terça-feira, julho 31, 2007

Gangorra do universo





Meu serzinho (sic) está sob grande tensão emocional, são altos e baixos constantes, notícias boas e ruins a todo o instante.

A viagem à América do Norte terminou, em compensação voltei pra minha casinha e revi amigos.

Já cheguei indo para o trabalho no dia seguinte, com prazo para assinar uns papéis vencendo, em compensação a universidade continua em greve e nada de eu ver meu rico salário. A última vez que vi um tostão fruto do meu trabalho foi em maio. Salve Jacques Wagner (PT/BA).

Revi a Luzia, fui na Dinha, em compensação tive uma cólica filha da puta.

Estou sem grana e estressada com um milhão de trabalho pra fazer e prazos pra cumprir, em compensação tive uma oferta irresável: passar uns dias em Morro de São Paulo. Eu fui, semana passada, voltei no domingo. Foi ótimo! Descobri outros lados mais do que interessantes da Ilha de Tinharé. Ampliei minha admiração pelo local e minha revolta com a ocupação turística (e favelização dos moradores). Fiquei (mais) preta, preta, pretinha, torradinha de sol. Ri muito e me diverti muitíssimo. E relaxei.

Voltei de Morro de São Paulo, em compensação cheguei em casa e recebi correspondências maravilhosas, que me colocaram mais desafios à frente e mais prazos na vida.

Fui trabalhar hoje, em compensação recebi em Feira uma outra correspondência que me fez ganhar o dia!

A máquina fotográfica que comprei em Nova Iorque deu problema e tive que reenviá-la pros Estados Unidos, tendo que arcar com todas as despesas de transporte, e correndo o risco da Receita Federal me cobrar (indevidamente!) impostos, em compensação tirei fotos de momentos impagáveis com máquina que comprei para minha mommy, e que levei para Morro.

Tenho muito, muito, muitíssimo trabalhos para serem feitos e prazos exíguos, acho que vou surtar, em compensação estou na minha casinha, tranquilinha, e ainda as aulas não recomeçaram e vou poder me dedicar para cumprir meus prazinhos todos.

Estou muito chateada, decepcionada com um amigo meu, em compensação ontem conversei um montão com meus amigos fofos Martín, Charles e Walter, que sempre me fazem bem.

Tive tentativas frustradas de ir ao cinema no domingo, na segunda, na terça, em compensação...

segunda-feira, julho 23, 2007

Violência urbana







Na semana antes de eu viajar para a América do Norte, entrei para as estatísticas de violência no Brasil.

Era minha semana teatral, lembra? Pois, no domingo fui ao teatro com a Ana Paulo, assistimos Édusek. Foi bacaninha e conheci o Teatro da Gamboa. Pequeniniiiinho, adorei o teatro. Adoro teatro pequeno, e adoro teatro imponente, a la São Pedro. Hoje ainda conversava com o Francisco, sobre o teatro Renascença (Poa), que eu gosto bastante.

Então, saímos da Gamboa e a Ana tentou me convencer a comer uma pizza no Bêco de Rosália. Eu disse que queria dormir cedo e seria sem esticadinhas. Ia pegar meu ônibus e seguir pra casa. Ela resolveu ir comigo até a parada. Quando estávamos na frente do Palácio da Aclamação - onde esta semana foi velado o ACM (ele mórreu, ele mórreu!) -, um casal surgiu do nada, pareciam indigentes, estavam maltrapilhos, vinham abraçados de maneira estranha, nós hesitamos, a cena era esquisita e então eles vieram para cima de nós, cada um com uma faca. A mulher foi pra cima da Ana, o cara veio pra cima de mim. Foi rápido e foi uma eternidade. Foi um susto enorme. Inusitado. A sensação que eu tinha era a de que faria xixi nas calças. Juro. Aí passou e fiquei pensando, o que eu tenho na bolsa... estava com uma bolsa enorme, que comprara no Maranhão. Então me dei conta que não havia trocado o conteúdo da bolsa desde que havia saído à tarde, ou seja, estava com cartão de crédito, CNH... e viajaria em menos de uma semana. Puta que pariu, eu não podia deixar o cara levar a bolsa inteira. Tá. Abri a bolsa e comecei a tirar as coisas para dar a ele. O que sai primeiro? Uma garrafa de água mineral. Eu e minhas garrafinhas. Depois, meu casaco. Sempre é frio em teatro, cinema e afins aqui, por causa do forte ar-condicionado. Neste meio tempo, a mulher estava lá com a Ana e puxou a bolsa dela, enquanto ela tentava tirar a bolsa para entregar à ladra, o que acabou machucando uma parte do rosto da Aninha, com a alça da bolsa. Então a mulher pegou a bolsa e saiu correndo. O cara começou a gritar "o celular, o celular"! Eu catei o celular na bolsa e entreguei pra ele. E ele atravessou a rua correndo.

Era por volta de 20h, eu acho. Já não lembro. Sei que tinha movimento na rua. Foi um puta azar nosso, uma puta sorte deles. Naquele exato momento nós passávamos por ali e a sinaleira estava fechada - pois se estivesse aberta eles não teriam conseguido atravessar para o lado de cá, nem para o lado de lá. Havia fluxo de carros.

Nenhum dos várias policiais e viaturas que velavam ACM no sábado estava por perto.

Da Ana, levaram tudo: dinheiro, documento, cartão, chave de casa. No dia seguinte eu providenciei cópia da chave aqui de casa, e entreguei para um amigo. Se tivesse levado minha chave, eu estava fodida. Sem celular, sem chave, sem dinheiro, sem cartão de banco - ou seja, sem ter como sacar. E minha conta é em Porto Alegre.

A Ana estava de mudança para Poa naquela semana, foi um baita contratempo.

Foi nossa primeira vez. Meu primeiro assalto. Primeiro assalto da Ana. Cúmplices das estatísticas modernas.

domingo, julho 22, 2007

Abobados da máquina digital



Ontem estava deitada vendo filminho e o celular tocou, era a Ana Cláudia, dizendo que o amigo dela desistira do show do Jorge Vercilo, então teria um convite pra mim. Eu fui. Vi mais um pouquinho do filme, tomei banho e fui pro TCA.

Realmente, ele é meio chatinho. Eu até dei umas dormidas durante o show. Mas foi legal. E saímos antes do show terminar, mas eu juro que foi legal.

Espero que chegue o dia em que proíbam - e façam valer a proibição de forma enérgica - o uso de máquinas fotográficas digitais em salas de espetáculo. É um inferno, pior do que celular. Aqueles flashes intermináveis. Gente mal educada e sem noção.

A Petrobras precisa trabalhar mais arduamente para "formação de platéias".

Depois fomos para o Pós-Tudo. Gostei bastante dos amigos da Aninha, muito legais. E tomei umas roskas fantáaaaaaaaaasticas, muito bem preparadas. Kiwi. Kiwi com uma rodela de limão - dica do Washington, que adotei (a dica).

sexta-feira, julho 20, 2007

Próximos capítulos





lembra?
http://katemari.blogspot.com/2007/05/tava-demorando.html

Então, lá em Montreal eu cumpri o prazo, dia 30. Sim, em meio ao Festival de Jazz eu terminei de enviar um trabalho.

E quando estava em NYC recebi um email dizendo que meu trabalho foi aceito para comunicação oral!

\o/


Onde?

Aguarde as cenas dos próximos capítulos...

quinta-feira, julho 19, 2007

segunda-feira, julho 16, 2007

Adeus cafeteira nova!




Cuidado com as paixões sem controle!
16/07 (hoje) às 2h45 a 07/08 às 8h50
Marte em oposição à Vênus natal

Os dias que vão de 16/07 (hoje) às 2h45 até 07/08 às 8h50 podem reservar alguns conflitos de relacionamento para você, Katemari. Não chegam a ser conflitos graves, e eu costumo inclusive dizer que os choques e atritos são essenciais para o desenvolvimento de qualquer relação. A questão envolve um choque de quereres e de prioridades, com uma tendência à desarmonia entre o que as partes envolvidas desejam. Na verdade, caberá a você levantar a primeira bandeira branca e fazer algumas concessões, com o fito de preservar a harmonia do relacionamento, mas isso não significa, em absoluto, que você precise se submeter completamente à vontade alheia! Na verdade, quando fazemos nossa parte, abrindo mão de algumas coisas, a tendência natural é que o outro também reconheça a necessidade de fazer concessões.

Uma coisa muito comum neste período é a famosa "troca de acusações", quando um fica jogando coisas na cara do outro. E mesmo que você não esteja se envolvendo afetivamente com alguém neste momento, este trânsito pode ser vivido com as pessoas que você mais ama, ainda que sem nenhum teor sexual.

O mais comum, quando se está namorando ou mantendo relações sexuais com alguém, é um desacordo de tesões: uma pessoa está a fim, a outra está indisposta. Para quem está envolvido em algum relacionamento, meu conselho para esta fase é: existem outras coisas pra se fazer, que não necessariamente sexo. Que tal investir, neste momento, no aspecto mais amigável do relacionamento? Pra que forçar a barra? E mais: se alguém está temporariamente indisposto, isso não significa falta de amor. Às vezes uma dor de cabeça não passa de uma dor de cabeça.

