aqui, aprendi sobre o que é Kosher e todas essas coisas. Tenho amigos etnicamente judeus mas não reliogiosamente judeus. E tem os meio religiosos, assim como o bando de meio-católicos que tem no Brasil.
Uma particularidade de morar em Nova York é que a cidade concentra a maior população de judeus do mundo. E, quem diria, a comunidade judaica começou aqui porque uns judeus que moravam em Recife decidiram se mudar, em busca de livre expressão religiosa. Sorte minha, que estou na parte do mundo em que a versão judia de Babka pegou e colou! (e faz de conta que cada fatia dessa delícia não tem 500 calorias.)
Então ficamos assim: como babka e comidinhas do Pessach por aqui e tapioca lá na Sé, em Pernambuco.
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