sexta-feira, setembro 24, 2004

Tá vendo, tá vendo...







Carência de ferro é principal causa da anemia





Palidez nas mucosas, fadiga e cansaço excessivo sem causa aparente, palpitação, fraqueza e, em casos extremos, desmaio e falta de ar. O conjunto destes sintomas - ou a presença insistente de alguns deles - pode indicar uma síndrome bastante conhecida dos médicos e profissionais de saúde: a anemia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, este problema atinge aproximadamente um terço da população mundial, o que significa cerca de 2 bilhões de pessoas no mundo todo. Mas ele pode ser combatido!

A anemia se caracteriza pela baixa concentração de hemoglobina no sangue. A hemoglobina é um pigmento existente nos glóbulos vermelhos que tem a função vital de transportar o oxigênio dos pulmões para os demais órgãos e tecidos do corpo humano. Com a baixa deste pigmento, os tecidos ficam com deficiência de oxigênio.



E é exatamente esta deficiência que acarreta os sintomas descritos acima. É importante lembrar que há várias causas para a anemia. Porém, a mais comum e que atinge um maior número de pessoas é aquela causada pela carência de ferro.



A importância do ferro em nosso organismo



A produção de hemoglobina no sangue está intimamente ligada ao consumo e absorção de ferro pelo organismo. Por isso mesmo, é imprescindível que seu corpo tenha uma taxa significativa de ferro no sangue.



Segundo a Organização Mundial de Saúde, a concentração de hemoglobina no sangue é considerada normal quando é igual ou maior que 13g/100ml de sangue nos homens, 12g/100ml de sangue nas mulheres, e 11g/100ml de sangue para gestantes e crianças entre seis meses e seis anos.



Crianças e grávidas, aliás, são as grandes vítimas da anemia: no mundo todo o mundo, 39% das crianças em idade pré-escolar e 52% das gestantes são anêmicas.



Esta deficiência de ferro que resulta em anemia também prejudica o desenvolvimento psicomotor, a coordenação e o aproveitamento escolar das crianças, além de diminuir a atividade física e a capacidade de trabalho nos adultos.



Nas gestantes, é preciso um rígido acompanhamento médico para elevar as taxas de ferro no organismo, pois esta carência é associada a maiores riscos de mortalidade - tanto da mãe quanto do bebê -, além de problemas de desenvolvimento e crescimento do feto.



Prevenindo e tratando o problema



A anemia é uma síndrome facilmente diagnosticada. Com um simples exame de sangue o especialista é capaz de identificar as baixas taxas de hemoglobina. Quando relacionadas à carência de ferro, é preciso verificar: o problema é causado por uma dieta pobre deste metal ou pela perda intensa de sangue?



Em alguns casos, como em traumas que resultem em perda excessiva de sangue ou até mesmo em mulheres que têm um fluxo menstrual muito intenso, o problema está mesmo na perda de sangue.



No entanto, quando a dieta é a culpada, além de eventual medicação recomendada pelo médico especializado, é preciso repensar os hábitos alimentares e partir para refeições ricas em ferro. E é muito fácil encontrar este mineral!



O ferro está presente principalmente em carnes, peixes e frangos, na gema do ovo, nas leguminosas como feijão, lentilha e ervilha, e nas verduras com folhas verde-escuras, como o espinafre e a couve.



Além disso, para ajudar o corpo a reter melhor o ferro que consome, é importante consumir vitamina C, que auxilia na absorção desta substância. Esta vitamina é facilmente encontrada em frutas como laranja, limão, abacaxi e acerola.



Um cardápio diversificado e enriquecido com alimentos saudáveis é a chave para prevenir não só a anemia como diversos outros tipos de males.



Em caso de dúvidas sobre anemia ou sobre seus sintomas e tratamentos, procure um profissional especializado.





Quem manda se esvair em sangue todo mês?



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Vai, abre teu coração...