quarta-feira, fevereiro 14, 2007

O paraíso: saga Maranhão, Parte VI



À noite, de volta a Barreirinhas, dei uma volta pela cidade, comprei vários artesanatos com preços muito bons. Comprei uma bolsa lindona, enorme, por 20 reais. Centro de mesa, jogo americano, essas coisas de mulherzinha dona de casa.

Depois fui para a pousada e fiquei de papo com duas meninas que também estavam no Snef. Muito legais as duas. E depois fui dormir. Aliás, dormi feito uma pedra.

No dia seguinte, um café da manhã delicioso, e de lá segui para o passei de barco para Caburé, pelo rio Preguiças. Eles chamam a embarcação de voadeira. Foi ma-ra-vi-lho-so!

Não me lembro exatamente por onde passamos... vi igarapés, jacaré, paramos num lugar com um farolzinho, subi até o topo do farol, vi a vista láaaa de cima. Depois paramos não sei onde, um lugar que eles também chamam de pequenos lençóis, e fica antes de Caburé. Subi dunas, desci dunas, vi macaquinhos, cabra, coelhos... ahahah.

E finalmente, Caburé. Lugar sem nada, umas 3 pousadas, uns 4 restaurantes. Ou menos. Casa restaurante com seu gerador. De um lado o Rio, do outro o oceano. E no meio: areia. Lindo, silencioso.

Almocei num restaurante que ficava junto a uma pousada, onde os suiços - e das minhas últimas experiências descobri que não gosto de suiços, exceto o Patrick, claro - e os argentinos - e das minhas úlitmas experiências descobri que continuo gostando de argentinos - passariam a noite, e seguiriam para Jericoacoara. Deve ser um passeio interessante.

Aí tinha um casal de brasileiros, que me pareciam do Rio, e sentaram lá na puta que o pariu. Os argentinos vieram e sentaram comigo. Ficamos de papo, pedi um prato. Uns, na verdade: baião de dois, e um não sei o que de camarão, tipo moqueca. Meia porção, claro. Os argentinos pediram um misto quente (torrada, em gauchês), mas tinha muita comida e convidei-os a comer comigo. Depois fui caminhar e encontrei as meninas do Snef que estavam na mesma pousada. No restaurante em que elas almoçaram tinha um anexozinho, mais ou menos de igual área a parte onde estavam as mesas, mas com redes, muitas redes. E uma galera deitada e dormindo. Olha que delícia: deitar na rede naquele silenciosinho após o almoço. Aproveitei e tomei o tal do Jesus. Um refrigerante do Maranhão, que é cor de rosa, bem doce e tem um leve toque de canela. Não era ruim. Todo mundo no Snef ficava tirando sarro da bebida e dizendo que era horrível, mas nem era.

Depois voltamos direto para Barreirinhas e eu ainda passei no não-sei-aonde pra comprar uns artesanatos. O cara do receptivo local me levou. Aliás, receptivo nota 10. Não-sei-o-que Adventure acho que era o nome. Muito bom meeeeesmo.

Na pousada, eu já tinha feito o check out pela manhã, né? Mas eles guardaram minha bagagem e na volta me deram uma toalha limpinha e pude tomar um banhinho e trocar de roupa. Então o transporte chegou. Dei meu email pras meninas de Minas, mas até agora nenhuma me escreveu... cheguei no aeroporto por volta das 20h. E fiquei ali esperando meu vôo... às 3h.

Eu recomendo o Maranhão para quem quer passear. Recomendo para quem quer ver prédios históricos (São Luis), recomendo para quem quer comer frutas exóticas, para quem quer comer pratos deliciosos, para quem não quer a história escravocata do Brasil (Alcântara), para quem quer silêncio, isolamento (Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses), para quem quer sossego, uma rede, silêncio, mar e rio (Caburé).

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