sexta-feira, novembro 17, 2006

Lá e cá




17/11/2006 - 12h10
Renda de negros ou pardos é metade da dos brancos, indica IBGE
Da Redação
Em São Paulo


Estudo feito com base na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que os brasileiros que se declaram negros ou pardos têm um rendimento médio equivalente à metade do que é recebido pela população branca, além de possuírem escolaridade inferior aos últimos.

De acordo com o instituto, os negros e pardos recebiam, em média, R$ 660,45 em setembro deste ano. Esse valor representava 51,1% do rendimento médio da população que se declara branca (R$ 1.292,19).

Em todas as regiões pesquisadas, os negros e pardos possuíam rendimentos inferiores aos dos brancos. Mas em Salvador as diferenças foram ainda maiores, já que negros e pardos recebiam pouco mais de um terço do que ganhavam em média os brancos. Porto Alegre registrou a menor diferença nos rendimentos recebidos.

A taxa de desocupação dos negros e pardos (equivalente a 11,8% desses trabalhadores) é superior à dos brancos (8,6%).

Segundo o IBGE, que realiza a PME em seis regiões metropolitanas do país (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), em setembro de 2006, a população negra ou parda representava 42,8% das 39,8 milhões de pessoas com 10 anos ou mais (considerada idade ativa) nestas áreas.

Escolaridade
Segundo o estudo, a população em idade ativa formada por negros e pardos tinha, em média, 7,1 anos de estudo, um ano e meio menos que a população branca (com 8,7 anos de estudo, em média).

Entre os jovens negros ou pardos com 10 a 17 anos, 6,7% não freqüentavam a escola, contra 4,7% dos brancos. Por outro lado, enquanto 25,5% dos brancos com mais de 18 anos freqüentavam ou já haviam freqüentado curso superior, o percentual era de apenas 8,2% entre os negros e pardos. No entanto, o IBGE mostra que houve alguma evolução neste indicador, já que, em setembro de 2002, apenas 6,7% dos negros e pardos freqüentavam ou já haviam freqüentado curso superior.

O IBGE aponta ainda que, embora a soma de negros e pardos representasse menos da metade (42,8%) da população em idade ativa, eles eram maioria (50,8%) entre a população desocupada.

Registro em carteira

De acordo com o levantamento do IBGE, em setembro deste ano, 59,7% dos empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado eram brancos, frente a 39,8% de negros e pardos. O instituto esclarece que a maior participação de brancos nesta categoria se justifica pela sua grande presença nas regiões metropolitanas, com forte participação do emprego formal.

A população branca também era maioria entre os empregados sem carteira assinada (54,5%) e os trabalhadores por conta própria (55,0%), mas os pretos e pardos representavam 57,8% dos trabalhadores domésticos, mostra o IBGE.

Trabalho por setor
O IBGE apurou ainda que, levando-se em consideração o ramo de atividade, no total das seis regiões metropolitanas, os segmentos da construção e dos serviços domésticos foram os que mostraram predominância dos negros e pardos, que eram 55,4% das pessoas ocupadas na construção e 57,8% das pessoas ocupadas nos serviços domésticos.

No outro extremo ficam os serviços prestados às empresas e intermediação financeira, atividades imobiliárias, com 34,6% de profissionais negros e pardos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/economia/ultnot/2006/11/17/ult82u6394.jhtm

quarta-feira, novembro 15, 2006

Proclamação da República



Ontem, dia de camela, denovo. Na segunda não fui pra Feira, senão não conseguiria pagar o aluguel. Ai fui na imobiliária, no supermercado e fiz a mão (em casa). Na terça, trabalhei um monte. Hoje, o descanso merecido: dormi muito, acordei tardão como há muito não fazia.

O Alexandre me convidou para almoçar no Barra e eu fui. Comemos lá e batemos papo, depois rodamos um pouco por Salvador, o dia tinha ficado surpreendentemente lindo - só tem chovido aqui. Então passamos num sorveteria e confeitaria ali na Graça e depois ele me deixou no corredor da Vitória.

Finalmente, casa: o cinema do Museu. Tomei um capuccino gostosinho e fiquei lendo a Bravo. E puta, porque parece que todos os eventos interessantes do país acontecem apenas em São Paulo. O cinema estava lotado de forma surpreendente, nunca tinha visto tanta gente assim no Museu.