Algo que também ocorre muito neste ciclo, Katemari, envolve uma tendência a paixões súbitas, mas em geral tolas e totalmente baseadas em atração física. Caso você venha a se apaixonar por alguém neste período, convém ter prudência. Será que é paixão mesmo, ou simplesmente o clima certo associado a uma necessidade física? Em geral, "grandes amores" iniciados neste período tendem a arrefecer tão logo o ciclo passa. Aproveite o momento, portanto, sem necessariamente fomentar falsas expectativas. E não deixe de usar camisinha! Tendemos a cometer atos luxuriosos em excesso neste ciclo Marte-Vênus, e muitas vezes não nos damos conta do que estamos fazendo, pois o desejo fala mais alto...

Outro ponto importante a se considerar: se um objeto lhe parece incrivelmente atraente na vitrine, que tal esperar este ciclo passar para comprar a coisa? Não é que você não possa comprar, mas estou certo que você fará uma compra melhor se esperar este ciclo passar. A tendência é a de você comprar algo por um preço maior do que o real, ou de comprar gato por lebre. Controle seus impulsos desejosos, que estão fortes demais neste período.

Ou seja, de 16/07 (hoje) às 2h45 a 07/08 às 8h50 eu não poderei comprar minha cafeteira expresso novinha em promoção no shoptime! Alguém quer me dar de presente?.

domingo, julho 15, 2007

Para Martín





NY - day 5 - wednesday


A chantale foi trabalhar e eu fiquei em casa, organizando um pouco da mala, as compras, a mala nova. Minha mala nova é lindona e meu elefante coube direitinho! E então saí a passear pelo Brooklyn. Tem um café aqui perto da casa da Chantale que é uma gracinha. Não me importaria de tomar café da manhã ali todos os dias. Digo, assim, enquanto visitante, porque se eu morasse aqui eu preferiria tomar café da manhã na minha casa, claro.
Segui andando pela Fulton St, atrás de fibras para a Olívia. Mais para ela do que para mim, pois estou satisfeita com as que ela tem em Salvador... entrei em váaaaarias lojinhas, na maioria o pessoal foi bem pouco simpático. Não sei porque gente que trabalha em salão (de beleza) tem esta coisa de antipatia, de olhar de cima a baixo, de fazer ar de desdém, de trocar olhares cúmplices com os presentes no salão e fazer aquela cara de quem vai ficar fazendo comentários assim que a pessoa sair. A diferença daqui pro Brasil é que uns comentários elas até fazem na tua frente, falando em outra língua - na maioria das vezes, francês. Êta, povinho!

Andar pelas ruas do Brooklyn é interessante, tem várias áreas diferentes mas, basicamente, só vi negros por aqui. Tem um ou outro não negro. Claro, pelas áreas do Brooklyn onde andei, né, é enorme isso aqui.

Peguei o metrô, troquei por outro trem e desci na estação do Jardim Botânico, o famoso. Caminhando vi o imponente prédio do Museu de Arte do Brooklyn, entrei. O valor sugerido do ingresso era 4 dólares, paguei 2. O Metropolitan pediu 20 eu dei 1, aquele foi mais modesto, e eu mais caridosa. Comprei uma gravura de Van Gogh (em promoção, claaaaaaaro) e fui direto para o andar onde havia uma exposição feminista. Vi tudo do andar, que incluía uma mostra de design e porcelana feita por mulheres.

Saí do museu e fui no Jardim Botânico. 4 contos pra entrar. Thank but, no thanks. Ah, pára. Se eu fosse bióloga, pagaria.

Peguei o metrô e fui pra 34th. Macy´s, B&H... e quando saí: chuva. Então fui para a parada de ônibus e esperei. Esperei. Esperei. O busum veio. Sentei. Eu estava na 9th av e queria ir pra 5th, o que faria andando, não fosse pela chuva. Ah, sim, a B&H é um sonho. Um espetáculo de lugar. Recomendo, recomendo, recomendo. Vá com dinheiro! E com tempo. E tem vendedores bem bem legais. E tem os judeus, aos montes. Montes MESMO. Será que eles dizem 'bem, se você é judeu, não pode ser fofo pra trabalhar aqui'. Será? Neeeh, estou sendo má, agora lembrei, tinham uns bem legais também. Tá, entrei no busum, que andou uns metros e parou. O motora ligou e desligou a parafernália, e nada. Liga, desliga. Liga, desliga. Nadinha. Daí ele disse que o ônibus estava muito pesado e disse para algumas pessoas descerem. Nada. Ele disse que se ninguém descesse nós ficaríamos parados. Aí umas 3 mulheres desceram. Ele ligou o busum e funcionou! As mulheres subiram de volta, e mais uma... hmmm... peso pesado, eu diria. Tá. E o ônibus seguiu funcionando. Vai entender!

Desci na 5th av abaixo de muita água. Fui até o escritório da Chantale e ficamos lá até a hora dela se liberar. Então caminhamos até o metrô, pegamos um trem até a 8th av com a 14th e encontamos um amigo dela, com quem jantarímos. Ele estava de carro e fomos jantar no East Greenwich Village. Acho que era este o nome do bairro. O lugar é bem bem bem bacanex, vários bares, restaurantes, gente bonita, casinhas legais. Comemos num restaurante espanhol. Eu pedi uma mariscada, para ver o que havia de similar nesse prato com o homônimo baiano. Quando saímos do restaurante a chuva havia passado, por sorte, e ficamos caminhando pelo bairro. Foi bacana, fora o fato de eu estar carregada de sacolas. Bah, inacreditável, eu virei a consumista mor em NYC. Inevitável, até, eu diria. Depois o amigo da Chantale nos deixou em casa, eu estava podre de cansada, mas ainda fui arrumar algumas coisas nas malas.




NY - day 6 - thursday


Quinta-feira, praticamente o último dia na cidade. Último dia porque era o último dia para vagar pelas ruas, dobrar em qualquer esquina, descobrir prédios, praças, ruas e avenidas. Último dia para estudar a malha do metrô, tentando encontrar as melhores opções para chegar em qualquer ponto da cidade. Adoro! É como montar quebra-cabeças, por um lado, e conhecer mais e mais a cidade, por outro. Estava disposta a ir no MoMA. Fui. Desci na estação do Rockefeller, como da outra vez, mas desta vez saí por algum outro lugar, por dentro do prédio, passei por uma lojinha, fiquei babando por umas camisetinhas do Monk e do Seinfeld e canequinhas e outras coisas de seriados, mas tudo caro. Saí da lojinha e dei de cara com a Rockefeller Plaza e uma feirinha cheia de produtos orgânicos e tal. E uma distribuição de sucos e de snack de raspberry. Eles eram os patrocinadores da feirinha. Tinha legumes, frutas, bolos, tortinhas. Sabe aquelas tortinhas de maçã dos filmes? Pois, mas versão orgânica, ou seja, versão natureba. Mas tão engordante quanto, claro.

Ok, MoMA, MoMA... concentre-se, Katemari.

Consegui me desvencilhar da feirinha com três sucos na mochila e uma fatia de bolo, um pacote de cookies e duas tortinhas pequenininhas.

Mas acabei caindo dentro de uma loja. Até peguei um negócio mas... MoMA, MoMA... larguei, saí da loja e segui rumo ao museu. Senti uma dor no meu pé direito. Aliás, estava usando novamente um dos meus calçados novos, o tênis. Engraçado porque o pé esquerdo estava extremamente confortável, enquanto o direito doía. Concluí que o problema poderia ser a ausência de uma meia entre meus pezinhos (inhos por força de expressão, né?) e o tênis. Vi uma H&M na minha frente (tipo uma Renner melhorada), entrei. Encontrei as meias perfeitas para a situação. E ficaram fofas, comprei dois pacotinhos, com dois pares cada, 3.90 cada pacote. Vesti e sai feliz da vida.

Sim, rumo ao MoMA.

Cheguei no museu, feliz, contente e saltitante, fui para a fila. 20 contos, 10 (ou treze?) para estudantes. Neeeeeeeim fudeeeiiindo. Mas ok, já 'tô ligada' no lance do preço ser sugerido.

- No, here its a fixed price.

PQP.

Ok, tem algum dia de graça?

- Fridays.

- So, I see you tomorrow.

Meio puta, fui para o outro lado da rua, na lojinha de design do MoMA e comprei mais um rackzinho para vinho - tinha ganhado um da Naiara. E comprei uns porta copos que eu tinha gostado no outro dia, mas não comprei pra não ficar carregando coisas e, qual minha surpresa quando vejo que eles entraram numa summer sale! Perfect!!! Paguei metade do preço.

De lá, segui para a 42nd St, atrás das extensões para a Olívia. A tiazinha do outro dia tinha me dito que lá era o lugar. Então eu fui, né. Resumo da ópera: não encontrei lojinha alguma mas descobri prédios novos, ruazinhas... perguntei prumas mulheres sobre as lojinhas e elas disseram desconhecer, naquela região, tais estabelecimentos, contudo, indicaram-me a 125th st. Peguei o metrô e subi. Achei as lojinhas e me vi no Harlem. Mais um cantinho de NYC... assim que enjoei de 'conhecer' o Harlem (ou ficar com medo) entrei numa lojinha - o que demorou apenas umas duas quadras de "reconhecimento de área". O vendedor foi legalzinho e comprei tudo lá. Saí com um sacolão.

Metrô. Desci para a B&H, pegar uma lente pro Francisco, acabei pegando mais umas coisinhas pra mim. Os judeus levaram tudo o que eu tinha. Depois dei uma última passada na Macy´s, peguei o presente da Ingrid, a encomenda do Jules, e um mim... pra mim!

Eu raramente compro presente para as pessoas nas minhas viagens (e por isso consigo viajar, eu acho), mas desta vez comprei algumas lembrancinhas... espírito Tio Sam é foda.

