sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Bixcoito, fóxforo e afins



Pilhas de trabalho. Supermercado feito. Um joelho doendo. Quase sem ônibus na cidade. Chovendo lá fora. O Martin foi embora. A Ester viajou. O Fábio e a Vera trabalhando em casa. Sem tv por assinatura. Convites pra ir pro Rio. Carnaval rolando no Rio. Festa de niver do Walter... quer saber, eu vou para a cidade maravilhosa!

Decidi de última hora, na quinta-feira. Comprei passagem para sexta. Cheguei no Rio no sábado pela manhã. Bem no clima de loucura-loucura, de extravagância financeira. Usei um crédito que tinha na Gol e abusei do cartão de crédito.

Fui direto para a casa da Letícia. Que dia lindo, que sol!!! E era sábado, dia de Bola Preta. Fui me encontrar com os guris na Cinelândia. Cheguei lá e foi um parto, mas nos encontramos: Charles, Martin, Walter, Tio Sérgio, César, Andréia. Ficamos lá um tempo. Depois seguimos para uma feijoada, ali pelo centro. Num lugar que à noite funciona como boate, e durante o dia é restaurante. Conheci a Angela, amiga do Walter e uma figura. Gostei dela. A feijoada estava fantáaaaastica, uma delícia! Comi e enchi a cara de caipirinha.

De lá, fomos para Ipanema, ver a Banda de Ipanema. Ficamos lá numa esquina esperando os demais amigos do Walter chegarem. Waldir e Alfredo apareceram e então seguimos para a praia de Ipanema. Mandie mensagem para a Ticiana enquanto estava lá, mas ela estava no Leblon.

Depois eu fui me cansando de ficar lá em pé e estava louca pra ir no banheiro, então decidi ir embora. Por sorte quando cheguei na avenida principal em Ipanema, vinha passando um ônibus que passava perto da casa da Lê. Peguei e fui pra lá. Quando cheguei fiquei conversando com a mãe dela. Ligamos pra Lê, que me convidou pra ir prum bloco onde ela estava com amigos. Mas eu estava podre de cansada, virada (sem dormir à noite), e tendo passado o dia em pé. Então fui dormir e fazer gelo no joelho. Combinamos um churrasco para o dia seguinte.

No dia seguinte acordei ali pelas 7 da manhã. Comi alguma coisa, corrigi algumas resenhas que eu tinha levado, fiz as unhas, li um livro... o Walter mandou msg e convidou pra ir pra praia, mas eu disse que tinha marcado o churrasco, mas que os encontraria mais tarde em Ipanema, para um bloco. À tarde, quando a Lê acordou, fomos para o churras. Era na cobertura da casa de uma amiga dela. Foi engraçada uma cena quando o pessoal perguntou por máquinas fotográficas, eu disse que tinha a minha, poderia tirar fotos, e uma menina gritou comigo e disse que eu não podia, porque eles iriam querer ver as fotos e eu não morava lá. Fiquei pensando se não tem internet lá, mas tudo bem...

Depois segui para Ipanema, como combinado. Peguei o metrô na Tijuca e desci no 'findilinha', ou na última estação do metrô. E então fui descobrir a maravilha tecnológica do Rio: o metrô de superfície. Legal, você paga uma única tarifa e pode ir atéeeeee a Barra da Tijuca: de ônibus. Sim, o que eles chamam de metrô de superfície nada mais é do que uma linha de ônibus integrada com o metrô. Então faça as contas de quantas pessoas cabem dentro de vários vagões do metrô, e quantas cabem dentro de um ônibus. Agora pense no tamanho da fila de gente querendo pegar o ônibus na saída do metrô. Pois é. Levou uma longa hora e 15 enormes minutos para que eu conseguisse entrar no busum. Depois, o ônibus não conseguia andar, pelo trânsito. Desci e terminei o trajeto à pé. Nesse meio tempo conheci um casalzinho na fila e fomos conversando no busum e no trajeto à pé. Bem legais eles. Ele carioca, ela paraibana. Uns amores.

