terça-feira, julho 27, 2010

Brinquedinhos novos!



Outro dia comprei um monte de xícaras (depois eu conto a história, foi na abertura da copa). Depois comprei esta 'leiteirinha' pra deixar o leite cremosinho. A leiteira é cheia de frescura, cheia das ciência (sic).

Aí, outro dia comprei mais uns brinquedinhos, um kit com termômetro, dois copinhos fofos e uma colher para o café e para o leite, acopladas. Na mesma compra adquiri outra leiteirinha, maior, para fazer uns lattes bem lattes. Com a leiteira pequena rola apenas cappuccino. (tá ligada nas proporções de leite/café que diferenciam latte e cappuccino, né? ahahah)



Hoje chegaram meus outros brinquedinhos: um moedor manual, um tamper (que não sei o nome disso em português), uma knock box (que tampouco sei o nome em PT) e uma escovinha para limpar o moedor.

Estou louca para que amanheça e eu possa usar os café que mamãe mandou, lá do Café do Mercado. Os grãos estavam no freezer, no super chique ultra pote qur comprei, desenvolvido especificamente para guardar café. Outro brinquedo cheio das ciênça (sic).




Rainha





Uma das meninas aqui resolveu viajar e sub-locar o quarto. Não, não se pode sub-locar o quarto. Não, ela não sub-locou para alguma conhecida, ao contrário. Enfim, veio uma mocinha e ficou aqui por um mês. E a minha colega ainda me colocou numa saia justa. Nós podemos receber visitas por até 15 dias no mês. Para entrar no prédio, pegar elevador, respirar, precisamos de carteira de identificação e, no caso de visitantes, podemos pegar um cartão de visitante. O lance é que o passe é válido por, no máximo, 15 dias. Então a moçoila preencheu uma fichinha com meu nome e tudo e pediu pra eu assinar. Pediu-me como um favor, que eu não tinha como recusar, né?

Sei que a guria ficou aqui um mês, não fedia nem cheirava (tampouco falava). Produzia um monte de lixo, mas não tirava. Enfim, num dos dias, eu acordo pela manhã, vou até o banheiro, abro a porta, e me deparo com a mina sentada no trono. As duas levaram um susto. Pedi desculpas enquanto fechava a porta rapidamente. Não sei o que deu na cabeça da mocinha pra não trancar a porta (que fica usualmente fechada, então não dá para saber se tem alguém ali ou não).

Tirar lixo de gente folgada, ter uma "estranha" na nossa "casa", tudo bem. Mas ver a mina ***ando, ninguém merece!

Pausa!


Ufa, depois vou contar da minha aventura ecuatoriana! Mas jah fico feliz de ter conseguido “atualizar o blog”, ainda que offline, sobre minhas andancas no Peru.

Ainda estou no busum, mas minha bateria jah vai acabar e agora tenho soh uma hora de viagem, entao vou fazer um lanchinho e dormir um pouco, emulando as outras tres meninas a volta da minha mesinha (sim, subiu uma terceira menina, no meio do caminho). Sim, a espacosa continua com o computador cor-de-rosa aberto na mesinha, e sem usa-lo. Tem gente que nao tem nocao, neh!

quarta-feira, julho 21, 2010

Redescobrindo Lima

From Peru - Dia 9 - 05 jun 2010 - Lima

No centro de Lima fomos ateh o Museu da Literatura Peruana que fica num predio fantastico, onde era a antiga estacao central de trem da cidade. O museu estah o maximo e foi inaugurado em 2009. Foi espantoso ver tanta gente no museu, gente de todas as idades, e que pareciam nativos, num sabado a notie. Alias, o centro todo estava tomado de peruanos passeando, o que me causou surpresa. Acontece que no centro fica a casa do governador, entao o policiamento lah eh impressionante e torna-se uma parte bem segura da capital. Mas uma coisa que eh interessante eh que estes foram os policiais mais fofos que jah vi na vida. Abaixo, uma prova:

From Peru - Dia 9 - 05 jun 2010 - Lima

Depois disso fomos olhar artesanatos e acabamos numa feira gastronomica bem popular que foi excepcional e provamos varias comidinhas peruanas. Nossa noite teve direito a show do Rick Martin peruano (que era, na verdade, um cover do Michael Jackson! Sim, eu sei).