O filme foi espetacular, como previsto. Só foi estranho ir sozinha no cinema. Desacostumei. E na saída, aquele papinho de gente cult que vai ver Almodóvar e sai discutindo as questões sobre mulher, sobre os laços, sobre do que falava realmente o filme. Nessas horas eu gosto de ir sozinha ao cinema.

(agora está passando Cazuza, o filme na tv, e tão cantando uma música que eu aaaamo... quando a gente conversa, contando casos besteiras... [...] e eu não sei em que hora dizer, me dá um medo, que medo...)

Então, o cinema mega lotado e eu resolvi contar... 8 pessoas negras no cinema. Ficaram apenas 5 lugares vazios na sala. Eu sempre me "surpreendo" com Salvador. Às vezes essa cidade me enoja.

domingo, novembro 12, 2006

Transferências



Semana passada eu vi um cachorrinho em Feira, numa Pet Shop. Não tive dúvida, entrei e pedi informações. É uma cadelinha, o nome é Bolinha. Bem, são duas cachorrinhas, uma de 3 semanas e uma de 3 meses (a Bolinha). Muito, muito, mas muito fofas, as duas. A Bolinha é toda brincalhoa. Fiquei encantada. 70 reais.

Eu querooooooooo!

Ai, se eu tivesse com quem deixar quando eu viajasse. Se eu não passasse o dia inteiro em Feira...

Ia amar ter uma cachorrinha.

Le weekend




O final de semana foi um tédio. A sexta foi boa, trabalhei mas voltei mais cedo pra Salvador. À noite teve churrasco na casa da mãe da Diana, foi bom rever a Marisa, a Ester e a Diana. E conhecer o bebezinho novo da Di. Pena que a Sarah não foi.

Chovei o findi inteiro e não saí de casa. Mas passou voando. Vi dois filmes: The night listener e The butterfly effect 2. Agora estou vendo Tomb Raider no sbt. O bom do horário de verão no "resto do Brasil", é que pego a programação mais cedo aqui.

Tenho dormido tarde e preciso mudar isso. Meus horários estão alterados e tenho estado muito, muito cansada.

Passei o findi a lasanha e vinho. Lasanha de Tapejara (interior do RS).

O domingo começou bem, com uma ligação inesperada. É bom acordar assim.

O povo LNB (real) está pensando em reveillon no Rio. Estou ficando tentada...
O povo LNB (orkut) está um pé no saco. Gente mala sem alça, com tempo sobrando, e que se acham as bolachinhas mais recheadas do pacote.

Tenho tanto trabalho pra fazer que sinto que não vou dar conta. Assistir os estágios está me matando, e me deixando sem tempo para absolutamente nada. Tenho um artigo para terminar, com deadline para o final de novembro. Nem estou na metade ainda.

A Angelina Jolie é uma gostosa, mas esse filme é meio chato.

Estou comendo até papel. Um inferno. Tá tudo bagunçado. Não, a casa está arrumadinha. Externamente tudo vai bem.

Quero ir no cinema: tem Volver, do Almodóvar. E tem minha necessidade de ir ao cinema. Sempre me ajuda a ficar bem.

Tenho que pagar o aluguel, mas tenho que ir todos os dias para Feira. Então amanhã não irei pra Feira, e pagarei o aluguel, farei as unhas, supermercado. Depois, na terça, aí eu vou pra lá.

Ainda bem que só faltam dois meses para terminarem as aulas (vão até 10 de janeiro).

Agora vou lá descongelar o último pedacinho da lasanha gaúcha. E tomar mais um vinho. Aliás, tri bom este vinho.

quinta-feira, novembro 09, 2006

Lerê, lerê...



Estou estafada. Sério, estou muito cansada. Deve ser o universo compensando meus dias gostosos em Recife, e as noites maravilhosas em João Pessoa.

Tenho trabalhado muito, indo todos os dias para Feira. Na segunda fui assistir uma aula de estágio às 16h. Pela manhã fui na ufba ver umas coisas na biblioteca e dar uma entrevista prum menino do mestrado. Às 13h sai de casa com destino a Feira city. Consegui chegar na escola somente às 16h40. Inferno. E ficar em ônibus quente, viagens longas, espera em paradas. Estrada. Poeira.

Terça passei o dia em Feira. Ontem também.

E ontem foi o inferno.

