Quando foi?
Já nem me lembro mais... sei que ele tinha 7 dígitos e era meu. As coisas evoluíram e ele passou a ter 8 dígitos: 9 8 0 7 4 6 3 0. E sempre foi meu. Anos a fio e estes dígitos me identificavam. Não tinha o risco de alguém ter este número por acaso, de alguma outra pessoa. Não, era meu, sempre fora.
E agora não é mais.
Não sou mais a proprietária do número +55 51 98074630 de telefone. Cancelei meu contrato, depois de anos. Uma ruptura com os pampas. Agora não posso mais chegar em terras gaúchas e usar meu telefone normalmente. E terei que adquirir outro número quando estiver por lá. Ou ficar em roaming.
Não pensem que foi fácil. Vou fazer um ano de Salvador e só agora cancelei meu telefone. Até então ficava pagando, mensalmente, a conta do dito cujo. Tudo bem, só resta mais um ano de baianidade mas, convenhamos, é um desperdício de dinheiro. Desperdício de manutenção de vínculo.
E o sangue cigano fica onde?
Vou comprar um celular GSM, creio, quando terminar de pagar as várias contas que tenho. Assim, onde quer que eu esteja, é só trocar o sim card.
Falando em sim card, no sábado, me deu uma saudade da França. Inexplicável. Se eu pudesse me teletransportar estaria lá, naquele bar em Dunkerque, vendo o mar lá longe, e tomando chocolate quente.
Estou aqui, estou acolá. Não posso me apegar a estas coisas, prefiro as pessoas. Bem, mas elas também estão aqui, lá e acolá.
Preciso aprender a lidar com o sangue cigano que corre em minhas veias.
Preciso viajar.
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