From Peru - Dia 9 - 05 jun 2010 - Lima

Andamos e andamos pelo centro depois pegamos um taxi e fiquei no meu albergue, Nati e Dani foram pra casa de uma amiga, onde estavam hospedados, ha algumas quadras de onde eu estava. Eu jah mencionei algo sobre mundo gema, neh?

Quando cheguei no albergue a Lianna estava lah, entao desci com ela para pegar algo pra ela comer, depois voltamos para o albergue, tomei banhinho e fui dormir um soninho tri bom, de quem estava mais do que morta.

Na manha seguinte pegamos um taxi (30 soles) para o aeroporto e assim encerramos nossa aventura peruana. Amei amei amei!!!

De volta a Lima: encontros e desencontros



From Peru - Dia 9 - 05 jun 2010 - Lima


No dia 5 de junho fui com a Lianna para o aeroporto. Antes passamos na padaria perto da casa do Amit para tomarmos cafeh da manha, e ele foi junto. Descobri que cacetinho (pao frances) se chama carioca no Peru. Comi um carioca bem gostosinho, com queijo e presunto. Alias, dois cariocas. E tomei um suco de laranja com mamao. Encerrando deliciosamente minha aventura cusquenha.

Pegamos um taxi para o aeroporto e desembarcamos na capital peruana. Em Lima estava determinada a pegar um onibus e foi o que fiz. Eu me amo. Por apenas 2 soles (e nao 45) cheguei em Miraflores, onde fui a cata de um albergue. Ficamos no Flying dog, onde pagamos 23 soles pela noite, e ficariamos apenas uma noite, mesmo. Deixei minhas coisinhas, coloquei num armario, fechei meu cadeadinho e fui buendear pela cidade.



From Peru - Dia 9 - 05 jun 2010 - Lima

Ainda bem que eu tinha explorado bastante o bairro, a pe, anteriormente, entao foi facinho descer do onibus e depois me virar por Miraflores. Fui na parte que nao havia ido quando da minha primeira passagem na cidade. Entao, a beira do Pacifico, fui no shopping center gigante e supostamente chique. Chique para padros novos-ricos-sulamericanos, neh? Coisa mais de mal gosto eh impossivel. Eh como um... putz, qual o nome daquela tentativa de shopping, super de mal gosto, em Salvador. Enfim, eh um monstro a beira da praia. Tem de tudo. Eu estava abismada com o lugar, andando pra lah e pra cah, quando, de repente, nao mais que de repente, vejo o casal luso-andorrenho mais fofo que conheco: minha colega Fulbrighter Natali e seu marido Daniel.

Acabamos passando o restante do dia juntos e nos divertimos horrores. Andamos por Miraflores, fomos ateh o parque amor e depois pegamos um taxi ateh o centro de Lima. Pegamos um taxista fantastico, que conversou horrooooores com a gente e foi a coisa mais amor.

terça-feira, julho 20, 2010

Bye, bye Cusco!

From Cusco - Dia 7 - 04mai2010 - Bye Cusco


Dia 4 Junho era praticamente meu ultimo dia em Cusco, entao acorde tranquilex, fui andar pela cidade, comprar as ultimas coisinhas, voltei no mercado central para mais uma salada de fruta, caminhei, caminhei, fotinhos, papeei, e fui para uma sessao de massagem: a 20 soles! Uma hora de massagem por 13 reais, era o que meu corpo, e bolso, precisavam. A massagem era meia boa, um monte de oleo, mas enfim, eh bom ficar deitadinha por uma hora com alguem te apertando toda.

Finalmente tirei algum algum dinheiro, jah que nao tinha nem um puto tostao. E estava com aquele sentimento de “ah, eh o ultimo dia, estou em ferias, aziras (gauches para “azar”)”.

Machu Picchu!!!