Pra ir da B&H pra Macy´s peguei o busum denovo, mas desta vez ele não pifou. E demorou um tempão pra aparecer, como da outra vez.

Fui pro escritório da Chantale, mas ela ainda estava em ritmo acelerado de trabalho. Larguei minhas coisas e desci a quinta avenida, fui numa lojinha para gente de dimensões avantajadas. Queria achar algo pra mommy, mas é difícil saber o número. Quase comprei um sutiã tri pra mim, mas só tinha grande demais, os números menores já tinham acabado, em função de uma boa promoção em que eles estavam. Passei num cyber cafe, vi uns emails. Preenchi uns postais (catei cep no site dos correios, endereço no site da listel...).

Aleeeaaaasss, ia esquecendo. Lá na 42nd entrei numa agência dos correios e estava numa fila lerda, daí uma senhorinha lá perguntou se alguém queria usar a maquinhinha, falou, falou, falou, muita informação. Daí perguntou se alguém tinha interesse. Eu disse que sim. Eu e uma outra mocinha. Então fomos, as duas, pra maquininha. Resumindo, comprei os selos na maquininha, paguei com cartão (o tal do Banco Rendimento, aliás, o cartão pré-carregad) e foi rapidinho. E quando terminei, o cara que estava na minha frente na fila, continuava na fila. Adoro tecnolochias.

Como acabei preenchendo mais postais no cyber cafe, resolvi comprar mais selos. Fui na loja dos correios do Empire State Building (que é quase na frente do escritório da Chantale). Fiquei séculos na fila e nada. Desisti. Voltei pro escritório, ainda ficamos um tempo lá. Tadinha, ela está toda estressada com uma conferência que ocorrerá na segunda-feira, idéia de última hora da chefe dela, e está cheia de trabalho, principalmente por causa duma funcionária lá que deveria fazer as coisas e não faz, daí a Chantale acaba fazendo o trabalho dela, mais o da outra, porque é o dela que está na reta, ela que é a coordenadora do programa.

Fomos pra casa e ela cozinhou nhoque, que misturamos com os restinhos da janta da noite anterior. Sim, agora, toda vez que eu pedir em restaurantes para guardarem o que sobrar pra eu levar pra casa - como eu normalmente já faço, e quem está comigo sempre acha de última - eu vou dizer que em NOVA IOOOORQUE todo mundo faz isso. Em todos os restaurantes em que fomos, vi gente levando sacolinhas. E os restaurantes são acostumados e têm embalagenzinhas decentes e tal. Nem fazem cara feia, como em Salvador, às vezes.




NY - day 7 - friday


Hoje é sexta-feira, e considerei ontem meu último dia na Big Apple. Hoje minha anfitriã tem o dia de folga, e várias coisas planejadas para fazermos, mas duvido que consigamos fazer a metade sequer: ir no MoMa, ir na loja Target, ir restaurante indiano (era ontem) ou haitiano, ir no passeio de barco para ver a estátua da liberdade, ir nas livrarias. Portanto, tentei fazer o máximo possivel até ontem. E não consegui fazer muitas outras, como ir na Estação Central, andar na Times Square, no Bronx e no Queens.

Saímos de casa e fomos rumo ao MoMA. Sexta-feira, entrada free, esse era o dia. Acho que minha logística para chegar ao museu era mais eficiente, pois do jeito que eu sei chegar lá, é bem mais rápido e se caminha menos do que do jeito que fomos, todavia... acabamos andando pelas ruas da Times Square!!! Foi tri. É uma baguncinha, um monte de letreiros, os teatros, a Broadway no trecho pelo qual é famosa, emocionante. Eu fiquei emocionada. Certamente a Chantale nem se dá conta destas pequenas coisas da cidade. Para ela, era só andar para chegar ao MoMA, onde eu queria tanto ir. Pra mim, eram mais caminhos desvendados, mais resgate das coisas que vejo na tv, no cinema.

Chegamos no MoMA. Fila. Ué, fila? Pra que fila se é de graça? Bem, sei lá, né, vai ver eles fazem controle. Perguntamos pruma senhora, funcionária do museu, que estava avisando na fila que eu teria a mochila revistada, o porquê da fila. Aí ela disse que free era só depois das 16h!!! Absurdo, fala sério. Peguei nojo do tal do MoMA. MoMA de cu é rola! E não quero mais ouvir falar desse museu.

Então vamos comer.

Fomos para a Angelica's Kitchen, um restaurante bem bacana, natureba. Comemos bem. Fiquei estourando. E pedimos apenas um prato, pras duas. Taí uma coisa que gostei em NYC: os pratos são todos bem servidos. BEM servidos. Depois fomos nas livrarias. Uma livraria muito muito muito bacana, que não lembro o nome. Pra se perder lá. Não encontramos os livros pro Toefl. É que a Chantale, desde que nos conhecemos, disse que o dia que eu fizesse o toefl ela pagaria pra mim, o teste e os livros. Então ela queria me comprar livros pro toefl. Acabamos comprando outras coisas. Comprei, digo, eu escolhi, ela me deu, o livro Venus in Furs and selected letters of Leopold Von Sacher-Masoch. Sim, sim, att para o sobrenome do cara. É daí que vem o termo masoquismo. Estou louca para ler. Então passamos na Barnes & não sei quem, pegamos um livro pro Toefl. Seguimos pro Brooklyn, pra Target. Ao lado da Target fica um shopping, entramos lá. Perdiçãaaaaaaaaaaao. Lá se foram mais dólares. E de lá saiu uma pessoa feliz. Fábio Freitas, aguarde pelos meu novos cafés! Target. Circuit City. Comprei meu sonhado telefone, já que meus telefones lá de casa não funcionam e uma webcam. Espero que funcionem. Entramos numa outra loja, material de escritório, pois a Chantale teria que fazer os 140 crachás da conferência de 2a feira, no findi, já que a funcionária que deveria fazê-los, não os fez. Foda, né? Tá, quando estávamos na fila do caixa, ela recebeu uma ligação, do Haiti. A tia dela, irmã da mãe dela, última pessoa viva da família da mãe, havia falecido. Foi foda. De lá pegamos um táxi, ainda meio em choque, direto pra UPS, lá no cu do mundo, pegar uma encomenda, que era um pente de memória pro Joseph, um amigo da Chantale que mora em Salvador.

Depois um amigo da Chantale - o mesmo que me buscou no aeroporto - pegou a gente lá no cu do mundo e fomos jantar. Outro amigo juntou-se à nós. Bem, bacana o restaurante, peruvian restaurant. Sim, do Peru. Comi um sanduíche com chimichurri, porque adoro chimichurri. Mas das duas uma, ou o chimichurri do Peru é diferente, ou eles acharam que eu não sabia o que era e colocaram qualquer outra coisa lá dentro. Estava bom, mas não senti o chimichurri. Sobrou metade do sanduba. Tentei tomar um Manhatan, mas não tinha. Terei que voltar a NYC...


NY - day 8 - saturday, bye, bye!!!


Quando acordei a Chantale já estava lá encima no escritório, trabalhando. Que semana pra ela, hein? Fomos tomar café da manhã, o brunch, na real num lugar nas proximidades da casa dela. Estava fechado. Acabamos indo num outro bem pertinho de casa, e antes passamos numa amiga dela que foi conosco. O café demorou séculos pra sair. Um amigo da Chantale, que ia me levar ao aeroporto, chegou e nós ainda estávamos no café. Saímos de lá, fomos pra casa, últimos arranjos das malas. Fechei tudo, botei os tênis... colocamos as coisas no carro. Aeroporto internacional JFK. E o frio na barriga. Sim, toda vez que vou fazer check-in é assim, eu sempre fico achando que vai dar alguma coisa errada. Principalmente quando tenho infinitas bagagens. Fomos pesar as malas na esteira da American. Limite 70 libras. 68.5lb uma mala. 50 e tantos a outra. A de bordo? Limite 25. Quanto a minha está pesando? 24.5 Fala sério, meus movimentos são friamente calculados.

Despedidas.

O vôo atrasou. Decolamos com 1h de atraso, ou pouco mais. Cheguei no MIA (Miami International Airport) tranquila. Apesar de ter dado uma pane no sistema de aterrisagem da aeronave, e do piloto fazer questão de avisar pra galera. ahahahah Quando aterrisamos teve gente que bateu palmas e tal. Palmas meu c%$#@&* e ai do piloto que me matasse no meio do caminho, ou danificasse minhas comprinhas.

Depois de quase um mês perambulando em terras canadenses e estadunidenses e aeroportos... acho que estou no maior aeroporto de todos, o MIA é gigante. E imagino que o vôo será um inferno, a contar pela sala de embarque. Nunca vi tanto adolescente na minha vida. Isso me lembra porque eu não trabalho com Ensino Médio. Imagina ter uma turma desse tipo particular de adolescente... que deve ter ido passear na (argh) Disney. Um bando de menina branquinha (latina, na real) de rabo de cavalo, voz estridente, moletom da GAP ou Hard Rock Cafe, macaquinho da Kipling, bichinho de pelúcia, iPod e máquina digital. Isso aqui parece uma churrascaria, em dia das mães.

Falando em churrascaria, acabei de comer o sanduíche de carne. É, o do chimichurri de ontem. No vôo do JFK pro MIA tinha uma mãe com um bebezinho no colo ao meu lado. Bebê bem bebê mesmo. Ele dormiu quase a viagem inteira. Só deu uma choradinha, um choramingo, num trecho da viagem. Nada que incomodasse meu sono. Ao contrário dessa pirralhada que será no MIA - GRU. Ai, meu sais.