Finalmente encontrei os meninos, na Farme de Amoedo. O Martin estava se acabando de dançar, e eu puta com a prefeitura do Rio. Então, comecei a tomar Smirnoff Ice, pra compensar. Mas em seguida fomos embora. Passamos na casa da Lê para pegarmos minha mochila e seguimos para Niterói. Fomos direto pro aniversário do Xande, um amigo do Walter, e foi tri bom. Enchi a cara de caipirinhas e comidinhas e torta de aniversário.

No dia seguinte fomos para a praia. Itaipu. Lugar que eu jamais iria se não fosse com eles. [sotaque baiano On] Peeeense [sotaque baiano Off]numa farofada. Era lá. Praia cheia de gente. Cheia. Comemos pastel, sardinha frita, muita ceveja (smirnoff ice pra mim, claro) e risadas. Foi ótimo. Lá reencontramos a Angela, a da feijoada, lembra? Diverti-me horrores.

À noite, demos uma saidinha com a tia do Walter. E, por acaso, encontramos a Angela e o marido novamente.

Na terça-feira eu fui pra Barra de São João. E depois de uma cruzada para chegar na cidade, me encontrei com a Ana. Foi bem legal, batemos papo, e colocamos as fofocas em dia. Eu gosto muito dela. Pena que nos vemos só de vez em quando. A Carol tá noiva, o menino estava lá, mas foi embora na terça. O Marco também foi embora na terça, tinha que trabalhar no dia seguinte. Na quarta ficamos lá, fomos no super. Aliás, "descobri" uma pastinha de soja maravilhosa, e já catei a receita na internet. Trouxe vários potes pra Salvador, se ficar bom, depois eu conto a receita. Na quinta pela manhã voltei para Niterói, depois também de uma saga para volta, com direito a transporte clandestino, baldeação e arranca rabo com motorista. Mas foi super divertido. E muito sol, muito sol.

Daí foi dia de pré-festa, depilar, andar pra cima e pra baixo, e foi o dia em que experimentei o tal do açaí. Não é ruim!

Sexta era o grande dia: aniversário do Walter! Fiz mão e pé pela manhã, comprei o presente. Fomos para o salão, ajudei a arrumar umas coisas, fui com o Charles buscar o bolo-tudo-de-bom e os docinhos-maravilhosos e depois fui pra casa com o Martin, para nos arrumarmos.

A festa foi um espetáculo, muito chique, muito divertida, nunca bebi tanto espumante em toda minha vida. Enchi a cara. Comi até explodir. Dancei. Ri. Tirei muitas fotos. Tudo bem que as minhas fotos sairam todas terríveis, mas as do Martin ficaram boas, roubei várias pra mim. Estava tudo perfeito. Quer dizer, quase, né? Nenhum homem lindo, maravilhoso, gostoso, me descobriu na festa. Mas azar o dele.

Sabadão, dia de comer resto de festas, de preparar o tupperware com bolinho, salgadinho, docinho... fazer as malas... e vir-me embora. No fazer as malas, perdi um anel. Meu único anel jóia. O anel que eu paguei mais caro na minha vida. Que ódio. Deve ser sina de viagem. Quando fui pra Portugal, perdi meus brincos de prata, agora perdi um anel. Por isso que pobre só deveria usar bijuteria!

Mas antes de vir embora ainda fomos almoçar num churrasco na cobertura de umas amigas do Walter, a Vivi e a Chris. Foi ma-ra-vi-lho-so. O dia estava lindo, o pessoal super legal, a música estava ótima, e eu enchi a cara de caipirinha. Além disso, a carne estava perfeita. Ah, sim, e tinha uma farofa dos deuses. Achei a Chris super divertida. Aliás, a Chris e a Vivi tinham passado o carnaval em Salvador, e adoraram. Uns vão e outros vêm, né?

Sei que minha volta para soterópolis foi carregada de saudades. Adorei o tempo que passei no RJ, adorei rever meus amigos, amei fazer amigos novos. Fazer uma loucura de vez em quando faz bem. E não tem preço.

Que dulce!



Há algum tempo um amigo meu, o Walter, me falou que um amigo dele argentino viria visitar salvador. Troquei alguns emails com o tal amigo. Depois nunca mais tive notícias. Então mandei novamente um email, ele já estava na soterópolis. Ele ligou, conversamos. Levei um susto: o português era perfeito, e com sotaque carioca!