From Cusco - Dia 6 - 3jun2010 - Machu Picchu


Acordei as 4 da manha, fui no cafe ao lado do correio, e comprei um cafe que estava tri bom, comprei um chocolatim e paguei pra entrar na internet no tal cafe. Paguei com cartao de credito e me cobraram 10% por pagar com cartao. Mas paguei pra usar a internet somente para alertar minhas companheiras de viagem que estariam pegando o bus pra Aguas Calientes naquela manha, entao eu queria dizer como a cidade funcionava e dar a dica de onde dormi.

Fui para a parada do busum porque queria pegar o primeiro bus, as 5h30, e ver o sol nascer na cidade perdida dos incas. Cheguei lah e tinha uma fila do cao. Peguei o oitavo onibus e vi o sol nascer no busum mesmo. Como o onibus era muito caro, no dia anterior eu comprei apenas a ida e decidi que desceria de Machu Picchu a peh, porque achei uma roubalheira cohbrarem 20 soles para para a passagem do bus que leva uns 15 ou 20 min pra fazer o trajeto (que leva duas horas a peh). Como pra baixo todo santo ajuda, eu paguei pra subir, neh meu bem.

Cheguei em Machu Picchu e cada centavo de roubalheira em Aguas Calientes foi recompensado. O lugar eh fantastico, maravilhoso, espetacular e nao ha palavras para descrever a geniosidade – e engenhosidade – do povo inca. Jah que nao dah pra descrever mesmo, nao vou ficar aqui enrolando e tentando encher de adjetivos minha experiencia em Machu Picchu.. Foi otimo e isso eh tudo.



From Cusco - Dia 6 - 3jun2010 - Machu Picchu


Andei, andei, andei. Fiz fotos ateh dizer chega. E acabei ateh fazendo uma companheirinha de caminhada para a volta. Sim, eh bom ficar sozinha. Mas sim, tambem eh bom encontrar companhia. Minha companheira foi a Sylvia, uma alema de 50 e poucos anos que estava viajando sozinha – e estarah em Nova York em breve!

Quando chegamos de volta em Aguas Calientes nos despedimos e fui sentar na praca. Eu sabia que se ficasse por ali tempo suficiente eu acabaria encontrando a Kristin, Emma e cia. Dito e feito, uns 10 minutos ali e ouvi a caracteristica voz da Kristin. Entao fomos todos almocar/jantar. Como agora eu jah estava safa com o comercio local, fomos num restaurante e perguntamos TUDO antes. Cobra a mais pra usar cartao de credito? Cobra impostos extras (-sim, de 20%, - um bla bla bla e: mas fazemos um desconto e vamos cobrar de voces soh 10%). Ao inves dos precos no cardapio, ganhamos desconto de qualquer prato ateh 40 soles por 20 soles. Alem disso ganhamos um pisco sour cada um. Ok, decidimos ficar ali. Comemos e a refeicao estava divina.



From Cusco - Dia 6 - 3jun2010 - Machu Picchu


Foi lah que experimentei a carne de alpaca. Meu blusaozinho de alpaca acompanhou a janta. O pisco sour estava tri bom tambem. Depois fomos para o cafeh, tomei um cafezinho tri bom e compartimos sorvete, brownie e torta de chocolate. Cobraram-me 1 dolar por usar o cartao – nao sei que fim levou a regra dos 10%! Entre mortos e feridos, salvaram-se todos em Aguas Calientes e meu coracaozinho ateh ficou cheio de ternura.

Voltei para Cusco numa viagem mega cansativa. Cheguei na estacao de trem e os taxistas filhos da puta queriam me cobrar 11... 8... soles pra me levar pra casa. Cara de pau da porra! Custa 2 ou 3 soles o taxi! Fiquei puta e fui A PEH pra casa. Va se catar! Primeiro porque eu sabia onde estava e quao longe eu estava. Segundo que eu nao tenho medo do escuro (era quase meia noite). Terceiro que pra quem jah tinha andando ateh morrer o dia inteiro, uma mortezinha a mais uma a menos nao faria tanta diferenca.

