Ontem fui ao cinema, assisti o famoso filme de Monique Gardenberg. Eu gostei. Tem um monte de gente dizendo que não gostou, por vários motivos: linguagem de teatro no cinema, reafirmação da mitológica "baianidade", Lázaro Ramos cantando... eu gostei, e pronto. O gostoso do Lázaro Ramos, eu nem comentarei. O que ele fizer é bom. Tá, ele não vai virar cantor, só fez papel de alguém que queria ser cantor, é bem diferente, ora.
Assisti o filme dentro do novo projeto do Circuito Sala de Arte: sessão popular. A primeira sessão do Cine XIV, aquele que fica no Pelourinho, custa 3 reais. Legal, né? Eu adorei a idéia, irei sempre que possível.
Nesta semana continuará em cartaz Ó paí, Ó, então, para quem não viu, fica a dica. O primeiro horário é às 14h30. Vale a pena. E eu sempre gosto de reconhecer na telona lugares onde eu estive. E em certa medida gosto de ver a Salvador fora do circuito Iguatemi-Campo Grande. Essa cidade enorme, que tem 70% das construções em situação irregular (vi outro dia na tv). E a celeuma com a transmissão (veja o filme)??? Lembrei tanto dos tempos que eu morava na outra casa. Gosto de Salvador sem o glamour. Digo, gosto quando se mostra ou se vê Salvador sem o glamour. E o homem casado que tinha um caso com um travesti... ai, como é real, eu ria e lembrava das histórias da Chantale. A mocinha bonita que foi 'morar no estrangeiro'... são tantas histórias vistas tão cotidianamente. Claro que vendo assim, tudo junto, no cinema, fica parecendo folclore. E a intolerância religiosa, a pregação... eu lembrava das minhas chegadas cotidianas de Feira de Santana, quando fico esperando o ônibus na frente daquela igreja universal absurdamente gigante, e ouvindo músicas evangélicas. Ai, ai, tudo tão real... Enfim, assistam!
Ontem foi a primeira vez que vi o Cine XIV lotado. Que bom. E ainda bem que eles inventaram esse projeto, todos ganham. Eles têm a casa cheia, e mais pessoas vão ao cinema. Porque não se engane, não é porque é no pelourinho, nem por se um circuito alternativo de cinema, que os filmes são mais baratos, ao contrário, é mais caro que em alguns shopping centers (não que shopping center seja o melhor lugar para ir ao cinema, mas em geral são os mais caros).
Depois do cine, fomos tomar um café ali na Fundação Casa de Jorge Amado. Passava um filme na tela, e revi o Mangue-Seco. Hmmm delícia de moqueca de camarão que lá comi... e delícia de banho de mar. Comemos beiju, mas não o beiju que eu conheço e com o qual estou acostumada, outro. E gostei também. Parecem canoinhas pequenas, durinhas, quentinhas e com queijo. Tri bom com o café.
Cinema sempre me faz bem.
Ficar bem é bom.
:)
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