domingo, junho 16, 2002

Mais uma votação na Casa dos Artistas. Êta povinho burro. Sem comentários.



Este foi meu último final de semana em Porto... em casa... sei lá, de repente eu poderia ter saído pela cidade, ido no brique pela "última" vez, poderia ter feito tanta coisa, mas nem me animei a sair de casa. Isto pode querer dizer que fiquei curtindo minha casa, minhas coisas, minha mãe. Isto pode querer dizer que tô um pouquinho deprê por estar me afastando de tudo e de todos. Ou, por outro lado, pode querer dizer que todas estas coisas aqui já não importam mais e que anseio muito pelo que me espera, pela mudança, pela nova vida, pelo desafio.



Eu não sei... e também não acho que deva que ter alguma definição para o momento pelo qual estou passando, nem me justificar para as pessoas, nem para mim mesma.



Tem vezes que eu gostaria de não editar meus posts, simplesmente escrever o que vem à mente... mas não adianta, os dedos continuam com um implacável bloqueio.



Nos últimos dias as coisas têm estado muito boas. Ontem conversei com a Míriam, convidei para a minha despedida. Às vezes me sinto cometendo um crime. Melhor, sinto como se houvesse cometido um crime, um crime perfeito, mas crimes perfeitos não deixam suspeitos... pra ser sincera eu gostaria de compartilhar mais, e com mas facilidade.



Eu não quero, necessariamente, que todos concordem comigo, mas que possam argumentar com propriedade quando tiverem que fazê-lo, e não de forma passional e ignorante, que é o que sempre acontece quando resolvo "compartilhar" alguma coisa.



É difícil encontrar bons ouvintes. Hoje falei com a Nedi, a amiga do Beto. Foi bem bom. É tão bom quando a gente fala com alguém que te entende ainda que nem tudo precise ser dito. Ultimamente conheço muitas pessoas que gostam de falar, mas não de ouvir. Ouvir requer paciência, tato. Assim como falar, de certa forma.



Com o Luis Fernando, quando estamos "sintonizados", é tão bom conversar... naquele estilo em que os fatos não são ditos mas a essência é trabalhada, sabe?



Sinto falta da minha amiga Magda. A gente sempre conversou, sobre tudo. Sempre. Há anos não nos vemos. É interessante que mesmo quando ficávamos um tempão (anos) sem contato, conversávamos um monte... e na maior naturalidade, como se tivessemos tomado café da tarde juntas no dia anterior.



Onde andará a Magda?

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Vai, abre teu coração...