segunda-feira, julho 02, 2007

Et voilá!




Cá estou novamente, no aeroporto, insone, esperando meu vôo. São 6h01, o sol já raia no céu, amanheceu cedinho. Ok, vamos aos acontecimentos dos últimos dias.



29 de junho, sexta-feira


Vôo Calgary - Montreal. Foi tranquilinho. Naquelas, sentei no corredor, num lugar horrível, completamente desconfortável. Detesto corredor. Gosto de janelinha, que dá para encontar a cara no vidro e babar. E tinha uma menina maluca... assim, eu, o corredor, o assento ao lado do corredor, e a menina sentada na frente, ela estava na minha diagonal direita, após o corredor. E pentelhou o vôo inteiro. Acho que era adolescente estadunidense, não sei. Só sei que era mala, e falava alto, e fazia drama. Babaquinha...
Tinha um monitorzinho na frente (ou atrás) de todos os assentos, e eu podia escolher o que ver, fazer, ouvir, individualmente. Tinha música, canal de música, canais de tv, filmes, jogos, várias coisas. Aí eu fiquei assistindo CSI, que eu aaaaaaaamo. Depois assisti Desperate Housewives. E assim se passou o vôo e eu sem dormir. Fiquei com os fonezinhos da Air Canada, tri bons. Ho ho ho.

Cheguei em Montreal e a bagagem demorou um tempão, mas não só a minha. É engraçado que a bagagem fica no desembarque assim, tipo... deixa eu explicar: eu desembarquei dentro da sala de embarque do aeroporto, misturada com os passageiros que embarcariam e tal. Andei um montão até o saguão do aero, aí fui no banheiro, perto de onde estavam as esteiras de bagagem. Tá. Quando eu saí do banheiro eu estava do lado de fora da área das esteiras! Tinham colocado uma daquelas coisinhas que separam fila de banco, sabe? Mas bem abertinhas. Saí do banheiro e fui pra esteira. Na real, se alguém quisesse roubar bagagem, seria barbada. Absurdo.

Daí fui pegar um táxi, no caminho (pro táxi) encontrei vários materias de turismo e mapinhas, bah, excelente. Impecável.

Peguei o táxi, dei o endereço e fomos. Digo, depois de uns 15 minutos e o motorista tentando achar num mapa o endereço e eu ligar o computador pra ver o telefone da Julie e o motorista ligar para ela e finalmente saber para onde ir. Cheguei, chegamos. Muito fofa a casa dela. Muito fofa minha anfitriã. Tomamos café da manhã juntas e em seguida ela saiu para o trabalho. (6h15, meu embarque é às 6h25, VÔO, 7h; vou pra sala de embarque, continuo depois)

Abre parênteses.
Ok, Sala de embarque. Acho que, apesar de pequeno, este é o melhor aeroporto pelo qual passei nos últimos dias (salvador, guarulhos, dallas-FW, Calgary). Aqui tem uma salinha no 2o andar com uma música tranquilinha e um monte de cadeiras confortáveis, pro povo dormir mesmo. Legal, né? Ah, e lá tinha tomadinhas pra eu usar meu computador. E aqui, na sala de embarque, também tem, com luzinha indicando que aqui tem tomadas, e com mesinha próxima. Muito melhor do que o de Dallas-FW, que é grandinho, mas não tem uma tomadinha sequer.
Fecha parênteses.

Depois que a Julie saiu para o trabalho eu fiquei lá, tomei um banho, ajeitei umas coisas, entrei na internet (ela tem wifi e me deu a senha). No meu primeiro dia em Montreal, saí a caminhar. Estava disposta a caminhar até o número 1101 da Sainte Catherine, onde a Julie trabalha, e chegar lá antes das 14h, pois seria a folga dela, até 17h. Ok, cheguei 13h50 no 1101 da Sainte Catherine. Mas não tinha o estabelecimento que deveria ter. Então descobri, no centro de informações turisticas, que tem leste e oeste e eu estava num dos lados, querendo ir no endereço do outro lado. Por que facilitar se é possível complicar, não?

Como eu estava bem longe do trabalho dela, resolvi caminhar por ali mesmo. E caminhei. E caminhei. Horrooooores. E fiz compras. Cara, Montreal lembra em MUITO Londres. Essa tal Sainte Catherine então, é a própria Oxford St. E, sim, fiz comprinhas na Oxford St. Tem até fcuk! Fiquei morrendo de vontade de comprar umas camisetinhas, mas estavam muito caras pro meu gosto. Não daria 20 dólares numa blusinha daquelas. Imagina, 40 reais. Nem fudendo. Não basta a que eu tenho, que paguei 100 reais na época. Mas estavam todas fofinhas, as blusinhas fcuk. Comprei uma calça bem bacaninha (CAD 15) numa loja de tamanhos graaaandes. Foi tão engraçado. Porque eu gostei de uma calça jeans, experimentei, era lindinha, mas ficou grande. Pedi uma menor. Aí a vendedora pediu desculpas, dizendo que aquele era o menor número que tinham. Que delícia, nunca ouvi isso numa loja, esse nunca foi um problema, precisar de números menores e não terem. Ganhei o dia!

