Convite pra jantar.
Uh, legal.
Aí você toma banhinho, escolhe roupitcha. Usa aquelas maquiagens caríssimas que comprou na cidade e que fazem você parecer que está sem maquiagem. Fica prontinha.
Aí tem a escolha de onde comer. Ok, discute-se. E se deixa bem claro que não tem dinheiro e portanto precisa ser um lugar barato. Chega no restaurante, estuda o menu. Ok, esse serve no orçamento.
Daí se diverte horrores com amigos e amigas, muita risada e bate papo.
Tudo que pede do cardápio é friamente calculado, e não extrapola o orçamento.
Chega a conta.
Alguém pega a conta e diz qualquer valor três vezes maior do que você gastou, pra cada. Hein? Hei, perai, eu pedi os pratos mais baratinhos. Não bebi nada, ou bebi um drink apenas. E do mais barato. E agora vou pagar toda essa comida? E todo mundo na mesa age como se fosse a coisa mais natural da face da Terra.
Toda a economia que eu fiz durante o mês, andar a mais pra economizar no transporte, carregar comida na bolsa pra não gastar na rua, juntar juntar para gastar em roupitchas em liquidação, em maquiagem, para comprar um computador novo daqui a um ano... tudo isso pra pagar o drink ou a comida de alguém? E que nem é seu melhor amigo da face da Terra?
Resolução de começo de ano (já que não sou chegada à resoluções-de-começo-de-ano, vou fazer uma pra inovar):
Carregar dinheiro, notinhas, papel-moeda, quando sair pra esses jantares, daí, já separar e pagar em dinheiro, só a minha parte, se dividindo dá muito mais pra cada um, só lamento.
No meu cartão, nunca mais!