Tá.

Combinamos de sair. Saímos. O encontro foi no café do cine do museu, comemos tortinha e tomamos café. De lá partimos para o teatro Vila Velha. Depois seguimos para o Boteco do França, no Rio Vermelho. E liguei para a Ester, que nos encontrou lá.

O Martin, argentino amigo do Walter, é um super fofo, uma graça de criatura: super parceiro, divertido, bom papo, e sem frescura.

Nossos programas incluíram um dia na praia, na barraca do Lôro. Foi ótimo, com direito a banho de mar, muito sol e caipirinhas. Além disso, jantinhas no pelourinho, com show ao vivo, e moqueca de camarão + negão da Dadá.

Sim, foram dias de orgia gastronômica, e muito álcool. Esse guri me fez engordar mais de um quilo. Sério. Sim, me fez engordar, enfiooooou-me doces e comidas e bebidas, e bebidas, e bebidas, goela abaixo. Fui obrigada, eu juro!

Para compensar os muitos dias de sol, pegamos uma puta chuva com direito a alagamento e ficar preso dentro de um táxi no meio d´água, após um almoço no Barravento. Para compensar, tortinha no museu, claro.

O Martin foi, sem dúvida, o melhor acontecimento da semana. E eu falei pro Walter que iria roubar o amigo para mim também. Amei o docinho argentino.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Inferno astral antecipado




Tive uma semana linda. Eu juraria ter sido um inferno astral, não fosse meu aniversário apenas em outubro.

Com todas as antecipações que tive que fazer no vôo, acabei ficando com uma conexão maluca. Cheguei às 20h no aeroporto em São Luis. O vôo saia às 2h ou às 3h, nem lembro mais. Cheguei em Fortaleza às 3h (ou 4h)... e só sairia de lá às 20h40!!! Então dormi no chão do aeroporto. Tem um tabladinho lá, que virou uma cama coletiva. Não tive dúvida, me enrosquei na minha mochila, e dormi. Depois, ali pelas 10 da manhã, coloquei a bagagem no guarda-volumes e saí pela cidade, fui no Mercado Central, comprei mais bugigangas, depois fui no cinema. Assisti Copying Bethoveen. Muito bom. (O que me lembra que preciso ir ao cinema denovo)

Foi bom caminhar por Fortaleza durante o dia, no centro, pegar ônibus tira bastante o glamour da semana anterior, quando andei pela orla e pela área nobre. Depois do cinema conheci um menininho de Goiás, estava com a prima. Acho que era prima. Ficamos de papo e caminhando lá pelo centro cultural onde ficava o cinema. Foi bacana.

Voltei para o aeroporto e fiquei fazendo hora. Jantei num restaurante tri bom, tomei um vinho, couvert, tomate recheado, filé. Chique do úrtimo(sic). E barato. Sim, relativamente barato. Mais barato do que lanchinhos na praça de alimentação. Saí enlouquecida porque estava no horário do vôo. Entrei na sala de embarque... e atrasado. Atrasou uma hora. Tudo bem. Mandei mensagem de texto no celular para o Edu - o taxista, e pedi pra me buscar, avisei que o vôo atrasaria. Cheguei em Salvador no domingo, por volta da meia noite e meia.

Sim, saí na sexta às 20h de São Luis e cheguei em SSA no domingo. Viagem intercontinental, praticamente.

Na segunda-feira, fiz a prova de proficiência em francês, pela manhã. À tarde, a entrevista. À tardinha, o resultado: não passei na seleção do doutorado. A primeira coisa em que pensei foi na minha geladeira dos sonhos, que não mais compraria. Sim, porque não passar no doutorado aqui, implica em eu pensar em outros lugares para fazer o curso, e isso significa me mudar de Salvador, sair do emprego em Feira de Santana, e ficar sem dinheiro por um bom tempo. Logo, não daria para comprar minha geladeira de mais de 3 mil reais. Mas linda.

Claro que eu não fiquei feliz com o resultado, mas sobrevivi. Seleção tem todo ano.