E entrei numa loja de departamentos. Wow. Fantaaaaaaaaaástica. Uma loja de departamento de verdade. Ai, como eu queria uma dessas no Brasil. Comprei um casaco de lã (CAD 27), comprido, lindão. De CAD 110! Ah, sim, tem isso, agora é época de liquidação aqui. Várias coisas com preço remarcado, várias promoções. Quase comprei um perfume, deliciosinho. Princess é o nome. E a vendedora era mega-hiper-ultra querida, e linda (é, bonita fisicamente falando). E quando soube que eu era brasileira, ficou conversando mais ainda, e contou que adora o Brasil, e que o namorado dela morou 3 anos no Brasil. Ela disse que gosta da revista Raça. Foi bem bacana. Daí ela me deu uma amostra grátis do perfume e ainda me encheu de perfume. :) Mega fofinha.

Fui pra Place des Artes, onde estão ocorrendo as apresentações do Festival de Jazz, caminhei por tudo lá e depois comprei um sanduba na subway e levei pra casa. Comprei o passe de três dias do metró+ônibus (CAD 17), peguei o metrô e me fui. Cheguei em casinha e logo depois chegou a Marie-Pierre, a menina que divide a casa com a Julie. Nooooossa, muito legal também a Marie. Cara, eu sou muito sortuda. Pelo hospitality club (www.hospitalityclub.org) acabei parando na casa de duas gurias muito legais e que me trataram muitíssimo bem. Conversamos bastante e depois ela saiu prum bar, me convidou mas eu estava cansada e preferi ficar em casa. Usei a internet, conversei um pouco e depois dormi. Ai que sofá delícia. Registre-se que dormi muito bem nos últimos dias. Registre-se também que elas têm uma gatinha e que foi o primeiro felino que eu achei de fato fofo. E que até brinquei, e que dormiu nos meus pés.


30 de junho, sábado

No sábado a Julie trabalhou novamente, tadinha, excepcionalmente trabalhou os três dias. Ela nunca tinha trabalhado nos finais de semana antes. Mas imagino que tenha sido bom. Fui para o mercado em Atwater com a Marie. Foi ótimo e tomamos café da manhã. O melhor café da manhã de toda minha viagem. Pão, queijo, café com leite. Básico e gostoso. Lembrei da Ana Paula... quando chegamos no mercado o cheiro no ar era inconfundível: morangos. Acho que nem em Bom Princípio eu vi tantos morangos. E, Ana, estavam deliciosos. Tinha provinha. E a Marie comprou uma 'caixinha'. Fizemos a feira. Ah, sim, o mercado, nesse caso, é a nossa feira. Aliás, que frutas lindas, que verduras apetitosas, quanta varidade! E flores, muitas flores.

(Estou caindo de sono, são 6h55 e o embarque ainda não começou. Não aguento ficar com os olhos abertos.)

Depois da caminhada do dia anterior e desse café da manhã, comecei a me sentir uma pessoa saudável denovo. O tanto que caminhei deve ter queimado um cookie inteiro (pra ver o quanto tem de caloria num cookie, e pra ver o quanto a atividade física não queima tanta coisa assim).

Voltamos para casa comemos algo e ficamos batendo papo. Ao meio dia e meia conversei com a outra Marie, a Marie-Philippe, a que conheci em Salvador e que ficaria na casa dela, ou de amigos, até hoje não entendi bem. Ela queria saber onde eu estava e porque não havia ligado. Bem, o fato é que ela me mandou o fone uma vez, não sei se por skype ou msn. Foi por qualquer coisa que nao o Gmail, pouco antes de eu viajar. Não, o endereço de onde eu ficaria ela não mandou. Era suposto de eu chegar no aeroporto e ligar para ela, acho que daí ela me diria para onde ir, não sei. Buenas, liguei para ela e combinamos de nos encontrar mais tarde.

(agora me dou conta que estava olhando o horário do Brasil, agora são 6h03 - e não 07h03-, por isso o embarque estava vazio, por isso não iniciaram o embarque, por isso meu cálculo de dormir um pouco lá na salinha do 2o andar deu errado. Vai ver é o sol, que brilha como se fosse 10h da manhã)

Fui para a Oxford St com o propósito de comprar minha mala de bordo. E comprei. Minha desejada spinner. Não A desejada, que eu tinha visto antes na internet, porque quando a vi, cara a cara, na loja mega de departamentos, percebi que não era tão legal assim. Aí mudei de idéia. Acabei comprando uma spinner (CAD 70), legal, bolsinhos bacanex, da Air Canada (sim, eles fazem produtinhos assim também). E comprei umas coisinhas na GAP. Liquidação irresistível. Ai, e a grande compra, o elefante branco: drinking games!!! Sim, agora estou carregando um elefante branco, mas que vale a pena. Um tabuleiro de vidro, com copinhos como peças, para jogar e se embebedar ao mesmo tempo (CAD 9.98). Fala sério, preço irresistível e super útil! Se eu pudesse levar, comprava vários pra dar pros amigos.

