quinta-feira, junho 18, 2009

Foi por pouco...


Tá, foi assim ó:

Eu estava trabalhando, daí por alguns 30 minutos eu não tive nada pra fazer. Ok, 30 ou 50 minutos. Nada, nada. Então fui olhar meus emails. Daí olhei os emails do CS e tinha um falando que a Delta estava com boas promoções para a zoropa, partindo de grandes cidades dos istêites. Continuei lendo as conversinhas. Daí a Laura disse que viu passagem barata pra Madrid nas datas tais e tais, feriado do Dia de Ação de Graças.

Olhei prum lado, pro outro. Nada de trabalho.

Abri o Kaiak e fui dar uma olhada. Coloquei as datas que a Laura falou. Estava achando passagens de 400 e tantos dólares pra cima, o que é barato, mas tinham falado em 200 e pouco. Continuei olhando e nada. Então vi uma passagem por 200 e tanto. Pensei... vamos ver qualéqueé. Fui fazendo os passos para comprar, daí veio uma mensagem dizendo que a passagem tinha mudado de preço. PNC desses sites enganadores.

Tá. Nada de trabalho ainda. Continuei olhando.

Achei noutro site uma passagem por 100 e tanto, com taxas e tal ia para 230. Nova York - Madrid - Nova York. Feriadinho em novembro. Clica aqui, clica ali. Nome, bla bla bla. Escolhe assento, bla bla bla. Email de confirmação.

Sim, sim, sim! Eu comprei uma passagem para Madrid pela bagatela de 230 dólares, ida e volta e todas as taxas. Fala sério!!! Tipo, 450 reais pra ir até ali na Espanha, passar uns diazinhos. Meu, não deu pra resistir, era muito barato.

Mandei mensagem no CS dizendo que tinha comprado. Todo mundo tentando achar e nada.

Daí, meu bem, de um segundo para o outro apareceu um monte de trabalho. Nesse dia fiquei até meia hora a mais do meu horário, de tanta coisa que apareceu.

Depois, à tarde, quando já estava em casa e nem acreditando que eu tinha comprado uma passagem tão barata, eu volto na lista do CS e vejo que a Laura não conseguiu comprar a passagem. No fim, fui a única que conseguiu comprar. E procurei horrores depois e nada. Por pouco a Laura não pegou o mesmo preço. Bobeou, ficou esperando, comeu mosca... perdeu preibói!

Pessach, Passover, Páscoa Judaica




Apesar de morar décadas em Porto Alegre, de ter freqüentado (nova norma ortográfica de c* é r*) o Bom Fim e de ter interesse por religiões e povos e costumes, eu não sabia nada sobre judeus até o começo deste ano. Não que agora eu saiba muita coisa, mas nestes poucos meses de 2009 aprendi mais sobre o povo judeu do que em toda a minha vida.

Claro que esse aprendizado se deu da maneira mais conveniente possível: viajando e comendo.

Primeiro tive a experiência de passar alguns dias na Alemanha e através do Memorial aos Judeus Assassinados na Europa (página em inglês)eu pude aprender um pouco sobre o que foi o Holocausto (A lista de Schindler, O diário de Anne Frank, O pianista etc., ajudam mas não dão conta do recado). Dá uma olhada no panfleto informativo do museu (em português).

Depois tive a oportunidade de passar o Pessach com uma família judaica. Foi excelente. Comi e bebi até quase morrer. Um monte de comidas boas, um monte de vinho, muitas risadas, muita gente bacana, uma tradição muito bonita. Na foto acima, estou lendo o livrinho com a história que todas as famílias judaicas contam/lêem/relembram durante o Pessach, em todo o mundo. Ao meu lado está um casal Polonês: Agnieska e Lukasz. O Lukasz é bolsista Fulbright e esteve comigo na orientação em Miami. Eu fui convidada a participar do Seder do Pessach e podia convidar mais duas pessoas, então convidei esse casal super fofo. Adoro os dois. A gente leu a história, comeu as comidinhas, bebeu o vinho, fez todas as coisinhas.

Tem também a convivência com alguns alemães com quem tenho intimidade suficiente para perguntar tudo-o-você-sempre-quis-saber sobre a relação alemães contemporâneos-história dos judeus na Alemannha. Além da convivência com amigas e amigos de origem judaica. Agora tenho até uma colega de casa judia. Não, ela não come porco e usa esponja separada para lavar a louça, para não correr o risco de ter contato com algo que tenha tido contato com porco.

Durante esses meses por aqui, aprendi sobre o que é Kosher e todas essas coisas. Tenho amigos etnicamente judeus mas não reliogiosamente judeus. E tem os meio religiosos, assim como o bando de meio-católicos que tem no Brasil.