À noite recebi um email do coordenador do programa, dizendo, em linhas gerais, que meu projeto estava bom, a entrevista também, mas que os outros estavam melhores, que eram poucas vagas, e me convidando para fazer a seleção no ano seguinte. Então tá, né.

Mas tendo saúde é o que importa, não é?
Então tá bom.

Depois o Pedro me vem no MSN saber como eu estava em função do resultado, daí viu que eu estava bem, dizendo que eu estava melhor do que ele supunha. Então, com a sutileza de um paquiderme, me disse que tinha uma novidade: estava namorando com uma baiana. Eu não dei os parabéns, nem pedi para ser madrinha. Aliás, nada disse.

Mas tendo saúde é o que importa, não é?
Então tá bom.

Aí fui na academia, e falei pro Oldin que estava com dor no meu joelho. Ele me encaminhou para o Vinícius, o fisioterapeuta. O Vinicius me examinou, examinou e disse que estou com tendinite, condromalácia e talvez um problema no menisco. Os dois primeiros são fáceis de tratar, disse ele, mas o menisco é preocupante. Assim, ele me encaminhou para um médico especialista em joelho.

No dia seguinte marquei consulta com o cara... para abril!

Assim, eu tenho dores (doooooores) ao dobrar o joelho direito, então estou com os movimentos bem limitados no que se refere, principalmente, a subir e descer escadas. Andar é tranquilo. Mas ficar muito tempo em pé, vai piorando. Tenho feito gelo todos os dias.

Aí pensei em ir na emergência do Cato (uma Santo Antônio da vida, para porto-alegrenses), mas fica beeeeem no circuito do carnaval, e eu só poderia ir caminhando, já que não tinha ônibus nesta bostica de cidade, então acabei não indo. Além disso, eu estava com a agenda muito cheia. Quero ver se consigo ir nesta semana.

Pois é, né? Um joelho bichado é o que importa...

O paraíso: saga Maranhão, Parte VI



À noite, de volta a Barreirinhas, dei uma volta pela cidade, comprei vários artesanatos com preços muito bons. Comprei uma bolsa lindona, enorme, por 20 reais. Centro de mesa, jogo americano, essas coisas de mulherzinha dona de casa.

Depois fui para a pousada e fiquei de papo com duas meninas que também estavam no Snef. Muito legais as duas. E depois fui dormir. Aliás, dormi feito uma pedra.

No dia seguinte, um café da manhã delicioso, e de lá segui para o passei de barco para Caburé, pelo rio Preguiças. Eles chamam a embarcação de voadeira. Foi ma-ra-vi-lho-so!

Não me lembro exatamente por onde passamos... vi igarapés, jacaré, paramos num lugar com um farolzinho, subi até o topo do farol, vi a vista láaaa de cima. Depois paramos não sei onde, um lugar que eles também chamam de pequenos lençóis, e fica antes de Caburé. Subi dunas, desci dunas, vi macaquinhos, cabra, coelhos... ahahah.

E finalmente, Caburé. Lugar sem nada, umas 3 pousadas, uns 4 restaurantes. Ou menos. Casa restaurante com seu gerador. De um lado o Rio, do outro o oceano. E no meio: areia. Lindo, silencioso.

Almocei num restaurante que ficava junto a uma pousada, onde os suiços - e das minhas últimas experiências descobri que não gosto de suiços, exceto o Patrick, claro - e os argentinos - e das minhas úlitmas experiências descobri que continuo gostando de argentinos - passariam a noite, e seguiriam para Jericoacoara. Deve ser um passeio interessante.

Aí tinha um casal de brasileiros, que me pareciam do Rio, e sentaram lá na puta que o pariu. Os argentinos vieram e sentaram comigo. Ficamos de papo, pedi um prato. Uns, na verdade: baião de dois, e um não sei o que de camarão, tipo moqueca. Meia porção, claro. Os argentinos pediram um misto quente (torrada, em gauchês), mas tinha muita comida e convidei-os a comer comigo. Depois fui caminhar e encontrei as meninas do Snef que estavam na mesma pousada. No restaurante em que elas almoçaram tinha um anexozinho, mais ou menos de igual área a parte onde estavam as mesas, mas com redes, muitas redes. E uma galera deitada e dormindo. Olha que delícia: deitar na rede naquele silenciosinho após o almoço. Aproveitei e tomei o tal do Jesus. Um refrigerante do Maranhão, que é cor de rosa, bem doce e tem um leve toque de canela. Não era ruim. Todo mundo no Snef ficava tirando sarro da bebida e dizendo que era horrível, mas nem era.