Pelo menos ficarei na janela.

Sim, deixa eu contar a história da janela...

Chego eu, saltitante, serelepe no MIA, procuro o meu portão de embarque e tento trocar meu assento para janela. Gate 11. Na gate 9 tinha um vôo para São Paulo que sairia em breve e na 11 faltava uma última passageira para Buenos Aires. O cara achou que fosse eu. Depois ele achou que meu negócio era na 9. Aí ele viu que meu vôo era bem mais tarde... tipo, mooooito mais tarde, às 23h30. Daí ele, depois que a mocinha de BsAs chegou esbaforida, foi ver minha alteração de assento. O sobrenome dele, o mesmo que o meu. Aí tá, começamos a conversar, ele disse que éramos primos. Perguntou se eu era brasileira (ele com meu passaporte). Tá, papo vai, papo vem. Tudo bem bacana... se diz cousin em pt e em espanhol da mesma forma, arranhei um espanhol... bla bla bla... daí ele perguntou se eu tinha filhos, eu disse que não...

- pero tienes un hombre, cierto?

Epa!

- hein?

Fiz ar de desentendida, tentei mudar o assunto... ele retomou a pergunta.

Eu disse que tinha namorado. E o Emilio Rosa sossegou.

Ah, se ele soubesse...




De volta ao Brasil

Buenas, cá estou, em terras tupiniquins. Em céus tupiniquins, na verdade. Estou num vôo da TAM, rumo a Salvador. Por fim, o vôo com a galera da Tia Iara nem foi terrível. Dormi horrores, comi aquela comidinha meia boca (ah, que delícia a comida - cachorro quente a la EUA, na real - da TAM). Fui na janela, ao lado de um senhorzinho que ficava fazendo palavras cruzadas. Assisti dois episódios de Without a Trace, depois da janta, e então fui pros braços de Morpheu, considerando o (des)conforto da aeronave. Não foi tão ruim. Não era Executiva, nem 1a classe, mas era 3 poltronas depois da executiva. Olhar aquelas cadeiras grandes, aquele vinho pra lá e pra cá... era praticamente como estar na executiva. Praticamente.

Cheguei em Guarulhos e fui no Duty Free pegar as encomendas do Alexandre. Uma caixa. Acabei pegando uma Absolut Vanilla (16 USD) pra mim. Nem passeei pelo Duty free, apinhado de brasileiro gritão (por que esse povo tem mania de falar alto e fazer estardalhaço, hein?). Então segui com meu milhão de bagagens, entrei na fila do nada a declarar. E fui, apertaaaaando. Quem tem, tem medo, né?

Ok, tranquilex. Uh.

Agora o check-in. Sei lá, eu com mil bagagens (um milhão... mil... quase a mesma coisa, só uma ordem de grandeza de diferença). A menina da TAM foi uma graça, tranquilinha, simpática. Ainda abri minha mala nova pra tentar enfiar umas coisas que comprei no JFK, mas não consegui, e o fecho começou a não fechar, tipo, sabe quando o ziper passa mas o fecho não 'zipa'? Começou a bater um desespero. Será que já estraguei a mala nova? Já quebrei o brinquedo? Tirei as coisas do JFK e fechei denovo, funcionou. Mas na verdade tem um pedaciiiiinho que ficou meio estranho. Espero que a mala não se abra toda no caminho GRU-SSA. Tomara. Embarquei com a caixa do Duty Free, a mala de bordo, uma sacolinha do JFK, um casacão de lã E a mochila com o laptop. Afe. A turistona consumista. E a menina da TAM deixou eu despachar as outras malas, se eu quisesse. Olha que fofa! Só não despachei por causa das garrafas da caixa do Duty Free (e o medo de quebrá-las) e por causa dos eletrônicos na de bordo, senão tinha mandado pro espaço. :)

Liguei pra minha mãezinha e já dei oi pra ela. Depois liguei pra Luzia e ela vai me buscar no aeroporto. Dei uma dormidinha, comi o lanchinho da TAM, enchi o bucho com o café com leite (gente, eu amo o café com leite da TAM!), E agora aproveito para dar a última atualizada no blog.

Aqui, querido diário, encerro o arquivo "blog_viagem". E amanhã tudo recomeça, Feira de Santana, etc, etc...

quarta-feira, julho 11, 2007

The city that never sleeps







NY - day 3 - monday

Acordei cedinho e tomei café da manhã com a Chantale. Ela tem sido uma super anfitriã. Cozinhou para nós na manhã ovos mexidos com camarão e um negocinho de batata, bem similar ao que eu havia comido no domingo, não sei se é um tipo de panqueca, sei lá, sei que é bom.

Depois fomos para o escritório dela... pegar metrô, trocar andar pela 34th st, dar de cara com o Empire State Building, e chegar na 5th Avenue. Várias pessoas na rua. É interessante o olhar de alguém que recém chega numa cidade, numa puta metrópole como esta, eu olho para tudo, para todos, para cada de detalhe e para o conjunto, me perco em tanta informação. São tantos rostos diferentes, origens, povos, culturas, um caldeirão.

Conheci umas colegas de trabalho da Chantale, depois fui pro mundo. Eu tinha planos de ir pro sul da ilha (aliás, Eduardo, tá aqui outra ilha pra ti. Ah, Montreal também é uma ilha. Quer considerar? Floripa, Austrália, New York, Montreal... Sim, sim, São Luis, no Maranhão, também.)

Bem, mudei os planos e segui pela 5a avenida. Aqui tem esta coisa beeeeem bacana da organização das ruas. A 5a avenida corta a cidade de norte a sul, dividindo-a em leste e oeste. Assim, com a cara para o norte e estando na quinta avenida, as ruas à direita estão do lado leste e à esquerda, do lado oeste. De norte a sul ficam as avenidas, muitas numeradas, outras com nomes mesmo, como Broadway, Madison, etc. As avenidas à direita da 5a, olhando pro norte, ou seja, para leste, têm numeração decrescente. E as avenidas para oeste, portanto, tem numeração crescente. Assim, estando na 7a avenida, olhando pro norte, para ir para a 4a avenida tem-se que andar para a direita. Legal, né?

Tá, e como saber onde é norte ou sul, é preciso andar até a avenida seguinte e ver se os números diminuem ou aumentam? Nãaaaaaaaao! Ho ho ho ho. As ruas cortam a cidade de oeste a leste. Assim, pensando numa crucifixo, as ruas são sempre dum lado pro outro, e as avenidas de cima pra baixo. E as ruas estão organizadas da seguinte forma: são numeradas com numeração crescente em direção ao norte. Então tem a 5a rua, 6a, 7a... tudo indo pro norte... 90a, 110a...

Se eu tiver um endereço pra ir, que fica, sei lá, no número tal da 34a rua oeste. Aí vão dizer, próximo da 8a avenida. Então se eu estiver na 5a av, olhando pro norte, perto da 68a rua, leste (no central park, por exemplo) saberei que tenho que ir para a esquerda (oeste), até a 8a av, descer (até 34) e procurar o número tal. Tri, né?

Então caminhei montes, achei um cyber café, entrei, mandei uns emails, atualizei o blog, e recebi email da Naiara dizendo que viria para New York, chegaria às 4h15. Segui andando pela 5a avenida, em direção ao sul, até que encontrei, por acaso, o Museum of Sex (MoSex). Bem bem bacana. Mereceria uma entrada à parte no blog.

Segui descendo e parei no Madison Square Park, olhei as pessoas sentadas nos bancos, almoçando, e outras deitadas na grama, sob o sol. Uma pracinha, bem na 5a avenida com a Broadway, mas que era um ambiente tranquilo no meio daquele vai e vem todo. Interessante que tinha gente comendo comida comida, não sanduíche-iche. Comidas com salada e carne, compradas em estabelecimentos nos arredores.

Fui descendo, passei por um mercadinho massa, tipo a feira ecológica que tem na José Bonifácio (porto alegre). Uns preços super bons. Aliás, tenho achado a cidade "acessível", ou seja, dá para ir levando sem sentir uma dor no fígado ao desembolsar doletas.

Passei pelo Soho, Little Italy, resbalei na Chinatown. Entrei no metrô na Canal St (no sul, esqueça a organizaçãozinha das ruas numeradas e tal, é cada um por si). Havia combinado com a Naiara na 34th st, com a 5th. Peguei o metrô e desci na 34th com a 6th, dando de cara com a liquidação da Victoria Secret´s. Entrei e sms Naiara dizendo para me encontrar lá. Loucura de liquidação: comprei um kit com body splash, sabonete e creminho, ganhando uma bolsa; um jogo de sombras, ganhando um jogo de batons; e uma sombra em lápis. Resolvi experimentar sutiãs. E finalmente descobri minha numerção nos EUA. Aliás, agora sei minha numeração completa: para sapatos, calças e sutiãs. Aqui tem um lance de 6, 8, 10... pra cintura (calça) e S, M, L para o comprimento, então a calça pode ser 10M ou 6S ou 8L, por exemplo. Os sutiãs têm número pra circunferência e para o bojo, um número e uma letra, podendo ser coisas como 30C ou 32B ou 34A...