Uma particularidade de morar em Nova York é que a cidade concentra a maior população de judeus do mundo. E, quem diria, a comunidade judaica começou aqui porque uns judeus que moravam em Recife decidiram se mudar, em busca de livre expressão religiosa. Sorte minha, que estou na parte do mundo em que a versão judia de Babka pegou e colou! (e faz de conta que cada fatia dessa delícia não tem 500 calorias.)

Então ficamos assim: como babka e comidinhas do Pessach por aqui e tapioca lá na Sé, em Pernambuco.

quarta-feira, junho 17, 2009

Mi Argentino Querido



Na linha adivinha... adivinha quem vem me visitar, quem, quem, quem???
Meu argentino favorito!!!

Sim!!! O Martín vem passar uns dias na grande mação no verão. Estou louca que ele chegue logo. Vai ser tão bom andar pra cima e pra baixo com ele.

Tá, não vai dar pra encher a cara de roska, mas a gente pode encher a cara de mojitos e afins.

Oh, pode trazer dulce de leche, bocaditos, casaco de couro, crema tremontana, bife de chorizo...

Tem coisas que só Nova York faz pra você


Conversa pelo bate papo no Gmail:

adivinha q musica ta tocando agora
no meu iTunes
bah
meu ia ia meu iô iô
uhhhh
e qdo tão louca me beija na boca me ama no chão
mazaaaaaaaaaaaá

segunda-feira, junho 15, 2009

MoMa, a lenda.



Entrei em férias na metade de maio. Nem acredito que não coloquei isso no blog. Bem, eu entrei em férias numa semana e exatamente uma semana depois eu comecei a trabalhar. Então são umas férias bem meia-boca.

Entretanto, meu primeiro final de semana de férias foi maravilhoso. Na sexta-feira eu almocei em casa, depois fui no gostoso-que-me-faz-massagenzinhas. Explico: tenho ido num quiropraxista que, por acaso, é gostoso e, em sendo quiropraxista, acaba rolando uma masagenzinha no pescoço e afins, depois da tortura de me torcer toda. Então eu o chamo the-hot-guy-that-touches-me.

Depois do gostoso, fui passear, relaxadinha, no Central Park. Tomei um solzinho, fiz as unhas (só pintei, eu levei esmalte na bolsa), li um livro, caminhei e tomei mais sol. Estava um dia quente, lindo, ensolarado. Depois fui encher a cara. Vinho branco geladinho no meio/fim da tarde, bate papo, bla bla bla. Despues, jantinha: bacalhau com aspargos.

No sábado fui ao MoMA. Mas o MoMA tem história... seguinte: quando vim pra cá em 2007, por uma semana, à passeio (era caminho da conferência, fazer o quê?), eu queria porque queria ir no MoMA. Não fui na segunda-feira, já que museu que se preza fecha nas segundas. Aí fui na terça. Chego lá e o MoMA tá fechado. Já que todos fecham na segunda, o MoMA abre às segundas, pra ser do contra. Daí fui na quarta-feira. Mas ao contrário de muitos museus da cidade, no MoMA não dá pra dar qualquer valor pra pagar a entrada, tem que marchar com o ingresso que é bem carinho. E eu, como boa pobre, me neguei a pagar. Peguntei se tinha um dia de graça. Tinha, nas sextas-feiras. Na sexta eu voltei lá (ainda estamos em 2007, não se perca). Chego no museu e me dizem que a entrada gratuita é só depois das 17h. Puta que pariu, né? Custava ter um bilhetinho na porta falando os horários de funcionamento e valores para cada dia da semana. Eu teria evitado várias viagens.

Tá, daí agora eu voltei pra Nova York. Toda chique, né bem, por cima da carne seca, com um passe corporativo que me permite ir de graça no MoMA qualquer santo dia. Toma! Mas como Deus é um cara gozador e adora brincadeira, agora eu tinha o passe e não tinha tempo. Acabei nunca indo no MoMA, até o meu primeiro final de seman em férias.

Fui, toda-toda.

Entrei, peguei o telefonezinho para a visita guiada. É como um celular, que tem uma visita guiada, daí a gente tecla o numerozinho da peça/obra/afim e uma gravação explica tudo. Bem bacana.

O problema é que, sabe como é, esse BANDO DE TURISTA vem visitar a MINHA CIDADE e fica atrolhando (se não é gaúcha ou gaúcho, sinto muito, atrolho é vocabulário básico). Então eu só vi a parte de fotografias e um pedacinho de uma exibição de pinturas. E deixei para voltar em outro dia de férias, com menos povo à volta. Bem, eu achei que teria um montão de férias, né?

