Cheguei no Rio e peguei um busum direto pra Niteroi. O onibus chegou rapidinho no aeroporto mas demorou um seculo num engarrafamento. Entretanto foi bacana andar pelo Rio de onibus; passei pelo campus da universidade federal, pela Fiocruz (eu acho tao fofo ver aquele predinho lah no alto), pelos pilares com as mensagens do Gentileza... foi bacana.
Fui ateh o fim da linha do onibus e liguei pra Ana, que foi me buscar de carro. Cheia das mordomias, fala serio!
Fomos pra casa e almocamos uma comida tri boa. Hmmmm arroz e feijao... hmmm salada de cenoura com queijo... tri bom, tri bom.
Depois fomos tirar foto para o visto e passear no shopping. No dia seguinte a Ana foi comigo, tadinha, ateh o consulado. Levantamos cedo e, pela primeira vez, peguei a barca de Niteroi para o Rio. Nossa, eh tao rapidinha a travessia.
No consulado foi tranquilo, como se esperava. Ah, vi uma famosa por lah, a Cristiana Oliveira, com o baby namorado. O menino com cara de bebe, um gurizinho. Parece que ele nao ganhou o visto...
O que doeu na alma foi pagar 240 reais para o meu passaporte ser enviado como encomenda expressa. Se eu esperasse o tempo normal a previsao de entrega seria para 15 de setembro. Palhacada, neh.
No consulado do Rio eles nao utilizam o servico dos Correios mas da TNT. Po, 240 reais para mandar meu passaporte pra Poa! Eu paguei 140 reais a passagem pra Poa.
Ao sairmos do consulado passamos numa feirinha que acontece no inicio do mes, terca, quarta e quinta, ali quase na frente da estacao das barcas. Nooooossa, tudo de bom. A gente ficou um tempao lah, olhando as coisinhas mas, acima de tudo, batendo papo. Conversamos horrores com as expositores. Super queridas. E eu cai em tentacao, eh claro, e comprei mais penduricalhos. Po, mas meu anel novo eh lindo de morrer. E minha bolsa eh super fofa. Sim, o colar e os brinquinhos tambem...
Fomos pra casa, almocamos e dai fomos num dos lugares com a vista mais bonita que eu ja vi no Rio: o parque da cidade. Eh indescritivel, belo, fenomenal. Vale a visita.
Lah em cima fomos atacadas por saguis. Po, os macaquinhos sao "sinistros". Muito divertido. Ah, e a Ana e a Carol foram comidas por mosquitos, tadinhas. Depois passamos numa das sedes do BB e de lah fomos pra casa. Ganhei caroninha denovo pro aeroporto e nao tinha qualquer congestionamento dessa vez. Chegamos cedinho, fiz meu check-in na maquininha - pra evitar que as vaquinhas da TAM inventassem de despachar minha mala e fomos pra praca de alimentacao.
O Dani ficou de ir no aeroporto para eu entregar o iPod. Ele chegou nos 45 do segundo tempo.
Quando eu embarquei jah estavam chamando meu nome no alto-falante. Gente apressada!
Cheguei em Porto e minha tia estava me esperando. Chegamos em casa e eu resolvi bater na porta, ao inves de entrar. Eu nao queria que minha maezinha infartasse. Ah, sim, ela nao sabia que eu ia pra Porto.
Dai meus dias em Porto Alegre foram soh alegria: comer, beber e dormir. Com enfase no dormir.
Foi tao bom passar uns diazinhos em casa com minha maezinha. Ir nos restaurantezinhos naturebas de Porto. Ai que saudades de comida gostosa, saudável e barata.
Na quinta-feira a noite chegou meu passaporte. Alivio, missão cumprida. Ah, e na quinta fomos num super show do Lenine, foi oooootimo! Lenine eh barbaro. Uma mina gritou da platéia: gostoso!!! Ok, Lenine é bárbaro, mas gostoso...
Encontrei com a Eliane no aniversário da Mari, numa pizzaria na Cristóvão. Ê, tradição. Vi minha afilhada linda e fofa. Nossa, ela está tão gigante e enorme e querida. Se isso não é sinal de que eu estou ficando velha, eu não sei o que é!
No sabado fomos na Feira Nacional do Calcado, em Novo Hamburgo. Nossa, Novo Hamburgo. Essa cidade sempre me faz lembrar do Nelson, da Deise, da Mariana (que está um mulherão), do Gaspar. Novo Hamburgo, Novo Hamburgo... caminhamos horrores pelos pavilhões e só encontrei dois lugares com calçados que me serviam. Absurdo, né? Isso é uma coisa boa dos istêites, tem calçados para meus pezinhos (mesmo que tenham sido fabricado no Brasil! Sério.). Mas sei que comprei uma bota pela qual estou apaixonada. Ela é linda e ótima e ultra confortável. Melhor compra dos últimos tempos!
Falando em compras, o espírito consumista baixou nesta pessoa aqui durante a estada no Brasil, né? Diferença cambial é uma merda. Enfim, comprei mais penduricalhos. Agora sem ser na versão semente, folhinhas, mamãe-eu-sou-exótica, mas na versão pérolas, brilhinhos e eu-sou-chique-benhê.
Demos voltinhas no Brique de sábado e, na maior das casualidades, encontrei com o Maicon e com o Adriano. Foi tão bom revê-los. Imagina: eles moram em Pelotas e foram só passar sexta e sábado em Poa! Ah, as coincidências da vida...
Ao final da minha segunda viagem a terrinha, enchi a mala de feijão, café, pão de queijo, proteína de soja texturizada (acredita que é difícil encontrar aqui??? Aliás, pode me mandar pelo correio, tô aceitando). Como praticamente não levei roupas dessa vez, já que ia pra casa, eu fiz a festa. Só não coloquei mais coisa porque não tinha como carregar. Não precisei fazer supermercado sério por um mês. Ainda tenho comidinhas brasileiras. Ao entrar nos Estados Unidos da América, na maior cara de pau, quando perguntada se tinha algum alimento na mala eu disse que não. Sou besta, por acaso?
Entre mortos e feridos, salvaram-se todos. Perdi uma semana de aula, mas não foi nada demais. Demorou um tempo até que eu colocasse a casa em ordem (uns dois meses), fui a falência por causa da grana inesperada que tive que gastar, mas não fiquei super triste. Eu sabia que seria apenas uma questão burocrática e financeira, que tenho amigos com quem posso contar (não tenho como agradecer a Ana, no Rio) e que a emergência não era por nenhuma questão de saúde.
Ah, sim, pára tudo. Volta um pouco. Agora lembrei. Nesta brincadeira toda é claro que eu arranjei alguma pereba, né? Nem foi pereba, mas arranjei uma inflamação num tendão aí no ombro. Reza a lenda que foi por causa da natação diária combinada com os longos vôos seguidos e pouco descanso. Então fui no médico no Brasil, no SUS, e tomei remedinhos por 10 dias. Eu mal podia vestir minhas calças sozinha. A dor era tal que eu cheguei às lágrimas num dos dias. Sinistro. Mas melhorei. Depois fui na médica aqui também, ela revisou, e agora estou melhor. Sim, continuo nadando. Não diariamente, porque não tenho tempo, mas três ou quatro vezes por semana.
Voltando... então, eu estava tranquila porque a emergência da viagem não era por motivo de saúde. Algo que sempre me preocupa é que algo aconteça com minha mãe enquanto eu esteja longe, nos Estados Unidos, na Bahia, ou na pqp. Se minha mãezinha está bem, então está tudo bem.
E esta foi minha saga consular para encerrar meu primeiro verão estadunidense.