Depois voltamos direto para Barreirinhas e eu ainda passei no não-sei-aonde pra comprar uns artesanatos. O cara do receptivo local me levou. Aliás, receptivo nota 10. Não-sei-o-que Adventure acho que era o nome. Muito bom meeeeesmo.

Na pousada, eu já tinha feito o check out pela manhã, né? Mas eles guardaram minha bagagem e na volta me deram uma toalha limpinha e pude tomar um banhinho e trocar de roupa. Então o transporte chegou. Dei meu email pras meninas de Minas, mas até agora nenhuma me escreveu... cheguei no aeroporto por volta das 20h. E fiquei ali esperando meu vôo... às 3h.

Eu recomendo o Maranhão para quem quer passear. Recomendo para quem quer ver prédios históricos (São Luis), recomendo para quem quer comer frutas exóticas, para quem quer comer pratos deliciosos, para quem não quer a história escravocata do Brasil (Alcântara), para quem quer silêncio, isolamento (Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses), para quem quer sossego, uma rede, silêncio, mar e rio (Caburé).

A recompensa: saga Maranhão, Parte V



Eu tinha a intenção de ficar todos os dias no Simpósio e no final de semana ir para os lençóis maranhenses, mas com tantas trocas de passagem, eu adiantei a parte do lazer. Eu até estava pensando em não ir, mas depois de ter que desenbolsar 260,00 na brincadeira de troca-troca de passagens, eu fiquei puta e resolvi que eu tinha mais era que ir. Porque senão eu tenho certeza que me arrependeria depois. Sei lá eu quando voltarei aos confins do Maranhão??? Então eu fui.

Passei na mesinha da agência Baluz, que estava lá no congresso, perguntei preços e tal e fechei um pacote de dois dias e uma noite, ficando na Pousada do Rio e fazendo dois passeios: grandes lençóis e voadeira pelo Rio Preguiças.

A van me buscou no hotel às 5h da manhã, nem deu para tomar café. Tinha ar-condicionado e eu fui dormindo, apesar duma filha-duma-puta-mala-sem-alça duma mocreinha que ficava com o banco dela, na minha frente, super descido, e então não tinha espaço para minhas pernas, que ficavam empurrando a menina, e ela, pulando pra empurrar minhas pernas. Seguimos nesse perrengue o caminho inteiro. Quase. Até que ela resolveu trocar de lugar com o namorado. E o menino pegou e simplesmente levantou um pouquinho o banco, e seguimos felizes para sempre.

No meio do caminho a van pára num lugar para tomarmos café da manhã. É ótimo e barato. Seis reais por um buffetzinho simples mas tri bom. Não deixa nadinha a desejar. Seguimos viagem.

Chegamos em Barreirinhas, a cidade onde eu ficaria hospedada. Minha pousada foi a última do roteiro, achei que estivesse longe, mas depois descobri que é bem próxima do centrinho. A pousada é ÓTIMA: simples, limpinha, bem cuidada, bonitinha, tem um café da manhã tri bom, guarda a bagagem da gente quando desocupamos o quarto, tem chuveiro (frio) e toalhas limpinhas para tomarmos banho na volta do passeio, depois que o quarto já foi desocupado. Excelente, eu recomendo. Pousada do Rio.

Chegamos às 10h na Pousada e como estava vazia, pude entrar pro quarto (senão teria que esperar até meio dia). Aí eu caí na cama e dormi. Delicia de sono. Os passeios podem ser logo que se chega ou à tarde, eu escolhi à tarde, para ver o pôr-do-sol nos lençóis.

