Na última semana tudo foi uma correria louca, fui pra Feira segunda e quarta e fiz trança na terça. Fazer tranças, pra quem não sabe, significa passar o dia inteiro sentada. O dia inteiro. Nessa última terça fiquei das 8h30 às 18h30. É sério. Sem pausinhas pra descanso ou pra comer. E acho que fui no banheiro umas duas vezes. O que comi, comi sentadinha, com lanchinhos que levei. É duro, é duro...
Na segunda-feira fui pra Feira e voltei pela manhã, saí da minha sala às 11h50 e cheguei em Salvador às 15h40. Ninguém acredita. Além do ônibus na BR ter demorado um século, quando entrei era daqueles com gato e cachorro. Então desci na rodoviária e peguei o executivo. Um calor do cãaaao. Aí o executivo atrasou. Depois, no meio do caminho, estragou o ar-condicionado do executivo, cujas janelas não abrem! Era o inferno na Terra. Aí, porque desgraça pouca é bobagem, teve um acidente de caminhão na estrada, e ficamos num congestionamento monstro. Dureza, dureza...
Na quarta, fui pra Feira e voltei cedo também, mas daí chamei um táxi (15 contos até a rodoviária) e cheguei 5min após a saída do executivo, que sai de hora em hora. Então peguei um comum, que vai parando no caminho e não tem ar-condicionado (mas tem janelas que abrem, e cusa 13 reais). Sim, é mais caro ir da uefs pra rodoviária de feira do que de feira pra salvador. Cheguei no Iguatemi e fui almoçar, a fila do Raízes estava monstra, desisti. Então fui passar nas Americanas, peguei umas coisas e fui pra fila. Nem pensar, né, meu bem? Desisti.
Fui pra casa mas no caminho parei na Tonha, pra comprar cocadinhas pro Martín, qual minha surpresa quando lá chegando eu descubro que ela mudou de endereço! Tá. O carinha disse que era pra descer a ladeira e dobrar a primeira a direita, o novo endereço tinha uma porta verde. Lá fui eu, sob aquela lua. Como a ladeira é super íngreme, e pra descer todo santo ajuda, eu encarei. Maaaaas quem disse que encontrei o lugar? Perguntei pras pessoas e nada. Subi um pouco a ladeira e tentei outra rua, à esquerda (vai que o cara tivesse problema com esquerda-direita), e nada. Aí, com minha blusa pingando suor, eu desisti. E subi a ladeira-filha-da-puta-de-íngreme. Não, pra subir o santo não ajuda. Nenhunzinho sequer. Fui pra casa sem ter almoçado, sem ter comprado as coisas nas Americanas e sem ter as cocadinhas. Nem preciso dizer que já estava no final da tarde, né?
Abre parênteses
Ganhei do magnífico reitor, eu e todos os professores da uefs, um panetone. Aí carreguei meu adorado panetone. Fazendo comprinhas nas Americanas eu coloquei o panetone dentro da cestinha. Mas aí eu desisti da fila, né? Então larguei a cesta em qualquer lugar da loja. Quando estou na rua e vou atravessar, me vem aquela sensação de "eu tinha algo na minha mão, o que era?" e daí lembrei do panetone. Voltei correndo nas Americanas, entrei, achei a cestinha - que ainda estava no mesmo lugar - peguei a iguaria natalina e me piquei da loja. Aí começou o pânico: vão achar que estou roubando a loja! A mulher entra correndo, pega um produto duma cestinha e sai rapidinho, na maior cara de pau! Saindo do shopping olhei pra trás, pensei na besteira que tinha feito. Tá, mas o panetone tinha até uma etiquetinha desejando boas festas, com o nome do magnifico e seu vice. Atravessei a rua, e fiquei olhando. Vários seguranças correndo, com walkie talkie, quase uma incursão da Tropa de Elite num morro carioca? Não, nenhum segurança atrás de mim, ainda bem. Por fim, tudo seguia o curso natural e segui (quase) tranquila.
