Olodum, Popper e acarajeh - ou, o que é que a Bahia tem
Linhas de Pesquisa
Filosofia das Ciências
Desenvolvem-se estudos sobre diferentes aspectos relacionados com a estrutura de teorias científicas, desde estudos gerais sobre racionalidade científica até análises concentradas em áreas específicas.
Do ponto de vista mais geral, relacionado com a interface desta área com a Filosofia, examinam-se aspectos metodológicos da pesquisa científica, como a questão da explicação, da confirmação e da mudança científica, e aspectos ontológicos da visão de mundo científica, como causalidade, determinismo e reducionismo. Estimula-se a reflexão original e também o diálogo com a tradição filosófica, especialmente a que brota do empirismo inglês, passando pela crítica kantiana, pelo pragmatismo, desembocando no positivismo lógico e filosofia analítica do século XX. Nesta tradição, analisam-se autores como Duhem, Carnap, Popper, Quine, Feyerabend, van Fraassen, etc., contrastando-se perspectivas internalistas e externalistas da ciência.
Trabalha-se também a crítica filosófica contemporânea da ciência e da racionalidade. Esta abordagem interpreta o discurso científico do ponto de vista de seus determinantes históricos e cognitivos. Uma preocupação que atravessa tal linha de pesquisa é que o ensino e o aprendizado de conceitos e procedimentos científicos não se dá por verificação empírica, mas por formação de esquemas conceituais, jogos semânticos, estruturas cognitivas e operativas, e relações de poder. Autores como Wittgenstein, Putnam e Rorty norteiam este tópico de pesquisa.
A área de Filosofia das Ciências possui também uma interface grande com a pesquisa em História das Ciências. Desenvolve-se, por um lado, pesquisa epistemológica sobre a obra de importantes cientistas do passado, como Galileu e Darwin. Por outro lado, investiga-se a relação da Filosofia das Ciências com a História das Ciências, inspirando-se em teóricos como Koyré, Bachelard e Holton, ou seguindo a tradição das pesquisas sobre mudança científica, que teve seu apogeu na década de 70, com base nos trabalhos de Kuhn, Lakatos e Laudan, entre outros. Um dos projetos de pesquisa vinculados a esta linha é a investigação detalhada, com o auxílio da computação, de histórias contrafactuais (ou seja, histórias possíveis que não se realizaram) de áreas específicas da ciência moderna.
Nos estudos desenvolvidos sobre a estrutura de teorias científicas de áreas específicas (Física, Biologia, Informática, Geociências, etc.), dá-se especial atenção aos conceitos utilizados (espaço-tempo, complementaridade, vida, gene, etc.), o que é relevante também para o Ensino das Ciências. Na Física, a ênfase tem sido especialmente a Mecânica Quântica. Tem-se trabalhado com a complementaridade (tentando tornar mais preciso este conceito um tanto vago), inclusive com seus desdobramentos em áreas fora da Física, com o problema da medição (ou do colapso da função de onda), com o estatuto das teorias de variáveis ocultas (especialmente a teoria de de Broglie-Bohm) e da não-localidade (exibida pelo teorema de Bell), e com a teoria quântica de campo. Na Informática, especial atenção tem sido prestada à relação analógico-digital, e a uma análise do conceito de informação.
Na Biologia, o foco tem sido a questão dos níveis de explicação (simplisticamente referida como o debate reducionismo/holismo), a emergência de propriedades em sistemas biológicos (a partir do estudo dos processos causais em tais sistemas), e investigações sobre os conceitos de vida (sua definição, a hipótese gaia, o estatuto dos vírus e prions, etc.) e de gene e traço genético (a partir da biossemiótica).
Para finalizar, ressaltamos o interesse da linha no exame dos conceitos e métodos de outros campos da ciência, desde a Matemática e as Geociências até a Lingüística e a Psicologia.
Entendeu? Depois não vem dizer que eu não falei...
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Filosofia das Ciências
Desenvolvem-se estudos sobre diferentes aspectos relacionados com a estrutura de teorias científicas, desde estudos gerais sobre racionalidade científica até análises concentradas em áreas específicas.
Do ponto de vista mais geral, relacionado com a interface desta área com a Filosofia, examinam-se aspectos metodológicos da pesquisa científica, como a questão da explicação, da confirmação e da mudança científica, e aspectos ontológicos da visão de mundo científica, como causalidade, determinismo e reducionismo. Estimula-se a reflexão original e também o diálogo com a tradição filosófica, especialmente a que brota do empirismo inglês, passando pela crítica kantiana, pelo pragmatismo, desembocando no positivismo lógico e filosofia analítica do século XX. Nesta tradição, analisam-se autores como Duhem, Carnap, Popper, Quine, Feyerabend, van Fraassen, etc., contrastando-se perspectivas internalistas e externalistas da ciência.
Trabalha-se também a crítica filosófica contemporânea da ciência e da racionalidade. Esta abordagem interpreta o discurso científico do ponto de vista de seus determinantes históricos e cognitivos. Uma preocupação que atravessa tal linha de pesquisa é que o ensino e o aprendizado de conceitos e procedimentos científicos não se dá por verificação empírica, mas por formação de esquemas conceituais, jogos semânticos, estruturas cognitivas e operativas, e relações de poder. Autores como Wittgenstein, Putnam e Rorty norteiam este tópico de pesquisa.
A área de Filosofia das Ciências possui também uma interface grande com a pesquisa em História das Ciências. Desenvolve-se, por um lado, pesquisa epistemológica sobre a obra de importantes cientistas do passado, como Galileu e Darwin. Por outro lado, investiga-se a relação da Filosofia das Ciências com a História das Ciências, inspirando-se em teóricos como Koyré, Bachelard e Holton, ou seguindo a tradição das pesquisas sobre mudança científica, que teve seu apogeu na década de 70, com base nos trabalhos de Kuhn, Lakatos e Laudan, entre outros. Um dos projetos de pesquisa vinculados a esta linha é a investigação detalhada, com o auxílio da computação, de histórias contrafactuais (ou seja, histórias possíveis que não se realizaram) de áreas específicas da ciência moderna.
Nos estudos desenvolvidos sobre a estrutura de teorias científicas de áreas específicas (Física, Biologia, Informática, Geociências, etc.), dá-se especial atenção aos conceitos utilizados (espaço-tempo, complementaridade, vida, gene, etc.), o que é relevante também para o Ensino das Ciências. Na Física, a ênfase tem sido especialmente a Mecânica Quântica. Tem-se trabalhado com a complementaridade (tentando tornar mais preciso este conceito um tanto vago), inclusive com seus desdobramentos em áreas fora da Física, com o problema da medição (ou do colapso da função de onda), com o estatuto das teorias de variáveis ocultas (especialmente a teoria de de Broglie-Bohm) e da não-localidade (exibida pelo teorema de Bell), e com a teoria quântica de campo. Na Informática, especial atenção tem sido prestada à relação analógico-digital, e a uma análise do conceito de informação.
Na Biologia, o foco tem sido a questão dos níveis de explicação (simplisticamente referida como o debate reducionismo/holismo), a emergência de propriedades em sistemas biológicos (a partir do estudo dos processos causais em tais sistemas), e investigações sobre os conceitos de vida (sua definição, a hipótese gaia, o estatuto dos vírus e prions, etc.) e de gene e traço genético (a partir da biossemiótica).
Para finalizar, ressaltamos o interesse da linha no exame dos conceitos e métodos de outros campos da ciência, desde a Matemática e as Geociências até a Lingüística e a Psicologia.
Entendeu? Depois não vem dizer que eu não falei...
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