Estou eu feliz e contente no provador, experimentando vários sutiãs, depois de uma fila homérica, quando a Naiara chegou na loja. Eu liguei pra ela, preocupada com o adiantar da hora, e ela disse que estava subindo a escada rolante. Saí do provador e nos encontramos. Descemos e encontramos a Chantale. Depois esperamos por um amigo da Chantale, com quem iríamos nos encontrar pruma janta. Fomos próximo a NYU, onde eu já havia passado pela manhã, perto do mercadinho aquele que falei, e jantamos num restaurante Thailandês. Comi uma comida triiiiiiiiii boa. Eu gosto de comida apimentadinha, condimentada, mas não estou acostumada, tenho tentado comer mais e mais pimentas e afins. Gosto de experimentar os diferentes sabores, mas para isso é preciso algum treino, preciso me habituar a ingerir comida apimentada. Uma amiga da Nai juntou-se a nós na janta. O nome do restauranta é Spice e a comida é bem servida, além de saborosa. Comi um prato com beringela, abobrinha, pimentão, tofu, e mais umas coisas lá: 9 dólares. 18 reais. Não disse que os preços não eram tão terríveis? Isso é preço de comida no shopping, sei lá, nos Bonaparte da vida.

De lá, nos dividimos, e segui com a Naiara e a amiga para encontrar um amigo delas. Andamos pra lá e pra cá até escolhermos um lugar para ficarmos, e o menino comer. Os dois são indianos e conversamos um montão sobre as questões deles. Conversamos naquelas, eles conversaram, eu ouvi. É quase inacreditável como as comunidades de outros países se comportam nos EUA. Manter tradições é legal? É. É importante? Sem dúvida. Mas a que custo? Aqui as pessoas vivem em guetos: italianos, chineses, indianos, gays, negros. Sim, há mistureba também, mas isso está até nos bairros. Ai, sei lá. Enfim, o papo era sobre casamento. Sobre a pressão familiar. Semanalmente os pais dos amigos da Nai perguntam a eles sobre casório. Existem reuniões, festas, passeios para indianos, para conhecerem outros indianos e casarem. Tem anúncio em jornal. A mãe da menina disse pra ela entrar em site na internet. Pentelhou até ela entrar. Depois fica cobrando que ela troque emails com os caras. Imagina! Uma menina linda, fazendo mestrado na Columbia, bla bla bla, e invariavelmente dentro deste esquema de que tem que casar e tem que ser com indiano, preferencialmente da mesma região da Índia que os pais dela... olha que loucura. Digo, loucura não no sentido de insano, mas de que como as questões culturais são fortes, determinantes e constitutivas do nosso ser.

Tomamos um vinho. A taça de vinho mais cara da história. Uma garrafa de vinho era 25 dólares. Compramos uma, para quatro. O menino jantou. Deu uma taça, exatamente, para cada um. Bem cheia. Tá. Na minha matemática daria 6,25 para cada, pelo vinho, mais gorjeta de 15%, daria 7,40. Arredonda pra 7,50 pra facilitar, tá bom? Ok, ok... 8 pagava tudo, né? Eu dei 10, a Nai 10, a menina 10. Acumulado da 7,80 de troco. Ops, ok, facilitando com 8, da 6.00 de troco. Mas as meninas não viram o troco. No restaurante thai eu achei a matemática bacana também, o amigo da chatale gastou 9 e colocou uma nota de 20. A chantale gastou 15 e pôs 20, eu gastei 9 foi pago 10. Ninguém ganhou troco. Isso me lembrou meus primórdios em Salvador, em mesa de bar.

Depois pegamos o trem, fiquei não sei onde e peguei meu A train para o Brooklyn.


NY - day 4 - tuesday


Para a terça o combinado era me encontrar às 9h, com a Naiara, no MoMA, o Museum of Modern Art. Ok, 9h15 eu estava na porta. E descobrindo que o MoMA fecha nas terças-feiras. Amei ter encontrado o lugar porque quando eu saí de casa eu não sabia onde era, e olhando no mapa turístico (aqueles genéricos) e no mapa do metrô, e tendo mais sorte do que juízo, consegui encontrar o lugar sem precisar recorrer a terceiros. Eu sou o máximo. Depois, 9h30 (9h35 no meu relógio) abriu a lojinha de Design do MoMA, entrei e fiquei circulando, esperando a Naiara, 10h e pouquinho ela chegou. Ela achou que tinha marcado comigo às 9h30, e então estaria atrasada só meia hora. Mas foi ela quem me mandou a msg de texto dizendo 9h. Eu odeio quando eu faço isso: dizer uma coisa e jurar que era outra. Sim, eu faço dessas coisas. Só porque eu gosto muuuuuuito da Naiara que eu não fiquei puta. Qualquer um que me conheça sabe que isso quase me estragaria o dia inteiro, porque eu deteeeesto esperar. Mas a Nai pode. E em Nova Iorque.

Depois da frustração do MoMA fechado, tomamos (eu tomei) um café na Starbucks (1a vez em NY) e fomos andando até o Central Park, fotinhos, olhamos livros. Decidimos pegar o metrô para ir até o Metropolitam Museum of Art. No caminho (da saída do metrô até o museu) encontreu uma igreja da cientologia. Tirei fotos e a Nai disse, vamos entrar? Em função da oferta de teste de personalidade grátis. Entramos. Que meda. Uma menina de, o que, uns 15 anos? na recepção. Para saber mais da história: pergunte pessoalmente. Sim, escrever cansa.

Chegamos no museu 20 dólares, e 10 para estudante. Eu tenho carteira de estudante. E ai, vai encarar? Resolvemos passear na lojinha do museu, afinal, deve ter coisinhas que veríamos no museu por 20 dólares (ou 40 reais). Ela comprou um porta copos e ta. Na saída resolvemos perguntar no guichê de informações se havia algum dia de entrada gratuita. Daí a menina disse que todos os dias era por contribuição, era só dar o valor que se quisesse. Ah, é? É. Ok, voltamos na bilheteria, e saquei 1 dólar da carteira. Paguei. A Nai fez o mesmo. Ganhei o dia. Imagina o monte de gente dando 20 contos. E eu paguei u-um, la la la la. Assim, não tem aviso sobre isso de pagar qualquer valor em plaquinha nenhuma, só tem os valores lá na tabelinha. Se a gente não perguntasse, não saberia. E depois eu contei pra Chantale, ela disse que a maioria dos museus aqui são assim. Então agora eu já sei. E você também, caro leitor. Preço de museu em nova iorque é ao gosto do freguês.

Andamos até dizer chega. Depois ficamos à caça do hipopótamo azul que tem em tudo que é camiseta, bolsa, etc na lojinha. Ficava na sala do Egito. Procuramos e nada. O tiozinho disse que achava que não estava em exposição. Não creio, toda uma caça pelo supostamente famoso hipopótamo azul e nada. Não me pergunte o que é o hipopótamo, digo, o que representa e tal - isso eu teria sabido (espero) se tivesse encontrado o bichinho, e lido a plaquinha ao lado com as informaçõezinhas.

No mesmo guichê de informações perguntamos sobre lugares para comer, com preços razoáveis. A tia foi bem simpática e nos falou um lugar. Fomos. Os preços eram realmente muito bons. Tipo, fatia de pizza, de 2.00 a 3.50. Comi um sanduíche e tomei um latte (café com leite, para os íntimos). Saímos de lá para ir na tal Magnolia Bakery, que a Nai diz ser maravilhosa. Ligamos pra informações, pra Magnolia, e depois pegamos um táxi. Uhhh, eu andando de carrinho amarelinho com motorista grosso em NY. Congestionamento. Decidimos não ir até a Magnolia e ficar mesmo na Penn Station, onde a Nai pegaria o trem para voltar pra Washington, onde ela mora com o marido. Fui andando até o escritório da Chantale e depois fomos pra Macy's, o paraíso (consumista) na terra. Lá comprei vários sapatos (um tênis, uma papete, um sapato de salto baixo, um sandália de salto), todos da seção comfort shoes, que ocupa parte de um andar na Macys, sendo shoes parte de outro andar, e todos couberam bonitinhos nos meus pezinhos. A minha vendedora, Kayren, de Trinidad, tinha reservado no domingo dois calçados que eu havia experimentado. Na segunda eu liguei pra pedir pra deixar reservado por mais um dia, pois eu só voltaria lá na terça, para ver a mala. Acabei comprando vários blusõesinhos de meia-estação, em super liquidação. Ninguém vai acreditar quando vir o blusão pelo qual paguei 9 dólares. Ho ho ho. E, mãe, um é pra ti, mas terás que ir a Salvador para escolher!

Depois subimos para o 9o andar e fui escolher minha mala. Escolhas são terríveis pra mim, como para qualquer libriano que se preze. Depois de muito tempo, me decidi pelo modelo Xion, preto. Da Samsonite. E depois do Reggie (Reginald, vendendor super legal, do Haiti) ter pegado minha malinha... eu demorei mais um tempo e mudei de idéia. Ok, seria a Samsonite Silhouette. Preta ou vermelha? A vermelha é linda. A preta clássica. Pra saber qual eu escolhi, só indo na minha casa, mas foi a Silhouette, no fim das contas, lindona.

Viemos pra casa e jantamos por aqui, e fiquei louca pra comprar uma panela...

segunda-feira, julho 09, 2007

Grande Maçã





02 de julho, segunda-feira


O vôo foi rapidinho. Acho que foram duas horas. Algo assim. Cheguei e fui "refazer as malas", para facilitar o transporte, porque imaginei... vai que eu tenha que pegar um ônibus, não sei bem como é. Tá. Depois de muito andar pra lá e pra cá, perguntar aqui e acolá, consegui descobri onde eu tinha que pegar o transporte que me levaria até Waterloo. Aí cheguei no guichê e vi um papel com meu nome... o cara estava atendendo alguém, então deu tempo de eu ver o papel, enfim... falei pra ela, já me achei aqui, esta sou eu. Ele riu e disse, bem então agora é só sentar ali e esperar que o motorista virá te buscar, ele vai te chamar pelo nome. E assim o fiz.