Indiada


From Cusco - Dia 5 - 02jun2010 - Ida Aguas Calientes


Cheguei em Aguas Calientes por volta da 1 da tarde e fui catar um lugar pra passar a noite. A cidade eh um cuzinho cheio de pousadas, hoteis, restaurantes e uma populacao que lah vive e disso vive. O lugar lembrou-me muito Morro de Sao Paulo, guardada as proporcoes.

Depois de alguma peregrinacao acabei ficando numa hospedagem ao lado dos correios da cidade. Por 20 soles (uns 13 reais) eu consegui uma cama grande soh pra mim, um banheiro soooooh pra mim, toalha, papel higienico e sabonete. Sim, soh pra mim. Acabei deitando na cama, soh pra experimentar e cai no sono. Depois acordei e fui “explorar” a cidade. Andei pra lah e pra cah, vi uma piazada jogando futebol, tirei umas fotinhos, interagi com um ou outro nativo e depois fui tomar um cafe. Ai comecou meu odio pela cidade. Entao o cafe era 5 soles. Ok. O cafeh era ruim, ruim, ruuuuuuim que eu nao consegui tomar. Fui pagar: 7 soles. Como assim? Ai, tem 1 de imposto e 1 pro nosso salario. Filhos-da-puta-ladroes-mercenarios-enganadores-de-turistas. Andei, andei, andei pra aliviar meu odio. Depois fui jantar. Ok, depois de conversar e conversar pra ter certeza da negociacao do prato, aceito um frango por 8 soles. Vou pagar e o carinha me diz: nao, sao 14. Hein? Nem preciso dizer que odiei-muito-tudo-isso, neh?

Como estava com muito odio no meu coracaozinho eu desisti de explorar a cidade e resolvi pagar e entrar na internet. Lenta. Muito lenta. Nao, tipo, MUITO lenta. Fui pro meu quartim dormir e esperar por Machu Picchu. Essa porcaria tinha valer muito a pena.

quinta-feira, julho 01, 2010

Gema, gema, gema



From Cusco - Dia 5 - 02jun2010 - Ida Aguas Calientes


Falando em Machu Picchu... no dia seguinte, 2 de abril, eu parti na minha jornada solita para a cidade perdida dos incas. Nao fui com a galera para Machu Picchu, ao contrario, peguei meu onibus sozinha, o trem e todo o resto. Foi no exato momento da viagem porque eu jah estava precisando ficar sozinha. Quem jah viajou comigo sabe, eu PRECISO ficar sozinha por um tempinho durante qualquer viagem, por melhor que seja a companhia. Alem disso, penso que Machu Picchu seja algo para ser feito ou com uma companhia de viagem muito parceira ou entao algo para se fazer mesmo a sos, no seu ritmo proprio, aproveitando para pensar na morte da bezerra e essas coisas todas.

Peguei o bus que eh parte do ticket do trem em Cusco. Eh um bus porque houve uma serie de deslizamentos na regiao ha algum tempo, entao nao ha trem entre Cusco e Ollantaytambo por enquanto, mas a viagem deveria ser toda em trem.

No onibus conheci um casal, as primeiras pessoas negras que vi em Cusco. Eles eram de Nova York, do Harlem. Puta que pariu, neh, eu saio de NYC para encontrar meus vizinhos no Peru! Mundo pequeno do caramba!

Ai depois, em Ollantaytambo – na verdade eh um pouco depois de Ollantaytambo, na tal da hidreletrica – descemos todos na estacao de trem onde ha um local de espera para pegarmos o tem. Quando o trem chegou fui para o vagao qur tinha minha letrinha. Dai uma mocinha falou na fila que eu estava na fila errada, eu e a outra menina atras de mim. Ok, mudamo-nos para a fila correta. Enquanto caminhavamos para a dita fila, batemos um papinho e, pra minha surpresa, a guria morava em Morningside Heights! Esse eh o nome chique para Harlem. Eu facilito a vida e digo que moro no Harlem, por motivos politicos e etcetera, mas o nome “tecnico” de onde moro eh Morningside Heigths.

