O dia em que a Terra parou
Fui no Bar Flutuante, lá no Gasômetro, na segunda-feira, fiquei lá... o sol se pôs. Na terça fui ao cinema, no Vitória, vi Prenda-me se for capaz. Bem bacaninha... adorei a abertura, é um show à parte. Ontem almocei com a Monique e peguei, finalmente, minha super hiper ultra camiseta de comemoração de 1 ano de niver do LNB (não, não é grupo de pagode, é o Londres na Boa, tá?). Depois andei pelo centro, paguei contas... e fui ao cinema, na Casa de Cultura. Assisti Separações, um filme nacional, mas que não gostei muito. Muito carioquinha pro meu gosto, muito caricata, muito formatinho de Pequeno dicionário amoroso. Que mania? Pq. fazer tudo mesmo estilinho?
(eu gosto do peq. dic. amoroso, viu?)
Sai do cine, passei numa loja... comprei umas sandalinhas... ok, 5. Eu tava precisada, tá, hein? Não implica. Sabe como é dificil encontrar calçado confortável, no meu número? Sim, pq. eu, do alto dos meus 1,75m, não posso calçar 36, né? Senão eu cairia!!!
Pq a indústria de calçados insiste em fazer a numeração dos sapatos de forma que mulheres altas não possam ter uma vida sapatal normal? Ou vai me dizer que as modelos de 1,80m calçam 37???? Não tem como. É física!
Vim, pra casa, carregada de sacolas... tô descendo na minha rua, feliz e contente, vejo um cachorrinho andando, solto... e fico pensando na Dorotéia. Dá um dó. Sabe? Lembrar que minha amada cachorrinha foi atropelada. Tá, continuei andando, e vi uma mulher na calçada, com uma criança no colo... e outra no chão, andando. A mulher olhava para dentro do condomínio e a outra criança começou a andar pro meio da rua, eu dei aquela paradinha clássica de paranóica que sempre acha que vai acontecer um acidente, a mulher virou pra criança, fulaninho sai da rua... antes de ela terminar de dizer o 'sai da rua', já se havia escutado a freada do carro, o barulho do corpinho da criança em choque com o veículo e, em seguida, com o chão. Eu fiquei imóvel. Primeira reação: querer esbofetear a mãe da criança até não poder mais; segunda reação: tentar esbofetear todo mundo que quisesse tocar na criança; terceira reação: chamar o SAMU. Nesta altura, o motorista desceu do carro, apavorado, e perguntava quem era a mãe da criança, de cerca de um ano de idade. Eu estava paralisada. Imóvel. Acho que nem tava respirando. Mas lembro de ter dito pruma outra mulher lá não tocar na criança enquanto a ambulância não chegasse. Essa tal mulher pegou a criança, colocou no carro do homem, e a retardada da mãe da criança andava pra lá e pra cá com a outra criança no colo. O gurizinho já tava no carro, o motorista também, a outra mulher tb... e o cara sai do carro: "cadê a mãe desta criança", daí a mulher vem e diz, sou eu, sou eu... peraí. Eles saem em direção ao Pronto Socorro.
Eu já tinha visto atropelamento antes. Sangue. Gente morta. Mas uma criancinha. E aquele barulho.... aquele corpinho no chão. Eu fiquei em estado de choque até hj pela manhã. E morrendo de pena do motorista. O cara devia estar chegando do trabalho, e acontece isto!!! A criança foi para o meio da rua e, vendo o carro, ainda foi contorná-lo, passando pela frente do carro. Só que ele (a criança) era bem pequenininho, e o motorista provavelmente só viu qdo já tava na frente do carro, era noite, e a sooooorte é que o cara vinha muuuuuito devagar. Só deu uma batidinha no gurizinho, mas que já foi suficiente para jogá-lo ao chão, obviamente.
Liguei para o HPS, na tentativa de achar o motorista e prontificar-me para testemunha, caso fosse necessário. Falei com telefonista, porteiro, informações, assistente social... e nada.
Hoje passei ali na portaria do outro prédio (o do gurizinho) e perguntei sobre a criança, disseram que ele tá bem, não aconteceu nada de grave, só uns arranhões. Fiquei aliviada, se bem que na hora se via que nada ocorrera com o guri... minha preocupação era, mesmo, com o pobre do motorista.
Uma vez ouvi falar que todo atropelamento gera um processo do Estado contra o motorista. Alguém sabe me dizer se esta informação procede?
Sorte que ele vinha devagar. Sorte que não era um ônibus (eles nunca vêm devagar!).
Hoje fui na minha aulinha de hidro.
Minha mãe continua na praia, e nem manda notícias. Não faço a menor idéia de onde e como está. E o celular tá sempre desligado. Depois eu que sou a ingrata, né?
Cheguei em casa e tinha um bilhete na caixinha de correspondências, era duma vizinha do prédio, avisando que os "proprietários e moradores" estão "arrumando" o prédio, e que "começaram" pela colocação dum mármore num degrau lá embaixo na entrada do prédio. E querem que eu pague 7,50 pela brincadeira. Esta gente não tem a menor noção de vida em condomínio, né? É incrível!!! Como podem, algumas pessoas, fazerem uma compra em nome de todos os 'proprietários e moradores' e alterarem áreas de uso comum em um prédio????
Para alterar área de uso comum, é preciso a concordância de todos. Poderiam, pelo menos, ter avisado da intenção de realizarem a compra/obra e informarem anteriormente o valor das coisas. Não. Elas acham que podem decidir o que é mais bonito para o prédio, comprar e pronto.
Uma vez foram umas pedras, que elas compraram pro jardim, e depois disseram qto teria que se pagar. O nosso prédio é o único que tem pedras no jardim, que não é o mais bonito do condomínio, diga-se de passagem.
Assim é prático, né? Provavelmente umas 4 ou 5 moradoras decidiram que ficaria legal colocar um pedaço de mármore num degrau na entrada do prédio, num bloco de 16 apartamentos, fizeram a compra, executaram a obra e depois mandam a conta para todo mundo. Quer fazer obra? Faz dentro de casa. Todo mundo tem autonomia pra fazer o que bem entender dentro do seu próprio apartamento, contanto que não interfira na estrutura do edifício.
Na boa, acho que é até ilegal estas alterações delas, pq. altera o prédio, que faz parte de um condomínio, que tem um padrão a ser seguido e só pode ser alterado em Assembléia Geral.
Ah, já contei da vez que estas moradoras - é, é, o clássico turma do chimarrão de prédio - resolveram colocar sacadas nos edifícios? HEHEHEHEHEHE
Imagina só, alterar a construção dos prédios para colocar sacadas... cada idéia. Idéia de mente desocupada.