Saí pela manhã, 5h20. Acordei 4h10, antes do celular tocar. Ou seja, eu estava bem dispostinha, até. Tá. Banhinho, creminho novo do Boticário. Saio eu feliz, contente e cheirosinha, praticamente na madruga e vou esperar o busum. Espero. Espero. E nada. O Fábio me liga, nada ouço. Não liga denovo.

Pensei, vai ver ele chegou atrasado na parada e me ligou para ver se o ônibus já tinha passado, e nesse meio tempo, o busum chegou e ele pegou, por isso não ligou denovo.

Tempão e nada. Liguei pra ele. Não conseguia falar - aliás, descobrimos que nosos celulares são incompatíveis, funcionam bem para outras pessoas, mas não quando tentamos falar um com o outro.

Resumo da ópera, o ônibus que pegamos tinha quebrado e meu amigo super esperto não me avisou. Tentou, mas como a ligação estava ruim, ele não mandou mensagem de texto porque é muito ligado em tecnologias. Aí tentei pegar um táxi por 10 reais até o Iguatemi. O filho da puta do taxista não topou. E eu no drama ali na parada de ônibus.

Aí, fiquei de papo com uma mocinha ali, e contando minha história triste, afinal, eu ia perder o ônibus que sai às 6h da frente do Iguatemi. E tinha uma aula para dar às 8h. Eu estava vestindo uma bata que me tinha sido dada pelo Domingos, diretamente de Moçambique. Linda. Aí, a mocinha não teve dúvida:

- Ah, você é professora de cultura africana?

Nisso vinha um ônibus, e eu peguei. Mas ninguéeeeeeem na face da Terra merece ouvir isso logo pela manhã, né?

Pensei em voltar pra casa e passar o dia fazendo coisas de casa, mas lembrei dos meus aluninhos queridos de estágio, e resolvi ir pra Feira.

Tá. Fui pra rodoviária, peguei um ônibus, gastei meu rico dinheirinho. Pedi pro Fábio avisar no Departamento que eu me atrasaria. Viajei 2 horas naquele ônibus quente, pegando poeira na estrada. Desci na BR, caminhei sob o sol escaldante de Feira.

Cheguei lá acabada, morrendo de ódio dos habitantes da Terra. Aí fui pra aula. Dar aula me relaxa. Chego lá, um aviso na porta da sala, dizendo que eu só chegaria às 9h, e que haveria aula. Fofo.

E meus alunos amados? Dois apareceram.

E o dia estava absurdamente quente. Foi um inferno de dia. Assisti uma aula de estágio e tive a aula com meus aluninhos fofos de Estágio. Foi o que me valeu o dia.

Tá, isso e os sapatinhos lindos que eu comprei na Arezzo quando voltei para Salvador.

Ah, fala sério, eu merecia sapatos novos. E pronto, já fiz dívidas para 2007. Afinal, eu tenho que honrar a minha fama de brasileira. E mostrar que sou mulherzinha. Diva, que é diva, tem energia para comprar sapatinhos depois de um dia de cão.

Senta!!!



Na sexta-feira, 03, chegou meu sofá. Era ponto facultativo no trabalho e fiquei em casa esperando a beldade. Pela manhã bem cedo saí e passei na Perini, comprei umas comidinhas porque minha geladeira estava limpa e vazia. Limpa porque na quinta rolou faxinão e a casa ficou toda limpinha, dá gosto. Aí já pensei em chamar uma diarista do PATRA denovo para a oooutra quinta (sem ser amanhã, a próxima). Depois da Perini, voltei pra casa para esperar.

Ele chegou. O sofá. Todo fofo. Os entregadores entraram e sairam tão depressa que eu fiquei com cara de pateta olhando pro bebê novo. E jurando que ele estava diferente do que eu tinha visto na loja. Tá, tudo bem, deve ser impressão minha.

Tá, terminei de almoçar e fui "desempacotar" a criança. Mas ainda continuava achando que era outro sofá. Peguei a nota fiscal e fui verificar o código do sofá, era o mesmo. Estranho. Arrumo as almofadas e daí vejo um saquinho com uns pezinho. Ahá, eu não sou louca, eu sabia que meu sofá tinha pezinhos.

Aí liguei pro depósito e disseram que no sábado viria alguém para "montar" o sofá. Tá, o sábado seria pra ficar esperando, então.

Liguei pro Fábio para convidar para jantar no sábado - e inaugurar o sofá.

momento déjà vu: acho que já contei a história do sofá no blog. Estou ficando velha, definitivamente.