(parenteses: Morningside Heights eh a parte do Harlem onde fica a Columbia University, uma Ivy League da vida. Ivy League eh chamado o grupo das 7 melhores universidades da costa leste dos Estados Unidos; sao universidades particulares, tradicionalmente top top e super caras. Eu estudo na Columbia. Entao para nao se dizer no Harlem, o bairro mais negro dos Estados Unidos, e que historicamente era muitissimo pobre, a parte da Columbia e arredores fica no Morningside Heights. Fecha parenteses)

Mas entao, vai dizer que nao eh um mundo ovo!!!







De Cusco - Dia 5 - 02jun2010 - Ida Aguas Calientes


Peguei meu trenzinho, o New Backpacker. Tem o Backpacker, o New Backpacker (que eh o mesmo preco do anterior, e sao os mais baratos, 50 dolares-olhos-da-cara o trecho Cusco-Aguas Calientes), o Vista Dome, que eh chique, e o Hiram Brigham (ou algo assim), que eh o trem puta chique e caro, que leva o nome do estadunidense que “descobriu” Machu Picchu (tipo, descobriu porque pagou 1 sole prum nativo que dizia que existia um monte de ruinas no meio da selva; dai o pesquisador pagou a grana, o nativo mostrou as ruinas, o Hiram ficou famoso, todo mundo comecou a explorar Machu Picchu e era isso).

Sentei no trenzinho e tinha uma mesinha e na minha frente um casal dos Estados Unidos. Batemos papinho e tal e depois de muitcho muitcho papo, descobrimos que a filha deles vai agora estudar na Columbia, comeca este semestre. Nao contente com o mundo-ovisse, o universo coloca a filha do casal estudando nao soh na mesma universidade como na mesma faculdade, ela vai pro Teachers College. Como Deus eh um cara gozador e adora brincadeira, bora colocar a menina morando no mesmo predio que eu, uma andar acima. Vai ser mundo gema na PQP!

Causa rellena



De Cusco - Dia 4 - 01jun2010 - Chilling


Dia 1o de junho eu usei para fazer nada. Andei pela cidade o dia inteiro e me cansei bastante. Neste dia, tambem, chegaram a cidade outros amigos couchsurfers: Dileep, Frank e Chris, eles estavam em Arequipa, outra cidade no Peru, e jah estavam nas estadas sulamericanas ha algumas semanas.

A noite saimos para jantar e fui com a Emma, o Mike e a Marie-Line num restaurante chamado Tabasco, que tinha precos bem razoaveis e uma comida muito gostosa. Experimentei uma causa rellena, meu primeiro pisco sour e comi uma saladinha, pra desintoxicar dos carboidratos da Maria Luiza.


De Cusco - dia 3 - 31maio2010 - Ollantaytambo

Depois da janta nos encontramos com os outros, que haviam se separado para comer em diferentes locais, e fomos todos para um bar onde tomei mais pisco sours...

Eu acho que essa foi a ordem das coisas, tenho um pouco de duvidas se a janta foi no dia 31 ou 1o, mas isso nao faz a menor diferenca, neh? Faziamos tanta coisa todos os dias que parece que um dia era feito de tres. Andei tanto tanto tanto... que voltei a Nova York com menos quatro quilos. Preciso ir a Machu Picchu uma vez por mes ateh o final do ano, pelo menos!

Katemari e os nativos

De Peru - photos By others
Minha interacao com os nativos foi um caso a parte nesta viagem: eu e meu portunhol. Espetaculo (porque mi espanhol es fueda)! Nas minhas viagens ao exterior eu sempre agradeco por ser brasileira (ok, menos na hora da imigracao) porque nao tem lugar que eu tenha ido que as pessoas nao tenham me dito que gostam muito do Brasil ou do povo de lah. Eh bom saber que somos bem quistos. Pena que eu nao possa dizer o mesmo por ser gaucha, jah que nao somos dos estados mais adorados da nacao, tampouco somos, de maneira geral, as pessoas mais simpaticas. Mas dai eu posso passar um 171 e dizer que morei quatro anos na Bahia, soh pra amenizar (ou vice-versa, dizendo que morava na Bahia, ressalto: mas sou de Porto Alegre!).

