domingo, maio 20, 2007

Hello, Tio Sam



Há umas 3 semanas recebi um email com um aceite de um trabalho que eu tinha enviado em dezembro. Aceite pro congresso mais importante da área. Vibrei. O congresso será em Calgary, no Canadá. Assim que li o email abri outra abinha no Firefox e fui no Decolar ver preços de passagens. Aí vi que os vôos faziam conexão nos EUA. Ok, já fui ver tudo o que precisava pra pedir o visto pros EUA. E em outra abinha já iniciei o preenchimento do formulário pro tal do visto. E já agendei a entrevista. Brasília era o lugar que levaria menos tempo: 40 dias. Não dava. Fiquei nervosa, tentei achar outras datas. Piorou. Ok, dormi.

No dia seguinte voltei ao formulário, tentei encontrar outras datas, e vi que poderia solicitar uma entrevista de emergência. Solicitei. Enviei ao cônsul umas justificativas e tal. À tarde recebi um email da embaixada concedendo a entrevista. Liguei pro número lá e meia hora depois, ouvindo maquininha e apertando em várias teclinhas, consegui falar com uma 'voz humana paulista meu'. Então agendei a entrevista para a oooutra semana, dia 09 de maio, quarta-feira. E já abri uma abinha no Firefox pra procurar vôos. Outra abinha: hotel.

Ok, vôo comprado, vários contatos no Hospitality Club (HC) para tentar identificar o melhor hotel.

Dia 08 fui pra Brasília. Foi ótimo, cheguei lá e fui recepcionada pelo Evaristo (HC), que me esperava no aeroporto. Ele me mostrou onde era a Embaixada e demos uma volta pela Esplanada dos Ministérios e depois me deixou no hotel.

Fiquei no hotel (St. Paul Park, SHS, Q2) direto. Depois fui no shopping e comprei uma bolsa, porque percebi que tinha esquecido de levar uma, comi uma salada de frutas e fiz a mão, que estava um caos. Voltei pro hotel e segui trabalhando.

Na manhã seguinte, acordei cedinho e me acabei comendo no café da manhã. Depois peguei um táxi e 8 reais depois, estava na Embaixada, na super fila. Eram umas 7h e pouco da manhã. Ali pelas 8h30 acho que entrei na Embaixada, e daí, filinha, primeiro guichê, entrega de formulários, foto, IR, contracheques e extratos bancários. Senha. Senta. Espera. Sala cheia. Algum tempo depois, a senha e chamada. Outro guichê, perguntinhas rápidas, e o pedido para eu falar meu nome completo pausadamente. Depois, digitais. Senta. Espera, espera. Mesma senha novamente. E vou para a sala do Cônsul. Um loirinho, branquinho, tipicamente estadunidense. Novinho. Simpático, muito simpático. Pergunta o que vou fazer, porque não pedi o visto do Canadá primeiro. Pergunta se falo inglês, começa a falar comigo em inglês e diz algo como:

- I won't give you the tourist visa (eu precisava de um de trânsito, na real, mas aproveitei pra pedir um de turista, assim eu poderia sair do aeroporto, se quisesse), but a business one.*

- Oh, ok.

- I am sure you will attend conferences also in the United States in the future.

- Thank you.

- You will have to pay an additional fee.

- Ok... hmmm, but... do I have to pay it in cash?

- No, you can pay using a credit card.

- Oh, ok. Great. (meio abestalhada)

- Certo, agora é só esperar pelo Sedex?

- Sedex? Não precisarei vir aqui?

- Pra tudo na vida tem Sedex!

Aí não resisti e ri. Rimos. Muito fofo ele. Eu estava mega nervosa nas horas que antecederam a famigerada entrevista, mas foi muito tranquila. Ai fui no guichê do lado, paguei a bagatela de 60 dólares - pelo visto B1 (de negócios).

Depois fui no guichê dos Correios e paguei os quase 30 reais. E fui-me embora. Peguei meu pendrive que tinha ficado lá fora (eu sabia que não poderia entrar com celular, nem levei, nem o iPod, mas não sabia que pendrive era proibido). E liguei pra minha mãe, toda feliz.




Táxi, hotel, e tentei trocar a passagem pra voltar antes, já que inicialmente eu teria que retirar o passaporte no dia 11 à tarde. A diferença de preço era muito grande, então era isso: ficaria presa no Planalto Central até às 22h de sexta-feira. Então fiquei trabalhando, enfurnada no hotel. Lá pelas 17h, me deu fome. Desci e peguei um sanduba. Sim, eu tinha comido tanto no café da manhã, que não tinha fome.

Depois, ali pelas 19h, o Ivan (HC) foi lá no hotel. Gente, pense num menino fofo. Muito queridinho ele. Um paulista altão, com jeitinho de gaúcho natureba, de papo solto, um abraço acolhedor e que provoca risadas fáceis.

Voltei a trabalhar e consegui terminar tudo o que eu queria. Fiquei feliz, assim poderia passear no dia seguinte.






Na quinta, conversei com a Helba (HC) e marcamos de sair na hora do almoço dela. Fui pra Esplanada, me perdi nos prédios e depois de muito andar, encontrei o dela. Fomos para a Feira. Depois no parque da cidade, no Pier (um shopping tipo aeroclube, mas melhor e à beira do lago artificial da cidade). Bem bonito. Daí ela almoçou. Sim, ela. Eu havia comido no café da manhã o dobro do dia anterior. Até levei o computador pro salão do café, pra ficar trabalhando e comendo... usar todo o tempo possível.

