Copiado de: Pensando com os dedos, que copiou de The Dani, Eu Dani, Ella Blog
Play it again
Eu amo música. Amo mesmo. Apesar de não entender da coisa. A música que eu entendo é a que me toca, que me diz alguma coisa, que me arrepia. Tem músicas que eu gosto tanto que preciso ouvir sozinha, em casa ou no carro. Num volume muito alto. Porque eu me empolgo de um jeito que é melhor o volume estar no máximo pra eu não ouvir minha própria voz. Normalmente as músicas que eu amo tem a ver com momentos da minha vida. Não que elas tenham sido escolhidas praquilo, elas simplesmente estavam lá. Eu não escolho as músicas que eu gosto, elas que me escolhem.
Esses dias botei um CD no carro, da portuguesa Nelly Furtado. Fazia mais de 1 ano que eu não ouvia. Senti a dor no peito que eu sentia todas as quartas-feiras de 2001, quando ia pra terapia ouvindo a mesma música. Eu tinha acabado de me separar. Hoje, não tenho dor nenhuma. É só o registro da dor. Mas aquela música tem sua propria vida. Ela sabe que faz parte da trilha da minha dor de cotovelo. Isso acontece com mais umas 20, 30 músicas. Tanto pra lembranças ruins como boas. Com todo mundo deve ser assim, né? A não ser que você seja uma geladeira sem coração. Mas comigo, até as músicas que lembram coisas boas dão uma certa melancolia. Porque se eu tô lembrando, é porque é passado. E o passado já era. Não volta. A não ser que você tenha um bom aparelho de som em casa.
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Vai, abre teu coração...