Depois veio o carinha numa jardineira me buscar para o passeio. Atravessamos o rio de balsa. A travessia não dura 3 min. E seguimos por uma hora na jardineira, sacolejando. Chegamos nos lençóis. Tinha uma subida meio íngreme, de areia. Olha, é bobaaaaaaaaagem pensar em calçados apropriados, papete, sei lá o quê: vá descalço. Depois de subir, caminhamos um pouco por aquela imensidão de areia. Só tenho uma coisa para dizer: é muita areia!

Tá, eu poderia tentar filosofar, falar do silêncio fantástico, das esculturas naturais que são aquelas areias, falar das lagoas que se formam, falar da pequenez que se sente diante daquela vastidão de pequenas partículas que agregadas formam aquele cenário desértico deslumbrante. Mas não sou dada a filosofias, não levo jeito para a coisa. É muita areia e tenho dito.

Aí, estou eu andando pra lá e pra cá, no meu biquini branco, e ai, de repente, não mais que de repente eu sinto... hmmm será, será? Sim, Deus me ama. E justamente naquele momento eu tinha que ficar menstruada. Eu, no meio da areia infinita, de biquini branco, há quilômetros da civilização, sem baneiro, sem papel, sem OB, sem naaaaaaada. A única coisa que eu poderia fazer era relaxar e esperar virar um sinalizador ambulante. Coloquei minha bermudinha azul, sacolejei de volta na jardineira, imaginando o rio que estaria se formando por baixo de mim. E na hora de atravessar o rio na balsa, de volta? Tinha que descer e subir da jardineira, né? E os homens super educados, pediam para eu subir na frente. Eu tentava ser a primeira a descer e a última a subir, para não ter que ficar muito exposta. Por sorte, o desastre não foi muito grande. E também, estou pouco me fudendo. Acontece nas melhores famílias. Eu ainda estava em estado de graças com o silêncio.

O que mais gostei dos lençóis foi, definitivamente, o silêncio e o isolamento. Estar sozinha era bom. Estar no completo silêncio, com o barulho do vento, era bom.

Contratempos: saga Maranhão, Parte IV




Roteiro inicial
26/jan, sexta-feira: saída para Fortaleza, vôo às 6h
27/jan, sábado: saída para São Luis, vôo às 9h30
06/fev, terça-feira: volta de São Luis direto para Salvador. Algum horário decente.

Alteração 1, ainda em Fortaleza, no dia 26 de janeiro.
26/jan, sexta-feira: saída para Fortaleza, vôo às 6h
27/jan, sábado: saída para São Luis, vôo às 9h30
06/fev, terça-feira: volta de São Luis direto para Salvador. Algum horário decente.
04/fev, domingo: saída para Fortaleza, vôo na madruga.
05/fev, segunda-feira: volta de Fortal para Salvador, chegada às 8h.

Alteração 2, em São Luis, depois de receber email da seleção do doutorado, avisando que eu teria que fazer prova de francês às 10h da manhã, na segunda-feira.
Alteração 1, ainda em Fortaleza, no dia 26 de janeiro.
26/jan, sexta-feira: saída para Fortaleza, vôo às 6h
27/jan, sábado: saída para São Luis, vôo às 9h30
06/fev, terça-feira: volta de São Luis direto para Salvador. Algum horário decente.
04/fev, domingo: saída para Fortaleza, vôo na madruga.
05/fev, segunda-feira: volta de Fortal para Salvador, chegada às 8h.

Olha a saga:
02/fev, sexta-feira: chegada no aeroporto em São Luis, às 20h.
03/fev, sábado: saída do aero de são luis, ali pelas 2h da manhã.
03/fev, sábado: chegada em fortal às 3h e pouco da madruga.

depois de 17 horas esperando...

03/fev, sábado: saída de fortal às 19h55!!! Atrasou mais de 1h.
03/fev, sábado: chegada em Salvador às 22h30. Chegou meia-noite e pouco de domingo.

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

O congresso: saga Maranhão, Parte III



O que parecia super organizado dada a quantidade de emails que recebi antes do congresso começar, acabou por ser uma bagunça. O material fornecido pela organização foi ridículo, era quase impossível acompanhar o que estava acontecendo e onde, já que tudo funcionava nos diversos prédios do centro histórico de São Luis. Era um bando de gente de sacolinha preta pra lá e pra cá, subindo e descendo ladeira, super perdidos. Nem caneta ganhamos! Pobreza.