Depois ela me deixou na Esplanada e foi o dia de tirar fotinhos. O máximo de fotos que minha máquina permitiu. Depois de saber que eu iria pros EUA, e que compraria uma máquina nova, ela resolveu pifar. Ai, ai. Mas consegui tirar algumas poucas fotos.

Brasília (a Esplanada dos Ministérios) parece uma galeria de arte a céu aberto. A arquitetura é uma obra de arte. É linda. É uma cidade diferente. Completamente planejada. Ruas matemáticas. Impressiona. A Catedral é linda. Absolutamente lida. É legal ver aqueles prédios todos que a gente vê na tv.





Ameeeei um lance que tem lá na Esplanada e que o pessoal deveria imitar em outros lugares. Assim, a esplanada é um lugar cheio, cheio, cheio de predinhos todos iguais, onde funcionam os ministérios. Daí tem lá um predinho com o nome Ministério do não sei o quê. Ministério não sei que lá. E por aí vai. Tem todos os ministérios. Tá, então é cheio de gente trabalhando, né. E aí tem umas barracas que vendem lanche na rua, mas os lanches são super saudáveis. Tem barraca de frutas, por exemplo, e daí eles descascam e cortam as frutas e vendem ali, in natura. O máximo. Eu peguei uma salada de frutas com granola, por 1,50.

Ah sim, isso, achei BSB relativamente barata. É mais barata do que Salvador, sem dúvidas.

Passei no Museu, prédio da biblioteca nacional, catedral (perfeita), ministérios, palácio do planalto, justiça, memorial JK, mais museu, Itamaraty, Congresso: senado e câmara... essas coisas todas.

Cheguei no hotel acabada. Sim, fiz tudo à pé. Tomei um banho, descansei. E daí a Helba me chamou: vamos jantar? Vaaaaamos! Daí ela passou no hotel e fomos dar voltas pela noite de Brasília. Conheci o Aroldo e a Bárbara, amigos e colegas de casa da Helba, que é uma paraense muito, mas muito gente boa e divertida. A noite foi ótima. Tomei meu clássico Alexander, comemos filé, fritas, pizza. O pessoal bebeu cerveja... a conta toda saiu 50 reais, pra quatro pessoas. Que diferença de Salvador, né?




Na sexta, uma friaca. Fui no shopping e comprei uma meia, porque eu esqueci minhas meias em casa. Fiz as malas, mas não me acabei no café da manhã, porque tinha combinado de almoçar com a Bárbara. Fechei a conta no hotel, deixei a bagagem lá e fui para o almoço. Cheguei 10 minutos antes, mas no lugar errado. Alguns contratempos, e 1h, depois, almoçamos. Passeei, vi artesanatos, subi na torre da tv. Dei de cara com o prédio da Capes (será um sinal?), fui no shopping, fiz hora, andei, andei, fui no hotel, peguei minhas coisas e fui pro aeroporto. Cheguei lá umas 18h e tanto e fiquei até às 22h. Meu vôo saiu mais do que na hora. Nunca vi um embarque tão cedo.

Antes disso, fiquei trabalhando direto na praça de alimentação, jantei. Adiantei um monte meu outro trabalho. Foi perfeito.

Cheguei em ssa pouco depois da meia noite, peguei um busum, e depois um táxi no Rio Vermelho. Home sweet home. E meu passaporte. Sim, o passaporte chegou antes de mim. Com o visto: B1/B2. Ai, que lindinho!!!



Agora estou na correria para comprar as passagem, pedi ajuda para a UEFS, mas não sei se vou ganhar. :( Ah, sim, eu pedi ajuda pro grupo organizador da conferência, e consegui um auxílio parcial. Ótimo!!! Ah, sim, sim. Outra coisa. Na sexta-feira anterior à entrevista em BSB recebi também o aceite para um workshop em Física Moderna, em Ontario. Isso significa que ficarei uma semana em Calgary, na conferência em história e filosofia da ciência, e uma semana em Ontario, no workshop. Nesse último, eles me deram alimentação e estada, na faixa. Perfeito, não? Legal que os eventos se encaixam perfeitamente nas datas.

O vôo já está reservado, o roteiro:

VÔO DATA TRECHO HORÁRIO
AA 962 19/06 São Paulo (Guarulhos)/ Dallas (DFW) 21:45/ 06:10
AA 2081 24/06 Dallas (DFW)/ Calgary (YYC) 11:00/ 13:40
AC 1142 29/06 Calgary (YYC)/ Montreal (YUL) 01:10/ 07:10
AC 401 02/07 Montreal (YUL)/ Toronto (YYZ) 07:00/ 08:18
AA 4771 07/07 Toronto (YYZ)/ Nova York (JFK) 18:35/ 20:25
AA 951 14/07 Nova York (JFK)/ São Paulo(Guarulhos) 21:30/ 08:15


Aliás, fica minha sugestão: Daniele, da agência Sem Fronteiras. Que tem se mostrado bastante eficiente e organizada, diferentemente de outras agências que contatei.

Buenas, nesse meio tempo, terminei o segundo trabalho importante - e com prazo - que estava fazendo. E entreguei ontem. Agora sou uma pessoa mais livre. Vou poder dormir mair - a não ser que seja pra fazer festa. Ou seja, só dormirei pouco se for por prazer. Não que trabalhar não me dê prazer, ao contrário.

Ai, ai, querido diário, é isso, esse é o motivo das minhas alegrias nestes últimos dias, e motivo de eu estar tão afastada daqui. Mas agora voltarei, aos pouquinhos.

*Na real eu ganhei o visto B1 e o B2, sim, bem banana de pijama: o de negócios e turismo, respectivamente.

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