quarta-feira, novembro 30, 2005

Ainda do cudomundo



E a saga nesta cidade infeliz continua. Ontem o dia foi de atividades dentro do evento, como nos demais dias, porém a cada 30 minutos, no mínimo, que eu tinha vago numa sessão ou outra, eu subia pro quarto para descansar. Almocei iogurte e granola. Jantei o mesmo. Sinto o corpo inteiro doer e os lábios quentes. Parece que minhas amigdalas vão explodir. E ontem iniciou-se a sessão 'meu nariz contra mim'. Como minha veia masoquista não é assim tão forte, decidi ir na farmácia e andar as 5 quadras que o mocinho da recepção da merda do hotel (Obeid Hotel, em Bauru) me indicou. Andei, andei, andei. Confesso que fui imprudente porque eu estava sentindo-me muito mal, e fraca e já estava escuro. 8 quadras depois e paro num posto de gasolina, descubro que não há farmácias por aquela zona ali, só para o oooooutro lado, em direção ao centro da cidade (e não, não é que eu tenha entendido errado o cara da portaria, porque nem seria o caso de pegar o lado exatamente oposto. Voltei, xingando até a 5a geração da família do irresponsável do funcionário do hotel e subi pro quarto. Tomei um iogurte, granola e dormi. Tentei dormir. Demorei um tempão. E tenho dormido os últimos dias sob lençol e dois cobertores. Comecei então a sentir calor. Tirei um cobertor. Senti mais calor, tirei o outro. Fiquei só com o lençol e comecei a suar, suar, bicas. Meu lençol, camisola, travesseiros, ficaram empapados, completamente enxarcados (encharcados?). Acho que isso é bom sinal. Não é?

Quase tudo nesta viagem está uma merda: o hotel não é essas coca-colas, mas passa, a cidade é um cu, o evento é bom mas está cheio de pequenas desorganizações que, somados ao quadro geral acabam deixando-no a desejar. E foi minha primeira viagem onde eu não me planejei sozinha, onde tentei fazer coisas coletivamente, e vejo que não funcionou. Agora meu dilema é, estou num quarto triplo, dividindo com outras duas pessoas, que resolveram ir embora antes de sábado. E eu fico como na brincadeira? Sei lá, mas isso apenas reforça minha condição solitária de ser. Ficar tanto tempo, tantos dias, convivendo com outras pessoas não me faz bem. Eu não cnsigo. Talvez ainda resolva apresentar meu trabalho na sexta e ir embora, e me jogar no Ibis lá em sp, empurrar pro cartão de crédito e ficar lá quietinha, sozinha, até a hora de ir pro aeroporto no domingo.

Para minha mãe, não se preocupe, estou morrendo, mas não tanto. Não seria nada demais se eu estivesse na minha casinha, mas por tudo junto, as coisas se agravam, e hoje irei na farmácia e comprarei Resfenol, me entupirei de resfenol e irei ao berço.

A internet aqui está mais e mais complicada, antes tinham pessoas que eram mais conscientes ao usar, agora as pinta ficam um tempão, muito sem noção.

E calma, calma... tudo pode piorar.

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