segunda-feira, maio 20, 2002

Bueno, o final de semana.



Depois de trabalhar o dia inteiro no sábado, dormi um montão montão no domingo. Antes de deitas, me ligou um amigo meu, de longa data, e conversamos, conversamos... sobre relacionamentos, preconceitos e otras cositas mas.



Ele estava contando que havia conhecido uma mulher, mais velha do que ele, psicóloga... que tudo tava indo bem... haviam saído umas 3 vezes - se eu entendi bem -, ou seriam há 3 semanas? Enfim, tinha um 3 no meio. Sei que nesta semana passada ela o convidou para ver um vídeo na casa dele... final de tarde. Estavam lá, os dois, e o telefone toca. Ela fala rapidamente e desliga. Ele pergunta se há algum problema. É um ex. Um ex-mal-resolvido, sabem? Teve um amigo do ex que viu os dois no Sargent Peppers outro dia, daí contou pro ex. A questão é que não era nem um ex-oficial... mas um ex-rolo. Um ex-possibilidade-de-algo. Um ex-não-assumido. Só que agora... ele gostaria de tentar novamente. E ela tava considerando esta possibilidade. Mas não falou nada para o meu amigo. Ela já havia dito que sentia-se bem com ele e tal... que estavam "construindo alguma coisa". Ah, mas o ex-mal-resolvido resolveu se resolver. E ela titubeou. Por quê? Bem, não importa se meu amigo é um cara legal, se tem bom caráter, se a faz sentir bem, se é uma pessoa inteligente, adulta, sensível. Nada disso importa. Ele é deficiente visual.



Diz que me diz

Comentário de uma amiga dela: "Eu não namoraria com alguém que não pode dirigir".



Puta que pariu!!! Eu fico indignada não apenas pelo aspecto fraternal, mas por egoísmo também. Isto acontece toda hora, com variantes. Ser negro, ser obeso, ser pobre, deficiente físico, auditivo... E por que, raios, as pessoas (nós) precisam tanto da aprovação dos outros? Estar com alguém não é para que nós nos sintamos bem, e a outra pessoa também? É algo que só interessa ao casal.



Claro que eu tenho meus preconceitos, não sou a Xuxa, mas tento identificá-los, sabe? E trabalhar estas coisas. Sei que não é fácil, às vezes cometo erros, me arrependo... mas, neste sentido de superar preconceitos em relações, acho que tenho mais superado do que me deixado levar por minha própria ignorância.

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Vai, abre teu coração...