No dia seguinte, 31 de maio, pegamos um busum e partimos para a cidade de Ollantaytambo. Sacolejamos bastante num onibus, por umas 3 horas, ateh uma cidade que nao lembro o nome agora, depois seguimos de taxi ateh Ollantaytambo. Ollanta eh uma cidade bem fofinha e tem o sitio arqueologico mais lindinho que vi, fora Machu Picchu, claro.
De Cusco partimos Kristin, Lianna, Emma, Mike e eu, mas na tal cidadezinha Liana, Emma e Mike pegaram um taxi e Kristin e eu queriamos ver quanto saia seguir a viagem de busum. O que acontece eh que os precos sao mais baratos, evidentemente, para locais (bus) do que para turistas (taxi) e o povo da ala 1 nao se importava muito de pagar mais, especialmente porque na hora da conversao para dolar, esses valores nao pareciam terriveis. A questa (sic) eh que eu nao estava viajando nos isteites, portanto nao queria pagar precos de isteites, ora bolas. Buenas, resultou que acabamos pegando um taxi, mas coletivo. Explico: no Peru chamam de coletivo taxis que levam pessoas “misturadas”, como se fosse uma lotacao (Porto Alegre), um executivo (Salvador). Entao a Kristin, eu, um outro menino que encontramos por lah e que era dos Estados Unidos e uma outra mulher (nativa) que levou a filhinha no colo, fomos num taxi por 2 soles cada.
A Kristin e eu fizemos todas as trilhas do sitio de Ollantaytambo, foi massa, foi tri, foi maneiro! A cidade eh a coisa mais fofa, super bonitinha e se eu soubesse teria ido pra lah de onibus e ficado uma noite num albergue por lah, antes de seguir para Machu Picchu, jah que teria que voltar ateh Ollanta para ir a Machu Picchu.
Na volta, pegamos um taxi, tambem coletivo, e depois um onibus. A viagem de onbus, na volta, foi uma aventura. Sentei-me ao lado de um menino que estava mais pra lah do que pra ca. Ele subira no busum com seus amigos musicos, eles estavam vindo de uns shows que fizeram, e iriam fazer mais shows ao longo da semana. O menino ficou de papo, de papo e eu dei corda. No fim ele era super super gente boa, coisa mais querida, um estudante de agro-engenharia que toca num grupo musical nas ferias para fazer dinheiro e se sustentar na faculdade, alem de tentar fazer dinheiro para ajudar sua irma mais nova. O objetivo dele, na vida, eh poder dar para a irma tudo o que ele nao teve. Primogenito de uma familia de apenas dois filhos, esta morando longe dos pais, por causa da universidade, e sua mae nao gosta que ele beba. Reclamou que eh dificil ter amigos de verdade, que os amigos soh estao junto para festa, mas nos momentos dificeis desaparecem. Ensaiou umas palavras em portugues e disse gostar da musica Brasileira.
Na volta de Ollantaytambo resolvi ir a pe da parada de onibus em Cusco ateh a casa do Amit. Incomoda-me um pouco esta coisa de andar de taxi o tempo todo. Tudo bem que eh barato e que como sempre dividimos acaba saindo bem em conta (1 soles pra cada), mas mesmo assim, eu gosto de caminhar e ter uma boa nocao de onde estou, de ter uma melhor nocao da cidade em si e para isso o unico remedio eh caminhar. Entao tentei usar meu ateh-relativamente-bom senso de direcao, pedi ao motorista pra descer do busum a uma certa altura antes do fim da linha e pus-me a caminhar. A Kristin estava um pouco receosa, mas o povo estadunidense, pareceiro de viagem, com excessao do Amit, era todo receoso. Impressionante! Enfim, caminhamos e dai vi uma estacao de policia, entrei e pedi informacoes. O Beto (sente a intimidade) foi super querido e nos mostrou como chegar ateh em casa. Sim, estavamos perto de casa. Eu me amo. Alias, o Beto era um policial tri gatinho, se eu fosse meio metro menos alta ateh dava em cima dele.