Voltei pra casa com meus elefantes, fiz um lanche, bati papo com a Marie, depois saí pra encontrar a outra Marie. Andei bastante pelo local do Festival de Jazz, ouvi muita coisa bacana, vi gente bonita, foi bem bom. Depois fui pra casinha e dormi feito um bebê.



01 de julho, domingo.

Praticamente último dia em Montreal [EU PRECISO DORMIRRRRR, quero apagar dentro do avião]. Dormi até tarde, depois comecei a arrumar as malas e meus elefantes. Ok. Depois fiquei de papo com a Marie, copiei uns cds dela e dei umas músicas minhas, via pendrive, comemos morangos e cerejas. Wow, cereja em natura é uma delícia, e o gosto não tem nada a ver com a cereja que eu conhecia até então. Saí e passei novamente na feira em Atwater. Tirei fotinhos, comprei Maple Syrup (típico do Canadá). É uma "calda" que está para a árvore Maple assim como a borracha está para a Seringueira. Eles 'sangram' a Maple e do líquido que sai fazem a tal calda. Comprei pão e queijos. Aliás, no dia anterior comprei Brie e pão, que comi depois. Eu amo Brie e é tão caro no Brasil. Era o queijo que eu mais comia em Londres, era baratinho.

Fui no parque Mont Royal, uma coisa meio Redenção, maior. Tinha gente jogando futebol, picnics, frisco, e um bando de hippie batendo tambor, o que é a atração peculiar do parque. Comi pão com queijo e depois segui caminhando até a estação Place des Arts. Aliás, a estação Mont Royal NÃO é a mais próxima do parque Mont Royal. Descobri isso caminhando. Foi bom caminhar pelas ruas desse bairro, são lindas, as casinhas são lindinhas, é tudo muito bacana. Um ar south kensington, Chelsea e Notthing Hill. ahahhaha

De lá, peguei o metrô para sei lá eu onde, que não lembro mais de tanto sono, mas sei que foi na Montreal velha. Meeeeeeeeeu, muito linda também! E cheia de gente. Nossa, foi muito bom, caminhei até não sentir mais os pés. Choveu, parou. Choveu, parou. Parou, choveu. O dia estava mais friozinho e meu casaco novo, de lã, me foi bem útil. A minha calça nova também. :) Porque molhou e secou rapidinho. Fui numa galeria de arte e no centro de ciências de montreal, enorge, mas com várias coisas pagas, que eu nem fui, claro. Vi uma mostra lá meio sem gracinha. Mas estava cansad pra andar or tudo e não estava com vontade.

Segui caminhando e passei pela City. Não, não tinha esse nome, mas me lembrava. Várias coisas me lembravam Londres. Montreal é uma cidade super cosmopolita, tem gente de todo canto, de todos os tipos, e falam inglês e/ou francês. É o máximo! Ah, sim, e o principal, são simpáticos, queridos, prestativos, amáveis. Pelo menos todos com que cruzei. Vida cultural, boa comida. Eu diria que tem o melhor dos dois mundos (a saber: Inglaterra e França).

Passei pelo Cartier chinoise, praticamente a Liberdade (SP). E voltei para a Place des Artes. Assisti inteirinho ao show da Emilie Barlow. Fantástica. Muito boa a guria. Depois vou falar com o Pai Emule pra baixar umas coisas. Eu ouvi muita música nesses dias, um pouquinho de cada palco, eram vários palcos. Shows simultâneos. Era lindo de ver. Depois encontrei a Marie-Philippe, batemos perna e então fui pra casa. Estava enlouquecida por um vinho, mas não encontrei onde comprar, a não ser num restaurante, por 25 CAD uma garrafa, daí não quis. Não iria das 50 contos num vinho. O preço nem era ruim, em CAD, mas não. Acabei tomando um café e comendo uma fatia de torta deliciosa. Digo, isso só às 3h da manhã, porque eu embalei pra viagem.

Em casa, tomei banho, arrumei as coisas, conversei com a Marie. Deitei um pouco. A Julie chegou e ficamos conversando e comendo até às 4h.

O táxi chegou pontualmente às 4h, quando eu descia, pontualmente, com minha bagagem. Fui para o aeroporto, paguei 27 CAD e foi assim que terminou minha aventura em Montreal.

Amei.


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