Perguntei pro Fábio o que ele queria de janta, ele não disse. Só falou que tinha que ser algo à altura do salmão que eles fizeram pra mim um dia. Ok.

Liguei para a Ana Paula e também chamei pra "lavagem do sofá" (já que na Bahia pra tudo se faz uma lavagem - que é uma festa, no fim das contas).

Depois pensei em fazer um risoto de tomates secos. Vi umas receitas online. Fiz a média das receitas e liguei pra Vera, para perguntar se o enjoado do Fábio comia risoto, tomates secos, rúcula... essas coisas. Ele só não comia rúcula, mas podia separar no prato. Ok.

No sábado à tardinha fui para o supermercado, eu e a Ana. Antes de sair de casa, liguei pro Fábio DENOVO. E perguntei se tinha alguma coisa que ele quisesse que eu comprasse. Ele perguntou se teria proteína, eu disse que só a da mozzarela de búfala.

Na Perini, compramos as coisas todas. Antes, passei nas Americanas e comprei bombons e mais pratos - porque minha casa só tinha 3 pratos, lembra? Comprei a rúcula mais cara da face da Terra (4 reais e pouco), mas não ia sair de lá e passar no Bom Preço, era muita mão de obra.

Chegamos em casa, fiz jantinha, e daí descobri que a mala-sem-alça do Fábio não come tomate secos. Nem a Vera sabia.

As meninas (eu, inclusive, né?) comeram, beberam vinho e o mocinho ficou só bebendo coca-cola.

E todo mundo sentou no sofá!

sábado, novembro 04, 2006

Senta, que lá vem a história...




Ai, ai, de volta a soterópolis, a minha caminha, meus travesseiros.

No sábado pela manhã saí de João Pessoa e voltei para Recife. Ah, sim, os dias em João Pessoa...

Dia 1:
Saí de Recife num ônibus do Departamento de Física da UFPE, chegamos em JP lá pelas 16h30, já começando a escurecer. Eu não tinha acomodação reservada, já que não tinha conseguido encontrar alguém para dividir o quarto comigo. Tinha combinado com o menino dos olhos lindos dele me ajudar a procurar um hotel na cidade, baratinho. Quando chegamos no hotel do evento, o Tropical Tambaú, tentei ver se tinha alguém sozinha pra dividir. Aí uma professora da UFBA, que é super gente boa, falou que tinha uma professora, a Danielle, que estava procurando alguém, e tinha acabado ficando sozinha. Tentamos localizar a Danielle, liguei pro celular de um professor que estava com ela, ela foi pro hotel, conversamos e acabmos dividindo o quarto. Enquanto eu levava minha mochilinha, batemos um papinho... ela é do Paraná, veio morar há pouco (fevereiro) em Salvador, quando entrou na UFBA. Eu saí em janeiro da UFBA. Tá. Daí começamos a sessão contar as pitangas de quem vem morar em Salvador, e das coisas que só podemos reclamar quando não estamos entre os soteropolitanos. E perguntei onde ela morava: na Federação. Legal, mesmo bairro. Mesma rua. Mesmo Préeeeedio! Cara, foi muita coincidência. O mundo é muito ovo.

Depois o menino dos olhos lindos me mandou uma msg no cel perguntando onde eu estava. Sim, porque logo que eu estava entrando na cidade eu mandei uma msg dizendo que estava chegando, depois sumi. Daí liguei pra ele e em menos de 5 minutos ele apareceu. Ele mora bem pertinho do hotel. Aí caminhamos pelas redondezes, passei no banco, e depois fomos dar uma volta de carro pela cidade. Conheci o centro, a lagoa - que é linda! - e achei a cidade muito bonitinha, cheia de lojas, e prédios, e casas, e ruas asfaltadas. Bem civilização.

