Reviravolta no reinado momesco de Salvador. A juíza substituta da 5ª Vara de Fazenda Pública, Aidê Ouais, anulou a eleição de Clarindo Silva, o Rei Momo de 58kg do Carnaval baiano.
Um novo concurso deve ser feito com os sete candidatos gordos inscritos. Até 48 horas antes do início da festa, os súditos baianos conhecerão o sucessor de Clarindo no comando da folia.
A promotora Heliete Viana, do Ministério Público da Bahia, entrou anteontem com uma ação civil pública para anular a escolha de um Rei Momo magro para o Carnaval de Salvador.
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Em 11 de janeiro, o dono da Cantina da Lua, Clarindo Silva, foi eleito pela Federação das Entidades Carnavalescas da Bahia. Dono da Cantina da Lua, no Pelourinho, ele vestiu a fantasia e sambou "no miudinho" para comemorar a conquista. Mas o MP considerou a eleição "aleatória e arbitrária".
Segundo a juíza Aidê, a população está acostumada a Rei Momo gordo e "a tradição popular deve ser mantida".
A magistrada acolheu a tese do antropólogo baiano Roberto Albergaria, que, ouvido pela promotora do MP, apontou a eleição de Clarindo como o fortalecimento social da estética da magreza. A Associação dos Gordos e Obesos de Salvador (Asgobs) também se pronunciou contra a escolha.
A decisão cabe recurso. À imprensa, o destronado comentou: "A Justiça precisa ser respeitada". Em Salvador, há quem defenda a entrega de sete chaves da cidade aos gordinhos excluídos na primeira eleição. Por ora, há apenas um magro sem reinado nem coroa.
Daqui: http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI2266141-EI6581,00.html
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