sexta-feira, outubro 11, 2002

Um dia, nem que seja só um, na vida da gente...

Quem é que nunca teve um Rodrigo, um Marcelo, um Felipe, um Rafael, ou

um Eduardo na vida? Tudo bem, pode ser uma Roberta, uma Juliana, uma Ana ou uma Patrícia.....



Paquerar é bom, mas chega uma hora que cansa!!! Cansa na hora que você

percebe que ter 10 pessoas ao mesmo tempo é o mesmo que não ter nenhuma, e ter apenas uma, é o mesmo que possuir 10 ao mesmo tempo!



A "fila" anda, a coleção de "figurinhas" cresce, a conta de telefone é sempre altíssima... Mas e aí? O que isso te acrescenta? Nessas horas sempre surge aquela tradicional perguntinha: "Por que aquela pessoa pela qual você trocaria qualquer programa por um simples filme com pipoca abraçadinho no sofá da sala não despenca logo na sua vida?????????"



Se o tal "amor" é impontual e imprevisível que se dane! Não adianta:

as pessoas são impacientes! São e sempre vão ser! Tem gente que diz que não é... "Eu não sou ancioso, as coisas acontecem quando tem que

acontecer."

Mentira! Por dentro todo ser humano é igual: impaciente, sonhador, iludido... Jura de pé junto que não, mas vive sempre em busca da famosa cara metade! Pode dar o nome que quiser: amor, alma gêmea, par perfeito, a outra metade da laranja... No fim dá tudo no mesmo.



Pode soar brega, cafona, piegas... Mas é a realidade. Inclusive o assunto

"amor" é sempre cafonérrimo. Acredito que o status de cafona surgiu porque a grande maioria das pessoas nunca teve a oportunidade de viver um grande amor.



Poucas pessoas experimentaram nesta vida a sensação de sonhar acordada, de dormir do lado do telefone, de ter os olhos brilhando, de desfilar com aquele sorriso de borboleta azul estampado no rosto...



Não lembro se foi o "Wando" ou se foi o "Reginaldo Rossi" que disse em uma

entrevista que se a Marisa Monte não tivesse optado pelo "Amor I love you"

e que se o Caetano não tivesse dito "Tô me sentindo muito sozinho... "

eles não venderiam mais nenhum disco. Não adianta, o público gosta e

vibra com o "brega".



Não adianta tapar o sol com a peneira. Por mais que você não admita: -

Você ficou triste porque o Leonardo di Caprio morreu em "Titanic" e ficou feliz porque a Julia Roberts e o Richard Gere acabaram juntos em "Uma Linda Mulher";



- Existe pelo menos uma música sertaneja ou um "pagodinho" que te

deixe com dor de cotovelo;



- Você sabe a letra de pelo menos uma das músicas de "Sandy e Júnior",

nem que seja para cantar com a música de fundo;



- Quando você está solteiro e vê um casal aos beijos e abraços no meio

da rua você sente a maior inveja;



- Você já se pegou escrevendo o seu nome e o da pessoa pelo qual você

está apaixonada no espelho embassado do banheiro, ou num pedacinho de papel;



- Você já se viu cantando o mantra "Toca telefone toca" em alguma das

sextas-feiras de sua vida, ou qualquer outro dia que seja;



- Você já enfiou os pés pelas mãos alguma vez na vida e se atirou de

cabeça numa "relação" sem nem perceber que você mal conhecia a outra pessoa e que com este seu jeito de agir ela te acharia um tremendo louco;



- Você, assim como nos contos de fada, sonha em escutar um dia o tal

"E foram felizes para sempre" e adora quando passa na TV aqueles comerciais

de margarina, alá Doriana, no maior estilo "super família feliz" durante o

intervalo das novelas...



Bem, preciso continuar?



Ok, acho que não... Mas, assim como você, eu também me nego a confessar

qualquer uma das situações descritas acima, até porque, nós, mulheres,

não somos mulheres de ficar sonhando acordada, ou paradas esperando a vida passar. E, todos nós, morremos mas não perdemos a pose, certo?!?!



Martha Medeiros

(pelo menos eh o que dizem, nao confio muito em direito autoral na internet)

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