Aí voltamos para o hotel e fomos para o coquetel de abertura. Depois descobrimos que um primo dele, que mora em São Paulo, que é físico, que estava lá no evento também, é amigo da Ana, uma das minhas companheiras de viagem, e fizeram o pós-doc juntos. Quer mundo mais ovo do que esse? Enchi o **** de salgadinhos e de um coquetel de acerola com alguma coisa alcólica. Saímos de lá e fomos dar uma volta por uns bares. Primeiro fomos no... Bebe Blues Como Jazz, acho que é esse o nome, ou alguma outra combinação parecida. Tomei uma caipirinha. Depois fomos no Território. Ah, não, primeiro passamos no Território, depois o da caipirinha, isso. Tá. Depois fomos num que não lembro o nome, que foi onde ficamos um tempão e eu bebi uns drinks que nem sei o nome. O bar fechou... e fomos para um outro, na praia, que também não lembro o nome. Ficamos lá de papo, tomei uma caipirinha. Acho. Ah nãaaaaaaao, foi Baccardi and Coke, pra relembrar a fase londrina. Aí o dia estava começando a clarear, fomos pra praia, a areia, e o sol nasceu. Voltei pro hotel e dormi... umas 3 horas.

Dia 2: Café da manhã com tapioca... coisa boa. Depois, congresso. Almocei no próprio hotel do evento, pois ganhei uns tickets para almoço e janta. O almoço estava bonzinho, não tava láaaaaaa grande coisas, mas foi bom. As sobremesas é que estavam fantásticas. E tomei um cafezinho. Depois fui arrumar o meu painel e fiquei lá, conversando com quem passava. Dei uma olhada nos demais painéis, levei uma liçãozinha do coordenador da minha seção... é engraçado como professores tratam alunos. Se um aluno faz alguma merdinha, leva bronca, se um professor faz merdinha, é risadinha, acontece. Eu imprimi o nome do trabalho ligeiramente diferente do que estava no caderno de resumos. E só vi lá em JP. Tá, mas painel 69, da Katemari, e falando sobre história e filosofia da ciência e licenciatura em física, só tinha um, né! Aí o cara veio e disse que eu deveria ter mais cuidado, e que isso não pode acontecer, alguém poderia procurar meu trabalho e não encontrar - se alguém procurasse e não encontrasse, é porque não merecia, seria muita tontice! - e bla bla bla. E alertou, "agora você aprendeu, aí não faz mais isso da próxima vez". APA!

Jantei no hotel, e estava um espetáculo, comida boa, sobremesa boa...

Depois encontrei com o menino dos olhos lindos e fomos para o Território. Haveria um tributo ao Gostoso Mor e é claaaaaaaaro que eu não perderia. Chegamos lá e tinha um telão passando um dos dvds do gostoso. Fiquei babando, e tomando uma caipirinha... depois fomos para a parte de trás do bar, onde tinha um palco armado e foram encenados trechos de peças do ChicoTudoDebom. Foi muito, muito legal. Apesar do lugar ter uma ventilação PÉSSIMA. Foi excelente. Depois ficamos mais um pouco no bar... e saímos pra dar uma volta. Encontramos com uns amigos do cicerone e fomos num outro bar, de um português. Aliás, a dona do Território também é portuguesa. Não sei o que essa gente quer aqui. O portuga ladrão fdp cobrou couvert por um carinha que tava lá com música ao vivo, pelos poucos minutos que ficamos ali no bar, que não tinha absolutamente ninguém além dos amigos do cicerone. Eu comprei uma smirnoff ice, que continuei tomando na rua. Fomos ali só de passagem. Fiquei puta com o cara. Por isso o bar estava vazio. Vai quebrar, vai quebrar. Voltamos pro Território e ficamos por lá.

Dia 3
: Café da manhã de gente saudável. Congresso. Saco cheio do congresso, na verdade. Não tinha uma palestra sequer na minha área. Fiquei zanzando de lá pra cá. Caminhei até a praia - por dentro mesmo do hotel - e voltei, muito sol. Fui pro quarto e fiquei lendo o livro do Chico. Terminei. Desci, almocei. Depois fui pro computador que tinha lá e trabalhei um pouco, editei um artigo que eu precisava mandar até o dia 31 de outubro. Revisei tudo. Enviei. Agora é esperar o referee. Aí fui com o Leo para a ponta do Seixas, o ponto mais oriental das Américas, nossa maior proximidade com a África. Depois fomos para a praia do Jacaré, num município vizinho, onde tem o pôr-do-sol ao som do bolero de Ravel. Foi bem legal ver o sol se pondo no rio Paraíba.