Pelo menos agora o MoMA desencantou. Já posso ir, a qualquer hora.


Somerville na primavera



No primeiro domingo de Junho acontece uma Feira de rua em Somerville, New Jersey. Lembra, é a cidade onde mora minha colega Catherine, que me convidou para o Dia de Ação de Graças com a família dela no ano passado.

Então ela me convidou para ir na Feira e eu fui. Passei o final de semana lá, fui no sábado e voltei domingo. O final de semana estava com um tempo maravilhoso. Finalmente sol, calor.

Voltei cedo no domingo e fui na casa da Chantale, com quem eu havia conversado no sábado e combinado de ir pra lá no domingo. Eu disse que sairia de Somerville e iria direto pra casa dela, no Brooklyn. Chego lá e dou com a cara na porta. Ligo pra ela e ela diz que não sabia se eu ia ou não, então resolveu sair. Eu disse no sábado que iria, mas o povo precisa de confirmação e reconfirmação. Ora, se eu digo que vou é porque vou. Ai, diferenças culturais...

Greer, Carolina do Sul.



No feriadão do Memorial Day (última segunda-feira de maio, 25 de maio, em 2009) eu fui pruma super viagem de carro pelas estradas dos Estados Unidos. O destino: Carolina do Sul.

Um amigo estava de aniversário. Os pais dele mora na Carolina do Sul e queriam que ele fosse para lá. Ele disse que iria, mas levaria uns amigos... no total fomos quatro num carro, quatro noutro carro, um menino numa moto e mais quatro pessoas num avião. Sim, num avião, já que um dos meninos é piloto e o negócio da família é voar para todos os lados. Eu estava num dos carros.

Na ida paramos numa cidade no estado de Virginia, onde passamos a noite e saímos cedinho pela manhã. Nossa anfitriã, couchsurfer, hospedou todo mundo (menos as quatro pessoas do outro carro, que dirigiram diretaço). Era uma mina muito louca, gente boa, toda ligada em arte. Sabe, né? Essa coisa artista-porra-louca-natureba-que-enche-a-cara. Pois. A casa era uma história à parte: uma bagunça, uma sujeira, nossa! E havia apenas uma regra: descarga no banheiro era permitida apenas para sólidos. Argh! Foi divertido. Eu me diverti, pelo menos.

Na manhã seguinte continuamos na estrada e chegamos ao destino final no meio da tarde. São umas 13 horas de viagem de Nova York até Greer, a cidade dos pais do Jay. Cruzamos diversos estados na ida e na volta (voltamos por um caminho diferente da ida). Foi uma viagem super cansativa, mas que valeu a pena cada minuto.

Saímos no final da tarde de sexta-feira. Na manhã de sábado tomamos café da manhã num lugar todo estiloso e natureba, onde o cardápio permitia transformar pratos vegetarianos estritos em ovolactovegetarianos. Sim, sim... não o contrário. O padrão é ser tudo vegano. Minha amiga Carol iria amar. Depois disso: estrada. Chegamos nos pais do Jay: paraíso. Uma linda casa, à beira de um lindo lago e uns anfitriões super fofos.

Fomos dar uma volta de barco para conhecer o lago. Ah, sim, eles têm um barco no quintal. Ah, sim, o quintal é literalmente à beira do lago. Depois do passeio, uma janta com prato típico sulita: low country boil, uma receita com batata, camarão, salsichão e milho verde. Delícia! Ah, detalhe, servidos sobre folhas de jornal. (Já tô vendo o povo se revirando no Brasil e falando que é anti-higiênico.)

Barriga cheia, lagartear um pouco. Ok, sem sol, apenas mosquitos, e preparar-se para a noite: line dancing!

Ah, meu filho, em Roma, haja como os Romanos! E lá fomos nós para a pista de dança e lá fui eu tentar fazer os passinhos. Foi muito divertido. E o preço das coisas??? Eu quero me mudar pro sul! Encher a cara lá deve ser um espetáculo, é muito barato, em comparação com Nova York.

Na manhã seguinte fomos à igreja. Assistimos uma cerimônia Batista não-tradicional. Rola uma cerimônia tradicional (para os mais velhos, dizem eles) num outro horário. Bacana que rolava comida. Tinha uma mesa no fundo, com cafés, chás, bagels, cereais... e a cerimônia foi na quadra de esportes da igreja. Detalhe: com power point! Perdoai-os, Senhor.

