segunda-feira, janeiro 19, 2004

Ah, e neste climinha











Me larga, não enche

Você não entende nada e eu não vou te fazer entender

Me encara, de frente

É que você nunca quis ver, não vai querer, nem vai ver

Meu lado, meu jeito,

O que eu herdei de minha gente e nunca posso perder

Me larga, não enche

Me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver, me deixa viver

Cuidado, oxente !

Está no meu querer poder fazer vocêr desabar

Do salto, nem tente

Manter as coisas como estão porque não dá, não vai dar

Quadrada, demente

A melodia do meu samba põe você no lugar

Me larga, não enche

Me deixa cantar, me deixa cantar, me deixa cantar, me deixacantar

Eu vou

Clarificar

A minha voz

Gritando: nada mais de nós!

Mando meu bando anunciar

Vou me livrar de voce

Harpia, aranha

Sabedoria de rapina e de enredar, de enredar

Perua, piranha,

Minha energia é que mantém você suspensa no ar

Pra rua! se manda,

Sai do meu sangue, sanguessuga, que só sabe sugar

Pirata, malandra

Me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar, me deixa gozar

Vagaba, vampira,

O velho esquema desmorona desta vez pra valer

Tarada, mesquinha,

pensa que é a dona e eu lhe pergunto: quem lhe deu tanto axé?

À-toa, vadia,

Começa uma outra história aqui na luz deste dia D.

Na boa, na minha,

Eu vou vivez dez,

Eu vou viver cem,

Eu vou vou viver mil,

Eu vou viver sem você.

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Vai, abre teu coração...