Minha apresentação oral era no primeiro dia, à tarde. 15h10. Eram 13h30 eu estava lá na sala. Era suposto de ter data show. Até tinha, mas sem computador. Nossa sessão atrasou cerca de 1h. Absurdo. E uma menina ainda trocou de horário comigo. O que deveria ser proibido pela chefe da sessão. Trocas de horários só bagunçam tudo. Mas, considerando o nível de organzação da coisa, não iria fazer muita diferença. Ah, sim, minha apresentação foi meia boca. Nossa, como eu fiquei nervosa, nem sei porquê. Em geral não fico assim. Sei lá, ainda bem que passou.

No mais o evento foi bom. Conheci pesquisadores novos, retomei contato com antigos. Vi trabalhos interessantes. Conheci São Luis andando pra lá e pra cá por aquele centro histórico e comi várias comidas super gostosinhas.

Acadêmica, gastronômica e etilicamente falando, foi uma experiência muito boa.

terça-feira, fevereiro 06, 2007

O reencontro: saga Maranhão, Parte II



Ao chegar no aeroporto de São Luis fui recepcionada pela minha ex-colega de Escola Técnica, a Cristiane. A Cris está morando em São Luis, com o marido, o Bruno. Então fomos para a casa deles. Almocei lá e passei o dia com eles. Os meninos foram do aeroporto para o centro da cidade, onde tinham reserva num hotel.

O dia lá na Cris foi tri bom, tranquilo. Casa à beira da praia, fazer nada e papear. dColocando muita conversa em dia, compartilhando opiniões sobre a vida no nordeste, falando da vida... À tardinha o Bruno fez um pão tri bom - o que me lembra de pedir a receita. Jantamos e depois eles me levaram pro meu hotel.

Quando cheguei no hotel fiquei achando que não era lá, chiquezinho o lugar. Mas era lá mesmo. Então nos despedimos e marcamos para uma saída de barco na manhã seguinte, rumo a Alcântara. Sim, lá o onde tem a base de lançamento de satélites. Mas a base é lonjão de onde iríamos.

Dormi tri bem, mas ainda fiquei vendo um filme na tv a cabo até altas horas. Coisa boa ter tv a cabo, né? Depois acordei cedinho e tomei um café da manhã espetacular. Ah, sim, o nome do hotel: Brisamar.

A viagem de barco foi meio torturante, porque enjoei. Odeio isso. Gostei bastante de Alcântara, lugar tranquilo, cheio de história, prédios, ruínas. Pena que não deu para ver muitos museus, só um, o do Divino.

Comi doce de espécie, que é um doce à base de côco, tri bom. E no almoço, uma peixada maranhense. Estava boa também.

Fazia um calorão, e dei sorte dos colegas de trabalho do Bruno estarem planejando esta viagem para Alcântara no findi, aí eu fui com eles. Tinha uma menina bem legal, que me lembrou, o sorriso, a Ana, ex-estagiária do serviço da minha mãe, e foi com quem eu dividi a peixada.

A volta foi bem melhor, não enjoei. A Cris e o Bruno me deixaram no hotel e combinamos de eu ir dormir lá no sábado. Ah, sim, porque eu troquei minha passagem, na sexta-feira, lá em Fortal. Em função do email que recebi do coordenador do programa de Doutorado, dizendo que eu não poderia fazer a prova no dia 07 (é assim, é que eles mudaram as datas do processo seletivo, e mudaram depois que eu já tinha planejado minha viagem pro maranhão). Mas, como era uma seleção, né, eu fui lá e troquei a passagem, e desembolsei 260 reais a mais. Sorte que não tive que gastar 500 a mais, mas também fiquei com uma conexão terrível.

Ah, quando eu cheguei no hotel o Fábio estava lá. Sim, porque o hotel que os meninos haviam reservado era muito ruim, então eu ofereci pra ele ficar lá no quarto comigo, já que minha diária era para duas pessoas.


