quinta-feira, novembro 09, 2006

Lerê, lerê...



Estou estafada. Sério, estou muito cansada. Deve ser o universo compensando meus dias gostosos em Recife, e as noites maravilhosas em João Pessoa.

Tenho trabalhado muito, indo todos os dias para Feira. Na segunda fui assistir uma aula de estágio às 16h. Pela manhã fui na ufba ver umas coisas na biblioteca e dar uma entrevista prum menino do mestrado. Às 13h sai de casa com destino a Feira city. Consegui chegar na escola somente às 16h40. Inferno. E ficar em ônibus quente, viagens longas, espera em paradas. Estrada. Poeira.

Terça passei o dia em Feira. Ontem também.

E ontem foi o inferno.

Saí pela manhã, 5h20. Acordei 4h10, antes do celular tocar. Ou seja, eu estava bem dispostinha, até. Tá. Banhinho, creminho novo do Boticário. Saio eu feliz, contente e cheirosinha, praticamente na madruga e vou esperar o busum. Espero. Espero. E nada. O Fábio me liga, nada ouço. Não liga denovo.

Pensei, vai ver ele chegou atrasado na parada e me ligou para ver se o ônibus já tinha passado, e nesse meio tempo, o busum chegou e ele pegou, por isso não ligou denovo.

Tempão e nada. Liguei pra ele. Não conseguia falar - aliás, descobrimos que nosos celulares são incompatíveis, funcionam bem para outras pessoas, mas não quando tentamos falar um com o outro.

Resumo da ópera, o ônibus que pegamos tinha quebrado e meu amigo super esperto não me avisou. Tentou, mas como a ligação estava ruim, ele não mandou mensagem de texto porque é muito ligado em tecnologias. Aí tentei pegar um táxi por 10 reais até o Iguatemi. O filho da puta do taxista não topou. E eu no drama ali na parada de ônibus.

Aí, fiquei de papo com uma mocinha ali, e contando minha história triste, afinal, eu ia perder o ônibus que sai às 6h da frente do Iguatemi. E tinha uma aula para dar às 8h. Eu estava vestindo uma bata que me tinha sido dada pelo Domingos, diretamente de Moçambique. Linda. Aí, a mocinha não teve dúvida:

- Ah, você é professora de cultura africana?

Nisso vinha um ônibus, e eu peguei. Mas ninguéeeeeeem na face da Terra merece ouvir isso logo pela manhã, né?

Pensei em voltar pra casa e passar o dia fazendo coisas de casa, mas lembrei dos meus aluninhos queridos de estágio, e resolvi ir pra Feira.

Tá. Fui pra rodoviária, peguei um ônibus, gastei meu rico dinheirinho. Pedi pro Fábio avisar no Departamento que eu me atrasaria. Viajei 2 horas naquele ônibus quente, pegando poeira na estrada. Desci na BR, caminhei sob o sol escaldante de Feira.

Cheguei lá acabada, morrendo de ódio dos habitantes da Terra. Aí fui pra aula. Dar aula me relaxa. Chego lá, um aviso na porta da sala, dizendo que eu só chegaria às 9h, e que haveria aula. Fofo.

E meus alunos amados? Dois apareceram.

E o dia estava absurdamente quente. Foi um inferno de dia. Assisti uma aula de estágio e tive a aula com meus aluninhos fofos de Estágio. Foi o que me valeu o dia.

Tá, isso e os sapatinhos lindos que eu comprei na Arezzo quando voltei para Salvador.

Ah, fala sério, eu merecia sapatos novos. E pronto, já fiz dívidas para 2007. Afinal, eu tenho que honrar a minha fama de brasileira. E mostrar que sou mulherzinha. Diva, que é diva, tem energia para comprar sapatinhos depois de um dia de cão.

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