Voltamos pra Tambaú, fui pro hotel, reunião de Grupo de trabalho, Assembléia. Janta. E depois fui com o Leo para o bar de um primo dele, cuja especialidade são drinks, muitos drinks. Ah, antes passamos pelo centro histórico, onde haveria um tributo à Legião Urbana, num canto, e uma rave, no outro. Rodamos pelo centro. Passamos na frente de um puteiro... eee!!!! :-) E acabamos lá nos drinks. Muuuuito bom. Tocaram duas bandinhas que foram legaizinha e eu bebi várias coisinhas. Um dos drinks era à base de carne. Era consomé de carne, sal, pimenta e vodca. E era surpeendentemente muito bom. Depois voltamos para Tambaú, e fomos tomar uma caipirosca nevada, na feirinha. Tomei de morango com banana. Muito bom. De lá, zanzamos um pouco pelo bairro e acabamos no Território. Dá para perceber que o menino é fã do local, né?

Tambaú é meio que a Cidade Baixa de Porto Alegre, o Rio Vermelho de Salvador. Guardadas as proporções, claro.

Dia 4: Café da manhã, check out, busum para Recife.


Eu sei que tem gente que odeia posts longos, mas...

Em Recife foi a vez de seguir carreira solo. Despedi-me dos meus companheiros de viagem, peguei um ônibus e fui para Boa Viagem, fiquei no mesmo hotel do início, Hotel Saveiro. É bem legal, é simples, muito bem localizado e relativamente barato. Paguei diária single de 50 reais, no duplo pagamos 60 reais. Com café.

Os dias em Recife foram super bons. Cansei muito e descansei muito. Só que desta fez foi tudo sozinha, fui à praia, li na praia, caminhei na praia. Fui ao shopping, me acabei andando no shopping, passei na Tok Stok - que é dentro do shopping e não no cu do mundo como em Salvador -, peguei ônibus e, ou foi muita sorte, ou o sistema de busum funciona. Não cheguei a ficar muito tempo esperando por um ônibus. No domingo justifiquei o voto, fui no centro histórico, andei por tuuuudo, ratifiquei a impressão de que é uma cidade linda, andei na feirinha do Marco Zero e comprei artesanatinhos, e encomendei uma caixa linda para chás. Assim, eu vi uma caixa muito bonita, 25 reais, com 4 espaços para chá. Perguntei se não tinha com 8 espaços. A menina disse que poderia fazer uma, dobrada. Igual. Ótimo, mas eu já ia viajar na terça. Ela disse que poderia me levar no hotel. Perfeito. Quanto custaria? o Dobro. Ok. Comi tapioca. Delicia de tapioca e fui pro marco zero me unir a uma galeeeeeeera vermelha, esperando a apuração da eleição. O governador lá, do PT, ganhou bonito. Estava muito cheio de gente. Bem bacana. Aí levei cantadinha básica dum nativo, que me deu adesivinhos do PT, e lá fiquei eu paramentada. Só não aceitei a bandeira porque numa mão eu tinha a tapioca, e na outra uma sacola com uma caixinha de madeira que havia comprado na feirinha, porta jóias (jóias naquelas, né? bijoux).

Depois fui pro shoppingzinho perto da livraria cultura e acabei comprando creminhos e perfume no Boticário, aproveitando o fato de que o icms aqui lá é menor. Voltei pra pegar mais tapioca e peguei um táxi até Boa Viagem. O tio disse que dava uns 18 reais. Eu disse tudo bem, eu só tenho 20. Deu 22 e alguma coisa. Eu só dei os 20.

Na segunda fui cedinho para a Universidade Federal Rural de Pernambuco. É... eu trabalhei também. Aí me encontrei com uma professora super querida, a Edênia, que me ajudou bastante num projeto futuro. Tirei cópia de vários textos, participei de um grupo de discussão da pós-graduação, e depois fomos almoçar num restaurante de comida típica regional, o Parraxaxá. A comida estava EXCELENTE. Voltamos pra UFRPE peguei minhas cópias e depois peguei um bus pra voltar pra civilização - as unviersidades ficam bem longe. Passei pelo bairro da Torre e achei super simpático. Não tinha ido por aqueles lados. Desci no centro histórico, dei umas bandas e fui na Livraria Cultura, onde me acabeeeeeeei. Quer dizer, acabei com meu 13o, isso sim. Comprei várias coisas, e fiquei com dó de não comprar várias outras.

Voltei pro Paço da Alfândega, tomei um café, peguei um busum e fui pro hotel. Saí em seguida, fui pro shopping e comprei uns perfumes franceses que tinha visto numa loja de importados. Adieu, 13o. (quase, quase). Peguei um sanduba na subway e voltei pro hotel. Comi e vi filminhos na tv por assinatura.