De lá, seguimos para um café da manhã. Espetáaaaaaaaaculo! Depois voltamos pra casa e ficamos jogando vôlei no lago, andando de barco e curtindo esportes aquáticos. Não, eu não fiz nenhum dos esportes/brinquedinhos (esqui aquático e outros dois que não lembro o nome), só fiquei dentro d´água, jogando bolinha pra lá e pra cá. Aí, todo mundo cansado, já fora d´água, a Silvinha pergunta o que era aquilo nos pés dela. O Amit olha e diz... ah, são sanguessugas. Hein? Todo mundo olha pros pés. Estávamos cheios de minúsculas sanguessugas. Argh que nooooooooooooojo!!! Nunca tinha visto uma sanguessuga na vida. Eu achei que fosse morrer. Tá, menos. Mas achei muito nojento.

Nem preciso dizer que ninguém mais brincou no lago, né?

Banhinho bom. Filminho no DVD. E churrasco estadunidense na janta. Foi meu primeiro churrasco. É bonitinho, como nos filmes. Mas meu churrasco teve um tempero especial: chimichurri. É que os pais do Jay têm amigos uruguaios e eles gostaram de chimichurri, então esses amigos sempre dão pra eles. Tri, né? Êta, mundo pequeno.

O final de domingo foi regado à jogos de tabuleiro, conversas e afins.

Na segunda-feira saímos cedinho pela manhã, pegamos a estrada e cheguei na minha casinha 14 horas depois. Dia longo.

Alguns dias depois os pais do Jay mandaram um email para todos nós, agradecendo o presente (nós compramos flores, cartão e um vale-presente), convidando para voltarmos e pedindo para enviarmos fotos. Muito fofos.

E essa foi minha primeira experiência pelo sul deste grande país.

terça-feira, junho 09, 2009

Primavera em Nova York



Daqui a pouco já é verão, mas alguém esqueceu de avisar a cidade. São 8h30 da manhã, mas parece 9h30 da noite. Está escuro lá fora. Chove. Não, não, não é chuvinha. É chuva pra caralho. Sim, não há outra expressão para melhor definir a quantidade de chuva que cai nesta tera neste exato momento. E tem trovoadas. Aos montes. Isso me lembra que praticamente não há trovoadas em Salvador.

Durante a noite eu achei que o mundo fosse acabar. O apocalipse. Eu fiquei num estado meio sonho, meio acordada, meio assustada, meio pensando em equações para ver se o pára-raios do prédio seria suficiente para me manter sã e salva. Resolvi desligar o ar-condicionado e voltar para o estado dormir-dormida.

Agora vou pro meu trabalhinho. É, aquele de segunda à sexta, que começa e termina todos os dias no mesmo horário. E hoje, na chuva.

segunda-feira, junho 08, 2009

Na fila



Tudo bem, seu leão, não quer me pagar agora? Eu espero.
Daqui a pouco o segundo lote chega.

quarta-feira, junho 03, 2009

Vida de escritório



Estou gostando do meu trabalho na biblioteca. Estou odiando meu horário de trabalho na biblioteca. Há anos eu não sei o que é fazer "todo dia tudo sempre igual". Digo, não que o trabalho seja sempre igual, o trabalho é bacana, mas trabalhar de segunda a sexta-feira, no mesmo horário, nossa, é pedir pra morrer, né?

Meu alarme do cel toca, eu coloco na função dorminhoco e ele toca e eu paro, toca e eu paro, quatro vezes, todos os dias. Levanto, faço a cama, ponho o roupão, coloco água pra esquentar, entro no chuveiro. Saio do chuveiro e a água está fervendo, faço meu café com leite de soja. Viciei. Faço um sanduiche-iche ou iogurte com banana e All-bran. Vejo os emails do dia, facebook, orkut, bancos, noticias. A tv liga automaticamente e 20 minutos depois o despertador toca, avisando que está na hora de pensar em me arrumar. Abro minha esteira, assisto um programa de ginástica e faço ao mesmo tempo seguindo as orientações do professor-sarado. A aula termina, penso no que vestir. Coloco minha roupa, ponho água pra esquentar, preparo café na caneca térmica, pego meus biscoitinhos (de soja) que mamãe mandou, gloss e vou pro trabalho.

Daí eu chego lá, 5 minutos antes do meu horário e saio pontualmente no meu horário. Eu tenho um cubículozinho. Ali pelas 11h30, meio dia, faço a pausa pros biscoitinhos. Tem um apontador de lápis elétrico. Tão coisa de filme. Eu achei engraçado apontar lápis em apontador elétrico.

No findi passado eu assinei Netflix (depois explico como funciona) e desde então comecei a assistir a série The Office. Viciei. Já assisti mais de 30 episódios.

Só ainda não sei que personagem eu sou na minha vida real de escritório.