Depois chegou o motorista e me ajudou com a bagagem e fui num automóvel tipo van, mas grande e super confortável. Conversamos um pouco no caminho, dormi um pouco também, e foi isso. Chegamos em Waterloo. Passamos no escritório central da residência da Wilfridge Laurier University, peguei minhas chaves e um cabo de rede, para o qual deixei 5 doletas canadenses como depósito. Fui para o quarto, que era legalzinho. Não era como o da University of Calgary, mas era bacana. Tinha um banheiro compartilhado com dois quartos, assim, eu dividia o banheiro com mais uma pessoa, do quarto ao lado. Era meu quarto, uma porta, o banheiro, outra porta, outro quarto. Quando eu entrava no banheiro, trancava a porta de acesso do outro quarto, quando saia, destrancava, e a outra pessoa fazia o mesmo.

Como não escrevi todos os dias, só agora, no aeroporto (pra variar) rumo a Nova Iorque, então os registros serão de memória "distante" (nem tão distante).

Eu estava podre, mas era próximo da hora do almoço e eu queria ver se ia rolar uma boca livre ou não, desci. Todos os participantes do workshop estavam hospedados no mesmo andar, no 3o andar. No elevador encontrei um colega vindo da Grécia, começamos a conversar. Lá embaixo, conheci os três facilitadores que estariam conosco toda a semana e o poderoso chefão, que não dever ter 30 anos. Inveeeeeeja.

Depois chegaram (lá embaixo) os participantes da África do Sul, eram 3 mulheres e 3 homens. Almoçamos pizza, todos nós. E já fiquei pensando, ihh, lá vem mais uma semana de junkie food. Então subi, organizei umas coisas e fui deitar. Dormi um sonino tri bom. Desci para a janta, eram umas 5h30. Não vi ninguém. Andei pela cidade, fui atrás de água, parecia uma cidadezinha fantasma. Tudo bem, tem que dar um desconto porque era feriado. No Canadá é como na Inglaterra, nos EUA... quando um feriado cai no sábado ou domingo, ele é transferido para segunda-feira. Legal, né?

Quando voltei acabei encontrando as pessoas, e elas tinham ido jantar. Perdi. Tudo bem comi mais umas fatias de pizza que sobraram do almoço e beleza.

Então fomos para o início das atividades, que foi nas instalações da universidade. Foi bacaninha, fizemos um projetinho do tipo: formaram-se grupos e cada grupo recebeu os mesmos materiais, e tinham que montar alguma coisa que, jogada do alto do prédio, levasse mais tempo pra cair. Foi divertido. O dispositivo que a gente fez não ficou muito tempo no ar, mas foi bem engraçado de ver. Além das interações terem começado aí. Digo, começou mesmo quando fizemos um tipo de quiz, usando um dispositivo eletrônico e fancy. No meu grupo do 'planador' eu conheci o Junho. Sim, o nome do menino é Junho (tá, pronuncia-se Jú-rro). Um japinha super fofo e divertido.

Depois disso tudo, voltamos pra residência. Fui Deitar.


03 de julho, terça-feira

Café da manhã, tudo de bom. E fomos para o Perimeter Institute. De babar. Eu não vou ficar descrevendo muito, porque não dá, tem que conhecer, e babar muito. A arquitetura, a organização, o bistrô, os quadros-negros espalhados por todos os cantos, sofás, café. Sim, num Instituto de Física Teórica, reunindo vários pesquisadores do mundo inteiro, se usa giz e quadro negro. Nada daqueles quadros brancos ridículos. Só o bom e velho giz.





Bem, o esquema de todos os dias foi, basicamente, acordar às 7h, ensebar até 15 pras 8h, tomar banho, café, e sair 8h40, andando ou pegando o transporte oferecido pelo PI. Aí, como ninguém é de ferro, chegando no PI tinha café (leite, cookies, muffins, chá...), das 8h45 às 9h. Aí começavam as atividades. Às 10h, como pobres mortais: coffee break (café, leite, creme, cookies, frutas, chá). 20min e de volta ao trabalho. Meio dia, 12h15... almoço. E ai eles botavam pra fuder. Comida boa, salada, muuuuuito bacana. Frutas de sobremesa. A velha e boa mesinha do café (que ficava, na real, full time abastecida). E ai, mais trabalho, ali pelas 14h. Três da tarde como era de se esperar... coffee break. De volta ao trabalho. Ali pelas 17h30, 18h... janta. SIM, janta às 18h (att. para o fato de anoitecer lá pelas 22h).

Então, o que mudava diariamente eram as atividades e as comidas (almoço e janta, cafés eram sempre iguais, com leves alterações).

Na primeira noite tivemos uma super janta. 3 course meal. Chiquéeeerrimo. Vinho. Tudo de bom. A pobre aqui, é claaaaro, pegou o cardápio de recordação. Pobreza é uma tristeza. E a comida era tuuuuudo, bah. E a sobremesa? Afe!!!

Ah, sim, sim... teve o lance da computação quântica, do emaranhamento quântico, matéria escura, buracos negros, atividades de laboratórios para implementar no ensino médio, discussões, discussões, avaliação de atividades, de estratégias, etc, etc. Sim, trabalho. Teve tudo isso, afinal, era um workshop sobre física moderna, né?

Num dos dias o povo foi para Saint Jacobs e eu fui para Niagara Falls. Um dos facilitadores havia dito no primeiro dia "se alguém quiser qualquer coisa, precisar de qualquer coisa, peçam pra gente que tentaremos providenciar, se alguém quiser, sei lá - a minha mulher vai me matar mas... se alguém quiser ver a Niagara Falls, é só me falar que dou um jeito de levar. Claro que eu disse que queria. Fomos em 6, mais o facilitador. Nooooossa, impressiona.

É uma caminhada boa (digo, acho que uma hora e meia de carro). É muita água, é grande, é lindo, tem um baaaaaaaaaaaaando de turista. Vê-se o estado de Nova Iorque do outro lado. Estadunidenses de um lado, contemplando a natureza, canadenses de outro, na mesma contemplação. Foi muito muito muito legal. Andamos por lá, fui na loja da Hershey´s, da Coca Cola. E fui com a Nicoletta e o Tákis (italia e grécia, respectivamente) no passeio por túneis embaixo das cataratas. Maaaaaaaaaassa! O barulhão gigante da água... ficar molhada, não conseguir abrir os olhos por causa da água batendo no rosto. Tri bom, tri bom.

Na sexta-feira teve tarde com queijos e vinhos. Sim, toda a sexta os pesquisadores do PI são agraciados com vinhos e queijos. Quejos delicia, meu bem, não é queijo lanche não! Na mesma sexta, tivemos um barbecue. Afe. Taí coisa que eles não sabem fazer. E nota 1 milhão pra sobremesa desse dia. E depois disso (sim, porque a janta foi às 6h. foi vinho e queijo às 4h, filme às 5h, churrasco às 6h), fui ao cinema com meu colega canadense com nome de filósofo (Jean Jacques Rousseau). Vimos uma comedinha boba, mas que acabei rindo um monte. Íamos assistir Transformers, mas estava sold out.

Na ida, fomos de táxi, na volta, tentamos pegar um táxi e não conseguíamos, não passava nada naquele fim de mundo, e o que passava, não parava. Até que, lá pelas tantas, ele falou, será que... e falou de que, apesar da educação, há racismo no Canadá, e poderia ser esse o motivo dos motoristas não pararem para dois negros andando na rua à 1h da madruga. Até que um taxista parou. Coincidência ou não, ele era negro.

No sábado, e na própria sexta, o clima era de despedida, com uma pontinha de dó. Dias de intenso convívio. Mas foi legal, o sábado foi só despedidas... e depois aeroporto.

Voei American Eagle. Afe. Uma aeronave do tamanho do **. Uma aerosenhora. Eu só queria que não caísse. Dormi quase o vôo inteiro, que foi de 1h e pouco. E dormi bem. Mas aquela aeronave, entrará para a minha memória de vôos. E para minhas preces de não mais estar a bordo de uma aeronave dessas.





NY - day 1

Cheguei no terminal do Tietê, digo, no aeroporto JFK, em Nova Iorque, peguei minhas malinhas, que demoraram um tempão para chegar na esteira, aliás. Depois fiquei esperando a Chantale. Na boa, eu não entendo este povo estadunidense. Fazem a maior onda com segurança e não sei o que lá, mas ó... eu saí da aeronave e segui andando, andando, e vi pessoas sentadas e com malas, e percebi que estava na sala de embarque. É, assim mesmo, sem passar por controle algum nem nada. Segui andandando... andando... andando pra caralho, até que encontrei a esteira de bagagem. Eu já tinha até separado o passaporte na mão. Peguei minhas malinhas e segui para sair, então, pela primeira porta que eu via, mesmo achando estranho um monte de gente entrando por esta mesma porta. Mesmo achando estranho gente com plaquinha com nome de outras gentes, sabe, do tipo que vai esperar um desconhecido no aeroporto e tem cartazinho com o nome? Pois, essas pessoas estavam junto a mim, quando esperava a bagagem. Ok, saí pela portinha e qual minha surpresa quando percebo que já estou na rua, onde passam carros, táxis, ônibus, cachorro, de tudo. Ops, será que fiz alguma coisa errada? Voltei como quem não quer nada, como quem acabou de soltar pum no elevador e faz cara de paisagem. Olhei prum lado, pro outro, li as plaquinhas... não, era isso mesmo, eu tinha feito tudo certo. Mas o povo preocupado com segurança tem as malas das pessoas expostas à qualquer um que esteja passando pelo aero e resolva pegar uma mala, só por diversão. Ok, vai ver é porque além da segurança, há o egoísmo, e então eles (as otoridadi) tão pouco se fudendo para as malas dos passageiros.

