sábado, dezembro 25, 2004

A fé manipulada dos cristãos*











Finalmente meu quarto tem prateleirinhas. Várias delas. O menino colocou na quinta-feira. Depois eu limpei todo o quarto, faxinão e tal, coloquei livros e pastas nas prateleiras, limpei-os um a um... é tão bom quarto limpinho, roupa de cama limpinha. A Maria José, senhora que leva minhas roupas sujismundas e traz cheirosinhas e passadinhas, passou aqui e levou uma puta sacola de roupas. Espero ter várias roupas limpinhas na semana que vem.



Agora com esse verão dos infernos e tendo voltado a trabalhar tenho sujado ainda mais roupa. Ficar em casa é muito mais econômico, eu fazia toda minha comidinha, eu não sujava muita roupa. Sei lá, acho que o negócio seria receber e não ter que trabalhar, a vida seria muito mais legal.



Depois do meu quarto impecável, fui no mercadinho e comprei carne, um vinho e mais umas coisinhas. Chegou a Vida Simples deste mês e, inspiradora como sempre, me motivou a voltar a cozinhar. Eu estava super cansada, acabadaça, mas fiz uma massa, ratatouille de pobre (ou seja, sem pimentões), um bifão, assim, pequeno e alto, sabe? Manteiga, alho e cebola. Delícia. E um vinho tinto gostosinho que eu tinha aqui. Banhinho, óleo, incenso, musiquinha e minha janta. Ô, maravilha. É recompensador. Então lembrei-me porque eu gosto de cozinhar e de 'morar sozinha'. Sim, a flatmate não tinha chegado ainda. Aliás, eu estava jurando que ela iria viajar na sexta pela manhã.



Quando acordei, depois de dormir por 12 horas, ela não estava em casa. Achei que já tivesse viajado. Daí pensei, espetáculo, sozinha no findi inteiro... coloquei toalhinhas limpinhas no banheiro, tapete, casa cheirosinha. Tá. Belê. O Dani veio aqui para instalar o Linux... daí quando ele tocou a campainha fui atender, né? E quem chega junto com ele - e diz que eu não estava em casa! - a flatmate. Ainda bem que abri a porta antes do menino ir embora. Sei que ele ficou aqui à tarde e não terminou de fazer os troços todos. Só terminou minha garrafa de vinho. Disse que vem na segunda-feira denovo e que daí quer bolo de cenoura com calda de chocolate. Argh, como é que não enjoa, credo!



Bem, isso significa que ainda estou no Windows.



À noite encontrei-me com a Cris e fomos na Perini, compramos coisinhas pra beliscar (amendoins, castanhas, nozes, torradinhas, queijos, salame, chá gelado, chocolate, etc). Sim, só besteirinhas. Fomos para a casa delas, comemos, vimos dvds de shows, depois assistimos A Era do Gelo. Depois chamei um táxi e vim pra minha casinha. Ainda entrei na internet - ô, vício - e conversei um montão com o Fran, que é muito divertido.



Hoje acordei com o telefone tocando, era a Greice. A novidade é que comprou um apartamento. Fiquei super feliz por ela. Putz, é muito legal ver minha amiguinha com a vida se arrumando, feliz, trabalhando e agora proprietária de um ap, e na Carlos Gomes, olha que fresca! Além de tudo casada com um carioca... sim, aqueles seres que falam fóxforo. Ui!



(Ninguém merece ficar ouvindo musiquinha natalina em ritmo de sambinha/pagodinho/mpb, né? Perai que vou trocar de rádio, ou colocar um cd. Desisti da rádio, na vitrola: Santorini Blues, Herbert Vianna - aliás, esse cd traz lembranças, tem história...)



Hoje é aquele diazinho mais ou menos. Fala sério, ninguém faz altas comemorações no natal. É uma baita propaganda, uma forçassão de barra para que o natal seja um festão e tal, mas não rola. Daí fica um tal de Feliz Natal pra cá e pra lá. Troca de presentes, uma comilança básica no dia 24, restos dia 25 - que é um dia morto. Uma obrigação de se pensar em família e não sei o quê. E se a gente não está no climinha é porque está negando o sei-lá-eu-o-quê, é porque está deprimido, é porque está negando o raio-que-o-parta. Ai, que saco, viu? Parece o mesmo papo de "sábado à noite". Sabe aquela coisa de "o queeeê??? Em casa numa noite de sábado?" como se as pessoas tivessem que sair aos sábados, aliás, como se as pessoas tivessem que viver na rua, viver em festas, viver em bares.



Não se pode ser antissocialzinha, não? Não se pode gostar de ficar em casa? Pô, eu amo ficar em casa e não acho isso deprimente. E também amo sair. Mas prefiro estar em casa. Eu me divirto cozinho só para mim, ouvindo musiquinha, tomando banhinho com meus óleos diversos. Não, esse não é um discurso para me convencer que eu amo muito tudo isso. Ou é? Será? Bem, eu não acredito que seja, e... sabe, às vezes um charuto é apenas um charuto. Vale o que está escrito.



Esse cd é muito bom. Valeu a pena.



Hoje falei com o Dani (de poa) e com o Pedro Paulo. Rápido, com ambos. Tomara que a Greice vá para o Rio também. Putz a Taciane disse que vai pro Rio no carnaval. Eu nem acreditei. Imagina só: Richard e Taci, Luciano e Philippe. Bah. Não vai prestar, não vai prestar...



Buenas, buenas... vou ler um pouco, depois vou ao cinema. Eu acho.











* trecho de música do cd-tema deste texto.



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