No café da manhã na segunda-feira, um cara puxou papo no hotel, começamos a conversar e descobrimos que trabalhamos no mesmo lugar. Ele também é professor na UEFS. Mundo ovo. Depois, no outro dia, descobrimos que moramos na mesma rua!!! Definitivamente o mundo é um ovo. E só a gema do ovo.

Terça, o marido da artesã da caixinha de chá foi levar minha caixinha. Ele deixou no hotel enquanto eu tinha ido nos Correios tentar mandar umas coisas pra minha mãe. Ele ficou decepcionado de não me encontrar, de acordo com a recepcionista. Aí liguei pra ele e ele voltou no hotel. Abri o pacote e a caixa era linda, de fato, mas diferente da que eu tinha visto. A que eu encomendei tinha umas alcinhas laterais, e era para ser o dobro de uma de 4 lugares. Esta não tinha as alcinhas e tinha apenas 6 lugares, não era o dobro do tamanho da outra, apenas um pouco maior. Eu entendo que artesanato não tem uma linha de produção que fabrica em série e tudo igual, mas confesso que fiquei decepcionada. Creio que não demonstrei minha decepção e disse que a caixa era linda. Porque de fato era. Mas eu tenho muito chá, e uma de seis lugares não resolve meu problema. Aliás, já coloquei os chás no lugar e realmente não coube tudo. :(

Fui para o aeroporto às 14h e pouco, o vôo era pra ser às 16h30. Com esta coisa de vôos atrasados, problemas com os controladores de vôo e tal, o menino da Gol disse para eu cuidar o painel lá pra ver se o vôo sairia na hora. Eu fiquei zanzando pelo aeroporto pra fazer hora, e ficava olhando o painel. Mudaram o horário pra 16h41. Ok. 16h25 vou eu pra sala de embarque. Quando passo minhas coisas pelo raio-x, vem uma menininha da Gol correndo e pergunta se eu sou Katemari. Diz que eu tenho que correr porque a aeronave já vai fechar as portas e eu sou a última! E daí corremos pelos corredores afora, e meu nome sendo chamado pelo aeroporto. Que mico. Entro eu na aeronave e TODO mundo me olhando. Eu olho pro meu assento e tem uma bunda lá já sentada. Eu olho pro número, olho pra bunda. Ela pergunta, qual é o teu assento? 7A, respondo. É? Sim. Pego meu cartão de embarque (em se tratando da Gol, cartão é modo de falar, né, aquele papelzinho mais fuleiro do que comprovante do Visa Electron) e confirmo que a poltrona é 7A. Eu juro que não queria fazer confusão nenhuma, só queria sentar minha rica bunda envergonhada e desaparecer. Parece que a bunda que estava no meu assento já tinha trocado 3 vezes de lugar. Eu não entendo essa gente, se vem um numerozinho ali no tal do "cartão", bem, sente-se no numerozinho do seu cartão e pronto. Tá. Daí tinha um lugar vazio na frente do meu, e eu fui sentar lá. E acabou a novela. E eu disse que é claro que não me importava. E não me importava mesmo, eu só queria desaparecer.

Não, o post ainda não acabou.

Cheguei em SSA às 17h45. E fui pegar um ônibus. Porque tem o bus que sai de lá e passa na frente da minha casa, por apenas 1,70 (1,80 agora porque a passagem subiu ontem). Tá. Esperei. Esperei. Esperei. Como o aeroporto estava lotadaaaaço, nenhum taxista veio me oferecer uma corrida baratinha. Filhos da puta. Nada do ônibus. Logo que eu cheguei na parada, tinha um daqueles bus pequenos que vão pela orla, pro Pelourinho, e custam 4,80. Eu poderia pegar um desses até chegar na civilização e lá pegar um táxi, mas pensei, logo vem meu bus. Que inocente, né? Depois de uma hora de espera eu desisti e peguei um desses de 4,80. Foi o ônibus sair e chegou o meu. Que óoooodio. Tá. Aí fui, tendo que assistir um dvd da Daniela Mercury. Ônibus de aeroporto, né? Tem que colocar uma coisinha bem clichê. Peguei um congestionamento filho da puta, vi o bus de 1,70 passar pelo pequenininho, desci no Rio Vermelho e peguei um táxi. Cheguei em casa relembrando o quanto o sistema de transporte desta cidade é uma merda.