Buenas, liguei pra Chantale, e fiz minha primeira ligação nos isteites. É assim ó: você pega o número do telefone e pode discar inteirinho, com o 1 na frente, que é o código do país; precisar, não precisa, mas pode. Ou seja, uma preocupação a menos com 'que número eu devo discar'. Ok. Levante o fone do gancho, disque os númerozinhos, a mulherzinha fala uma msg, mas nem precisa entender, é pra colocar o din din. Sim, você introduzirá moedas no aparelho. 50 centavos. Usei duas de 25c. Ok, com estes 50c dá pra ficar falando a vontade no telefone, mesmo para um celular, que foi o meu caso, pois liguei pro cel da Chantale, que já estava a caminho.

Então ganhei uma carona no carro do amigo dela, que passou na casa da namorada no meio do caminho (eles iriam pruma festa depois) e em seguida nos deixou em casa. Tomei um banho, comi alguma coisa, bati papo... e fui-me ao berço, acho que era 1am.


NY - day 2

Acordei ali pelas 7h. Voltei a dormir. E fiquei assim, dormindo e acordando. Até que levantei de vez, testei o creme depilatório Veet (parece propaganda dentro de novela brasileira, menos sutil, impossível). Assim, comprei aqui, lá em Waaaaco, este creme em promoção, o preço estava bem bom e eu nunca tinha usado esse. É um tubo aerosol, tipo creme de barbear. Aí usei hoje, nas pernas e ficou bem bom. Foi bem prático. Tomei um banhinho e vim pro quarto, fiquei arrumando umas músicas no computador, carregando o iPod...

Depois a Chantale acordou e fomos pra rua. Tomar o Brunch (café da manhã + almoço). Acho que eram umas 10h quando saímos de casa. Andadinha, metrô, Manhatan. Ai, não me pergunte em que estação eu desci porque eu nem me lembro.

Andamos um monte, o restaurante que ela queria havia fechado, há duas semanas. Acabamos indo num outro, onde tomei um bom cafá da manhã (ovos mexidos, uma fatia de pão de fôrma torradinha, 4 salsichas (mas a salsicha daqui, logo é pequeniniiiiiiiinha, super engrçada), um trocinho que não sei o que é, de batata e uns 2 morangos e framboesas.

De lá, seguimos andandado, andando. De forma inimaginável. Fomos na Levi´s, compramos blusinhas, falei com a Naiara (que virá amanhã pra New York, New York, e tinha se perdido nas datas, achando que eu viria no findi seguinte). E entaõ, entramos na Macy´s. Onde ficamos andando, provando roupas, comprando, etc, até às 9h/9h30pm.

O que eu, uma super consumista, comprei? Ah, nem vem, comprei ítens de grande necessidade:
  • 1 calça jeans DKNY
  • 1 calça jeans Tommy Hilfiger
  • 1 sacola Macy´s
  • 3 blusas da Levi´s (9,90, sim, as três por esse preço, a soma, o total)
  • 1 blusa DKNY
  • 1 barrinha de chocolate Godiva

    E reservei um sapato e um tênis e vou comprar minha mala da Samsonite tão esperada. E mais barata que no Brasil. Pelo menos a metade do preço que eu pagaria em terras tupiniquins. Mó injustiça. Voltarei lá na terça-feira. Se eu conseguir encontrar o endereço.

    Estou tão feliz com minhas comprinhas. Assim, comprei coisas em liquidação, suuuuper descontos. Além disso, como brasileira visitando os EUA, eu pedi um cartão de visitante na loja e daí ganho 11% de desconto (mesmo sobre o preço em promoção). O máximo, né?

    A Macy´s tem 9 andares e ocupa uma quadra inteira. Meu, eu andei mooooooooito.

    Depois andamos mais um pouco, vi o Empire State Building, pegamos o metrô e viemos pra casa. Tomei banhinho, comemos a massa tri boa, apesar da pimenta de mais para mim - que não estou acostumada - mas mega deliciosa. Agora, vou-me ao berço, após estas mal traçadas linhas, meu amor.

    Amanhã tentarei entrar na internet, talvez algum cyber. Bem, se alguém estiver lendo isso agora, é porque finalmente consegui ter contato com o mundo.




  • segunda-feira, julho 02, 2007

    Et voilá!




    Cá estou novamente, no aeroporto, insone, esperando meu vôo. São 6h01, o sol já raia no céu, amanheceu cedinho. Ok, vamos aos acontecimentos dos últimos dias.



    29 de junho, sexta-feira


    Vôo Calgary - Montreal. Foi tranquilinho. Naquelas, sentei no corredor, num lugar horrível, completamente desconfortável. Detesto corredor. Gosto de janelinha, que dá para encontar a cara no vidro e babar. E tinha uma menina maluca... assim, eu, o corredor, o assento ao lado do corredor, e a menina sentada na frente, ela estava na minha diagonal direita, após o corredor. E pentelhou o vôo inteiro. Acho que era adolescente estadunidense, não sei. Só sei que era mala, e falava alto, e fazia drama. Babaquinha...
    Tinha um monitorzinho na frente (ou atrás) de todos os assentos, e eu podia escolher o que ver, fazer, ouvir, individualmente. Tinha música, canal de música, canais de tv, filmes, jogos, várias coisas. Aí eu fiquei assistindo CSI, que eu aaaaaaaamo. Depois assisti Desperate Housewives. E assim se passou o vôo e eu sem dormir. Fiquei com os fonezinhos da Air Canada, tri bons. Ho ho ho.

    Cheguei em Montreal e a bagagem demorou um tempão, mas não só a minha. É engraçado que a bagagem fica no desembarque assim, tipo... deixa eu explicar: eu desembarquei dentro da sala de embarque do aeroporto, misturada com os passageiros que embarcariam e tal. Andei um montão até o saguão do aero, aí fui no banheiro, perto de onde estavam as esteiras de bagagem. Tá. Quando eu saí do banheiro eu estava do lado de fora da área das esteiras! Tinham colocado uma daquelas coisinhas que separam fila de banco, sabe? Mas bem abertinhas. Saí do banheiro e fui pra esteira. Na real, se alguém quisesse roubar bagagem, seria barbada. Absurdo.

    Daí fui pegar um táxi, no caminho (pro táxi) encontrei vários materias de turismo e mapinhas, bah, excelente. Impecável.

    Peguei o táxi, dei o endereço e fomos. Digo, depois de uns 15 minutos e o motorista tentando achar num mapa o endereço e eu ligar o computador pra ver o telefone da Julie e o motorista ligar para ela e finalmente saber para onde ir. Cheguei, chegamos. Muito fofa a casa dela. Muito fofa minha anfitriã. Tomamos café da manhã juntas e em seguida ela saiu para o trabalho. (6h15, meu embarque é às 6h25, VÔO, 7h; vou pra sala de embarque, continuo depois)

    Abre parênteses.
    Ok, Sala de embarque. Acho que, apesar de pequeno, este é o melhor aeroporto pelo qual passei nos últimos dias (salvador, guarulhos, dallas-FW, Calgary). Aqui tem uma salinha no 2o andar com uma música tranquilinha e um monte de cadeiras confortáveis, pro povo dormir mesmo. Legal, né? Ah, e lá tinha tomadinhas pra eu usar meu computador. E aqui, na sala de embarque, também tem, com luzinha indicando que aqui tem tomadas, e com mesinha próxima. Muito melhor do que o de Dallas-FW, que é grandinho, mas não tem uma tomadinha sequer.
    Fecha parênteses.

    Depois que a Julie saiu para o trabalho eu fiquei lá, tomei um banho, ajeitei umas coisas, entrei na internet (ela tem wifi e me deu a senha). No meu primeiro dia em Montreal, saí a caminhar. Estava disposta a caminhar até o número 1101 da Sainte Catherine, onde a Julie trabalha, e chegar lá antes das 14h, pois seria a folga dela, até 17h. Ok, cheguei 13h50 no 1101 da Sainte Catherine. Mas não tinha o estabelecimento que deveria ter. Então descobri, no centro de informações turisticas, que tem leste e oeste e eu estava num dos lados, querendo ir no endereço do outro lado. Por que facilitar se é possível complicar, não?

    Como eu estava bem longe do trabalho dela, resolvi caminhar por ali mesmo. E caminhei. E caminhei. Horrooooores. E fiz compras. Cara, Montreal lembra em MUITO Londres. Essa tal Sainte Catherine então, é a própria Oxford St. E, sim, fiz comprinhas na Oxford St. Tem até fcuk! Fiquei morrendo de vontade de comprar umas camisetinhas, mas estavam muito caras pro meu gosto. Não daria 20 dólares numa blusinha daquelas. Imagina, 40 reais. Nem fudendo. Não basta a que eu tenho, que paguei 100 reais na época. Mas estavam todas fofinhas, as blusinhas fcuk. Comprei uma calça bem bacaninha (CAD 15) numa loja de tamanhos graaaandes. Foi tão engraçado. Porque eu gostei de uma calça jeans, experimentei, era lindinha, mas ficou grande. Pedi uma menor. Aí a vendedora pediu desculpas, dizendo que aquele era o menor número que tinham. Que delícia, nunca ouvi isso numa loja, esse nunca foi um problema, precisar de números menores e não terem. Ganhei o dia!