No Peru, precisamente em Cusco e regiao, outro fator interessante foi o fato de eu ser negra. Nao ha negras ou negros, praticamente, no Vale Sagrado (nem ao norte do pais). A pouca populacao de origem africana no Peru estah no litoral sul. Entao eu era meio que uma atracao, todos me olhavam. Nao era um olhar ruim, nao senti como um olhar preconceituoso, mas um olhar curioso. A Maria Luiza, a cozinheira (se eu estiver usando seu nome corretamente), falou-me que eu fui a primeira pessoa negra com quem ela falou em toda sua vida! Ela disse que ateh jah tinha visto, de longe, mas nunca tinha “falado com uma”. Pode soar como bichinho raro, mas nao foi essa a sensacao que fiquei. Ela era uma fofa.

Uma vendedora numa loja em Cusco, com algum rodeio, perguntou se meu cabelo era de verdade, como era chamado e tal. Depois de ainda mais rodeio ela perguntou: posso tocar? Tah bom, pode... (mas deverias me der um desconto na minha compra, neh?)

As construcoes de Ollantaytambo

De Cusco - dia 3 - 31maio2010 - Ollantaytambo



No dia seguinte, 31 de maio, pegamos um busum e partimos para a cidade de Ollantaytambo. Sacolejamos bastante num onibus, por umas 3 horas, ateh uma cidade que nao lembro o nome agora, depois seguimos de taxi ateh Ollantaytambo. Ollanta eh uma cidade bem fofinha e tem o sitio arqueologico mais lindinho que vi, fora Machu Picchu, claro.

De Cusco partimos Kristin, Lianna, Emma, Mike e eu, mas na tal cidadezinha Liana, Emma e Mike pegaram um taxi e Kristin e eu queriamos ver quanto saia seguir a viagem de busum. O que acontece eh que os precos sao mais baratos, evidentemente, para locais (bus) do que para turistas (taxi) e o povo da ala 1 nao se importava muito de pagar mais, especialmente porque na hora da conversao para dolar, esses valores nao pareciam terriveis. A questa (sic) eh que eu nao estava viajando nos isteites, portanto nao queria pagar precos de isteites, ora bolas. Buenas, resultou que acabamos pegando um taxi, mas coletivo. Explico: no Peru chamam de coletivo taxis que levam pessoas “misturadas”, como se fosse uma lotacao (Porto Alegre), um executivo (Salvador). Entao a Kristin, eu, um outro menino que encontramos por lah e que era dos Estados Unidos e uma outra mulher (nativa) que levou a filhinha no colo, fomos num taxi por 2 soles cada.

A Kristin e eu fizemos todas as trilhas do sitio de Ollantaytambo, foi massa, foi tri, foi maneiro! A cidade eh a coisa mais fofa, super bonitinha e se eu soubesse teria ido pra lah de onibus e ficado uma noite num albergue por lah, antes de seguir para Machu Picchu, jah que teria que voltar ateh Ollanta para ir a Machu Picchu.

Na volta, pegamos um taxi, tambem coletivo, e depois um onibus. A viagem de onbus, na volta, foi uma aventura. Sentei-me ao lado de um menino que estava mais pra lah do que pra ca. Ele subira no busum com seus amigos musicos, eles estavam vindo de uns shows que fizeram, e iriam fazer mais shows ao longo da semana. O menino ficou de papo, de papo e eu dei corda. No fim ele era super super gente boa, coisa mais querida, um estudante de agro-engenharia que toca num grupo musical nas ferias para fazer dinheiro e se sustentar na faculdade, alem de tentar fazer dinheiro para ajudar sua irma mais nova. O objetivo dele, na vida, eh poder dar para a irma tudo o que ele nao teve. Primogenito de uma familia de apenas dois filhos, esta morando longe dos pais, por causa da universidade, e sua mae nao gosta que ele beba. Reclamou que eh dificil ter amigos de verdade, que os amigos soh estao junto para festa, mas nos momentos dificeis desaparecem. Ensaiou umas palavras em portugues e disse gostar da musica Brasileira.