Fotinhos do findi, aqui: http://katemari.multiply.com/photos/album/46

O começo: saga Maranhão, Parte I




Para fazer um pouco diferente, vou dividir o relato da minha viagem em algumas partes. Tentarei não fazer um post gigante.

Roteiro inicial:

26/jan, sexta-feira: saída para Fortaleza, vôo às 6h
27/jan, sábado: saída para São Luis, vôo às 9h30
06/fev, terça-feira: volta de São Luis direto para Salvador. Algum horário decente.

Como o vôo era às 6h da madruga, tinha que estar no aeroporto às 5h, então pedi um táxi para às 4h. Já que o aero em Salvador é no fim do mundo. Liguei pro Edu, amigo do João. Uma gracinha o menino. Sim, um menino. Ele é bem novinho, e ficava me chamando de senhora. Muito engraçado. Todo profissional ele. Gostei.

Era noite de Festival de Verão, então ainda pegamos um pequeno congestionamento lá na Paralela. E o Edu recebeu uma ligação duma cliente, pedindo para buscá-la no Festival. Legal, assim ele garantiu uma corrida na volta.

Cheguei em Fortal e liguei pro Luciano, que foi me buscar no aeroporto. Senti-me chegando em Porto Alegre, porque o Lu tem um carro igual ao da minha mãe. Aí fomos para a casa dele. Ficamos batendo papo. Depois ele me deixou na manicure e foi trabalhar. Fiz a mãe e depois fui caminhar pela cidade. Andei pra lá e pra cá. Andei horrores, na real. E caminhei na praia, e em shoppings, e consegui um mapinha no centro de informações turísiticas. Ótimo mapa. E de graça.

Depois voltei pra casa do Lu, à pé, e daí ele foi pra lá pra gente sair pra almoçar. Comemos no shopping. Comi uma salada tri boa. Então ele me deixou no Mercado Central e foi trabalhar. Fiquei zanzando no Mercado e depois fui até o Centro Cultural Dragão do Mar. Bem legal. De lá segui pela orla, caminhando tuuuuuudo, vi o pôr-do-sol, tomei água de côco, conheci uma cearense apaixonada por Gramado, e voltei para a casa do Lu. À pé.

Cheguei, tomei um banhinho e fui descansar, mas logo em seguida o luciano chegou. Ficamos de papo. Depois a Ju, namorada do Lu, chegou, e fomos jantar. Comemos uma pizza tri boa, mas eu não estava com fome. Estava muito cansada. Não havia dormido até então, desde o dia anterior, e andado pra caraaaaaaaaalho. Depois demos umas voltas de carro pela cidade e fomos pra casa.

Dormi feito uma pedra. E na manhã seguinte o Lu me levou no aeroporto. Lá encontrei com o Helder, o Fábio Freitas e o Fábio Pena, que também estavam indo pra São Luis, mas ficaram desde a meia-noite no aeroporto, matando o tempo.

Ah, sim, por que eu passei uma noite em fortal, e os meninos ficaram tanto tempo no aeroporto? Porque é muuuuito mais barato. 470 reais mais barato. O vôo que eu peguei no dia 27 era o mesmo que peguei dia 26. Ele tem escala em Fortal, mas só pelo fato de eu descer e subir denovo, mesmo pagando mais taxa de embarque, sai muito mais barato. Vai entender estas companhias aéreas, né?

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

When your best just isn't good enough.



Sim tenho as notícias da viagem para contar, mas a notícia fresquinha, a do dia, é que não passei na seleção do doutorado.

O sentimento é estranho. Um mix de apatia com tristeza, ironia, resignação, fracasso, angústia e uma pitada de surpresa. Sim, eu entendo a contrariedade desses sentimentos. Mas apenas sinto.

Nessas horas o legado cristão é útil, e dá até para pensar que Deus escreve certo por linhas tortas. Mas, na boa, Ele que arranje um caderno de caligrafia! Em tempos modernos: usa o Word, pô!

Agora vou ter que pensar o que fazer da vida. Uma coisa é certa, não comprarei minha geladeira dos sonhos. Nenhum bem permanente será agregado ao meu patrimônio.

Está na hora de pensar em começar a levantar acampamento...