    E entrei numa loja de departamentos. Wow. Fantaaaaaaaaaástica. Uma loja de departamento de verdade. Ai, como eu queria uma dessas no Brasil. Comprei um casaco de lã (CAD 27), comprido, lindão. De CAD 110! Ah, sim, tem isso, agora é época de liquidação aqui. Várias coisas com preço remarcado, várias promoções. Quase comprei um perfume, deliciosinho. Princess é o nome. E a vendedora era mega-hiper-ultra querida, e linda (é, bonita fisicamente falando). E quando soube que eu era brasileira, ficou conversando mais ainda, e contou que adora o Brasil, e que o namorado dela morou 3 anos no Brasil. Ela disse que gosta da revista Raça. Foi bem bacana. Daí ela me deu uma amostra grátis do perfume e ainda me encheu de perfume. :) Mega fofinha.

    Fui pra Place des Artes, onde estão ocorrendo as apresentações do Festival de Jazz, caminhei por tudo lá e depois comprei um sanduba na subway e levei pra casa. Comprei o passe de três dias do metró+ônibus (CAD 17), peguei o metrô e me fui. Cheguei em casinha e logo depois chegou a Marie-Pierre, a menina que divide a casa com a Julie. Nooooossa, muito legal também a Marie. Cara, eu sou muito sortuda. Pelo hospitality club (www.hospitalityclub.org) acabei parando na casa de duas gurias muito legais e que me trataram muitíssimo bem. Conversamos bastante e depois ela saiu prum bar, me convidou mas eu estava cansada e preferi ficar em casa. Usei a internet, conversei um pouco e depois dormi. Ai que sofá delícia. Registre-se que dormi muito bem nos últimos dias. Registre-se também que elas têm uma gatinha e que foi o primeiro felino que eu achei de fato fofo. E que até brinquei, e que dormiu nos meus pés.


    30 de junho, sábado

    No sábado a Julie trabalhou novamente, tadinha, excepcionalmente trabalhou os três dias. Ela nunca tinha trabalhado nos finais de semana antes. Mas imagino que tenha sido bom. Fui para o mercado em Atwater com a Marie. Foi ótimo e tomamos café da manhã. O melhor café da manhã de toda minha viagem. Pão, queijo, café com leite. Básico e gostoso. Lembrei da Ana Paula... quando chegamos no mercado o cheiro no ar era inconfundível: morangos. Acho que nem em Bom Princípio eu vi tantos morangos. E, Ana, estavam deliciosos. Tinha provinha. E a Marie comprou uma 'caixinha'. Fizemos a feira. Ah, sim, o mercado, nesse caso, é a nossa feira. Aliás, que frutas lindas, que verduras apetitosas, quanta varidade! E flores, muitas flores.

    (Estou caindo de sono, são 6h55 e o embarque ainda não começou. Não aguento ficar com os olhos abertos.)

    Depois da caminhada do dia anterior e desse café da manhã, comecei a me sentir uma pessoa saudável denovo. O tanto que caminhei deve ter queimado um cookie inteiro (pra ver o quanto tem de caloria num cookie, e pra ver o quanto a atividade física não queima tanta coisa assim).

    Voltamos para casa comemos algo e ficamos batendo papo. Ao meio dia e meia conversei com a outra Marie, a Marie-Philippe, a que conheci em Salvador e que ficaria na casa dela, ou de amigos, até hoje não entendi bem. Ela queria saber onde eu estava e porque não havia ligado. Bem, o fato é que ela me mandou o fone uma vez, não sei se por skype ou msn. Foi por qualquer coisa que nao o Gmail, pouco antes de eu viajar. Não, o endereço de onde eu ficaria ela não mandou. Era suposto de eu chegar no aeroporto e ligar para ela, acho que daí ela me diria para onde ir, não sei. Buenas, liguei para ela e combinamos de nos encontrar mais tarde.

    (agora me dou conta que estava olhando o horário do Brasil, agora são 6h03 - e não 07h03-, por isso o embarque estava vazio, por isso não iniciaram o embarque, por isso meu cálculo de dormir um pouco lá na salinha do 2o andar deu errado. Vai ver é o sol, que brilha como se fosse 10h da manhã)

    Fui para a Oxford St com o propósito de comprar minha mala de bordo. E comprei. Minha desejada spinner. Não A desejada, que eu tinha visto antes na internet, porque quando a vi, cara a cara, na loja mega de departamentos, percebi que não era tão legal assim. Aí mudei de idéia. Acabei comprando uma spinner (CAD 70), legal, bolsinhos bacanex, da Air Canada (sim, eles fazem produtinhos assim também). E comprei umas coisinhas na GAP. Liquidação irresistível. Ai, e a grande compra, o elefante branco: drinking games!!! Sim, agora estou carregando um elefante branco, mas que vale a pena. Um tabuleiro de vidro, com copinhos como peças, para jogar e se embebedar ao mesmo tempo (CAD 9.98). Fala sério, preço irresistível e super útil! Se eu pudesse levar, comprava vários pra dar pros amigos.

    Voltei pra casa com meus elefantes, fiz um lanche, bati papo com a Marie, depois saí pra encontrar a outra Marie. Andei bastante pelo local do Festival de Jazz, ouvi muita coisa bacana, vi gente bonita, foi bem bom. Depois fui pra casinha e dormi feito um bebê.



    01 de julho, domingo.

    Praticamente último dia em Montreal [EU PRECISO DORMIRRRRR, quero apagar dentro do avião]. Dormi até tarde, depois comecei a arrumar as malas e meus elefantes. Ok. Depois fiquei de papo com a Marie, copiei uns cds dela e dei umas músicas minhas, via pendrive, comemos morangos e cerejas. Wow, cereja em natura é uma delícia, e o gosto não tem nada a ver com a cereja que eu conhecia até então. Saí e passei novamente na feira em Atwater. Tirei fotinhos, comprei Maple Syrup (típico do Canadá). É uma "calda" que está para a árvore Maple assim como a borracha está para a Seringueira. Eles 'sangram' a Maple e do líquido que sai fazem a tal calda. Comprei pão e queijos. Aliás, no dia anterior comprei Brie e pão, que comi depois. Eu amo Brie e é tão caro no Brasil. Era o queijo que eu mais comia em Londres, era baratinho.

    Fui no parque Mont Royal, uma coisa meio Redenção, maior. Tinha gente jogando futebol, picnics, frisco, e um bando de hippie batendo tambor, o que é a atração peculiar do parque. Comi pão com queijo e depois segui caminhando até a estação Place des Arts. Aliás, a estação Mont Royal NÃO é a mais próxima do parque Mont Royal. Descobri isso caminhando. Foi bom caminhar pelas ruas desse bairro, são lindas, as casinhas são lindinhas, é tudo muito bacana. Um ar south kensington, Chelsea e Notthing Hill. ahahhaha

    De lá, peguei o metrô para sei lá eu onde, que não lembro mais de tanto sono, mas sei que foi na Montreal velha. Meeeeeeeeeu, muito linda também! E cheia de gente. Nossa, foi muito bom, caminhei até não sentir mais os pés. Choveu, parou. Choveu, parou. Parou, choveu. O dia estava mais friozinho e meu casaco novo, de lã, me foi bem útil. A minha calça nova também. :) Porque molhou e secou rapidinho. Fui numa galeria de arte e no centro de ciências de montreal, enorge, mas com várias coisas pagas, que eu nem fui, claro. Vi uma mostra lá meio sem gracinha. Mas estava cansad pra andar or tudo e não estava com vontade.

    Segui caminhando e passei pela City. Não, não tinha esse nome, mas me lembrava. Várias coisas me lembravam Londres. Montreal é uma cidade super cosmopolita, tem gente de todo canto, de todos os tipos, e falam inglês e/ou francês. É o máximo! Ah, sim, e o principal, são simpáticos, queridos, prestativos, amáveis. Pelo menos todos com que cruzei. Vida cultural, boa comida. Eu diria que tem o melhor dos dois mundos (a saber: Inglaterra e França).

    Passei pelo Cartier chinoise, praticamente a Liberdade (SP). E voltei para a Place des Artes. Assisti inteirinho ao show da Emilie Barlow. Fantástica. Muito boa a guria. Depois vou falar com o Pai Emule pra baixar umas coisas. Eu ouvi muita música nesses dias, um pouquinho de cada palco, eram vários palcos. Shows simultâneos. Era lindo de ver. Depois encontrei a Marie-Philippe, batemos perna e então fui pra casa. Estava enlouquecida por um vinho, mas não encontrei onde comprar, a não ser num restaurante, por 25 CAD uma garrafa, daí não quis. Não iria das 50 contos num vinho. O preço nem era ruim, em CAD, mas não. Acabei tomando um café e comendo uma fatia de torta deliciosa. Digo, isso só às 3h da manhã, porque eu embalei pra viagem.

    Em casa, tomei banho, arrumei as coisas, conversei com a Marie. Deitei um pouco. A Julie chegou e ficamos conversando e comendo até às 4h.

    O táxi chegou pontualmente às 4h, quando eu descia, pontualmente, com minha bagagem. Fui para o aeroporto, paguei 27 CAD e foi assim que terminou minha aventura em Montreal.

    Amei.