No fim, a viagem foi mega longa. Se eu tivesse vindo de ônibus de Recife, teria levado o mesmo tempo (ok, menos, menos). Porque saí do hotel às 14h e pouco, cheguei no aeroporto às 14h25, o vôo saiu 16h43 cheguei em ssa às 17h45 peguei o bus as 18h45 cheguei em casa as 20h05!!!

Na quarta eu fui pra Feira, trabalhei o dia inteiro, na volta o ônibus atrasou pra caraaaaaaaaalho porque tinha um acidente na estrada. Tiveram que mandar outro ônibus pra nos buscar em Feira. Cheguei tardão em ssa, jantei no shopping. A mocinha do restaurante perguntou pelo Pedro. Quinta feriadinho e dia de faxinão em casa - veio uma menina do Patra aqui, e foi maravilhosa - e na sexta....

Bem, na sexta fiquei esperando meu sofá!!! Sim, eu comprei um sofá e chegou ontem. Quando ele chegou eu achei que não fosse beeem igualzinho ao que eu tinha visto na loja. Tá, tudo bem, devo estar errada. Até ia perguntar pros entregadores, mas eles foram tão rápidos que só entraram, largaram o sofá e sairam correndo. Fiquei com cara de pateta. Daí desembrulhei o sofá e encontrei um saquinho com pézinhos de madeira. Arrá, eu sabia! Mas e agora? Liguei pra loja e me disseram que hoje vem alguém pra "montar o sofá".

Depois fui no shopping comprar uma faixa pra usar no cabelo, já que minhas tranças estão terríveis e não consegui fazer a manutenção ainda. Nunca consigo horário. E eu tinha o casamento da Naiara!!! Aí fui, comprei a faixa, depois entrei numa loja e comprei um anel e uma correntinha, pra combinar com a faixa, que é preta e tem fios dourados, então comprei jóias douradas - agora sim acabou o 13o. Saí dali rumo à Tok Stok, pra comprar uma mantinha (em promoção no Ponto Vermelho, por 49 reais) pro sofá, que é clarinho e eu não quero bundas diversas sujando meu sofá clarinho. E pra não colocar sacos plasticos nos móveis, o chique é colocar mantinha por cima - mas a idéia é a mesma. No caminho encontrei um carinha daqueles com um carrinho cheio de mantas. Meu sangue árabe ferveu por negociações. Voltei dali mesmo com uma manta pro sofá e uma colcha pra minha cama, por 45 reais tudo. Peguei um busum que, miraculosamente, não demorou.

Casa, banhinho, ficar linda, maravilhosa e gostosa pro casório... toda de preto... procuro minha sandália preta. Cadê? Procuro por tudo e nada. Então lembro que a levei pra Porto Alegre. Só pode ser, devo ter esquecido lá. Minha ÚNICA sandália preta. E agora? Bem, coloquei uma vermelha e azar. A Cris me acompanhou na igreja. A igreja estava linda, o Koonj - o noivo - estava muito lindo e todo sorriso. A Nai estava deslumbrante, como sempre. Destaque para o irmão da noiva, que levou as alianças, tooooodo fofo. Vontade de dar umas mordidas nas bochechas dele. Eu tentei dar um beijo nos noivos, mas eles sairam da igreja diretaço pro carro e pra recepção, que era láaaaaaaaaaa longe na paralela. Então acabei nem indo, já que voltar seria muito complicado. Ir já era complicado, visto que eu não conhecia ninguém na igreja e eu não sou a pessoa mais descolada para pedir carona.

Eu e a Cris esperamos por uma carona da Isis, com quem a Cris iria sair depois da igreja, e acabamos jantando no Sato, um restaurante japonês na Barra. Foi mega bom. A Isis é bem querida e o Sato é legalzinho, o Alexander estava ótimo e a comida tri boa.

Depois eu mostrei o sofá sem os pézinhos pras gurias e fui dormir, depois de ficar de papo com o fofo do Rodrigo, que agora está em NYC e está gripadinho.

Pra quem conseguiu ler até aqui, haja coragem, e obrigada. Pros demais, não importa o que eu diga, eles não lerão mesmo. :-D

E quem quiser ver as fotos da viagem, já estão no Multiply.

Tá, agora acabou o post.