Na volta de Ollantaytambo resolvi ir a pe da parada de onibus em Cusco ateh a casa do Amit. Incomoda-me um pouco esta coisa de andar de taxi o tempo todo. Tudo bem que eh barato e que como sempre dividimos acaba saindo bem em conta (1 soles pra cada), mas mesmo assim, eu gosto de caminhar e ter uma boa nocao de onde estou, de ter uma melhor nocao da cidade em si e para isso o unico remedio eh caminhar. Entao tentei usar meu ateh-relativamente-bom senso de direcao, pedi ao motorista pra descer do busum a uma certa altura antes do fim da linha e pus-me a caminhar. A Kristin estava um pouco receosa, mas o povo estadunidense, pareceiro de viagem, com excessao do Amit, era todo receoso. Impressionante! Enfim, caminhamos e dai vi uma estacao de policia, entrei e pedi informacoes. O Beto (sente a intimidade) foi super querido e nos mostrou como chegar ateh em casa. Sim, estavamos perto de casa. Eu me amo. Alias, o Beto era um policial tri gatinho, se eu fosse meio metro menos alta ateh dava em cima dele.

A trilha Tambomachay


De Cusco - dia 2 - 30maio2010 - Tambomachay trail


No dia seguinte, 30 de abril, fomos fazer o tour de Tambomachay. Que incluia 3 dos 13 sitios arqueologicos do boleto turistico. Primeiro pegamos um onibus (2 soles) ateh Tambomachay, depois descemos a pe, ateh Cusco. Sao 8Km e no caminho paramos em Quencho e Sachsayaman (que ganha o apelido de Sexy Woman, pela pronunca de seu nome).

No inicio da nossa caminhada, na parte mais alta, tinham uns vendedores de artesanato e comprei meu blusaozinho de alpaca que me seguiria fiel durante toda a viagem. O senhor de quem comprei o blusao me deu um ramo grande de munha, uma planta local que, segundo ele, iria me ajudar a adaptacao com a altitude e a falta de ar. Isso porque quando passei pela sua barraquinha, na ida, eu estava naquele estado, morrendo-com-a-lingua-pra-fora. Entao peguei a munha e fiquei mascando. Na volta comprei o blusaozinho.

No caminho, durante a descida, paramos na estrada na casa de uma senhora que tinha varios porquinhos da india pelo chao e ateh uma ninhada (serah que se chama ninhada?). Sim, porquinho da india eh uma das iguarias peruanas. Eu queria tanto ter comido, mas nao comi. A senhoa essa levaria uma hora para matar, limpar e preparar os porquinhos, entao nao dava para a gente porque levaria muito tempo e ainda tinhamos a maior parte da caminhada pela frente.

Nao senti mais a tonterinha de quando sai do aviao no dia anterior, apenas a falta de ar. Mas agora soh sentia falta de ar quando subia em superficias inclinadas ou escadas, jah conseguia caminhas no plano, falar e nao morrer ao mesmo tempo. Durante este dia, alem da munha, fiquei mascando folhas de coca e tomando mate de coca. Coisa mais linda as fotos em que apareci, cheia de mato verde na boca. Outra coisa mais fofa e que estava com uma toquinha azul e um cardigazinho. A toquinha eh fofa. O cardiga eh fofo. Minha bermuda e meu top eram bem bonitinhos. Mas a combinacao desses quatro elementos formava o quadro da dor. Paciencia, o importante era ficar quentinha, quem liga para sair bem na foto.

Quando chegamos a Sachsaywaman observei um grupo de turistas, com uma guia. Aproximei-me. A guia falava em espanhol, entao colei no grupo e, digratis, fiquei pegando as informacoes sobre o lugar. Essa, alias, foi a estrategia que adotei ao longo da viagem nos demais lugares que iamos.