Fecha parênteses
Aí fui pra casa comer e organizar a mala. Sim, eu passaria 30 dias longe da minha casinha. Mas mas mas... o Maciej tinha que ir lá em casa buscar o computador dele, então liguei e disse que já estava em casa, daí ele foi pra lá. E liguei pra imobiliária, pois desconfiei que eu não havia deixado pago o aluguel de dezembro (com vencimento em 16 de janeiro). Dito e feito. Então tive que sair e ir pra Av. 7 pagar a bagaça. Arrumei algumas coisas, o Maciej foi lá em casa e saimos pra imobiliária. Chegamos lá às 17h58 (fecharia às 18h). Saímos de lá umas 18h30. Daí o Maciej foi pro Pelourinho encontrar-se com a Beatrice e o Ericson e fui para o Rio Vermelho, encontrar-me com o Daniel.
Algumas ligações e a Naiara também iria para o Rio Vermelho. Sim, a fofinha está em Salvador. Daí ela chegou na Cira, depois o Dani, comemos um acarajé e depois seguimos para a tal da carne de sol que a luzia tanto anunciara. O lugarzinho é bem legal, gostei. Voltarei. Depois chegou o Raimundo. E muuuuuito depois, a Luzia. Ela estava trabalhando e aplicando uma prova. Mas depois depois mesmo, chegou a carne de sol. O lugar é bom, a carne é maravilhosa, mas demoooooooooooooora. Tomei uma roska tri boa de kiwi, mas que já foi uma lenda pra conseguir, porque não tinha quem fizesse, eu tive que ir lá chorar com o dono, e parei toda a cozinha (uma cozinheira) para fazer minha roska. Depois eu o Dani descemos pra levar a Naiara até o carro e aproveitamos pra comprar mais duas roskas na Cira. Encontrei com uma colega do mestrado, a Silvia. Subimos pra carne de sol e nada dela ter chegado ainda (sim, a Nai foi embora antes de comer!). Tomei minhas três roskas e fui pra casa dormir.
Na manhã seguinte, às 10h30, tinha a entrevista da seleção do doutorado. Sim, eu havia passado para a segunda fase. Acordei cedo para arrumar as coisas para a viagem. Sim, eu iria viajar: Porto Alegre, férias. Então, sessão depilação, livrei-me de todos os pêlos deste corpitcho, lavei louça, recolhi roupas, lixos, e todos estes preparativos pré longas viagens. Correria, correria, e uma sede... parei tudo e fui pra ufba. As entrevistas estavam todas atrasadas. Ai, meus sais. Ok, minha entrevista acabou sendo às 11h, saí do Instituto de Física ali pelo meio dia e fui pra casa, fiz almoço, lavei tudo, terminei de fazer a mala, pesei, tirei coisas, fechei tudo... não, nem pude tomar outro banho e trocar de roupa, não dava tempo. Saí.
O vôo era às 15h30, deveria estar no aeroporto às 14h30. Portanto, sair de casa às 13h30, mas considerando os congestionamentos de final de ano... saí de casa por volta das 13h15. Cheguei no aeroporto 14h e pouco. Eu tinha umas coisas pra resolver na TAM, mas não consegui, só pela internet ou pelo telefone. Inacreditável! Tá. Daí, no check-in, a notícia, o vôo estava atrasado. Previsão: 16h30. Ok, 1h. Depois, olho no monitor da infraero, previsão: 17h30. 2h. Fiquei lá no aero e tal... consegui derrubar quase meio litro de água dentro, em cima, em baixo, por todo meu computador e fui salva pela Targus, que fez uma excelente retenção da água, evitando maiores estragos (o computador estava dentro da mochila). Fiz um vôo gigante pela webjet, que gostei muito: assentos confortáveis, largos, lanchinho gostosinho, tripulação simpática, comandante mega simpático, e sem conexões! A webjet só faz escalas. Maraviiiiilha!
Cheguei em Porto Alegre uma e pouco da madruga de quinta-feira e vim pra casa. Fomos dormir às 4h da manhã e daí começou minha história rio-grandense, que guardarei para textos futuros...